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Durante o famigerado ano de 2004, todas as evidências apontavam 2005 como O ANO, e ponto final. A cada mês, surgiam mais e mais notícias sobre diversas produções (na verdade, uma pancaaaaada de produções) que supostamente fariam a alegria dos nerds e dos cinéfilos no ano seguinte; tanto que uma boa parcela das notinhas publicadas pelos colaboradores d’A ARCA em 2004 terminavam com a mesma frase empolgada: Céus, e este 2005 que não chegaaaaaa! Enfim, o ano chegou, e como disse um certo jogador de futebol há algum tempo, o negócio foi, foi, foi… e acabou “fondo” (sic). 😀
Sim, sim. 2005 foi um ano, com o perdão da palavra, ducacete. Afinal, só para citar quatro pequenos exemplos, finalmente pudemos conferir o esperadíssimo retorno triunfal de um certo justiceiro mascarado e fantasiado de morcego, a subestimada estréia nas telonas (não tão esperada assim) de um grupo de quatro super-heróis, uma bela visita a uma cidade no mínimo bastante misteriosa, e também o ressurgimento majestoso de um dos maiores ícones da década de 30 e também do início dos anos 80 (sim, é exatamente “daquele” macacão que estou falando). E agora, como estamos no finalzinho de dezembro, nada melhor do que fazer aquele bacaníssimo balanço do que rolou de melhor nos cinemas em 2005! Então, chega de churumelas e confira aí embaixo a listinha dos 10 melhores filmes que passaram pela telonas brasilienses neste último ano. Para ler degustando uma saborosa barra de chocolates Wonka, the most something something of any something that’s ever been! 😀
:: 10.º – DR. GORDON, EU QUERO JOGAR UM JOGO!
Ninguém poderia imaginar que a experiência mais assustadora do ano viria na forma de um suspense policial independente escrito por um cara desconhecido, dirigido por um cara mais desconhecido ainda e estrelado por atores geralmente bem canastrinhas. O que importa mesmo é que o indie Jogos Mortais (Saw, 2004) chegou de mansinho e, na base do boca-a-boca, tornou-se o thriller mais memorável do cinema desde que um certo Seven: Os Sete Crimes Capitais invadiu as salinhas de projeção 10 anos antes. Com um roteiro muito bem escrito e um final embasbacante, o diretor James Wan e o roteirista Leigh Whannel contam o horror de dois estranhos um ao outro, o dr. Lawrence Gordon (Cary Elwes) e o fotógrafo Adam (o próprio Whannel), presos num banheiro imundo à mercê de um doentio serial killer chamado Jigsaw, que tem o hábito pouco comum de seqüestrar pessoas para organizar “jogos” macabros que ocasionalmente resultam na morte de suas “peças”. Tenso, bem dirigido e muito bem interpretado (o que é um milagre quando falamos de atores como Elwes, Danny Glover e Monica Potter), “Jogos Mortais” rendeu quase US$ 80 milhões só nos EUA, tirou o sono de muita gente e gerou uma continuação quase tão brilhante quanto seu antecessor.
É o 10.º lugar desta lista porque provou que, se a indústria hollywoodiana anda sofrendo um sério bloqueio de criatividade, o cinema independente, sem as amarras dos grandes estúdios, ainda é a melhor fonte de fitas originais e absolutamente marcantes. E o final do filme… ah, durma com este final, se você for capaz!
:: 9.º – WILLY WONKA, O INCRÍVEL CHOCOLATEIRO
Quem é fã da bibliografia do aclamado escritor Roald Dahl (como este que vos fala) sempre soube que suas histórias têm uma similaridade impressionante com um certo cineasta bizarro que conhecemos… quem aí pensou em Tim Burton, acertou na mosca! E eis que um dos projetos mais esperados pelos adoradores do diretor, sua visão para o estranhíssimo livro A Fantástica Fábrica de Chocolate (Charlie and the Chocolate Factory, 2005), finalmente chega às telas. A singela história do simplório garotinho Charlie (Freddie Highmore, excelente), que torna-se uma das cinco sortudas crianças escolhidas para conhecer a maravilhosa fábrica de chocolates Wonka, presidida pelo amalucado e de certa forma psicótico Willy Wonka (Johnny Depp em mais um show de interpretação), ganhou uma versão colorida, alegre, esquisita e muito, mas muito divertida, que rendeu horrores nas bilheterias (mais de 220 milhões de doletinhas) e não deve nada à clássica versão de 1971, arroz-de-festa na Sessão da Tarde. Sem dúvidas, um dos melhores momentos da carreira de Burton e a fita mais encantadora do ano. E tem como não ADORAR a maluquinha trilha sonora de Danny Elfman, os cenários de encher os olhos e sobretudo os infames Oompa-Loompas vividos pelo hilariante Deep Roy?
É o 9.º lugar desta lista porque Tim Burton não se cansa de esfregar na nossa fuça todos os motivos pelo qual é considerado um dos cineastas mais inventivos que o cinema americano já conheceu. E aposto que todos aí adorariam ter pelo menos uns dez Oompa-Loompas dançando e cantando em suas casas. 🙂
:: 8.º – ESTA TERRA NÃO CONHECE UM VERDADEIRO HERÓI. AINDA.
Se Quentin Tarantino já é um cara legal apenas por seus filmes, só devemos agradecer pelo favorzinho que este elemento fez ao cinema em 2005. Afinal, se não fosse sua enorme habilidade em descobrir pérolas nos circuitos alternativos da vida e sua boa-vontade em financiar a distribuição destas pérolas para o resto do mundo, jamais teríamos acesso a uma das grandes películas desta safra. Herói (Hero/Ying Xiong, 2002), dirigido com extrema sensibilidade pelo aclamado Zhang Yimou (de “Lanternas Vermelhas” e “O Sorgo Vermelho”), é um espetáculo de sentidos raríssimo de ser ver nas produções cinematográficas de hoje em dia. Usando e abusando das cores e dos inacreditáveis cenários, “Herói” narra o encontro entre um guerreiro sem nome (Jet Li) e o imperador de uma das sete províncias que, no futuro, se unirão e formarão a China. O tal imperador anda sofrendo uma série de ameaças de assassinato, e eis que o cara sem nome surge de repente, contando que eliminou sozinho TODOS os adversários do governante! A narrativa segue os confrontos entre Sem Nome e os guerreiros que desejam a morte do monarca em flashback. Mas… quem, afinal, está do lado bom? Com seu recheio permeado de lutas impressionantes e reviravoltas chocantes, “Herói” é nada menos que belíssimo. Mas o que faz com que este longa seja digno de figurar nesta listinha é sua técnica: Zhang Yimou transforma cada fotograma em um quadro vivo. Para ver e delirar. Obrigado, Quentin. 🙂
É o 8.º lugar desta lista porque é um dos filmes mais bonitos do ano. E porque a seqüência em que o guerreiro sem nome deixa o palácio do imperador é uma prova incontestável de que os asiáticos são mestres na arte de aproximar a sétima arte da poesia pura – algo que os estadunidenses ainda apanharão muito para aprender e mais ainda para dominar…
:: 7.º – ARMAS DE GUERRA LIMPAS E REMÉDIOS SUJOS
O nosso sétimo lugar é um empate entre duas produções que chegaram juntinhas às salas de projeção brazucas e, cada um a seu modo, aterrorizaram meio mundo. De um lado, temos O Senhor das Armas (Lord of War, 2005), novíssimo e polêmico trabalho de Andrew Niccol (roteirista de “O Show de Truman”). Do outro lado, a primeira incursão do nosso conterrâneo Fernando Meirelles em solo gringo, o aclamado O Jardineiro Fiel (The Constant Gardener, 2005). O primeiro, drama com toques de humor negro, usa a sátira, a sutileza e a metáfora para narrar a trajetória do carismático traficante de armas Yuri Orlov (Nicolas Cage), um homem que adora sua “profissão”, independente de seus riscos e de sua natureza moral; o segundo conta, em tom semi-documental, a luta do diplomata Justin Quayle (Ralph Fiennes) para descobrir o que há por trás da morte de sua esposa Tessa (Rachel Weisz, precisando urgentemente de um Oscar por conta deste papel), ativista dos Direitos Humanos cujo falecimento está diretamente ligado a experiências com remédios perigosos em populações carentes da África. Tanto “O Senhor das Armas” quanto “O Jardineiro Fiel” – este último, cotadíssimo para a atual temporada de prêmios que inicia-se agora em janeiro – não poupam o espectador quando o assunto é escancarar os podres dos grandes conglomerados farmacêuticos ou do horripilante governo americano. Acima de tudo, com roteiros muito bem escritos e interpretações bastante dedicadas, ambos são excelentes exercícios cinematográficos, daqueles de fazer qualquer um sair do cinema em frangalhos.
Dividem o 6.º lugar desta lista porque são dois brilhantes exemplos de que o cinema não serve apenas como entretenimento, e também pode fazer o espectador pensar. E também porque, embora tratem de temas distintos, tanto um quanto o outro têm por único objetivo pregar um belo manifesto a favor da paz e dos direitos humanos, não importando a classe social. 🙂
:: 6.º – HELLO, STRANGER…
Dan ama Alice, mas mantém um caso com Anna, que é casada com Larry, que ama Anna mas deseja Alice, que só tem olhos para Dan mas desconfia do envolvimento deste com Anna, que inveja Alice e não sabe se fica com Dan ou com Larry, que tem ódio de Dan… Quatro personagens, infinitas possibilidades, muitas dúvidas e uma pá de prosa sobre amor e sexo: Perto Demais (Closer, 2005), retorno triunfal de Mike Nichols à direção de filmes depois de uma ausência de 4 anos, já é tido por muitos como o primeiro grande clássico da década. E não é para menos: “Closer”, cujo enredo retrata nada mais do que as confusões de sentimentos que envolvem os quatro protagonistas, tem o efeito de um violento soco de direita no queixo. E para isto, precisou apenas de pouco menos de uma hora e meia, técnicas tradicionais e um roteiro dúbio, amoral, malicioso e totalmente fabuloso (de autoria de Patrick Marber, responsável também pela peça teatral que deu origem ao filme). Não há como não se render às angústias de Dan, Anna, Alice e Larry, e sua busca incessante por um mínimo de felicidade. E um fator primordial: se todos nós, nerds babões, já éramos apaixonados por aquela coisinha fofa chamada Natalie Portman, depois de “Closer”, então… ai, ai, ai. Cadê minha bombinha de ar??? 😀
É o 6.º lugar desta lista porque aqueles que já se encantaram (e já levaram pra cabeça) com as malditas “questões do coração”, sabem que “Closer” consegue o feito de ser uma das mais perfeitas traduções da máxima “O que é o amor”. Como se isto não fosse suficiente, ainda temos o excelente Clive Owen roubando todas as cenas, e Damien Rice e sua canção The Blower’s Daughter, que são de arrepiar os cabelos do braço.
:: 5.º – TENHAM MUITO MEDO DO ARAGORN…
Ser um filme de David Cronenberg já é um fator mais do que suficiente para adorar Marcas da Violência (A History of Violence, 2005) e incluí-lo em qualquer listinha de “melhores do ano”. Afinal, o diretor é o mesmo maluco psicótico que nos presenteou no passado com trabalhos únicos e doentios como A Mosca, Mistérios e Paixões e o hiper-ultra-mega-maxipolêmico Crash (aquele das pessoas que curtem “dar um tapa na barata” em meio a acidentes automobilísticos). Entretanto, “Marcas da Violência”, inspirado numa HQ de sucesso (de John Wagner e Vince Locke), vai além; trata-se, aliás, do melhor trabalho do cara em muitos anos. Através dos infortúnios vividos pelo pacato sujeito interpretado por Viggo Mortensen (o Aragorn!), que tem sua vida e a de sua família virada pelo avesso após assassinar dois ladrões em legítima defesa (e com uma eficácia fora do comum), Cronenberg esmiuça a hipocrisia do cidadão-padrão norte-americano e realiza uma instigante parábola sobre o fascínio que a violência em geral exerce no ser humano. Uma fita que não é para qualquer um… mas não deixa de ser simplesmente genial por causa deste mero detalhe. Ah, e quem tem medo do Ed Harris levanta a mão! (pausa para que eu possa erguer meus DOIS braços…)
É o 5.º lugar desta lista porque poucas produções estadunidenses têm a coragem e a audácia de expôr as cicatrizes de seu próprio povo, e de uma maneira tão contundente como “Marcas da Violência”. Poucos cineastas conseguem ser tão viscerais e originais como David Cronenberg – afinal, não é qualquer um que abre um filme com a maravilhosa Maria Bello vestida de cheerleader e é aplaudido por isto… ;-D
:: 4.º – AFINAL, É PRETO-E-BRANCO OU COLORIDO?
Em 2005, os espectadores brazucas finalmente puderam conferir na telona uma das fitas mais aguardadas dos últimos anos (pelo menos para nós, nerds): a comentadíssima versão live-action de Sin City: A Cidade do Pecado (Sin City, 2005), curiosamente – e milagrosamente, diga-se de passagem – bem distribuída no circuito comercial tupiniquim. E a espera não foi em vão: “Sin City”, dirigido a quatro mãos por Frank Miller e Robert Rodriguez, é de fato o filme inspirado em HQ mais fiel já feito até hoje. Não é exagero algum dizer que cada um dos fotogramas do gibi está na tela, com uma impressionante e fidelíssima riqueza e reconstituição de detalhes – não à toa, os diretores usaram o própria revista como roteiro. Fizeram tudo igualzinho! Nos três arcos entrelaçados na fita, Mickey Rourke sai à caça do assassino de sua amada, Clive Owen e Benicio Del Toro enfiam-se numa enrascada dos diabos com um grupo de prostitutas mercenárias, e Bruce Willis enfrenta um bizarríssimo Nick Stahl para livrar sua protegida Jessica Alba da morte certa. Para os não-fãs, uma fita bem esquisita e indecisa entre usar preto-e-branco e cores (?); para os fãs de quadrinhos e os fãs de cinema em estado bruto, um divisor de águas.
É o 4.º lugar desta lista porque não só é uma das melhores adaptações de uma HQ para as telas do cinema, senão a melhor, como também é um estupendo laboratório de como se fazer cinema. Rodriguez e Miller brincam com a estética do cinema noir, misturam cores significativas a cenários totalmente p&b (e não em tons de cinza, p&b mesmo!) e entregam uma película simplesmente delirante. E quem tem medo do Elijah Wood levanta a mão! (pausa para que eu possa erguer meus DOIS braços… e minhas duas pernas também!)
:: 3.º – A CONSAGRAÇÃO DEFINITIVA DE DIRTY HARRY
Meio em baixa por conta de suas últimas aventuras à frente e atrás das câmeras, Clint Eastwood provou ainda ser digno de ostentar seu glorioso status com o ótimo “Sobre Meninos e Lobos”. Último sopro de genialidade? Sim, alguns imaginavam. Mas ninguém, eu digo, NINGUÉM estava preparado para o que o senhor Clint reservara para o público a seguir. Menina de Ouro (Million Dollar Baby, 2004) é, sem dúvidas, um dos melhores trabalhos de toda a carreira do ator/cineasta. O fascinante roteiro de Paul Haggis (responsável por outro excelente filme que chegou às telas neste ano, “Crash – No Limite”) explora o difícil e a princípio relutante relacionamento de amizade entre o empresário de lutas de boxe Frankie Dunn (Eastwood) e a sonhadora garçonete Maggie Fitzgerald (Hilary Swank) que, mesmo com 31 anos nas costas, idade considerada avançada demais para o esporte, não desiste do desejo em tornar-se pugilista. Narrado pelo único amigo do frio Dunn, o ex-boxeador Scrap (Morgan Freeman em atuação fantasmagórica), “Menina de Ouro” consegue o feito de derreter até o mais duro dos corações – até mesmo de uma certa figura que costuma atender pela alcunha de Zarko… 🙂
É o 3.º lugar desta lista porque é simplesmente perfeito. Embora não precise provar mais nada a ninguém, Clint Eastwood revela uma sensibilidade sem igual na direção de atores e na condução da história (algo já demonstrado com o sensível e infelizmente pouco visto As Pontes de Madison). E que atire a primeira pedra aquele que conseguiu sair ileso à aterrorizante e massacrante reviravolta final do filme! Talvez o primeiro Oscar de Melhor Filme entregue com toda justiça do mundo.
:: 2.º – AINDA NÃO DESISTIU DE MIM, ALFRED?
Se Alfred desistiu ou não, o problema é dele: ainda bem que a Warner não desistiu! Então esqueçamos os obscuros longas de Tim Burton e sobretudo aquelas coisas ultra-coloridas comandadas por Joel “Bornay” Schumacher. 2005 presenciou aquilo que todo adorador de gibis sempre sonhou em ver: um Homem-Morcego digno de nota no cinema. Confirmando todas as ansiosas expectativas, Batman Begins (Batman Begins, 2005) revelou-se um grande filme de ação, um grande trabalho visual e, acima de tudo, uma excelente adaptação de HQs, embora tome uma ou outra liberdade artística com a origem do personagem. Ah, e quem se importa com isto? A direção do ótimo Christopher Nolan (“Amnésia”) captou à perfeição toda a essência do paladino da justiça e entregou um trabalho sério, contundente, coeso e beeem pé-no-chão – tudo aquilo que os fãs esperavam há muuuuito tempo. E de quebra, apresentou o Batman mais legal da cinessérie na pele de Christian Bale e entregou ao mundo um vilão memorável chamado Espantalho, interpretado com garra pelo bizarro Cillian Murphy. E quem não queria ter um tio, um pai ou um avô igualzinho ao Alfred de Michael Caine? 😀 Pronto! Os fãs, que padeciam de uma película decente protagonizada pelo alter-ego do playboy Bruce Wayne, agradecem satisfeitos, comovidos e com uma lágrima escorrendo no cantinho do olho.
É o 2.º lugar desta lista porque consegue agradar a todos os públicos; o roteiro de “Batman Begins” é tão bem construído que não ofende o conhecimento dos nerds e não deixa nenhum leigo boiando no assunto. E, na boa, traz o elenco dos sonhos molhados de todos os diretores! Afinal, quem não adoraria reunir, numa única produção, astros do porte de Michael Caine, Morgan Freeman, Liam Neeson, Gary Oldman (fazendo papel de bonzinho!) e Tom Wilkinson?
:: 1.º – E A FERA OLHOU PARA A FACE DA BELA…
…E, desde então, a fera estava condenada à morte. E o nosso escolhido como o melhor filme de 2005, como era de se esperar, é o excepcional King Kong de Peter Jackson. Motivos para esta escolha é o que não falta: remake direto de um dos maiores clássicos do cinema, “King Kong” vai muito além do que um mero espetáculo de efeitos visuais: a trágica e emocionante história do gorila gigante apaixonado pela atriz Ann Darrow (Naomi Watts, mais linda do que nunca), arrancado de sua terra-natal, a Ilha da Caveira, e largado a um comovente destino em plena Nova York de 1933, provou ao mundo que, assim como seus atores, Peter Jackson não se deixou marcar pelo estigma O Senhor dos Anéis e, acima de tudo, sabe como ninguém dominar a arte de cativar e assustar seu público. Dosando drama, suspense e ação nas medidas certas, o desempenho de Jackson atrás das câmeras comprovou que seu universo está a anos-luz longe dos orcs, anéis, trolls e afins. Aqueles que sentiram-se órfãos ao término da sessão de O Retorno do Rei (como este que vos fala), não têm do que reclamar. E tem como não sentir um arrepio na espinha com o clímax da fita, na qual Kong e sua amada defendem-se de sanguinários biplanos no alto do Empire States Building? Não, não tem. Para ver, e rever, e rever, e rever…
É o 1.º lugar desta lista porque “King Kong”, na opinião de boa parte da crítica, é um dos pouquíssimos longas-metragens atuais que sobreviverão ao tempo e serão lembrados daqui a muitos e muitos anos. Três horas e dez minutos de projeção que justificam a todo momento o verdadeiro sentido da palavra CINEMA.
:: MENÇÕES HONROSAS*
* Ou: aqueles que não entraram nas listas acima mas também são legais pra xuxu!
A Chave Mestra, de Iain Softley :: A Intérprete, de Sydney Pollack :: A Noiva-Cadáver, de Tim Burton :: Assalto à 13.ª DP, de Jean-François Richet :: Caiu do Céu, de Danny Boyle :: Casa de Areia, de Andrucha Waddington :: Crash – No Limite, de Paul Haggis :: Desventuras em Série, de Brad Silberling :: Dois Filhos de Francisco, de Breno Silveira :: Harry Potter e o Cálice de Fogo, de Mike Newell :: Hora de Voltar, de Zach Braff :: Hotel Ruanda, de Terry George :: Jogos Mortais 2, de Darren Lynn Bousman :: Kung-Fusão, de Stephen Chow :: Ladrão de Diamantes, de Brett Ratner :: Madagascar, de Eric Darnell e Tom McGrath :: Mar Adentro, de Alejandro Amenabár :: Melinda e Melinda, de Woody Allen :: O Castelo Animado, de Hayao Miyazaki :: O Clã das Adagas Voadoras, de Zhang Yimou :: O Exorcismo de Emily Rose, de Scott Derrickson :: O Filho de Chucky, de Don Mancini :: O Galinho Chicken Little, de Mark Dindal :: O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Garth Jennings :: O Massacre da Serra Elétrica, de Marcus Nispel :: O Operário, de Brad Anderson :: Oldboy, de Chan Wook-Park :: Os Irmãos Grimm, de Terry Gilliam :: Os Reis de Dogtown, de Catherine Hardwicke :: Penetras Bons de Bico, de David Dobkin :: Plano de Vôo, de Robert Schwentke :: Provocação, de Tod Williams :: Quatro Irmãos, de John Singleton :: Ray, de Taylor Hackford :: Refém, de Florent Emilio Siri :: Sideways: Entre Umas e Outras, de Alexander Payne :: Team America: Detonando o Mundo, de Trey Parker :: Tentação, de John Curran :: Terra dos Mortos, de George A. Romero :: Vôo Noturno, de Wes Craven :: Wallace & Gromit: A Batalha dos Vegetais, de Nick Park.
:: FILMES QUE QUASE NINGUÉM VIU…*
*…mas que todo mundo deveria ter assistido!
9 Canções, de Michael Winterbottom :: A Menina Santa, de Lucrecia Martel :: A Queda! As Últimas Horas de Hitler, de Oliver Hirschbiegel :: A Vida Marinha com Steve Zissou, de Wes Anderson :: A Vida Secreta dos Dentistas, de Alan Rudolph :: Beijos e Tiros, de Shane Black :: Cabra-Cega, de Toni Venturi :: Casa Vazia, de Kim Ki-Duk :: Cidade Baixa, de Sérgio Machado :: Contra a Parede, de Fatih Akin :: Contra Corrente, de David Gordon Green :: De Tanto Bater Meu Coração Parou, de Jacques Audiard :: Filhote, de Miguel Albaladejo :: Flores Partidas, de Jim Jarmusch :: Jogo Subterrâneo, de Roberto Gervitz :: Lila Diz, de Ziad Doueiri :: Machuca, de Andrés Wood :: Maria Cheia de Graça, de Joshua Marston :: Mean Creek: Quase um Segredo, de Jacob Aaron Estes :: Mistérios da Carne, de Gregg Araki :: Nem Tudo é o que Parece, de Matthew Vaughn :: Nicotina, de Hugo Rodriguéz :: Ninguém Pode Saber, de Hirokazu Koreeda :: O Lenhador, de Nicole Kassell :: O Lobo, de Miguel Courtois :: O Mundo de Jack e Rose, de Rebecca Miller :: O Segredo de Vera Drake, de Mike Leigh :: Questão de Imagem, de Agnès Jaoui :: Sobre Café e Cigarros, de Jim Jarmusch :: Uma Vida Iluminada, de Liev Schreiber :: Vida de Menina, de Helena Solberg :: Vozes Inocentes, de Luis Mandoki.
:: E COM A PALAVRA… OS ARQUEIROS!*
*…menos o Tutu Figurinhas, que não consegue gostar de nada.
:: O Top 5 do Benicio:
5.º – Batman Begins :: Tentei não colocar outro filme de quadrinhos, mas não consegui. Christopher Nolan conseguiu o que Tim Burton e Joel (eca!) Schumacher não conseguiram: um ator decente que saiba diferenciar Bruce Wayne do Homem-Morcego, e este ator é Christian Bale. Além disso, Nolan fez uma Gotham City espetacular, usou um elenco exclusivamente britânico que chuta bundas de muito ator norte-americano e ainda mostrou aquela maldita carta de baralho que me faz querer ver a continuação pronta o mais rápido possível.
4.º – Perto Demais :: Palmas para Mike Nichols, que fez os coadjuvantes Clive Owen e Natalie Portman roubarem o filme de Julia Roberts e Jude Law, com atuações impactantes. Owen é um médico possessivo e bruto. Portman é uma stripper procurando uma oportunidade para sair dessa vida. Com esse papel, Natalie mostrou que também pode interpretar mulheres sexys e não só mulheres meiguinhas.
3.º – Ray :: O diretor Taylor Hackford acertou em cheio ao dar de presente ao ator Jamie Foxx o papel de um dos maiores músicos norte-americanos que já existiram. Interpretado de forma completamente embasbacante e aprovado pelo próprio Ray Charles – antes de falecer – o filme é bom, nada fora do normal, mas que acaba se transformando em um clássico pela atuação de Foxx, que levou o Oscar de Melhor Ator em 2005.
2.º – Menina de Ouro :: A barbada do Oscar (filme, direção, atriz, ator coadjuvante) mostra cada vez mais a força e a diversidade de Clint Eastwood, que aborda um tema polêmico (eutanásia) junto com o preconceito de uma mulher nos ringues e a busca de seu sonho. O elenco também conta muito, ainda mais com Hillary Swank e Morgan Freeman. Prêmio na certa!
1.º – Sin City: A Cidade do Pecado :: Após fazer um punhado de filmes rentáveis mas bem fraquinhos, o diretor Robert Rodriguez volta à boa forma transpondo para as telonas, de maneira fantástica, a grande obra em quadrinhos de Frank Miller, reacendendo a carreira de astros esquecidos (lê-se Mickey Rourke e Rutger Hauer) e passando por cima de quem aparecesse em seu caminho (lê-se Sindicato dos Diretores).
:: O Top 5 do El Cid:
5.º – Team America: Detonando o Mundo :: Ok, ok, foi lançado no ano passado. Mas só chegou ao Brasil, em DVD, este ano. Juro que não me lembro de ter rido tanto em 2005 como gargalhei ao ver a nova obra dos criadores de “South Park”. Bom, talvez quando eu vi o Fanboy fantasiado de Mulher-Gato. Mas isso não conta. Enfim: três vivas ao politicamente incorreto.
4.º – Menina de Ouro :: Acabei assistindo a este filme bem depois da sua vitória no Oscar. E… ouch. Mas que cacetada bem no meio do queixo, seguida de uma joelhada bem na altura do nariz. Maldito Sr. Eastwood. Como ele consegue ser um ator tão bom e ainda dirigir tão bem o infeliz do Morgan Freeman? Lindo, lindo, lindo. Absolutamente lindo.
3.º – Jogos Mortais :: Há muito tempo que eu não era surpreendido com uma trama tão bem amarrada e cheia de pequenas reviravoltas. Há muito tempo que o meu estômago não se revirava deste jeito e eu não ficava absolutamente inquieto na cadeira. Há muito tempo que eu não achava um vilão tão filho-da-puta e tão admirável ao mesmo tempo.
2.º – Marcas da Violência :: David Cronenberg faz um verdadeiro tratado sobre a violência na vida do americano médio, com interpretações primorosas de Ed Harris e Viggo Mortensen; um clima absolutamente envolvente de faroeste urbano; e uma seqüência final silenciosa que, sem sombra de dúvidas, é nada menos do que genial.
1.º – Sin City: A Cidade do Pecado :: A tradução literal dos quadrinhos de Frank Miller – que co-dirigiu a peça ao lado de Robert Rodriguez, arrumando a maior briga com o sindicato dos diretores e realizando o nosso grande sonho nerd. Deliciosa brincadeira estética, diálogos forçados, clichês revirados, heróis canastrões, mulheres semi-nuas, tiroteios e perseguições de carros. Divino. Para ver de novo e de novo.
– Menções Honrosas: Perto Demais (Nossa. Que porrada); Ray (Interpretação sobrenatural); A Fantástica Fábrica de Chocolate (Quero ter um filho igual ao Charlie); Caiu do Céu (Quero ter um filho igual ao Alex).
:: O Top 5 do Emílio Elfo:
5.º – Dois Filhos de Francisco :: Tire o preconceito da sua mente (se você odiar música sertaneja, claro) e assista pensando apenas que é só mais um filme. E sim, ele te acerta no estômago, na nuca, arranca uns dentes e só aí você percebe que sua vida não é tão ruim assim e que teríamos que estar felizes com a vida que temos. Continuo odiando música sertaneja, mas esses caras conseguiram meu respeito.
4.º – Menina de Ouro :: Quando Hollywood quer, faz algo bom e “Menina de Ouro” é a mais pura prova disso. Muitas vezes, o Oscar comete injustiças, o que, graças a Deus, não aconteceu, sendo este filme o grande premiado por puro merecimento. Tudo simplesmente show de bola: história, atores, diretor, não há o que reclamar. E sim, tenho um pouco de Clint Eastwood desse filme em mim…
3.º – Sin City: A Cidade do Pecado :: Ok, estou tentando não ser lá muito nerd nas escolhas, mas não dá, não com “Sin City” no meio da jogada… tudo neste filme é, simplesmente, perfeito.
2.º – Batman Begins :: Bom, o que posso dizer além da crítica? “Batman Begins”, ao lado dos filmes do Homem-Aranha, é a maior prova de que dá pra ser fiel aos quadrinhos de super-heróis, coisa que sempre defendi desde o começo.
1.º – King Kong :: George Lucas? Spielberg? ok, com todo respeito à contribuição deles ao cinema, mas… Peter Jackson rules!!! Sem palavras pra este filme…
– Menções Honrosas: Herói; O Clã das Adagas Voadoras; Kung-Fusão; Perto Demais.
:: O Top 5 do Fanboy, sem ordem definida:
– King Kong :: Para aqueles que achavam que a história do macacão estava lacrada nos anos 30, com efeitos de quinta categoria. Peter Jackson veio de novo e mostrou que entende de cinema. Cinema grandioso, cinema pipoca, cinema inteligente. E agora, depois de uma adaptação literária e uma refilmagem, eu quero ver Jackson e Phillipa Boyens criarem uma história original.
– Dois Filhos de Francisco :: A surpresa do ano. O filme que todos – inclusive eu – estavam prontos para odiar. E foi preciso dios cantores de sertanejo para mostrar para esse bando de cineastas brasileiros que dá para fazer filme popular sim, com qualidade. E palmas para a Dira Paes.
– O Castelo Animado :: A melhor animação do ano. Ponto. O mestre Hayao Miyazaki continua mostrando que animação tradicional ainda pode cativar (e como!), personagens maravilhosos e uma poesia contada em quase duas horas de projeção. E tem um cachorro asmático. ^_^
– O Virgem de 40 Anos, de Judd Apatow :: Seria muito fácil fazer um filme medíocre sobre um quarentão que ainda não tinha conseguido afogar o ganso. Poderia facilmente ser um filhote do National Lampoon, como um dos Porky’s da vida, ou até mesmo American Pie (diga-se de passagem, acho o primeiro muito divertido). Mas, quem diria, nada de piadas peitos/bundas/peidos, roteiro simples mas cativante, situações divertidíssimas e a atuação espetacular de Steve Carrell como o personagem principal, Andy Stitzer.
– Jogos Mortais :: Espetacular! Vi em DVD, e notei porque o Zarko não conseguia parar de falar nessa película. Roteiro enxuto, ótimas atuações, muito suspense e um final que… cacete, inacreditável. Mesmo.
– Menções Honrosas: O Galinho Chicken Little (filme muito divertido. Agora é rezar para que a Disney volte às origens); Wallace & Gromit: A Batalha dos Vegetais (carisma. Roteiro simples e direto ao ponto. E animação stop-motion); Batman Begins (esse sim é o morcegão! E sim, eu gostei do batmóvel); Kung-Fusão (incompreendido e mal divulgado pacas! Começa meio estranho, mas o final é hilário); Constantine (filmão! Se você for nerd e conhecer a história original, simplesmente esqueça. Se não, vai curtir um filme de ação bacanérrimo).
:: O Top 5 do Machine Boy:
5.º – Perto Demais :: Uma história que mostra o relacionamento que pode ser até cruel na realidade. Sem máscaras, sem romances, apenas gente querendo encontrar sua cara-metade, mesmo que outras pessoas acabem despedaçadas no caminho. Salve Damien Rice.
4.º – Caiu do Céu :: Ao mesmo tempo em que o diretor Danny Boyle faz coisas bizarras como “Extermínio” e “Trainspotting”, traz uma história leve e gostosa de assistir, um conto fantasioso que se mescla com a realidade.
3.º – Menina de Ouro :: Uma prova de que algumas pessoas são como vinhos: tendem a melhorar ao passar dos anos. Este é o caso de Clint Eastwood, que nos deu um chute no estômago com este grande filme.
2.º – Batman Begins :: Como fã de quadrinhos e fã do personagem, me deu uma paz incrível saber que as coisas podem dar certo, e que há pessoas competentes no mundo para fazer um bom trabalho.
1.º – King Kong :: Pensei que fosse exagero de todo mundo. Mas o filme é mesmo “muito mais melhor de bão”! Um filme que impressiona, choca, agoniza e até arranca um pouco de risadas – mas poucas. Destaque para o roteiro, efeitos, elenco e… bem, tudo. 😉
– Menções Honrosas: Os Irmãos Grimm, Desventuras em Série e As Crônicas de Nárnia (cinema pipoca-família dos bons); Jogos Mortais (agonia!); A Fantástica Fábrica de Chocolate (Tim Burton + Johnny Depp. Precisa dizer mais?); Sin City: A Cidade do Pecado (imagens valem mais do que mil palavras); O Galinho Chicken Little (quase morri de dar risada!); O Senhor das Armas (realidade pura).
:: O Top 5 do R.Pichuebas:
5.º – Sin City: A Cidade do Pecado :: Se para Robert Rodriguez conseguir financiamento para filmes como este tiver que fazer mais duzentos filmes como “Sharkboy e Lavagirl”, eu não vou me incomodar nem um pouco (E, lógico, mandaremos o Zarko ver todos os duzentos). Um filme sensacional que levou a expressão “fiel aos quadrinhos” ao extremo. Palmas para Mickey Rourke, Jessica Alba, Clive Owen, Bruce Willis e todos envolvidos no filme. Mas quem merece mesmo uma menção especial é Elijah Wood. Que medo do cara!
4.º – Jogos Mortais e Jogos Mortais 2 :: Duas surpresas maravilhosas! Uma série de suspense que realmente me deixou na ponta da cadeira do cinema. Ambos os filmes possuem roteiros sensacionais e situações que realmente não gostaria de ver acontecendo com ninguém. E poxa, uma série que consegue atuações realmente boas de atores como Donnie Wahlberg, Dina Meyer e Cary Elwes merece todo o respeito do mundo.
3.º – Batman Begins :: Realmente acho que não preciso dizer muita coisa sobre este filme excelente que possui como único ponto fraco uma trilha sonora não muito inspirada. Acredito que James Newton Howard e Hans Zimmer poderiam ter feito um trabalho muito melhor – especialmente se Zimmer não estivesse envolvido. No mais, só espero que a continuação consiga evoluir ainda mais os personages, em especial o Comissário Gordon (Gary Oldman). E ei, foi este filme que me deixou com vontade de voltar a ler Batman. Agradeço muito a Christopher Nolan e David S. Goyer por isso.
2.º – O Jardineiro Fiel :: O primeiro filme internacional Fernando Meirelles – e espero que não seja o último – é um filme polêmico sobre a indústria farmacêutica, um filme chocante sobre a realidade africana, um filme maravilhoso sobre o amor de um homem pela sua esposa e um filme sensacional. Incrível em todos os sentidos e, se justiça for feita, um dos maiores merecedores de pelo menos a indicação para o Oscar de melhor ator (Ralph Fiennes), atriz (Rachel Weisz), roteiro (Jeffrey Caine) e diretor (Meirelles). Torço muito por este filme.
1.º – Menina de Ouro :: Clint Eastwood e Morgan Freeman: Desde que vi essa dupla em “Os Imperdoáveis” fiquei desejando que eles voltassem a atuar juntos. E quem diria que seria em mais um filmaço dirigido pelo próprio Eastwood? Na minha opinião, o único filme perfeito de 2005. Grandes atuações (Com Hilary Swank maravilhosa), uma trilha sonora excelente e aquele estilo de filmagem com sombras próprio de Eastwood que eu adoro. Um filmão para rir e chorar.
– Menções Honrosas: Penetras Bons de Bico (MAZEL TOV!); O Chamado 2; O Grito.
:: O Top 5 da Srta.Ni:
5.º – O Operário :: Contrariando (ou não) todas as expectativas, escolho esse filme com o Christian Bale, e não aquele outro lá – que só não está aqui porque eu só podia escolher 5 filmes. Na verdade, assisti “O Operário” ano passado na Mostra BR, mas tudo bem ^^. É um thriller psicológico que funciona de verdade, e tem um final sensacional. Se você não assistiu, corre lá na locadora. Agora.
4.º – Harry Potter e o Cálice de Fogo :: Outro filme de série =D. Não tem muito o que dizer, já que disse tudo na crítica. Mas é o melhor filme do melhor livro da série até agora. Não tinha como não estar aqui, que me desculpem os chatos (Nota do Zarko: Srta.Ni, eu entendi a piada, viu? 😀).
3.º – Os Irmãos Grimm :: Só mesmo um ex-Monty Python que gosta de animação pra fazer algo tão bom. Tudo combinou perfeitamente pra resultar em filme muito engraçado, assustador e ao mesmo tempo bonito. É perfeito. Além de ser um conto de fadas insano. Precisa de mais?
2.º – Star Wars Episódio III: A Vingança dos Sith, de George Lucas :: Tá, tá tá. Pode dizer o que quiser. Eu sei que o “Noooooo” do Darth Vader é o momento mais “misericórdia, eu não estou vendo isso O_O” da história do cinema, e coisas como “Oh, Anakin, you’re breaking my heart” são deprimentes… mas gostei do filme mesmo assim. É mais uma questão emocional, talvez tenha a ver com o momento em que eu o assisti, mas o fato é que o “Episódio III” me trouxe muita felicidade. ^_^ E Deus abençoe o Obi Wan.
1.º – A Fantástica Fábrica de Chocolate :: Não tem jeito. Eu me apaixonei por esse filme. Na verdade eu vi muito filme bom esse ano, mas o Tim Burton, pra variar, conseguiu ser o melhor. A história já era bizarra e feliz como eu gosto, e somando-se ainda… as cores… o Johnny Depp.. e os oompa loompas dançando… a perfeição foi praticamente atingida. Impagável. Olha que assisti umas seis vezes já. E ainda não enjoei.
:: O Top 5 do Zarko:
5.º – Maria Cheia de Graça :: Assustadoramente real, completamente lúcido e sem um pingo de extravagâncias de roteiro. Magnífica interpretação de Catalina Sandino Moreno. E eu jamais teria coragem de engolir uma bexiga daquele tamanho e cheia de heroína! Vixe.
4.º – Perto Demais e Menina de Ouro :: Os dois grandes (e talvez únicos) grandes títulos do Oscar deste ano. No caso de “Menina de Ouro”… ah, o Clint Eastwood sempre foi um dos meus maiores ídolos, assim como Morgan Freeman. E sobre “Closer”… a gerência do cinema precisou chamar uma ambulância para me tirar da sala. 🙂
3.º – Hora de Voltar :: Três momentos célebres deste longa me fizeram escolhê-lo como um dos melhores: “Conhece The Shins?”; “Sabe o que faço quando me sinto comum? Faço algo nunca feito por ninguém antes em toda a história da humanidade”; e o pior de todos… “Boa sorte na exploração de seu próprio abismo infinito”. Não entendeu? Assista ao filme e sinta-se feliz ou triste, mas nunca indiferente. Zach Braff, mais fitas, por favor.
2.º – Contra a Parede :: Se não fosse pelo macacão, este seria o primeiríssimo lugar. Um drama trágico e eletrizante vindo da Alemanha (em parceria com a Turquia), que narra através das canções de uma orquestra árabe o relacionamento de um casal de suicidas, que casam-se para livrar a garota da perseguição da família e acabam se apaixonando… no pior momento de suas existências. Violento, amoral, sujo, trash. E acima de tudo, sublime.
1.º – King Kong :: Sem palavras. Peter Jackson, obrigado mais uma vez.
– Menção Honrosa: Coisa de Mulher (É BRINCADEIRA, É BRINCADEIRA, JURO QUE É BRINCADEIRA!!! :-D).
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