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Artigo adicionado em 14/05/2005, às 02:18

BATMAN: O MORCEGO NO CINEMA – Fase Schumacher
O horror faz ronda em Gotham City! :: ESPECIAL BATMAN BEGINS: Clique aqui para voltar No “volume 1” desta Bat-Trajetória do Morcegão no Cinema (leia aqui), aprendemos que, mesmo não realizando um trabalho definitivo na história das adaptações de HQs para o cinema, ainda assim Tim Burton até que se saiu razoavelmente bem: seus dois […]

Por
Leandro "Zarko" Fernandes


:: ESPECIAL BATMAN BEGINS: Clique aqui para voltar

No “volume 1” desta Bat-Trajetória do Morcegão no Cinema (leia aqui), aprendemos que, mesmo não realizando um trabalho definitivo na história das adaptações de HQs para o cinema, ainda assim Tim Burton até que se saiu razoavelmente bem: seus dois filmes, Batman (1989) e Batman – O Retorno (1992), trouxeram um Michael Keaton milagrosamente bem, apresentaram a belíssima Michelle Pfeiffer como a marcante Mulher-Gato, ajudou a deslanchar a hoje cultuadíssima carreira de Burton como cineasta e Danny Elfman como compositor de trilhas sonoras, e o principal: firmou de uma vez por todas a era, hoje fundamental, dos blockbusters no cinema.

Pois bem, Tim Burton cresceu, amadureceu, gerou pérolas cinematográficas indiscutíveis, e a Warner Bros. não se cansou de explorar o tão rentável filão do Homem-Morcego nas telonas. Maaaaaassss… Tudo que sobe, um dia tem que descer, certo? Portanto, confira aí embaixo, na segunda parte deste artigo – imitando o Machine Boy e sua aplaudida Bat-Cronologia, eu? -, um belo raio-x dos outros dois filmes da controvertida saga de Batman nas salinhas de cinema, os dois longas que quase enterraram de vez a carreira do notório Bruce Wayne e seu alter-ego Batman em Hollywood! Mas leia com cuidado, faz favor. Afinal, estamos falando do momento em que um certo indivíduo com sobrenome de piloto de Fórmula 1 assumiu as rédeas da situação! E, enquanto isso, a gente continua esperando por Batman Begins… Se ansiedade matasse, eu já tinha ido pras cucuias há tempos! 😀

:: BATMAN ETERNAMENTE (1995): O NEON INVADE GOTHAM CITY

“Tudo na vida tem um lado A e um lado B”. Este dito popular, óbvio, é uma metáfora para os lados bons e ruins de qualquer coisa. Por mais que não concorde com o uso desta expressão – já que, assim como todo fanático por rock alternativo, aprendi que as coisas boas da vida estão justamente no “lado B” -, sou obrigado a usá-la neste texto, por definir perfeitamente o que aconteceu com a cinessérie “Batman”: se as duas primeiras fitas formavam o “lado A” com louvor, as duas “pérolas” seguintes representam uma nova fase e uma mudança brusca no ritmo da série; o que não é um elogio de jeito algum. Esta mudança brusca (e suas conseqüências) é o resultado de um único fator: a saída de Tim Burton e a chegada de Joel Schumacher. E por que diabos isto aconteceu, afinal?

Se quiséssemos apontar um culpado, seria errado creditar toda a culpa a Schumacher, um cineasta que sabemos ser bom quando não é podado pelos grandes estúdios – vide seu trabalho em fitas como Os Garotos Perdidos, “Um Dia de Fúria”, “8MM” e Por Um Fio, por exemplo. O que aconteceu foi apenas o resultado de uma série de fatores. Pra começar, Tim Burton sempre declarou que seu plano era realizar uma “Bat-Trilogia” que pudesse contar o nascimento do herói (o primeiro filme), o desenrolar de seus conflitos pessoais (“Batman – O Retorno”) e o momento em que Bruce Wayne finalmente exorciza seus fantasmas e encontra a paz (o que aconteceria no terceiro longa). Burton já tinha um esboço do roteiro e seus atores escolhidos: nesta terceira aventura, Bruce Wayne (Michael Keaton mais uma vez) se relacionaria com a psicóloga Chase Meridian (Rene Russo, de Showtime, uma ótima escolha para o papel), enquanto Batman enfrentaria aquele que, junto ao Coringa, ao Pingüim e a Mulher-Gato, completa o quarteto dos grandes vilões do herói: o Charada (que seria originalmente interpretado por Robin Williams).

Se Burton estava naturalmente confiante no desfecho da cinessérie, a Warner, por sua vez, estava satisfeita pero no mucho. Se por um lado os dois primeiros longas fizeram muito sucesso e encheram os cofres do estúdio, por outro lado os executivos acreditavam que a franquia era dark e macabra demais para conquistar uma fatia que corresponde à boa parte dos ingressos vendidos nas salas de cinema: as crianças – acho que esqueceram de dizer aos caras que o personagem é assim nas HQs… Enfim, o estúdio dispensou o roteirista dos outros longas, Sam Hamm, e contratou em seu lugar o casal estreante Lee Batchler e Janet Scott Batchler, além do péssimo Akiva Goldsman (Uma Mente Brilhante), para dar uma “animada” no personagem. Ao ler o roteiro final dos três indivíduos, Tim Burton desaprovou no ato e abandonou o cargo de diretor, assumindo a vaga de produtor executivo apenas para cumprir a cláusula contratual que previa sua participação em três filmes. E em seu lugar na cadeira de diretor, Joel Schumacher foi contratado, embora fique bem claro que somente na posição de “operário-padrão”.

Com a saída de Burton, muitas mudanças aconteceram: os produtores decidiram transformar o produto em algo mais colorido e atraente para a molecada, esquecendo Michael Keaton, Rene Russo e Robin Williams – atores considerados “velhos demais” para atrair a molecada – e contratando atores de maior prestígio com os jovens; mais dois personagens foram inclusos no enredo: o Duas-Caras e Robin, o menino-prodígio; a ação é a mais mastigada possível, de modo que ninguém precise pensar muito; o cenário, a fotografia e os figurinos se tornam mais detalhados, robotizados e coloridos, graças à fotografia do recém-contratado Stephen Goldblatt (Closer) e aos cenários de Barbara C. Ling – e os mais prejudicados com isso são o Bat-Móvel (com detalhes de neon, mais “xabuzento” impossível) e a Bat-Caverna; a trilha incidental ficou mais “feliz”, depois que o compositor Elliot Goldenthal (Colateral) assumiu o cargo de Danny Elfman; e os personagens, outrora atormentados e cheios de conflitos e desvios psicológicos, se tornam pessoas alegres, bonitas e divertidas, coisa que jamais poderia acontecer com um filme de Batman. Os vilões, então, só fazem dar pulinhos de gazela e soltar gargalhadas tão assustadoras quanto a de bandidos de desenhos da Hanna-Barbera. 😛

Isso sem contar, claro, o tenebroso uniforme do Homem-Morcego, um emborrachado com mamilos salientes (!) que só ajudou a fomentar aquela velha lenda urbana sobre a “ligação” entre Batman e Robin… Diz a lenda que, nos sets de filmagem, Bob Kane andava de um lado a outro, arrancando os cabelos e berrando a quem quisesse ouvir que jamais imaginou viver para ver seu personagem com mamilos em relevo! 😀

Enfim, em 16 de Junho de 1995, chega aos cinemas ianques Batman Eternamente (Batman Forever, 1995), com um enredo no mínimo descartável: Batman/Bruce Wayne (Val Kilmer, de Crimes em Wonderland, o pior ator a encarnar o herói até agora) deve livrar a cidade do maníaco saltitante Duas Caras (Tommy Lee Jones, Caçado). O sonho do maníaco é, um dia, poder destruir o Homem-Morcego, a quem julga responsável pelo acidente que o desfigurou. Durante uma apresentação circense, o Duas Caras assassina o casal Grayson, os trapezistas do circo; e seu filho, o revoltadinho Dick Grayson (Chris O’Donnell, de Kinsey, pavoroso como sempre), se une a Batman na busca por justiça, transformando-se assim em Robin. Enquanto isso, Duas Caras une forças ao louco Edward Nygma, vulgo Charada (Jim Carrey, Desventuras em Série), para tentar descobrir de qualquer forma a identidade secreta do herói mascarado. E para isso, os dois miram no “amor da vez” de Bruce Wayne, a bela psicóloga Chase (Nicole Kidman, A Intérprete), que só está ali para ocupar espaço mesmo. Uma história qualquer nota, que traz de brinde cenas que fizeram os pesadelos de todos os fãs do morcegão (sim, me refiro ao “close” na bunda do herói!) e comete furos inacreditáveis como o tal diálogo em que Batman protesta contra o ato de matar… Logo depois de ter assassinado vários capangas do Duas Caras! Vixe…

Apesar dos pesares, “Batman Eternamente” rendeu absurdos US$ 340 milhões e dividiu opiniões. Enquanto os fãs racionalmente repudiavam a película, o público em geral aprovou o visual extravagante (leia-se: carnavalesco) e, principalmente, a atuação de Jim Carrey como Charada. O ator, no auge da fama com o sucesso de “O Máskara” e “Ace Ventura”, foi escolhido a dedo pelos produtores, por possuir a elasticidade que o bandido pedia. Como resultado, por mais que a atuação de Carrey não tenha sido nem um pouco fiel à HQ, o Charada engoliu praticamente TODOS os outros personagens em cena. Até os fãs concordam que era necessário apenas remover os excessos da interpretação de Carrey para que o cara conseguisse entregar o melhor vilão da cinessérie. Claro que, para isso, seria bom também dar uma melhoradinha no roteiro! Na minha opinião, como fã absoluto do trabalho de Jim Carrey, devo dizer que o cara deixa o filme assistível. E nada mais.

No saldo geral, “Batman Eternamente” não chega a ser tão grotesco assim, até mesmo porque o CD com as músicas do longa – visivelmente gerado apenas para vender os artistas da Warner, já que apenas duas das 14 canções aparecem no filme – conta com a excelente Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me, do U2. Também, é a única que vale qualquer coisa ali… 😛

:: BATMAN & ROBIN (1997): É POR ISSO QUE O SUPER-HOMEM TRABALHA SOZINHO

O sucesso de “Batman Eternamente” não permitiu que a Warner mantivesse a decisão de interromper a carreira do vigilante mascarado no cinema na terceira película. Sabe como é: deu dinheiro, esgota-se a fórmula até a última gota! E como a “fórmula” de Joel Schumacher – personagens saltitantes, trama chula e cenários cheios de cores e ultra-bizarros – até que funcionou em termos de biheteria, a mesma equipe voltou para realizar o quarto longa da cinessérie, o assustador Batman & Robin (Idem, 1997).

Bem, quando digo “mesma equipe”, me refiro somente à equipe técnica. Do elenco, só sobrou mesmo o insosso Chris O’Donnell, além de Michael Gough (o Alfred) e Pat Hingle (o Comissário Gordon); estes dois últimos atuaram em todos os filmes da franquia. Enquanto isso, o roteiro continuou nas mãos do tenebroso Akiva Goldsman, e a direção continuou nas mãos do manipulado Joel Schumacher… E o resto é história! O mais aterrador, contudo, é saber que Schumacher pareceu até se divertir bastante em fechar a câmera na bunda do Batman de Val Kilmer, como explica nesta frase: “Ele (Batman) é rico, lindo, agarra as mais belas mulheres, possui os brinquedos mais legais, é dono de um uniforme cheio de trecos e sempre se dá bem no final!”. Er, será que o cara estava realmente falando do herói atormentado, complexado, brutal e quase psicopata criado por Bob Kane?

O problema é que esta “liberdade” do estúdio para com o personagem perdeu o controle em “Batman & Robin”. Os cenários estão bem mais coloridos (ganhando o acréscimo de horripilantes cores fluorescentes), as armaduras de Batman e Robin estão mais detalhadas e também coloridas – até o uniforme ganhou tons de contraste! -, as proezas dos heróis estão absurdamente sobrehumanas (adiantando um pouco do estilo que dominaria as telonas dois anos depois, com o primeiro longa da cinessérie “Matrix”), e os diálogos são, além de ofensivos à nossa inteligência, totalmente ridículos. Só pra se ter uma idéia de como o negócio está preto, Robin reclama a falta de um Bat-Carro, “para ganhar as gatinhas”. E Batman, irritado, responde na bucha: “É por isso que o Super-Homem trabalha sozinho!”. Sim, vamos todos ajoelhar e pedir perdão pelos nossos pecados! E se alguém tinha dúvidas sobre quem realmente comandou o projeto, é só olhar para o cartaz e ver que o nome do ator que interpreta o vilão tem mais destaque do que o ator que veste o uniforme do mocinho. Isso porque o intérprete do bandido recebe um salário maior. Deus, eu odeio os executivos de Hollywood. 😛

E como se não bastasse tanta tortura psicológica, os malditos mamilos ainda estão lá…

Os atores que defendem “Batman & Robin” são literalmente de gelar a alma (desculpem o trocadilho com o vilão da vez!). Quer conhecer o enredo? Aí vai: A carnavalesca Gotham City torna-se alvo do ódio de três novos vilões. Eis os vilões: a) O cientista Victor Fries, A.K.A. Mr. Freeze, vivido por Arnold Schwarzenegger (quem foi o gênio que teve esta idéia?), cujo maior desejo é congelar a cidade; b) A botânica Pamela Isley, A.K.A. Hera Venenosa, interpretada por Uma Thurman (recém-saída do sucesso de Pulp Fiction), que quer inaugurar uma nova era no planeta, controlada pelas plantas; e c) o grandalhão Bane (o lutador Jeep Swenson), perdendo de vez a importância que tem nas HQs (para quem não sabe, ele é o responsável pelo estado tetraplégico de Batman, fato ocorrido no arco “A Queda do Morcego”) e sendo reduzido a um mero capanga descerebrado de Hera, quase um parente distante do Agronopoulos, personagem vivido por Guilherme Karan no folhetim “Fogo no Rabo”, da TV Pirata.

Enfim, Batman – desta vez, interpretado por um George Clooney (“ER”) estreante nas telonas, sem pique e com biquinho – e Robin se unem à desnecessária Batgirl/Barbara Wilson (Alicia Silverstone? Socorro!), não mais enteada do Comissário Gordon e sim sobrinha de Alfred, para conter a fúria dos bandidões.

A impressão que se tem ao assistir “Batman & Robin” é a de que o diretor desistiu de lutar contra o estúdio e avacalhou de vez. Afinal, como justificar cenas como aquela em que Robin consegue escapar do beijo mortal de Hera Venenosa usando plástico nos lábios? E os malditos “closes” nas partes íntimas dos três heróis, como explicar aquilo? E por que Batman troca de uniforme tantas e tantas vezes? E uma pergunta sincera: por que o Homem-Morcego não deu cabo daquele mala sem alça do Robin? Todos os pontos negativos não foram em vão, e “Batman & Robin”, cuja estréia se deu em 20 de Junho de 1997 em solo ianque, fracassou nas bilheterias, rendendo “apenas” US$ 240 milhões no mundo todo – a fita custou aproximadamente US$ 140 milhões, sem contar os gastos com publicidade. Como se não bastasse, a fama negativa do filme espalhou-se rapidamente e não só enterrou merecidamente a carreira de Chris O’Donnell e Alicia Silverstone no cinema como deu ao filme 11 indicações (!) ao Framboesa de Ouro edição 1998, que premia os piores filmes do ano. Pequenos detalhes que só auxiliaram a Warner a finalmente encerrar de vez a era Schumacher na vida do Homem-Morcego. Ainda bem!

Bem, é de se estranhar quando a única coisa bacaninha num projeto de quase US$ 200 milhões é uma canção – no caso, a divertida The End Is The Beginning Is The End, do já agonizante Smashing Pumpkins. Eu já disse que gosto de rock? Aliás, para quem curte boa música, o CD da trilha sonora também traz duas músicas legaizinhas, mas que sequer rolam no filme: Fun For Me, da Moloko (aquela que rolava no clássico comercial dos cigarros Lucky Strike), e Foolish Games, da Jewel (essa última é para o Machine Boy, mais conhecido como a enciclopédia-humana-de-quadrinhos, que adora a menina!).

Enfim, estes são os quatro longas-metragens que fizeram a (mal-falada) carreira do nosso glorioso vigilante noturno nos cinemas. Certamente já é possível entender o motivo da tremedeira em qualquer fã de HQs quando a palavra “Batman” é pronunciada na mesma frase que a palavra “cinema”. Esperamos de coração que “Batman Begins” cumpra e ultrapasse todas as expectativas que está gerando entre nós, nerds. O que não será difícil, tendo em vista tudo o que já foi divulgado por aí. Uma coisa é certa: pior que um certo quarteto, não deve ser! Tá bom, eu fico quieto, antes que o Emílio me xingue. Sim, o garoto tem esperanças! 😛

:: ALGUMAS CURIOSIDADES (na verdade, são muitas!)

…sobre “Batman Eternamente”:

– Esta é só pra se ter uma idéia de como executivo de Hollywood não entende porcaria nenhuma: alguns executivos da Warner queriam Tom Hanks como Batman e Scott Speedman (Anjos da Noite: Underworld) como Robin! Deus, que pavor! Independente de gostar ou não dos atores, alguém aí consegue imaginar o Forrest Gump como Batman? Sai fora! Se isto tivesse acontecido, pode contar que esta matéria não existiria, pois eu teria cometido suicídio faz tempo. 😛

– O pior é saber que, durante alguns dias, o papel de Robin foi oficialmente de Leonardo DiCaprio… Para se decidir entre os dois finalistas, DiCaprio e Chris O’Donnell, os produtores foram a uma convenção de quadrinhos e abordaram um grupo de garotos-nerds entre 11 e 13 anos (os alvos do projeto) com a seguinte questão: Numa briga entre O’Donnell e DiCaprio, quem venceria? E alguém aí tem dúvidas sobre a resposta?

– Quer mais uma prova de que a equipe toda deveria ser demitida? Então lá vai. Quando soube da demissão voluntária de Tim Burton, ninguém menos que Sam Raimi se ofereceu para produzir o longa. A Warner não aceitou, por afirmar claramente que “Raimi nunca seria um nome quente o suficiente”. Então, veio um certo projeto, envolvendo um certo super-herói aracnídeo…

– O roteiro previa uma rápida aparição do Espantalho, mas os produtores descartaram a idéia, devido ao grande número de vilões que aparecem aqui.

– Antes de Jim Carrey assinar contrato para interpretar o Charada, os atores Brad Dourif (o eterno dublador do boneco Chucky) e Mark Hammil (o eterno Luke Skywalker) foram sondados para assumir o personagem. Hammil já é familiarizado com o universo do Homem-Morcego: ele dublou o Coringa no seriado “Batman: The Animated Series” (92).

– Numa das dezenas de piadas babacas que infestam o roteiro de “Batman Eternamente”, Dick Grayson reclama que acha seu nome bobinho demais, e sugere outro nome: “Asa Noturna”. Outra tiradinha besta envolveu a dra. Chase Meridian e um cometário do tipo “para conquistá-lo, eu precisaria usar um chicote e roupas de couro”. Dããããã…

– Como dizia aquele antigo e notório provérbio Klingon (!), “Vingança é um prato que se come frio”: quando os produtores de “Batman Eternamente” procuraram Robin Williams para lhe oferecer o papel de Charada, Williams não deu uma resposta exata; o ator simplesmente refrescou a memória dos representantes do estúdio sobre um episódio que ocorreu durante a produção do primeiro “Batman”, e bateu a porta em seguida. Se você não sabe do que estou falando, leia a 4.ª curiosidade de “Batman”, no artigo da Fase Burton.

– Ao conferir a performance de Jim Carrey neste filme, o produtor musical George Martin imediatamente convidou o ator para interpretar a doentia faixa I Am The Walrus, dos Beatles, no álbum-tributo In My Life. Carrey aceitou no ato.

…sobre “Batman & Robin”:

– O papel de Mr. Freeze foi oferecido inicialmente a Patrick Stewart (o eterno Professor Xavier), que num ato totalmente coerente, recusou assim que leu o roteiro. Não se sabe o que se passou pela cabeça dos executivos da Warner (sempre eles!) ao oferecerem o papel para Arnold Schwarzenegger em seguida. Bem, poderia ter sido pior: Joel Schumacher declarou que, se Schwarzenegger recusasse, a terceira escolha da equipe era Sylvester Stallone. Medo, muito medo!

– Joel Schumacher também comentou que soube que George Clooney seria um bom Batman ao desenhar o capuz do Homem-Morcego sobre seu rosto numa imagem de divulgação do estúpido “Um Drink no Inferno” (96). Nossa, todos repararam no eficiente método de seleção de atores do cara? Mandarei um desenho da máscara do Batman em cima do meu rosto para o Christopher Nolan, pra ver se ele me contrata para substituir o Christian Bale num próximo filme, talvez… 😛

– A fantasia de carnav… Digo, o uniforme original da Batgirl foi recusado pois, como o capuz cobria praticamente toda a cabeça de Alicia Silverstone, ela não poderia exibir seu lindo cabelo. Ugh… Pior que é sério! 😛

– O ator e lutador de vale-tudo Jeep Swenson, intérprete do pau-mandado Bane, faleceu de ataque cardíaco dois meses depois da estréia de “Batman & Robin”. Espaço para a piada de humor-negro do dia: teria sido desgosto?

– O ator John Glover, que interpreta o dr. Jason Woodrue, também trabalhou como dublador em “Batman: The Animated Series”, assim como Mark Hammil. Seu personagem era o Charada. Atualmente, Glover está envolvido com outro super-herói: ele responde pelo papel de Lionel Luthor no seriado “Smallville” (2001).

SPOILER: O maior furo de “Batman & Robin” envolve a personagem Julie Madison, namoradinha de Bruce Wayne e defendida pela “porta ambulante” que atende pelo nome de Elle Macpherson (modelos no cinema… argh!). No roteiro, há uma cena de briga de faca entre Madison e Hera Venenosa. Hera supostamente teria assassinado a garota nesta briga, o que geraria uma subtrama em que Bruce buscaria vingança. A cena foi cortada da montagem final. Até aí, tudo bem. O problema é que não cortaram as conseqüências: a personagem desaparece de repente, sem explicação alguma. E ainda há uma seqüência em que Batgirl paralisa ao ver Hera enpunhando a faca que matou Madison. E ninguém sabe o porquê. Bem, não que alguém tenha reparado. Pois a esta altura, o cinema inteiro já tinha ido embora ou caído no sono. 😀

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