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Artigo adicionado em 23/02/2005, às 10:10

Crítica: O FANTASMA DA ÓPERA
Esperei tanto tempo pra escrever esse subtítulo. E agora não tenho palavras =oP Desde que foi anunciada a produção de O Fantasma da Ópera, todos os outros nerds d’A ARCA já estavam cientes de que eu é quem deveria escrever essa crítica. Não cheguei a ameaçá-los de morte, mas quando se trata de musicais e […]

Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


Desde que foi anunciada a produção de O Fantasma da Ópera, todos os outros nerds d’A ARCA já estavam cientes de que eu é quem deveria escrever essa crítica. Não cheguei a ameaçá-los de morte, mas quando se trata de musicais e Monty Python, não me responsabilizo por minhas ações. =D Pois bem. Felizmente, não precisei me usar de meios ilícitos para conseguir escrever isso aqui – apesar de ter faltado na faculdade só para ver o Fantasma. E… já começo dizendo que “O Fantasma da Ópera” não superou minhas expectativas. Maaas, sabendo que minhas expectativas eram realmente altas, posso dizer que esse é um filme e tanto. Só não arrisco dizer que é, para mim, o filme do ano, porque ainda falta ver O Guia do Mochileiro das Galáxias, e Harry Potter e o Cálice de Fogo. Hum… Ok, e A Fantástica Fábrica de Chocolates também.

É claro que muito da minha empolgação em relação ao filme não é só porque eu gosto dessa história de Gaston Leurox, e sim, principalmente, porque “O Fantasma da Ópera” é um musical. E, cá entre nós, as chances de ver um musical-pipoca no cinema ainda são poucas hoje em dia. Ah, sim, antes de mais nada é bom que isso fique bem claro: esse filme é um musical. E daqueles bem à la Evita, em que os personagens quase só se comunicam cantando. Por isso, ele pode ser bem cansativo – bem cansativo mesmo, porque são quase duas horas e meia de filme – para quem não suporta musicais (confesso que até mesmo eu, pasmem, achei um pouco cansativos os vinte minutos de filme que se seguem após o início da história propriamente dita). Já se você não tem nada contra um bom musical, posso fazer uma comparação animadora: “O Fantasma da Ópera” é tão bom quanto Moulin Rouge. Com menos cores, mas tão bom, exagerado e movimentado quanto ele. Uma boa produção, cheia dos “rantantam” e exageros, daquelas que você sai da sala com a sensação de que foi atropelado por dezenas de mamutes.

Mas antes de me desdobrar em elogios, vamos à história: Christine Daae é uma jovem (realmente jovem – Emmy Rossum, a atriz que a interpreta, tinha 17 anos quando fez o filme) que vive no teatro de ópera de Paris, onde uma lenda corre entre seus habitantes e freqüentadores, sobre um tal fantasma, que anda pelas sombras do lugar, usando uma máscara. E, antes de morrer, o pai de Christine tinha prometido a ela que, um dia, a enviaria um anjo da música que lhe daria aulas e cantaria divinamente para ela. Por isso, quando a moça começa a ouvir uma linda voz chamando seu nome, tem certeza de que é o tal anjo de seu pai.

É claro que, na verdade, essa voz é de ninguém menos que o próprio Fantasma (Gerald Butler, bonito demais para um fantasma deformado). Ele, que tem sua história explicada no filme, vive nos subterrâneos do teatro, e é apaixonado por Christine. Com o tempo, a paixão vira obsessão. E, nesse meio tempo, para complicar, um amor de infância de Christine reaparece em sua vida: o lindo e perfeito Raoul (Patrick Wilson), que tem direito até a cavalo branco, e tem, de longe, a voz mais bonita de todos os personagens-cantores de “O Fantasma da Ópera”. Tudo seria simples, praticamente um filme da Disney das antigas, se o Fantasma fosse apenas um cara feio e malvado que perseguisse as pessoas até a morte. Mas a coisa é mais complexa, o Fantasma é convincente, Raoul é convincente, e Christine fica no meio desses dois amores diferentes. Diacho, o que ela tem que eu não tenho? Tudo bem, não precisam começar a enumerar…

Felizmente, nenhum ator, com exceção de Minnie Driver, que é a engraçada diva Carlotta, foi dublado – ou seja, as músicas são cantadas por eles mesmos. Emmy Rossum estuda ópera desde pequena, Patrick Wilson faz peças musicais, e, curiosamente, Gerard Butler nunca havia estudado canto; mas se sai até que bem. Sem esquecer dos ótimos Ciarán Hinds e Simon Callow, os novos donos do Teatro – respectivamente, Firmin e André, muito divertidos.

Esse filme, dirigido por Joel Schumacher, é totalmente baseado no musical de Andrew Lloyd Webber, que, por sua vez, é uma adaptação do livro de Gaston Leroux. E, digamos, uma adaptação muito fiel, com apenas algumas pequenas alterações. Disso eu já sabia, e o engraçado foi ir ao cinema já sabendo praticamente todas as falas do filme de cor. Aliás, esse foi um dos meus maiores alívios: as músicas estão intocadas, praticamente sem mudanças da peça para o filme. Ainda assim, já conhecendo de cabo a rabo todo o roteiro e a história, me surpreendi com o resultado. A cena inicial, quando o teatro em ruínas vai virando novo (no melhor efeito Titanic, lembram?), ao som da música tema do Fantasma, arrepia. Literalmente.

Defeitos? Sim, claro. Mas são defeitos totalmente esperados em um musical conduzido por Joel Schumacher e Andrew Lloyd Webber. É que “O Fantasma da Ópera” é bem… empolgado, por assim dizer. As câmeras que não param de planar pelo cenário, umas cenas emocionantes deixadas em câmera lenta, as intermináveis “viradas de capa do Fantasma” (quando você vir o filme, vai entender), algumas cenas um pouco forçadas que ficariam muito melhor no palco… Mas, como estamos falando de um musical – embora nem todo bom musical precise ser exagerado – isso não é necessariamente um problema. Aliás, dependendo do seu estado de espírito, isso tudo vai até melhorar o filme. E, claro, é só lembrar de que “O Fantasma da Ópera” é praticamente uma peça teatral pronta, mas no cinema. E, no teatro, as coisas são normalmente exageradas.

Obrigatório para os fãs de musicais, altamente recomendado para quem gosta e/ou não tem nada contra esse gênero de filmes. Onde mais você veria dois bonitões – um herói perfeito, mas real e um vilão muito, mas muito bem elaborado – em um duelo de espadas, duelando pela moça de vestidos esvoaçantes… E cantando? Sim, sim. Capas, espadas, e música. E vale lembrar que a história lembra um conto de fadas meio gótico, com uma trama muito legal. Principalmente por causa do Fantasma, que é o responsável pelas cenas mais “prenda seu fôlego” do filme.

Por incrível que pareça, eu realmente me controlei para escrever essa crítica. Ou então, tudo estaria escrito em Caps Lock, em negrito, e cheio de pontos de exclamação. Mas guardo os pontos de exclamação para o Mochileiro das Galáxias. ^_^ Ah, e devo avisar a alguns traumatizados que, dessa vez, o Schumacher não deu close no bumbum do Fantasma, não.

O FANTASMA DA ÓPERA (The Phantom of the Opera) :: EUA/ING :: 2004
direção de Joel Schumacher :: roteiro de Andrew Lloyd Webber e Joel Schumacher :: baseado na peça “The Phantom of the Opera”, de Andrew Lloyd Webber e no livro “Le Fantome de L’Opera”, de Gaston Leroux :: com Emmy Rossum, Gerard Butler, Patrick Wilson, Miranda Richardson, Minnie Driver, Ciarán Hinds e Simon Callow :: distribuição UIP :: 143 minutos.

Leia mais:
:: Saiba mais sobre o gênero musical!
:: Conheça o livro e a peça que deram origem ao O FANTASMA DA ÓPERA
:: Conheça ANDREW LLOYD WEBBER, o culpado pela versão musical da história


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