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Artigo adicionado em 28/01/2005, às 03:27

STAR WARS, muito prazer!
É como diria o Chewbacca: ããããhhúúããã :: LEIA TAMBÉM :: CRÍTICA: STAR WARS EPISÓDIO III :: CRONOLOGIA DA SAGA :: EU NÃO GOSTO DE STAR WARS, por Zarko :: QUEM SÃO OS FÃS DE STAR WARS :: STAR WARS RPG :: OS INCRÍVEIS EWOKS FOFINHOS Era sempre a mesma história: em um círculo nerd, alguém […]

Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


:: LEIA TAMBÉM
:: CRÍTICA: STAR WARS EPISÓDIO III
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:: EU NÃO GOSTO DE STAR WARS, por Zarko
:: QUEM SÃO OS FÃS DE STAR WARS
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:: OS INCRÍVEIS EWOKS FOFINHOS

Era sempre a mesma história: em um círculo nerd, alguém fazia uma piada ou uma citação a uma certa trilogia com sabres de luz e batalhas galácticas. E eu ficava quieta, sem entender. Na escola, eu fazia meu penteado favorito e me chamavam de Princesa Léia. E eu, sorria amarelo, achando que ela, a Amidala e… Boba Fett eram a mesma pessoa (aliás, em uma dessas vezes, o nerd mais legal da classe declarou que eu era a Léia, e ele, o Han Solo. Mas, como de costume, eu não captei. Sim, eu quis tirar minha vida quando descobri agora, uns dois anos depois, que Han Solo e Princesa Léia formavam um casal). Na ala dos fãs mais exaltados, era batata: sempre olhavam pra mim com a mesma expressão que faço quando ouço que alguém não gosta de Monty Python, e gritavam “Você nunca viu Star Wars?”. E eu lembrava os cidadãos: “Mas o primeiro filme da saga saiu nos cinemas quando ainda faltavam dez anos para eu nascer!”

E isso explica muita coisa: sou de uma geração em que “Star Wars” é um filme feito há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante, e também conhecido como “aquele filme velho que meu pai gosta” (mas asseguro que conheço um outro “adolescente” de 17 anos que adora a saga). E, no meu caso, nem essa influência eu tive. Minha mãe gostava era de Jornada nas Estrelas, e meu pai estava feliz com o seu álbum do Ben-Hur ^_^. Com o tempo, no entanto, em um esforço sobre-humano para me integrar ao mundo nerd, eu sabia diferenciar os personagens da saga (apesar de ainda achar que princesa Léia e Boba Fett eram sinônimos), e já sabia de todas as suas cenas mais reveladoras – esses spoilers idiotas aparecem em todos os documentários e especiais “Star Wars”, e estragaram o que seria surpresa para mim.

Mas ainda faltava uma coisa crucial. Que era, basicamente, assistir aos filmes. Não que eu nunca tivesse visto alguma coisa da série: para ser sincera, vi no cinema A Ameaça Fantasma. Eu tinha 12 anos, já tinha ouvido falar em Guerra nas Estrelas, mas confesso que até lá, para mim, Darth Vader era o vilão de “Jornada nas Estrelas” e Perdidos no Espaço. Se disser que entendi metade do enredo do filme, vou estar mentindo.

Daí que, com o início de 2005, resolvi cumprir uma das minhas metas de ano novo: passei na vídeo locadora para finalmente pôr meus conhecimentos nerds em dia. Chegando lá, pedi, sem pestanejar, os episódios I, II e III do “Star Wars”. O dono da locadora parou, um tanto confuso, e me avisou que o terceiro filme ia sair nos cinemas ainda esse ano. Quando eu disse “Ah, eu sei que só lançaram em DVD o IV, o V e o VI. Pode ser os três primeiros em fita, mesmo”, ele se compadeceu de mim, e me explicou que estava havendo um pequeno erro de comunicação entre nós. Quinze minutos depois, eu compreendi, que, de acordo com a ordem cronológica, o primeiro filme é o quarto: o quarto é o primeiro, o quinto é o segundo e assim sucessivamente – e que os filmes atuais não são uma refilmagem, como eu sempre acreditei que fossem. Cheguei em casa levemente confusa, e, ainda achando que não estava com os episódios certos na mão, coloquei o primeiro disco no aparelho de DVD.

Duas horas depois, eu estava boquiaberta, imitando o Chewbacca e apaixonada pelo R2D2 (sem esquecer do Han Solo e do Luke Skywalker, é claro). E foi através dessa trilogia do fim dos anos 70/ início dos 80 que eu descobri que não gosto de filmes de fantasia oitentistas por causa de seu legado nostálgico, não. É porque, com todos aqueles “bonecos de borracha que falam” caprichados, aqueles efeitos especiais que não chegam aos pés dos atuais, e os heróis sem muitos defeitos, eram criados filmes às vezes mais criativos e muito mais cativantes que em pleno início do século XXI. Não que os filmes de agora não sejam bons – muito pelo contrário. Mas é que hoje, efeitos especiais e megaproduções viraram coisas tão comuns, que as possibilidades de um filme original (leia-se “não baseado em trilogias ou quadrinhos famosos”) sair nos cinemas agora e conquistar legiões de fãs, que se dizem fiéis a ele até em décadas posteriores, são bem menores do que há 30 anos atrás.

Aliás, uma das coisas que mais contribuiu para que eu virasse admiradora da saga foi ter assistido aos filmes tentando me colocar no lugar de alguém de 1977. Foi aí que imaginei como a criatividade e os efeitos especiais devem ter sido maravilhosos para a época. Sim, dava para ver claramente que alguns efeitos, como o daquele camelo maquiado do Han Solo (ele deve ter um nome, eu sei. Não esqueça que até há pouco eu nem sabia o que era um wookie) caindo, eram bem “tremidos”. Mas isso não prejudica em nada.

:: O QUE UMA NERD MENOR DE 20 ANOS VÊ EM STAR WARS?

– A trilha sonora. John Williams é o cara, assim como o Danny Elfman, e isso nós todos sabemos. Mas, em “Star Wars”, ele estava em sua melhor forma. Só faltou um corinho básico, mas nada que aquele letreiro de abertura ao som da música tema no início de todos os filmes não suplante.

– Os seres bizarros. Mal sabia eu que antes de MIB (filme bacaníssimo e esquecido, não sei porque) ter mostrado vários ETs estranhos interagindo e andando em “centros de pouso”, já tinham feito isso antes. Guardadas as respectivas épocas, mas os personagens toscos de borracha e látex é que eram mágicos ^_^.

– A Princesa Léia. Bons tempos em que mulheres no cinema não precisavam ser “boazudas” e lutar com o mínimo possível de roupas para cair nas graças do público. E isso eu achei muito legal: tirando a seqüência em que é aprisionada pelo Jabba, ela deu uns tiros sim, mas vestida como qualquer pessoa normal. E principalmente: nunca com aquela cara sexy que umas e outras atrizes de hoje têm sempre que fazer. Sabe, aquele estilo “As Panteras“? A fulana dá um tiro e arruma o cabelo, fazendo cara de objeto sexual? Argh. Precisamos de mais Carrie Fischers hoje em dia.

– Os personagens secundários. Chewbacca, R2D2, C3PO, Jabba… E mais uma multidão de seres de todas as raças, planetas e credos. O George Lucas criou todo um universo para sua obra. E isso, pelo que sei, é o delírio dos fãs, que sabem de cor os nomes de cada raça, cada caçador de recompensa e cada freqüentador da taverna de Jabba.

– O tema. Ora, não é segredo para ninguém que foi “Guerra nas Estrelas” o maior responsável por “salvar” Hollywood de uma época de produções quase só voltadas ao público mais adulto, que tinha largado um pouco o lado de entretenimento do cinema. Assim, fez um filme que agradava crianças e adultos, com entretenimento… e uma história. Os críticos chatos podem gritar aos quatro ventos, mas eu sou a maior entusiasta dessas histórias batidas em que o bem tem que vencer o mal. E gostei de toda aquela filosofia Jedi.

– Os sabres de luz. Nem milhares de orcs derrubando torres em Isengard superam aquelas espadas iluminadas, fazendo aquele barulho. Eu não posso evitar, é tão bonito…

– Só um porém: não sei se não era o costume da época colocar a batalha final como a parte mais importante da história, mas achei a última luta muito mixuruca, para a complexidade da trilogia.

_Cuidado! Tem um spoiler malvado logo aí embaixo (como se ninguém soubesse disso…)_

A luta entre Vader e Luke não tem graça. É muito fácil. E o Imperador é destruído muito facilmente – ainda mais depois que o Obi Wan e o Yoda falaram tanto sobre não subestimar seus poderes!

Eu esperava que “Star Wars” fosse algo totalmente diferente – só com batalhas, enredo chato setentista e sangue. Errei, sim. Tinha esquecido que essa foi a trilogia que precedeu outros bem sucedidos filmes de aventura entendíveis por todas as idades, quando esse tipo de filme não se limitava só àquelas chatices de Natal, e quando piadas de mal gosto ou coisas para chocar o público não estavam assim tão na moda, como tentativas desesperadas para ganhar dinheiro. Agora, preciso descobrir “novos filmes antigos” para aumentar meu repertório nerd. Talvez meu próximo passo seja assistir à série “Jornada nas Estrelas”, e descobrir qual dos dois é mais legal. Aceito sugestões n’A Voz dos Nerds!


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