Fantasia (tirando a parte abstrata da palavra) é aquela roupa empoeirada que você aluga ou tira do guarda-roupa duas vezes por ano, para ir às festas de Carnaval e de Halloween do seu bairro. Certo? É claro que não! Os fiéis visitantes d’A ARCA estão cansados de saber que nerd não precisa de uma data exata para provar sua loucura e sair por aí se vestindo como seu personagem favorito. Existem eventos de animes, RPG, Jedicon, e todos os outros “con” e cia. acontecendo todos os meses por várias cidades do País. E todos esses eventos são uma bela desculpa para que os tais cosplayers saiam do armário!
Quem costuma ir a eventos de RPG ou animes em qualquer época do ano já está acostumado a ver um bando de malucos de todas as idades, sexos, cores (todas mesmo: brancos, pretos, verdes, azuis, vermelhos…) fantasiados. Isso, claro, quando ele mesmo não é um desses malucos fantasiados. É a esses seres que damos o nome de cosplayers. O que um cosplayer faz? Usa fantasias.
Cosplay vem do inglês Costume (fantasia, traje) + Play (brincar, interpretar). Então, “traduzindo” o termo, pode-se dizer que cosplayers são as pessoas que brincam de se vestir como seu personagem favorito. Antes de mais nada, cosplay é um hobby. Os cosplayers o fazem por diversão e ainda mais por uma questão de desafio. Mas assim como todos os hobbies, existem aqueles que o levam bem a sério, fazendo cosplays de altíssima qualidade, e, para isso, não poupando despesas. Ah, sim, grana é uma coisa essencial para o cosplayer que quer se divertir, mas com uma certa qualidade na sua caracterização: deve bancar costureira, acessórios e perucas, entre outras “frescuras” necessárias (incluindo aí asas feitas por encomenda…). Mas tudo isso é compensado na hora em que o cosplay atrai a atenção, de tão bem feito que está. Grandes eventos de animes, como por exemplo o Animecon e Anime Friends organizam concursos de cosplay, muitas vezes oferecendo prêmios bem legais aos vencedores.
Tudo bem, se você não entendia qual era a das pessoas que iam vestidas estranhamente nesses eventos, agora já sabe o que é o tal de cosplay. Mas a coisa não pára por aí. Não basta vestir uma roupa legal e perfeita e sair por aí… O bom cosplayer é o que realmente leva a sério a parte do “Play” no hobby, e realmente interpreta o seu personagem. A personalidade e o modo de falar dele devem ser bem estudados, porque a interpretação é uma parte importante do Cosplay.
:: COMO FUNCIONA
Os concursos de cosplay geralmente são divulgados no site oficial do evento, com suas regras já estabelecidas. Chegando lá, no dia do evento, o cosplayer (ou o grupo de cosplayers que se apresentam em conjunto) faz a sua inscrição e se veste como o personagem escolhido, esperando a hora das apresentações. Dada a hora, o cosplayer sobe ao palco e interpreta seu personagem, com as falas e toda a apresentação já preparada (acompanhada das músicas, gestos típicos e outras coisas que compõem o personagem, ao gosto do freguês). Depois, é só aguardar as notas dos juízes. Mas vale lembrar que nem todo mundo faz cosplay com a intenção de participar desses concursos. Alguém que tem vergonha de subir em um palco e imitar um personagem, mas quer fazer cosplay, pode se sentir à vontade para colocar uma fantasia e ir ao evento, só para mostrar a caracterização e ser feliz.
Outra categoria de cosplay, que ultimamente está fazendo parte de alguns eventos é o Cosplay Original, que, segundo a Juliana, do site Vita Cosplay “é um cosplay que a pessoa cria, com uma história e conteúdo. O pessoal do fórum Cosplay Brasil está montando um grupo de cosplays originais baseados em seus nicks, cada um possui uma história própria – todos estão unidos em prol da participação de um torneio”.
:: A FEBRE COSPLAY
Não existem documentos que indiquem a primeira aparição oficial de um cosplayer, e ninguém sabe dizer ao certo como essa mania começou. Mas reza a lenda que tudo começou nas décadas de 60/70, quando uns nerds solitários começaram a se vestir como seus caubóis de TV favoritos ou como personagens de Jornada nas Estrelas e Star Wars, nos Estados Unidos. A coisa foi parar no Japão, onde ganhou muitos adeptos, que gostaram da idéia e transformaram o hobby em uma febre no país. Daí que nos anos 80, já se viam vários japoneses vestidos como seus personagens de animes favoritos.
Com a invasão das animações japonesas no território ocidental, esse costume de imitar animes aportou nos Estados Unidos, levando o cosplay de volta para lá, há uns 20 anos atrás. Um cidadão chamado Nov Takahashi, dono do Studio Hard, e um dos importadores da “cultura otaku” para os States, foi o primeiro a notar esse fenômeno e foi ele quem batizou a mania. Como não há ser vivente que não ache no mínimo interessante ter a possibilidade de encarnar um personagem que goste, a mania se espalhou rapidinho e logo a nossa terrinha estava sendo invadida por cosplayers de todos os tipos.
Com o tempo, o cosplay foi sendo introduzido timidamente no Brasil. Lá no Japão, como o costume foi mais difundido antes, as pessoas que têm esse hobby muitas vezes alcançam níveis profissionais, com trajes impecáveis, ficando praticamente idênticos ao personagem que querem imitar. E isso, com a rápida propagação dessa moda (como acontece com qualquer outro modismo aqui na terrinha verdeamarela), está acontecendo com cada vez mais freqüência nos concursos brasileiros. Em 1998, já eram avistados alguns espécimes vestidos como seus personagens favoritos circulando pelas convenções do Brasil. Foi nesse ano que a Juliana viu pela primeira vez um cosplayer, e, segundo ela, “foi paixão à primeira vista”. No ano seguinte, lá estava ela fazendo o cosplay da Deedlit (OVA The Record of Lodoss War), e, em 2003, seu site (Vita Cosplay) entrou no ar, feito em parceria com seu namorado, também um cosplayer.
O hobby-mania-febre-diversão (escolha aí o termo que quiser) cosplay já está atingindo proporções tão grandes que, segundo Nov Takahashi declarou no Project: A-Kon (uma convenção de animes nos EUA), em 2001, até mesmo os estúdios de animes estão bolando figurinos mais “acessíveis”, para facilitar a vida dos cosplayers!
Mas essa febre, como tudo nesse mundo, tem seus prós e contras. Por um lado, é supimpa ver tanta gente se dedicando para fazer uma coisa que gosta, e levando a sério a parte divertida do papel. Mas, por outro, sempre se vêem montes de menininhas que só escolhem uma roupa para mostrar seu corpo escultural (ou não!), e gentes que só querem gastar rios de dinheiro para mostrar “Olha só, mamãe, como minha armadura é legal!”, sem nem conhecer o personagem que estão interpretando.
É muito comum ver pais desesperados quando vêem seus filhos dispostos a gastar tempo e dinheiro na confecção de um cosplay. A Paolla (mais conhecida como a Ami Ikari do Arquivo Cosplay, um dos sites brasileiros mais conhecidos sobre o assunto) deu sua opinião:
“Tem que ser dada uma prioridade nas coisas… Eu só fiz o meu primeiro cosplay porque passei no vestibular para Medicina. Parei há um ano justamente porque eu estava para me formar e tinha que estudar para as provas de residência médica, mas porque eu senti que não ia dar. Quando a coisa começa a ficar feia e as notas despencam, sinto muito, mas eu fico do lado dos pais – é hora de bronca e até mesmo de proibir a ida em eventos, porque quem vai ter que estudar de novo e enfrentar recuperação não são os pais, mas são eles quem mais sofrem com isso…O importante é que o cosplay tem que ser um prazer, não a meta fundamental que dirige a sua vida. Estudando, você um dia terá uma profissão, coisa que o cosplay ainda não consegue fazer no Brasil. Ninguém vive de cosplay”.
A maioria dos cosplayers são, hoje, mulheres de 16 a 25 anos – mas é claro que homens, e, por vezes, até famílias inteiras, estão, mais e mais, aderindo à brincadeira. Também é mais comum ver cosplays inspirados em animes e mangás, mas isso não impede que, nos eventos, surjam sempre personagens de vídeo games, HQs, filmes e séries em geral (Harry Potter e Chaves são dois bons exemplos), embora tenha gente que insista em dizer que “cosplay de personagem não-anime não é cosplay”. Isso não passa de frescura de puristas – lembra de quando eu falei das origens do cosplay? Ele não veio ORIGINALMENTE dos animes, não senhor. No fim das contas, o que vale mais é se divertir. Quem se importa se você é um garotão de 35 anos e quiser se vestir de Sailor Moon? Vai, no mínimo, render bons momentos de risada entre os otakus.
:: COSPOBRE
E essa parece ser a razão de ser de uma nova modalidade de cosplay, mais adaptada aos padrões financeiros e bem-humorados da brasileirada. Afinal, não se deixe enganar. Nem todo mundo tem verba, paciência e, digamos, neurose suficiente para fazer um cosplay decente e maravilhoso. O pessoal com dinheiro de menos e criatividade demais consegue se virar e fazer uns cosplays maravilhosos. Não maravilhosos por causa de sua qualidade, é claro. E sim por causa do bom humor.
Essa modalidade do cosplay, carinhosamente apelidada de Cospobre, tem inclusive um site próprio na Internet . Esses “párias” são os malucos que decidem se vestir de personagens nada-a-ver ou usar propositalmente fantasias toscas, para desfilar nos corredores dos eventos de animes – para horror dos cosplayers mais empenhados na parte séria da coisa. Um dos vários membros da enorme turma que cuida do site, o Hyoga Bêbado, explicou como foi que surgiu a idéia para o Cospobre: “Foi em 2003, mais precisamente quado conheci o Chapolin (você já deve ter visto ele em algum evento) e o Nuriko (mais precisamente, um cara fantasiado de Kagome) e começamos a conversar sobre fazer cosplay barato e por diversão. Isso ficou meio no gelo por um tempo, até a Anime Friends 2003, onde eu acordei para ir ao evento, e pensei: Ah, vou fazer cosplay de Hyoga… mas… bêbado”. Foi então que, no Anime Friends 2003, a primeira aparição de um Hyoga com chapéu de pele e uma garrafa de vodka na mão surgiu (essa genial idéia tem ligações com uma festa em uma Companhia de Folclore Russo, uma garrafa de vodka gigante, hinos soviéticos e um “semi-porre”).
O Cospobre surgiu oficialmente em julho de 2003 na Anime Friends, e, de lá para cá, vem marcando presença em todos os festivais de São Paulo, e até em outros fora da Capital. Eles participam dos concursos, e já chegaram a ganhar em algumas categorias. O primeiro filme feito pela trupe, A Casa dos Autistas, foi exibido no anfiteatro do Anime Dreams, fazendo sucesso entre os que assistiram. A “ideologia” do Cospobre é bem legal: “é um grupo aberto, e, na realidade, torna isso cada vez mais uma categoria. Além de tudo, um cospobre nem precisa necessariamente ser tosco. Tem muita gente que sabe lidar com papel e tesoura, o que contrabalanceia os milhares de reais que algum incapacitado paga por não ter criatividade!”.
:: FAÇA VOCÊ MESMO
Tendo dinheiro ou não, seguindo fielmente o personagem ou tirando uma onda com os puristas (assim como nosso amigo El Cid, que tem a coragem de aparecer vestido de jedi em uma convenção de trekkers), o que importa é ser feliz, e se divertir desde o início da confecção da fantasia. Se gostou da idéia e nunca antes fez um cosplay, sempre é hora de começar. Segundo a dona do Vita Cosplay, “não existe uma receita de bolo certinha para se fazer um cosplay”, mas dicas para aqueles perdidos que não sabem por onde começar nunca são demais. Para isso, aqui vão algumas instruções passo a passo para você aprender a fazer seu primeiro cosplay:
– Primeiro passo: escolha do personagem.
O mais comum é escolher algum personagem com o qual você se identifica, seja pelo visual, seja pela personalidade. E as opiniões são semelhantes: Tanto a Juliana do Vita Cosplay quanto a Paolla do Arquivo Cosplay acham que a semelhança física não é o único pré-requisito para que um cosplay seja bom: “Não sou a favor a visão de que você só pode fazer cosplay de um personagem que se parece, eu sou a favor da pessoa ter consciência do que está fazendo. Se ela está com vontade de chamar atenção com um cosplay, que esteja preparada para os comentários alheios. Eu não gosto de críticas destrutivas, já cheguei a seguir essa linha, mas acabei magoando as pessoas sem querer”, diz a primeira. “Você tem que gostar do personagem, porque você vai precisar interpretá-lo. Nessas horas, você tem que se sentir como um ator, saber o que o seu personagem gosta, o que não gosta, o que fala, como age…”, diz a outra. Mas não basta escolher o personagem e lembrar de como ele se veste. Paolla explica: “é preciso entrar na internet e sair caçando imagens do personagem com a roupa que você quer usar. Nem todos os personagens têm o armário da Mônica, cheio de vestidinhos vermelhos iguais, então você tem que escolher o modelo e pegar todas as referências possíveis e imagináveis que você encontrar. Caso tenha talento pra desenho, esboce os detalhes, afinal, é com esse monte de figura que a costureira vai tentar montar a sua fantasia”.
– Segundo passo: organização.
Não adianta de nada você ter idéias mirabolantes sobre como montar seu cosplay e interpretar, se na hora H nada disso der certo. Para que desastres não aconteçam, uma pequena organização é necessária. Primeiro, vale lembrar que cosplay, como quase todo hobby, exige um pouco de verba. Principalmente se sua intenção é que todos os participantes do evento em questão reconheçam seu personagem e reconheçam um trabalho bem feito. Então, você precisa saber bem como e com o que irá gastar seu precioso dinheiro (e, se for bancado pelo pai ou mãe, a responsabilidade de não gastar à toa dobra). Outra coisa é organizar em sua agenda os dias de prova na costureira e dias de sair à caça de acessórios bacanas, com tempo de sobra para que tudo não fique em cima da hora no dia do evento. Por isso, não custa nada reservar alguns dias extras nessa organização para os possíveis contratempos, que com certeza acontecerão. Dica da Juliana: “Além dos custos e tempo, o cosplayer precisa verificar em qual tipo de evento e época do ano irá fazer o cosplay, pois passar calor num cosplay quente é ruim. Eu que o diga, sempre faço isso”.
– Terceiro passo: correndo atrás da costureira.
Os cosplayers do Brasil têm um bom diferencial em relação a muitos estrangeiros. Felizmente, por aqui ainda existem várias pessoas que trabalham como costureira, e que nem sempre cobram muito caro por isso (no exterior, em algumas cidades dos Estados Unidos e Japão, por exemplo, é praticamente impossível encontrar uma costureira, e os cosplays são feitos a custo da boa vontade dos próprios cosplayers ou da boa vontade de seus bolsos). Se você ou algum parente seu costura, melhor ainda: maior chance de não precisar bancar a mão de obra. Caso contrário, é imprescindível descobrir uma boa profissional, que não vá atrasar seus projetos de cosplay: “Um dos problemas do hobby é achar uma boa costureira com preço justo e mão de obra eficiente, conheci gente que pagou caro por um serviço ruim”, diz Juliana. Sem esquecer de que, no caso da maioria das costureiras, você é o responsável por encontrar o tecido mais adequado para a fantasia. Mas não entre em pânico: a costureira, que está bem mais acostumada com isso, geralmente ajuda bastante enumerando os tipos de tecidos e aviamentos necessários. Então, a próxima parada é uma loja de tecidos. “Evite lojas pequenas, os preços geralmente são maiores. Tente pegar as grandes redes de lojas (ou, se você mora em São Paulo, vá na 25 de março) e seja garimpeiro nas pontas de estoque/retalhos. Sempre tem coisas interessantes lá. Não se esqueça dos aviamentos (linhas, botões, zíperes)”, diz Ami Ikari. Costureiras normalmente marcam um dia de prova para que o cliente experimente a roupa e diga onde é preciso melhorar e acertar. E, para os cosplayers, então, esse dia de prova é fundamental (e deve ser mais que um!) para que todos os detalhes da roupa fiquem idênticos ao do original.
– Quarto passo: acessórios, muitos acessórios.
Lojas para compra de acessórios não faltam. Quem mora em São Paulo ou arredores pode tentar se aventurar no formigueiro humano chamado 25 de março, onde são encontradas milhares de quinquilharias que vão de bijuterias variadas a perucas com preços adequados. A Juliana, que mora em Santos, consegue comprar acessórios no próprio centro da cidade – que também é uma opção. Basta uma boa vasculhada em lojas de 1,99, brechós e armarinhos (para compra de materiais como EVA, tintas, lantejoulas, brilhos, cola quente e toda sorte de coisas usadas em fantasias). Para quem, diferentemente da senhorita que vos fala, tem dons artísticos e habilidades manuais, uma boa opção é fazer como nossa amiga santista: confeccionar seus próprios acessórios, o que deixa o trabalho um pouco mais complicado, mas mais barato. Ela também deu uma boa dica para quem não sabe como se arranjar com os calçados: “sapatos são uma parte mais leve, geralmente são botas. Mas o que mata é achar a cor certa, já comprei botas em brechós que precisei pintar para mudar o tom. A dificuldade do sapato está na cor e adereços dele”. A colaboradora do Arquivo Cosplay dá outra dica: “Não se esqueça de ver se o seu personagem usa MAQUIAGEM… ela também serve para fazer as famosas marcas de nascença que alguns personagens têm”.
– Quinto passo: cuidando das madeixas.
O cabelo é uma das partes mais visadas e mais importantes em um cosplay. E as soluções dadas para que uma pessoa relativamente normal consiga ter cabelos poderosos como um anime, por exemplo, variam de pessoa para pessoa: alguns preferem perucas, outros não têm pena de suas madeixas e as pintam sem medo de ser feliz. E essa é a hora de pensar bastante, porque boas perucas geralmente custam caro, e uma tintura ou produto ruim pode sair caro para o seu próprio cabelo.
– Sexto passo: Interpretação.
Você está pronto, achou seu cosplay muito bom e decidiu participar de um concurso. Certo, mas saiba que, geralmente, metade da pontuação nesses concursos é dada pela apresentação. Para isso, você deve estar pronto para interpretar seu personagem diante de uma multidão. “Você tem que tentar ser criativo, sem acabar com as características do personagem. Por exemplo, se eu ouvir mais uma vez ‘Eu sou Sailor Moon e punirei você em nome da Lua‘ em uma apresentação, eu acho que jogo um cetro lunar no palco. Só que isso não quer dizer que você tem que fazer um novo roteiro pro anime, mas, se quiser interpretar uma cena que realmente passou na TV, procure uma cena que poucos fizeram no palco. Quando eu me apresentei como Seiya Kou [que foi seu cosplay favorito] no III EuAnimeRPG de Americana, usei uma cena na qual o Seiya estava machucado e os outros Lights não deixaram ele ver a Serena. Ficou bem melhor do que se eu simplesmente cantasse (o que o Seiya faz com freqüência no anime). Por causa disso, você tem que ficar pensando no que vai fazer no palco até o momento em que pisa em cima dele… A confecção é a parte estressante, mas que termina com um resultado legal. Nem sempre a apresentação termina bem”, diz Paolla.
– Sétimo passo: Chamando a atenção:
Não importa se você está lá para concorrer ou não, a partir do momento em que escolheu fazer um cosplay, já passará a chamar a atenção, e corre o risco de se deparar com um bando de nerds pedindo para tirar uma foto com você. E ei, isso é legal (desde que você não faça cosplay apenas com esse objetivo em mente, por misericórdia)! Por fim, prepare-se também para a atenção de alguma mídia conhecida ou desconhecida no local. E não esqueça do bom senso nessas horas: não são todos os jornalistas e telespectadores que sabem o que é cosplay e porque diabos um bando de marmanjões colocam fantasias para ir a convenções. Por isso, não adianta nada agir como um ser estranho para a mídia inteira divulgar e depois reclamar “Puxa, mas ninguém respeita os cosplayers e os RPGistas!”.
|