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Artigo adicionado em 20/01/2005, às 02:45

JUDE LAW
Rico, talentoso, inteligente, bonito e gostoso (ui!) A cada ano que passa, a indústria cinematográfica sempre alça um indivíduo qualquer à condição de astro ou estrela. Geralmente é só mais um rostinho bonito com nível de importância zero, que desaparece dos holofotes da mídia com a mesma rapidez que surgiu. Mas às vezes… somente às […]

Por
Leandro "Zarko" Fernandes


A cada ano que passa, a indústria cinematográfica sempre alça um indivíduo qualquer à condição de astro ou estrela. Geralmente é só mais um rostinho bonito com nível de importância zero, que desaparece dos holofotes da mídia com a mesma rapidez que surgiu. Mas às vezes… somente às vezes… um corvo traz a alma de volta para consertar o que está errado! Hehehe… Voltando à nossa programação normal, às vezes acontece, mesmo que sem querer, de Hollywood lançar um ator ou atriz que, além de ser mais uma beleza plástica que estampará revistas e venderá filmes nos próximos meses, também tem algo não muito necessário e importante: TALENTO. Pois é, meu. Isso acontece de vez em quando. Mas só de vez em quando! 😛

O atual queridinho da mídia e dos executivos dos estúdios é um típico exemplar desta rara categoria. O cara é carismático, boa pinta e ainda por cima arrumou um tempinho para se dedicar a ATUAR DE VERDADE! Estamos falando de Jude Law, um dos caras mais atuantes e solicitados do cinema atual. Só para se ter uma idéia de como o ator é requisitado, neste final de semana estréiam em telas brazucas dois longas do rapaz, o hilário Desventuras em Série (cedendo voz e silhueta ao narrador Lemony Snicket) e o belíssimo e melancólico Perto Demais (em que responde por uma das pontas de um “quadrado” amoroso), além de ainda figurar em alguns cinemas com o descartável Alfie, o Sedutor (mais conhecido como “o filmeco que quase fez a Srta. Ni tirar uma pestana em plena sala de exibição”).

Nascido David Jude Law em 1972 ao sul de Londres e filho de professores (que agora dirigem uma companhia teatral na França), aos 12 anos de idade já atuava com destaque na National Youth Music Theatre. Aos 17, largou os estudos para iniciar sua carreira na TV Granada, numa novela chamada Families. A partir daí, Law só deslanchou. Conheça mais sobre a carreira deste que é chamado por muitos como “o novo Paul Newman“, e eleito pela revista People como uma das 50 pessoas mais bonitas do mundo. Óia!

:: COMEÇAR PELAS MÃOS DO DIRETOR DE ALIEN VS. PREDADOR É RUIM!

A carreira de Jude Law no cinema começou em 1994. Dois anos antes, Law iniciara um bem-sucedido trabalho nos palcos londrinos, sendo indicado inclusive ao conceituado Prêmio Olivier. Após uma temporada do espetáculo, Indiscretions (em que aparecia nu em cena), o cara se mudou para Nova York, onde trabalhou na Broadway e se destacou no ramo depois de ganhar uma indicação ao Tony. Antes disso, em 1989, Law se aventurou nas telinhas britânicas com o curta-metragem inédito no Brasil The Tailor of Gloucester, que contou com o grande Ian Holm (o Bilbo Baggins!) encabeçando o elenco.

Voltando a 1994, Jude Law estreou mesmo no cinemão pelas mãos do diretor Paul W. S. Anderson – sim, o carrasco por trás de Alien Vs. Predador – na ficção-científica chinfrim $hopping: Alvo do Crime ($hopping), em que atuou ao lado de pesos-pesados como Sean Bean (o Boromir!), Jonathan Pryce (Piratas do Caribe) e Jason Isaacs (Peter Pan, ainda em início de carreira). O filme, visto por quase ninguém além da mãe de Anderson, conta a história de uma gangue especializada em assaltar shopping-centers. Neste mesmo ano, Law protagozinou o curta-metragem The Crane e, em 1996, fez par com a lindinha Claire Danes no esquecível Bem Me Quer, Mal Me Quer (I Love You, I Love You Not) – que também serviu para lançar um ator bem popular e, ao contrário de Law, sem talento algum: James Van Der Beek. Mesmo sendo praticamente ignorado pelo público, este filme ajudou a tornar o nome de Jude Law conhecido no circuito. Tanto Alvo do Crime quanto Bem Me Quer, Mal Me Quer estão disponíveis somente em VHS no Brasil.

:: SEM MEDO DE FAZER QUALQUER PAPEL

Law começou a se destacar nas telonas com seus três trabalhos seguintes, todos de 1997: o drama de guerra Bent, de Sean Mathias, um retrato pesadaço da situação dos homossexuais nos campos de concentração nazistas, cujo elenco conta com nomes fortes como o master Ian McKellen (o Gandalf!), Mick Jagger e o premiado com o Globo de Ouro Clive Owen (com quem viria a trabalhar mais tarde em Perto Demais); a controversa e polêmica cinebiografia Wilde, em que interpreta o abusado e despudorado Lorde Alfred ‘Bosie’ Douglas, amante do dramaturgo Oscar Wilde (Stephen Fry) – papel este que lhe deu seu primeiro prêmio, o Evening Standard British Film Award, e lhe despachou para Hollywood; e o subestimado Gattaca, a Experiência Genética (Gattaca), de Andrew Niccol (roteirista de O Show de Truman), seu primeiro longa na terra do Tio Sam, na qual dá vida a um tetraplégico e divide a tela com Ethan Hawke (Antes do Pôr-do-Sol) e Uma Thurman. Law chamou a atenção em 1997 justamente por ser um rostinho bonito (Gattaca), bom ator (Bent) e não ter medo de polemizar (Wilde). Dos três, somente Gattaca existe em DVD na nossa terrinha.

O destaque neste longa fez com que Clint Eastwood lhe desse um papel chave no bizarro e incompreendido Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal (Midnight in the Garden of Good and Evil, 1997), como o violento amante de Kevin Spacey e pivô de uma trama de assassinato investigada por John Cusack. Mesmo sendo um fracasso total e absoluto (custou apenas US$ 30 milhões e ainda assim não conseguiu se pagar), Jude Law arrancou elogios rasgados da crítica por sua atuação. Ainda este ano, Law fundou com sua esposa (e atual ex) Sadie Frost e os amigos Sean Pertwee (O Enigma do Horizonte), Jonny Lee Miller (Trainspotting) e Ewan McGregor (Mouling Rouge) a produtora Natural Nylon, com foco voltado à produções teatrais.

Entre 1998 e 1999, Law protagonizou alguns trabalhos menores, como a comédia dramática Atração Irresistível (Music from Another Room), como um cara que acredita ser predestinado a se casar com uma amiga de colégio que lhe salvou a vida no passado; o obscuro O Último Detonador (Final Cut), dividindo a tela novamente com sua esposa Sadie Frost (ambos se conheceram nas filmagens de $hopping) e assumindo o papel de um jovem assassinado que grava sua própria morte em vídeo; o inédito por aqui The Wisdom of Crocodiles, na qual se mete em uma encrenca depois da morte de uma garota com quem teve um encontro no passado; o sonolento e também inédito Presence of Mind, longa de época estrelado por Sadie Frost, em que Law faz apenas uma pontinha (ei, o maridão foi só dar uma força…); e por último, o bizarro e cult eXistenZ, do ferradaço David Cronenberg, sobre dois estranhos que precisam deter um jogo que enlouquece os jogadores. Um dica: se quiser conhecer a fundo mesmo a biografia do ator, pule estes filmes… são todos beeem ruinzinhos, à exceção do trabalho do Cronenberg, que é mais ou menos! 😐

:: E O INGLESINHO CONQUISTA OS IANQUES!

A consagração definitiva veio com O Talentoso Ripley (The Talented Mr. Ripley), de Anthony Minghella. A interpretação de Law para o playboy Dickie Greenleaf, objeto de desejo do invejoso Tom Ripley (Matt Damon), simplesmente salvou o filme – que não era lá essas coisas – e tornou o ator conhecido de vez na rodinha hollywoodiana. Além disso, reundeu-lhe três prêmios internacionais e sete outras indicações, inclusive ao Oscar. Vale a pena conferir o longa, nem que seja somente pelo trabalho de Law – que engole seus fraquíssimos companheiros de cena, Damon e Gwyneth Paltrow. Com o prestígio adquirido em Ripley, a coisa engrenou de vez: Law participou de Love, Honour and Obey, fita britânica produzida pela BBC em que faz um gângster, e viu seu nome estampar o alto do cartaz do competente drama de guerra Círculo de Fogo (Enemy at the Gates, 2001), de Jean Jacques Annaud, na qual interpreta um fodaço atirador de elite e trabalha com grandes nomes como Rachel Weisz (O Júri), Bob Hoskins (Uma Cilada para Roger Rabbit), Ed Harris (As Horas) e o nosso glorioso Hellboy, Ron Perlman.

A partir daí, foi só partir para o abraço: Law interpretou o esquisito replicante Gigolo Joe no pretensioso e fraco A.I. – Inteligência Artificial (2001), de Steven Spielberg (mais conhecido como “aquele que o Stanley Kubrick imaginou ser um filmão e o Spielberg estragou tudo com o final babaca”), que custou US$ 90 milhões e não chegou nem mesmo a se pagar; encarnou o escroto assassino Harlen Maguire no ótimo e elogiadíssimo Estrada para Perdição (Road to Perdition, 2002), de Sam Mendes (Beleza Americana) e inspirado na HQ de Max Allan Collins; e deu vida ao herói do “filmeco de Oscar” Cold Mountain (2003), novamente sob a direção de Anthony Minghella – papel que lhe deu sua segunda indicação ao Oscar. E finalmente em 2004, o ator mostrou que pode também ser um astro de filmes de ação com o divertidíssimo Capitão Sky e o Mundo de Amanhã (Sky Captain and the World of Tomorrow), de Kerry Conran e novamente com Gwyneth Paltrow, que Jude Law estrelou e produziu em parceria com sua (agora ex) esposa Sadie Frost – mostrando que seu talento na área cinematográfica não se restringe apenas à atuação.

:: O QUE VEM POR AÍ

Além de Alfie, o Sedutor (comediazinha de Charles Shyer que não tem graça nenhuma e só sabe dar sono, mas serviu para que Law conhecesse sua nova namorada, a belíssima Sienna Miller), Perto Demais (excelente trabalho do cineasta Mike Nichols, de A Primeira Noite de um Homem, que está dando toneladas de prêmios para Natalie Portman e Clive Owen) e Desventuras em Série (hilariante comédia infanto-juvenil em que Law narra os “infortúnios” de três crianças perseguidas por um maluco interpretado por Jim Carrey, excelente como sempre), os três em cartaz nos cinemas do Brasil, Jude Law estará em breve nas nossas telonas em mais dois títulos muito conceituados lá fora: o drama romântico O Aviador (The Aviator), de Martin Scorsese, vencedor do Globo de Ouro neste ano, na qual interpreta o astro do cinema da década de 30, Errol Flynn, e a estranha comédia I Heart Huckabees, de David O. Russell (Três Reis), em que faz um executivo sem-vergonha que passa Jason Schwartzman para trás e dá umas carcadas em ninguém menos que Naomi Watts.

Os próximos projetos do ator são All The King’s Men, refilmagem pelas mãos do cineasta Steven Zaillian do clássico absoluto A Grande Ilusão, de 1937 (em fase de filmagens); o drama Dexterity, do diretor Gavin O’Connor (em fase de pré-produção), e a tão esperada cinebiografia de Ian Curtis, vocalista da extinta banda britânica Joy Division, todos programados para chegar às telas em 2006. Além destes, ainda não está confirmada a produção de The Diary of a Young London Physician, de ninguém menos que David Mamet, e também do comentadíssimo Marlowe, de John Maybury, que devem acontecer somente daqui a um tempo. E agora você me pergunta? Mas qual o motivo de tanto alarde em cima deste aí? Tudo bem, o cara pode até ser meio desproporcional e ter a cabeça maior do que o resto de corpo (e isso ele tem mesmo!), mas a verdade é que há muito tempo Hollywood andava carente de atores que pudessem tanto chamar a atenção da platéia por sua beleza quanto fornecer interpretações marcantes. E Jude Law tem estas duas características. Ou alguém aí duvida que a carreira de Jude Law terá um destino bem diferente das “celebridades instantâneas” sem conteúdo que aparecem e desaparecem das telas em frações de segundos? 😀

:: ALGUMAS CURIOSIDADES

– Jude Law ganhou este nome estranho por causa da conhecidíssima canção dos Beatles, Hey Jude, segundo o próprio ator explicou durante uma entrevista para o programa The Tonight Show with Jay Leno. O ator também tem uma tatuagem em seu antebraço esquerdo, com a seguinte expressão: “You came along to turn on everyone Sexy Sadie“. Esta expressão foi tirada da música Sexy Sadie, também dos Beatles, e homenageia sua ex-esposa, Sadie Frost, com quem ficou casado entre 1997 e 2003. O casal tem quatro filhos, um adotado.

– Aliás, para quem não sabe, Sadie Frost é atriz e interpretou a maluquinha Lucy, amiga de Winona Ryder no já clássico Drácula de Bram Stoker.

– O ator já foi colega de quarto de Ewan McGregor, de quem ainda é muito amigo. Numa recente declaração, Jude Law disse que não tem problemas em ficar nu em cena, pois isto já era rotina para ele e para McGregor. Esta declaração se refere à escolha de papéis de Ewan McGregor (na grande maioria de seus filmes, o Obi-Wan Kenobi aparece peladão), e também à época em que os dois dividiam um apartamento. Segundo Law, ambos ficavam nus na maior parte do tempo.

– Por um tempo, o ator conquistou uma indesejada fama de homossexual. Tudo por conta de uma foto distribuída na Internet, em que Law aparece trocando um beijo de língua com Jonny Lee Miller. Mas Jude Law não está nem aí. Ao contrário: o ator já declarou ficar lisonjeado com o enorme sucesso que faz entre os gays, sucesso este que se deve pela condição sexual de boa parte de seus personagens.

Wilde, além de revelar Jude Law ao mundo, também marcou a primeira aparição nas telas de Orlando Bloom.

– Jude Law declarou em uma entrevista que Atração Irresistível é o único filme que fez somente por dinheiro. Normal! Mas como pode alguém gostar de A.I.?

O Talentoso Ripley é inspirado na coletânea de livros escrita por Patricia Highsmith. Esta coletânea é composta de cinco livros, e já gerou outros dois trabalhos: o excelente O Sol Por Testemunha (Plein Soleil, 1960), de René Clement e com Alain Delon (da qual O Talentoso Ripley é refilmagem) e o recente O Retorno do Talentoso Ripley (Ripley’s Game, 2002), com John Malkovich.

– O ator Barry Pepper (de O Resgate do Soldado Ryan) faria um papel chave em O Aviador, mas não pôde aceitar o convite por estar envolvido nas filmagens de outro longa inspirado na obra de Highsmith, The Ripley’s Return.

A.I. foi o primeiro longa-metragem a utilizar uma técnica chamada “Virtual Studio”, que consiste na filmagem de uma cena utilizando somente os atores ao fundo azul e, mais tarde, a inserção de cenários virtuais. Esta técnica foi aprimorada na trilogia O Senhor dos Anéis e usada pela primeira vez num filme inteiro em Capitão Sky e o Mundo de Amanhã.

– Por falar em Capitão Sky, foi Jude Law quem sugeriu a idéia de utilizar imagens de arquivo do grande Sir Laurence Olivier, falecido em 1989, nas filmagens do longa. Foi uma forma de homenagear um dos atores preferidos de Law.

– Só para se ter uma idéia do quão bizarro poderia ficar Cold Mountain, os atores originalmente escalados para viver os papéis de Law, Nicole Kidman e Natalie Portman eram Tom Hanks, Julia Roberts e a cantora Faith Hill. Bem, pra mim deu na mesma. Cold Mountain é uma bobeira de qualquer jeito. Já o papel de Naomi Watts em I Heart Huckabees seria originalmente oferecido a Britney Spears. Deus é justo.

– Se você ainda não assistiu a Desventuras em Série, fique na sala até o término dos créditos finais, para uma surpresa bem imbecil! 😛


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