A ARCA - A arte em ser do contra!
 
Menu du jour! Tutu Figurinhas: o nerd mais bonito e inteligente dessas paragens destila seu veneno! GIBI: Histórias em Quadrinhos, Graphics Novels... é, aquelas revistinhas da Mônica, isso mesmo! PIPOCA: Cinema na veia! De Hollywood a Festival de Berlim, com uma parada em Nova Jérsei! RPG: os jogos de interpretação que, na boa, não matam ninguém! ACETATO: Desenhos animados, computação gráfica... É Disney, Miyazaki e muito mais! SOFÁ: É da telinha que eu estou falando! Séries de TV, documentários... e Roberto Marinho não está morto, viu? CARTUCHO: Videogames e jogos de computador e fliperamas e mini-games e... TRECOS: Brinquedos colecionáveis e toda tranqueira relacionada! Tem até chiclete aqui! RADIOLA: música para estapear os tímpanos! Mais informações sobre aqueles que fazem A Arca Dê aquela força para nós d´A Arca ajudando a divulgar o site!
Artigo adicionado em 02/11/2004, às 05:10

Crítica: O JUSTICEIRO
Dêem um jeito de assistir, o filme é legal Pois é: no final das contas a Columbia Tri-Star não lançou nos cinemas brasileiros o filme d´O Justiceiro. Vai sair direto para DVD. Mas nem por isso o leitor d’A ARCA vai ficar sem a resposta: afinal, fizeram uma boa adaptação dessa vez para o caveiroso? […]

Por
Paulo "Zero Cochrane" Ruas


Pois é: no final das contas a Columbia Tri-Star não lançou nos cinemas brasileiros o filme d´O Justiceiro. Vai sair direto para DVD. Mas nem por isso o leitor d’A ARCA vai ficar sem a resposta: afinal, fizeram uma boa adaptação dessa vez para o caveiroso? Eu tive a oportunidade de assistir a um dvdscreener do filme que está circulando na net e aproveito para mandar um abraço para as equipes Videoloucos e Go4It que disponibilizaram esse material na rede para salvação dos fãs de plantão.

:: O JUSTICEIRO VERSÃO 1989 – O PESADELO QUE ASSOMBRA TODOS NÓS

Eu acredito que o que todos querem saber é se, a nova versão – com o ator Thomas Jane no papel principal – é melhor que a piada de mal gosto que fizeram conosco na película com Dolph Lundgreen (de Rock III e He-Man e Os Mestres do Universo, entre outros filmes não shakesperianos). Seria difícil fazer algo tão ruim quanto. Para a sorte dos fãs, ao adquirir os direitos de produção do filme da Marvel, o diretor Jonathan Hensleigh resolveu ignorar o filme anterior e explorar todo o potencial da franquia. Eu preciso ser franco, ao terminar de assistir o filme eu me perguntei: “… mas, isto foi um filme do Justiceiro?”. Voltei a assistir o filme novamente e dessa vez com papel e caneta na mão para listar os elementos das HQs que aparecem no filme como, por exemplo:
– A família de Castle é assassinada pela máfia (não no Central Park, mas tudo bem, eu já aprendi que, nessa altura do campeonato, como fã, é necessário fazermos concessões);
– O símbolo da caveira está ligado à morte do filho;
– Ele tortura os bandidos como ninguém (É mostrada praticamente uma seqüência filmada de Punisher War Journal #1);
– O canivete que atira a lâmina esta lá;
– Se possível, ele sempre escolhe a arma que irá infligir maior dor ao seu adversário;
– entre outros detalhes.

Mas se há tantos elementos da HQs, porque eu tive essa sensação? Talvez porque, diferente dos filmes do Homem-Aranha, onde a cada frame somos presenteados com uma fotografia de capas históricas e cenas das HQs, no filme do Justiceiro eles tiraram isso do filme e levaram para o material de divulgação do mesmo. Outra possibilidade é que no filme do Aranha há elementos do personagem de diversos momentos cronológicos convivendo harmoniosamente enquanto neste novo filme de Castle isto não ocorre tão bem.

:: O FILME

No filme, Thomas Jane (do filme Boogie Nights e da série 61, da HBO) é Frank Castle, agente do FBI disfarçado utilizado em diversas operações e com diversos treinamentos nos fuzileiros e habilidades em táticas de guerrilha. A partir de uma operação que Castle participa por acidente, um filho de um mafioso é morto em uma operação de contrabando de armas.

O mafioso em questão é um nome que dá peso ao filme: John Travolta, que interpreta Howard Saint, um banqueiro da cidade de Tampa, na Flórida, responsável pela lavagem de dinheiro de traficantes colombianos.Com a morte de seu filho, a esposa de Howard Saint – interpretada pela “feia” Laura Harring – pede então não só a cabeça de Castle, mas de toda sua família, e o filme têm sua ação desenrolada deste ponto em diante.

Thomas Jane soube aproveitar a oportunidade. Ele interpreta um Justiceiro perfeito em todos os sentidos. Desde o olhar do personagem das HQs até quando ele é levado ao extremo em brigas e tiroteios com seus inimigos. Os fãs do personagem reconhecerão seu vigilante preferido na tela. Sua interpretação atirando, ferido e até quando faz as refeições no filme mostra que ator realmente incorporou a alma do personagem.

Infelizmente não se pode dizer o mesmo de Travolta, que faz uma atuação de vilão abaixo de filmes como A Última Ameaça e Battlefield Earth. Ainda não sei como ele se prestou a fazer este papel. Além disso, há algumas coisas no filme que me causaram estranheza, como a tentativa de inserir o personagem em um ambiente pseudo-familiar. É nesse contexto que aparece Rebecca Romjin-Stamos, a Mística dos filmes dos X-Men. Outro fato foi ver Frank Castle se afundando na bebida. Justo ele que sempre considerou os viciados uma espécie abaixo da raça humana.

Os fãs reconhecerão as diversas armas preferidas do personagem, mas elas aparecem como meras coadjuvantes, diferente das HQs que são verdadeiros aprendizados sobre armamentos. No geral, esta versão de Justiceiro é um ótimo filme que poderia ser ainda mais fiel às suas origens e que finalmente cumpre a missão de tirar o personagem do purgatório no mundo do cinema. No entanto, em um mundo em que os filmes de ação já tiraram leite de pedra, a película corre o risco de ser considerada um filme ruim pelo grande público que não acompanha as aventuras do personagem.

:: JUSTICEIRO 2?

Pois é, aqui n’A ARCA é assim, você lê uma resenha e por apenas mais um centavo já leva mais uma notícia fresquinha 😉

O homem da Marvel responsável pelos últimos lançamentos de heróis no cinema, Avi Arad, presidente da Marvel, falou à imprensa americana em uma recente premiere que esteve sobre os resultados do filme do Justiceiro e sobre sua continuação. Para ele, apesar do parco faturamento nas bilheterias (U$30 milhões), o resultado de um filme não deve ser medido somente pela sua performance nos cinemas. Há muita grana proveninente das das venda de DVDs, games e aumento das vendas das HQs do personagem, sem falar em outras formas de licenciamento.

Além disso, ele considera que o filme têm uma contribuição a dar aos fãs e isso é o mais importante. Arad também disse que haverá uma continuação d´O Justiceiro, com Thomas Jane no papel principal mais uma vez e que, dessa vez, contará com a participação do Retalho, famoso vilão de Castle nas HQs.

Agora só nos resta esperar. Eu ficarei aguardando, e torcendo para que a Ilha Ryker apareça no segundo filme. 😉


Quem Somos | Ajude a Divulgar A ARCA!
A ARCA © 2001 - 2007 | 2014 - 2025