Você lembra do Luciano Amaral? Se você foi um bom menino e acompanhou os clássicos da TV Cultura, certamente o conhece de algum lugar. Uma dica? É só lembrar daquele garoto que imaginava aventuras ao lado do seu gravador, e que fez parte das tardes da criançada do início dos anos 90. Pois bem, foi o Luciano Amaral que interpretou o famoso Lucas Silva e Silva no programa O Mundo da Lua, da TV Cultura. Mais tarde, Luciano foi o Pedro do Castelo Rá Tim Bum. Anos depois, integrou a Turma da Cultura – programa da Cultura dedicada ao público jovem – novamente ao lado da Cynthia Rachel (a Biba) e do Fabiano (que hoje virou estrela dos comerciais das Casas Bahia).
Pois A ARCA bateu um papo com o moço que ficou conhecidíssimo como o Lucas Silva e Silva, e ficou sabendo que não é só de Mundo da Lua que vive Luciano Amaral. Hoje, ele trabalha em peças de teatro e apresenta o programa G4 Brasil, na Bandeirantes. Leia a seguir a entrevista que ele concedeu À ARCA:
A ARCA: A pergunta de praxe: Quando e como você começou a trabalhar como ator?
LUCIANO AMARAL: Minha carreira começou em 86, quando ainda acompanhava minha irmã (que na época era modelo) nos testes, e um produtor me convidou pra fazer um comercial de tv. Fiz o comercial e desde então nunca mais parei.
AA: Você foi protagonista de uma das séries clássicas, que fez parte da infância de muita gente. Conte um pouco como foi a experiência de trabalhar n´”O Mundo da Lua”.
LA: “O Mundo da Lua” foi o trabalho de maior importância na minha carreira. Antes de tudo, porque foi o primeiro, e segundo porque não poderia ter tido uma escola melhor, contracenando com atores como Antonio Fagundes, Gianfrancesco Guarnieri, Laura Cardoso, Mira Haar etc. A relação com todos no elenco era muito boa, o que ajudava na hora de gravar. O que muita gente não sabe é que ainda trabalho com a Mira Haar hoje. Ela é a diretora do espetáculo que estou fazendo em São Paulo, Cabine do Destino.
AA: Como foi o salto do Mundo da Lua para outro programa infantil de sucesso, o Castelo Rá Tim Bum?
LA: O Castelo Rá-tim-bum alcançou o mesmo, ou até maior sucesso que o Mundo da Lua. Para mim foi uma experiência muito bacana pelo fato de o Pedro ser um personagem muito diferente do Lucas Silva e Silva. O sucesso adquirido nesse programa fez com a minha carreira tenha se fortificado. A partir daí é que realmente tive idéia do que queria pra minha vida, continuar nessa área.
AA: Você ainda tem contato com o elenco? Por onde andam a Biba (Cynthia Rachel) e o Zequinha (Freddy Allan)?
LA: Eu realmente acabei perdendo o contato com a Cinthya e o Freddy. A última vez que vi a Cinthya foi no Teleton de 2003. Já o Freddy faz mais tempo ainda. A Cinthya, pelo que fiquei sabendo, está na Record e o Freddy, fazendo teatro.
AA: Enquanto as outras crianças assistiam ao Castelo Rá Tim Bum, você estava lá dentro, e era”assistido”. Foi uma coisa muito marcante prá você?
LA: Pelo fato de ter trabalhado desde pequeno não senti muito essa diferença das outras crianças. O fato de estar dentro do estúdio gravando, pra mim já era divertido. A própria Cultura sempre teve uma preocupação com as crianças que participavam desses trabalhos.
AA: Trabalhar nesses programas de sucesso entre a criançada acabou tendo alguma conseqüência negativa na sua própria infância? Você chegou a ter que lidar com “o preço da fama” ainda pequeno?
LA: A única lembrança dessa época que tenho, era de quando saía pro intervalo no colégio e acabava juntando com o pessoal mais novinho. Nessa hora, eu tinha de ficar isolado numa salinha pra não virar um tumulto no intervalo. Mas isso na verdade nunca me incomodou, esse assédio erareconhecimento do trabalho.
AA: Fale um pouco sobre seus outros trabalhos na tevê e no teatro.
LA: Hoje, além de apresentar o G4 Brasil na Band, um programa sobre videogames, estou com uma peça em cartaz chamada Cabine do Destino.
AA: Atualmente, você apresenta o programa G4 Brasil, na Band, ao lado de Luiza Gottschalk. Você é um “gamer”? Quais são seus jogos favoritos?
LA: Desde moleque, sempre fui louco por vídeo game. Sempre tive vários consoles e jogava muito. Com o passar do tempo dei uma desligada desse mundo, mas com a oportunidade de apresentar o G4, o que era paixão virou trabalho. Hoje em dia me dedico quase que totalmente a esse trabalho. O que mais jogo hoje é Counter Strike, então não é difícil me ver jogando pelosservidores na Internet por aí…
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