Nesta sexta-feira, terá início em São Paulo a 28.ª Mostra BR de Cinema. O evento, mais conhecido como Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, é organizado por Leon Cakoff e já se tornou um marco na história da cidade, por trazer fitas dos mais variados gêneros e países e transfomando o centro nervoso do Estado numa concentração forte do que há de melhor na cinematografia mundial. A Mostra BR acontecerá de 22 de Outubro a 4 de Novembro em cerca de 19 salas de cinema na capital. E o que isso tem a ver com nós, nerds? Eu digo: tudo, meus caros! 🙂

O prestigiado festival é conhecido justamente por proporcionar ao público a chance de assistir a produções de todos os cantos do mundo. É uma ótima oportunidade para conferir em primeira mão longas que demorarão muito a chegar em circuito comercial por aqui – alguns deles, aliás, talvez nem sejam distribuídos comercialmente no Brasil. Além disso, nestas duas semanas, o espectador poderá participar de workshops, bate-papo com diretores e profissionais consagrados, e uma série de outras atividades ligadas ao universo cinematográfico. Este ano, o evento trará ao Brasil o cineasta israelense Amos Gitai (diretor muito conceituado lá fora, que ganhará uma retrospectiva de sua carreira) e a cantora/atriz Jane Birkin (aquela da super-erótica canção Je T’Aime, Mo Non Plus), que fará um show muito bacana no encerramento da Mostra.

Um pequeno detalhe: nesta edição da Mostra BR, nada menos do que 329 produções serão exibidas. É filme pra dedéu! E nós, os caras d’A ARCA, estaremos lá pra dar uma bisolhada nas novidades do mundo do cinema. Quer dizer, pelo menos eu estarei… hehehe! Bem, aqui vai uma listinha com algumas das principais atrações da 28.ª Mostra BR. Faça a sua escolha!

:: ANTES DO PÔR-DO-SOL, de Richard Linklater
– Sinopse: Depois de nove anos, o americano Jesse (Ethan Hawke) e a francesa Celine (Julie Delpy) se reencontram em Paris. Resolvem tomar um café para relembrar a ocasião em que se conheceram, e novamente deverão enfrentar o destino, que já os separou uma vez.
– Por que assistir: Trata-se da continuação do elogiadíssimo Antes do Amanhecer (1995), que mostra o encontro de dois jovens que se apaixonam durante uma viagem de trem, mas sabem que não poderão ficar juntos por motivos de força maior. O primeiro é fenomenal – mesmo sendo um romancezinho água-com-açúcar – e a crítica não cansa de dizer que esta segunda parte é ainda melhor que a primeira. E o diretor Richard Linklater (o mesmo de Dazed and Confused e SubUrbia) é muito bom. Vale a pena, nem que seja pra tentar fisgar umas gatas que possivelmente estarão presentes na sessão.

:: CAPITÃO SKY E O MUNDO DE AMANHÃ, de Kerry Conran
– Sinopse: Nova York, década de 30. Uma repórter (a fraquinha Gwyneth Paltrow) investiga o desaparecimento dos mais famosos cientistas do mundo, quando a cidade é invadida por uma horda de robôs gigantes. Ela, então, se junta ao lendário Capitão Sky (Jude Law), na tentativa de encontrar e capturar o Dr. Totenkopf, provável mentor dos ataques. O plano do tal Totenkopf consiste na total aniquilação do planeta para a construção do suposto “mundo de amanhã”.
– Por que assistir: Meu, estamos falando do Capitão Sky! Uma das sci-fis mais aguardadas do ano! Robôs enormes! Naves estranhas! Batalhas aéreas! Produção inovadora! Pauleira total! Os masters Jude Law e Giovanni Ribisi no elenco! (pausa para poder respirar) Bem, se alguém por aí esteve no planeta Marte nos últimos meses, Capitão Sky e o Mundo de Amanhã tem tudo para se tornar um marco nos anais da história do cinema, por ter sido rodado totalmente sem cenários, apenas com uma tela verde ao fundo – os cenários foram acrescentados por computador.

:: CASA DE AREIA E NÉVOA, de Vadim Perelman
– Sinopse: Uma ex-viciada americana (Jennifer Connelly) e um pai de família iraniano (Ben Kingsley) declaram guerra um ao outro pela posse de uma casa. A casa, que ela ganhou de herança, foi comprada por ele em um leilão, depois que um erro do governo a despejou do lugar. Para ela, a casa significa uma segunda chance na vida. Para ele, significa a concretização do tão desejado “american dream”. O embate entre os dois, a princípio psicológico, se torna mais brutal à medida que o tempo passa, assumindo contornos trágicos.
– Por que assistir: O suspense Casa de Areia e Névoa, estréia na direção do ucraniano Vadim Perelman, recebeu elogios rasgados de crítica e público por onde passou – e também ganhou de lambuja três indicações ao Oscar, além de ter colecionado vários prêmios. E Jennifer Connelly e Ben Kingsley são dois grandes atores que dão brilho a qualquer produção. Um ponto muito importante: a Jennifer Connelly é uma pusta duma senhora gata! 😀

:: CRIMES EM WONDERLAND, de James Cox
– Sinopse: Em 1981, um crime bárbaro chocou Los Angeles. Cinco pessoas foram supostamente atacadas por uma gangue e espancadas até a morte – uma delas foi levada a um hospital inconsciente e em estado crítico. A polícia acredita que o massacre pode ter sido obra de um confronto entre traficantes rivais. Mas o caso assume contornos muito bizarros quando pistas indicam que os assassinatos podem ter sido cometidos pelo famoso astro pornô John Holmes (!).
– Por que assistir: Apesar de ter sido um fracasso de bilheteria na terrinha do Tio Sam, esta produção não tem nada de ruim. Ao contrário: a direção é bacana, o elenco é mais bacana ainda (Val Kilmer, Lisa Kudrow, Janeane Garofalo, Christina Applegate, Dylan McDermott e a nossa querida Princesa Léia, ops, Carrie Fisher), a história é muito interessante e a ambientação, bem reconstituída – o início dos anos 80, ainda com resquícios da era disco. Uma boa de se conferir, até mesmo porque, pelo teor de seu enredo, será muito difícil conquistar uma distribuidora por aqui.

:: GOSTO DE SANGUE, de Joel Coen
– Sinopse: Um dono de um bar no Texas, convencido de que sua esposa o está traindo, contrata um detetive para investigar. Confirmadas as suspeitas, o tal dono do bar convence o detetive a assassinar a “pistoleira” e seu amante. Mas, à medida que o plano é colocado em prática, tudo começa a dar errado.
– Por que assistir: Trata-se da “versão do diretor” da primeira incursão nas telonas dos notórios Irmãos Coen (Joel Coen, que assina a direção, e Ethan Coen, responsável pelo roteiro). Gosto de Sangue, de 1984, é considerado por boa parte da crítica o melhor trabalho dos caras, e fez muito sucesso à época do lançamento por conta de uma história enroladíssima, cheia de reviravoltas e mal-entendidos. Obrigatório para qualquer fã dos gêneros policial e suspense. Aliás, obrigatório para qualquer um que realmente goste de cinema.

:: HERÓI, de Zhang Yimou
– Sinopse: No século III A.C., a China é dividida em sete reinos. O imperador Qin, rei da província do norte, está debaixo de muitas e permanentes ameaças de assassinato. Certo dia, um homem aparece no reino e diz em alto e bom som que eliminou sozinho os três mais perigosos adversários do imperador. Sua histórica vitória contra os oponentes são narradas em flashback.
– Por que assistir: O motivo é bem básico. Herói é simplesmente o filme asiático de maior sucesso nos EUA depois de O Tigre e o Dragão. O público ianque não pensou duas vezes em afirmar que este longa, comandado pelo mesmo diretor do cult Lanternas Vermelhas, é ainda mais bonito e melhor construído do que seu antecessor. O elenco é cheio de astros do porte de Jet Li e Zhang Ziyi (também de O Tigre e o Dragão). A produção executiva é de Quentin Tarantino. Bom, pelo menos é o que está no cartaz!

:: MÁ EDUCAÇÃO, de Pedro Almodóvar
– Sinopse: Dois velhos conhecidos se cruzam por acaso depois de 16 anos. Ambos compartilham uma infância dolorosa, recheada de abusos sexuais cometidos por um padre no colégio jesuíta em que estudaram juntos. Atualmente, um deles é diretor de cinema, e o outro é um roteirista com uma idéia para o filme. A tal idéia pode significar uma tardia vingança contra o padre e a instituição, que encobriu o caso no passado.
– Por que assistir: Os filmes do espanhol Pedro Almodóvar são hilários, comoventes e aterrorizantes ao mesmo tempo. Os diálogos são impressionantes e as situações narradas em suas histórias, carregadas de emoção e realismo fantástico. Só isto já é o suficiente. Pra completar, Má Educação é estrelado pelo ator em ascensão Gael García Bernal e pelo excelente Javier Cámara, que atuou na fita anterior de Almodovar, o já clássico Fale Com Ela.

:: NINA, de Heitor Dahlia
– Sinopse: Nina (Guta Stresser, do seriado televisivo A Grande Família), viciada em desenhos e outras coisinhas mais, é humilhada diariamente por Eulália, dona do apartamento onde vive. A perversa senhora rouba dinheiro da inquilina, viola suas correspondências, tranca a geladeira com cadeado e a deixa passar fome. Pra piorar, Nina é demitida do emprego e está sem um tostão no bolso. Quando Eulália resolve despejá-la sem aviso prévio, Nina começa a enlouquecer e caminha para um final trágico.
– Por que assistir: O longa de estréia do publicitário Heitor Dahlia é um filmaço como poucos trabalhos nacionais conseguiram ser. Misturando referências às produções dos anos 20 e mangás, incluindo várias cenas em anime, o longa é um senhor chute nas partes baixas, principalmente no que diz respeito à atuação visceral de Stresser e Myriam Muniz, que dá vida à odiosa Eulália. Só pra se ter uma idéia, o diretor já está sendo chamado por boa parte da crítica de “o David Lynch brasileiro”.

:: O JOGADOR DE CARTAS, de Dario Argento
– Sinopse: Em Roma, uma turista inglesa desaparece sem deixar pistas. A polícia tenta desvendar o mistério, sem sucesso. Até que um dia, um homem contata os responsáveis pelas investigações. O tal homem declara que é um assassino em série chamado “o jogador de cartas” e confessa que seqüestrou a turista. E propõe um jogo de pôquer virtual. Se perder, liberta a mulher. Se ganhar, além de assassiná-la, ainda distribuirá o vídeo com sua morte pela Internet.
– Por que assistir: Três motivos. O primeiro é que O Jogador de Cartas é dirigido pelo italiano Dario Argento, um dos grandes nomes do terror B dos últimos tempos. O segundo: a história é esquisita. A terceira e mais importante razão: é um clássico exemplo de filme que se torna ótimo por ser tão ruim – na Inglaterra, onde já existe em DVD, O Jogador de Cartas foi avacalhado pelo público e mesmo assim vendeu como água. Legal pra assistir numa sessão maldita*.

:: O OPERÁRIO, de Brad Anderson
– Sinopse: O maquinista Trevor tem um distúrbio que o impede de dormir há quase um ano (!). Com o corpo e a mente debilitados por conseqüência deste problema, Trevor vê sua vida se tranformar num pesadelo quando causa um grave acidente que resulta na mutilação de um homem, e enlouquece aos poucos quando passa a ser perseguido por colegas de trabalho que, não contentes em desejar somente sua demissão, farão o possível para vê-lo morto (!!).
– Por que assistir: De todas as fitas exibidas neste festival, talvez O Operário seja a mais bizarra. Elogiadíssimo, o longa exigiu e muito de seus atores e desde já é comparado com o lendário Clube da Luta, além de também reservar um final no mínimo curioso. O roteiro deste suspense dramático é de Scott Kosar (que também reescreveu as novas versões de O Massacre da Serra Elétrica e O Horror em Amityville) e o personagem-título é interpretado por ninguém menos que o ótimo Christian Bale – como todos sabem, o nosso muito aguardado Homem-Morcego de um certo filme da Warner…

:: OS SONHADORES, de Bernardo Bertolucci
– Sinopse: Em Paris, na Primavera de 68, época de revolta social, o estudante de cinema americano Matthew (Michael Pitt, visto recentemente em um pequeno papel em A Vila) conhece um casal de irmãos, os gêmeos Isabelle e Theo, e descobre que os dois mantém uma relação incestuosa. Matthew vai morar com eles e acaba por ter um caso com ambos, à medida que a cidade francesa testemunha a mudança política e as manifestações culturais.
– Por que assistir: Provavelmente será a única chance de conferir na íntegra o trabalho mais polêmico de Bernardo Bertolucci, cineasta que responde por outro longa ultrapolêmico, O Último Tango em Paris. Esquecendo das (muitas) cenas pesadaças de nudez e sexo, Os Sonhadores já conquistou diversos prêmios e é tido como o filme mais bonito do ano até agora. E a atriz que interpreta Isabelle é um pitéu! 😀

:: PAPAI NOEL ÀS AVESSAS, de Terry Zwigoff
– Sinopse: A dupla de ladrões Willie e Marcus são especialistas em um golpe no mínimo maluco: ambos se empregam em lojas de departamentos como Papai Noel e seu assistente Duende, aproveitando-se assim do acesso ao local para praticar seus roubos. A trapaça começa a fugir do controle quando Willie (interpretado por Billy Bob Thornton), dono de comportamento bastante instável, começa a comparecer ao trabalho bêbado e invade provadores para dar uma “rapidinha” com as clientes da loja…
– Por que assistir: Esta jóia do humor negro fez sucesso nos states em 2003 (60 milhões de dólares, uma marca ótima para um filme independente), e alçou de vez o nome de Terry Zwigoff, diretor do extraordinário Ghost World. Duas razões pra assistir este longa o mais rápido: 1) Há uma probabilidade enorme de Papai Noel Às Avessas ter o mesmo destino de Ghost World por aqui, ou seja, não ser lançado comercialmente; 2) Se a versão exibida na Mostra for a versão integral (sem cortes), há um total de 170 usos da palavra “fuck”, 74 usos de “shit”, 31 usos de “ass”, 10 usos de “bitch” e pelo menos 1 utilização de “bastard” nos diálogos, contabilizando um total de 286 profanações. O que isso tem de mais? Bem, é um filme sobre o Natal…

:: SIDEWAYS, de Alexander Payne
– Sinopse: O escritor falido e recém-divorciado Miles (Paul Giamatti) convida seu melhor amigo, o ex-ator Jack (Thomas Hayden Church) para uma viagem até um local conhecido como a “cidade do vinho”, na Califórnia. Cada um têm seus motivos: Miles é apaixonado por vinhos e Jack quer aproveitar sua última semana como solteiro – o ator irá se casar dentro de sete dias. Mas esta viagem não será tão simples e descompromissada como os dois amigos imaginam.
– Por que assistir: Alexander Payne é um dos nomes mais quentes do cinema atual. É dele os chocantes Eleição e As Confissões de Schmidt. Assim como em seus trabalhos anteriores, nada é o que parece ser em Sideways; a marca registrada do cineasta é desenvolver uma série de possibilidades e detalhes escondidos atrás de um enredo aparentemente banal. Somam-se a isso o sempre ótimo Paul Giamatti – que ganhou o coração dos nerds depois de dar vida a Harvey Pekar em Anti-Herói Americano -, as ilustrações muito bacanas de Robert Neubecker e os comentários da crítica, que estão considerando este o melhor filme de Payne, e você tem um sério candidato ao cargo de melhor filme do ano.

:: STEAMBOY, de Katsuhiro Otomo
– Sinopse: Na Inglaterra do século XIX, o jovem inventor Ray recebe um presente de seu avô, o renomado cientista Lloyd. O presente consiste numa misteriosa bola de metal. O objeto é conhecido como SteamBall, inesgotável fonte de poder. Não demora muito a descobrir que são muitos os interessados em botar as mãos no artefato, tanto para o bem quanto para o mal. Nas mãos de Ray, pode estar o destino da humanidade.
– Por que assistir: Porque é a nova animação de Katsuhiro Otomo, a mente insana por trás do genial Akira! Porque a produção deste novo trabalho estava em andamente há quase 10 anos (desde 1995)! Porque Steamboy fez o maior sucesso na Mostra do Rio no mês passado! E porque não se sabe quando esta gracinha chegará aos cinemas comerciais! Só por isso!

:: TREKKIES 2, de Roger Nygard
– Sinopse: Este filme é a continuação de Trekkies, documentário inédito por aqui que investiga o complexo universo dos fãs da série Jornada nas Estrelas, que mesmo tendo sido lançado há mais de 30 anos, continua conquistando cada vez mais adeptos. O longa dá um apanhado geral sobre a rotina das comunidades trekkies, sendo que um dos países retratados é o Brasil.
– Por que assistir: Para os fãs da série (obcecados ou não), tanto o primeiro Trekkies quanto este são pratos cheios. Para quem não é fã, ou até mesmo odeia Star Trek, é uma boa pedida por ser um documentário com um aspecto técnico excelente e também por utilizar o tema em questão para esmiuçar assuntos universais. Ah, e em um determinado trecho, um fã-clube disseca os detalhes internos da Enterprise! 🙂

:: ZATÔICHI, de Takeshi Kitano
– Sinopse: O espadachim cego Zatôichi, em uma de suas andanças, descobre um pequeno vilarejo aos pés de uma montanha. Esta aldeia é controlada por Ginzo, um gângster violento. O guerreiro samurai conhece duas gueixas – que estão à procura de vingança pelo assassinato de seus pais, e em seguida, não se sabe bem como, Zatôichi é informado de que Ginzo não o deixará sair da aldeia com vida. Como isto aconteceu? É o que o personagem precisa descobrir.
– Por que assistir: Esqueça as pombinhas e a câmera lenta de John Woo. Se há um nome a realmente ser lembrado no cinema de ação oriental, este nome é o de Takeshi Kitano (responsável também pelo magnífico Hana-Bi: Fogos de Artifício). Apesar da confusão que pode causar se comparado com longas similares como O Tigre e o Dragão e Hero, Zatôichi é bem diferente. Vale a pena dar uma espiada neste filme, que arrastou multidões aos cinemas no Japão.

Pois é, aí estão alguns dos títulos mais importantes a serem exibidos nesta edição número 28 da Mostra SP. Claro que tem muitas outras coisas bastante interessantes, afinal são mais de 300 trabalhos! Mas não dá pra citar tudo aqui. Para quem estiver interessado em dar um pulinho por lá para conferir algumas destas produções, ou até mesmo tirar alguma dúvida, é só acessar www.mostra.org. Ah, já ia me esquecendo. Durante o evento deste ano, será exibido um preview de meia-hora do Batman Begins… calma, é brincadeira!!! 🙂

* Para quem não conhece o termo, sessão maldita é como podemos chamar qualquer sessão de cinema cujo início se dá à meia-noite em ponto.