A comédia é um dos filões mais rentáveis na história do cinema de entretenimento. O gênero sempre foi marcado por grandes atores/comediantes, que trabalhavam individualmente, em dupla ou até em grupo. Por exemplo: no início, Charles Chaplin e Buster Keaton (o meu preferido) consolidaram o gênero com suas trapalhadas nos filmes mudos das décadas de 10 e 20, assim como a dupla Stan Laurel e Oliver Hardy (que atendiam pela alcunha de O Gordo e o Magro), o amalucado trio The Three Stooges (ou Os Três Patetas) e o hilário quarteto Groucho, Harpo, Zeppo e Chico, mais conhecidos como Os Irmãos Marx – os três últimos grupos dominaram a cena entre 1940 e 1950. Mais tarde, o cinema presenciou a ascensão de parcerias inesquecíveis como a de Jack Lemmon e Walter Matthau (que só interromperam seus trabalhos em conjunto na ocasião do falecimento de Matthau, que aconteceu pouco antes da morte de Lemmon) e também Jerry Lewis e Dean Martin, responsáveis por alguns dos melhores longas da década de 60.

Nos anos 80, o gênero da comédia foi dominado por nomes como Steve Martin, Bill Murray, Chevy Chase, Dan Aykroyd, Rick Moranis e Martin Short, que geralmente trabalhavam juntos, mas também montavam um “esquema de revezamento”, com projetos solo ou filmes com dois ou três deles. Já nos anos 90, comediantes “solitários” – como Jim Carrey e Adam Sandler – mandaram ver em produções de sucesso. Mas afinal, o que é que tudo isso têm a ver com O Âncora (Anchorman: The Legend of Ron Burgundy, 2004), que estréia nesta sexta-feira em circuito comercial no Brasil?

Simples: O Âncora é estrelado por Will Ferrell, um dos nomes mais importantes da comédia dos últimos anos. E Ferrell é somente uma dos pontas do lucrativo pentágono formado por Ben Stiller, Owen Wilson, Luke Wilson e Vince Vaughn. Os cinco amigos respondem pelas mais bem-sucedidas fitas cômicas a aportar nas salas de cinema recentemente, e a crítica os chamam de “Rat Pack do novo milênio”. É, não é fraco não! Bem, chega de enrolação e vamos dar uma geral na carreira dos caras, para entender como funciona esta junção tão rentável (para os estúdios) e hilária (para nós, espectadores).

:: WILL FERRELL, O PALHAÇÃO

Nascido em 1967 e filho de Lee Ferrell (saxofonista e tecladista da banda Righteous Brothers), Will Ferrell iniciou sua carreira fazendo uma pontinha em um filmeco B do Roger Corman chamado Bucket of Blood (1995), antes de ingressar neste mesmo ano no conhecidíssimo programa Saturday Night Live, onde permaneceu por sete anos. Especialista em imitações (principalmente em se tratando do presidente George W. Bush), Ferrell foi apontado como um dos maiores nomes do programa, e seu salário era um dos mais altos do show (350 mil doletas por dia de gravação). Fez um pequeno papel no primeiro Austin Powers (1997), como o capanga Mustafa, e em seguida dividiu a cena com o colega do SNL, Chris Kattan, em Os Estragos de Sábado à Noite (A Night at the Roxbury, 1998). A consagração definitiva veio mesmo com Zoolander (2001), dirigido por Ben Stiller, onde interpreta o vilão da história, e com o engraçadíssimo Dias Incríveis (Old School, 2003), ao lado de Luke Wilson e Vince Vaughn. A sua maior bilheteria ainda é Um Elfo em Nova Iorque (Elf, 2003), que rendeu absurdos US$ 175 milhões só na terrinha ianque. Só para se ter uma idéia do poder que o nome do cara exerce em Hollywood, Ferrell tem nada menos do que 11 produções anunciadas, algumas delas já prontas e outras ainda em estágio de filmagem ou pré-produção, a ser lançadas entre 2005 e 2006. Quase conseuiu superar o Jude Law…

Seu papel no grupo: Extremamente versátil no que diz respeito a expressões e imitações de voz, Will Ferrell costuma assumir o papel mais escrachado na equipe. É o palhação da turma, quase um Jim Carrey da vida.

:: BEN STILLER, O NERVOSINHO

Nascido em 1965, Ben Stiller foi o primeiro a deslanchar. Sua primeira aparição nas telas aconteceu no longa Férias Quentíssimas (Hot Pursuit, 1987), ao lado de John Cusack, e em seguida fez uma participação pequena em Saturday Night Live, no ano de 1989. Saiu daí para tentar carreira na TV com o seu seriado The Ben Stiller Show, que não emplacou. Seu nome só começou a ficar conhecido no circuito cinematográfico depois da comédia dramática Caindo na Real (Reality Bites, 1994), que dirigiu e também atuou ao lado de Winona Ryder e Ethan Hawke. Conheceu o sucesso com filmaços como Quem Vai Ficar Com Mary? (There’s Something About Mary, 1998), Heróis Muito Loucos (Mystery Men, 1999), Entrando Numa Fria (Meet the Parents, 2000), Starsky & Hutch: Justiça em Dobro e Quero Ficar com Polly (Along Came Polly), ambos de 2004 – e também deu de cara com o fracasso em O Pentelho (The Cable Guy, 1996), que também dirigiu, Uma Vida Alucinante (Permanent Midnight, 1998), drama muito mal lançado por aqui, e Duplex (2003). O ator/diretor/roteirista, acostumado a dividir as telas com Owen Wilson, estará em breve nos cinemas brazucas como o malévolo dono de academia em Com a Bola Toda (Dodgeball, 2004).

Seu papel no grupo: Ben Stiller é o nervosinho, aquele que esquenta a cabeça com qualquer coisa e só se dá mal. Duvida? É só lembrar da cena do zíper em Quem Vai Ficar Com Mary? e da cena do banheiro em Quero Ficar Com Polly…

:: VINCE VAUGHN, O ESTRANHO NO NINHO

Mesmo com quatro filmes no currículo em 1996, o grandalhão Vince Vaughn – 1m96 de altura -, nascido em 1970, só chamou a atenção do público e da crítica neste mesmo ano, com o seu quinto trabalho nas telonas, o badalado Swingers: Curtindo a Noite, escrito por seu amigo Jon Favreau (que também roteirizou Um Elfo em Nova Iorque) e dirigido por Doug Liman (de A Identidade Bourne e Vamos Nessa). O papel do galinha Trent Walker fez com que Vaughn fosse notado por ninguém menos que Steven Spielberg, que o escalou para trabalhar ao lado de Jeff Goldblum e Julianne Moore em O Mundo Perdido: Jurassic Park. A partir daí, não parou mais: atuou no simpático drama Um Lugar Seguro (A Cool Dry Place) e no pesadaço Pela Vida de um Amigo (Return to Paradise), ambos de 1998, onde provou ser um talentoso ator dramático. Também participou da sci-fi A Cela (The Cell, 2000) e cometeu a burrada de aceitar o papel principal na tragédia de Gus Van Sant chamada Psicose (Psycho, 1998). Vince Vaughn também pode ser visto em Zoolander, Dias Incríveis, Starsky & Hutch e no novo Com a Bola Toda.

Seu papel no grupo: Vince Vaughn geralmente é a escada “séria” para o humor corrosivo do restante do grupo. Além disso, o ator sabe fazer “cara de otário” como ninguém, o que funciona que é uma beleza em filmes como Com a Bola Toda, em que é passado para trás pelo personagem de Ben Stiller.

:: LUKE WILSON, O GALÃ

A carreira de Luke Wilson, nascido em 1971, se resume basicamente a papéis românticos: o ator deu as caras em filmes como Nosso Louco Amor (Home Fries, 1998), Legalmente Loira (Legally Blonde, 2001) e as duas terríveis partes de As Panteras (Charlie’s Angels). Mas as aparições de destaque vieram pelas mãos do excelente diretor Wes Anderson em seus três filmaços: o pouco visto por aqui Pura Adrenalina (Bottle Rocket, 1996), o ótimo Três é Demais (Rushmore, 1998 – mais conhecido como o primeiro trabalho sério de Bill Murray) e Os Excêntricos Tenenbaums (The Royal Tenenbaums), tido por muitos como a melhor produção de 2001. Luke Wilson também é velho conhecido do pessoal viciado em sitcoms: ele interpretou o irmão mais velho de Kelso (Ashton Kutcher) durante cinco capítulos de That’s 70’s Show. O ator estará nas telonas em breve com a nove versão de A Volta ao Mundo em 80 Dias (Around the World in 80 Days, 2004), ao lado de Jackie Chan e do hilário Steve Coogan (de A Festa Nunca Termina).

Seu papel no grupo: A tarefa mais grata na turma é a de Luke Wilson, com certeza. Ele é o bonitão, o galã retardado que dá um “trato legal” em todas as garotas. Chato, isso… A diferença entre ele e Vince Vaughn é que a “cara de bobo” de Wilson é permanente.

:: OWEN WILSON, O RELAXADO

Nascido em 1968, Owen Wilson é, sem pestanejar, o mais bizarro do clã. O ator, mais conhecido por seu nariz quebrado (três vezes, segundo o próprio ator, todas durante partidas de futebol na época de colégio), é também um roteirista consagrado e muito respeitado em Hollywood. Em seu currículo, constam quatro filmes escritos: Pura Adrenalina, Três é Demais, Os Excêntricos Tenenbaums e o ainda inédito The Life Aquatic with Steve Zissou, todos em parceria com seu chapa Wes Anderson. Além disso, o ator/roteirista é bastante elogiado por conta de sua versatilidade (canta, dança, representa e costura pra fora!) e também por suas improvisações em cena. Mas este detalhe não o impediu de pagar micos violentos em sua carreira como ator – Anaconda (1997), Armageddon (1998) e A Casa Amaldiçoada (The Haunting, 1999) foram alguns deles -, mas também há longas que fizeram muito sucesso nos States, como Sou Espião (I Spy, 2002), com Eddie Murphy, e Bater ou Correr (Shanghai Noon, 2000), com o elástico Jackie Chan. Só pra se ter uma idéia do quanto o cara é valorizado por lá, em quatro anos seu salário pulou de US$ 4 milhões para US$ 10 milhões. E quando divide as telas com Ben Stiller, colega habitual de elenco, é filmaço na certa: basta dar uma olhada em Entrando Numa Fria, Zoolander e Starsky & Hutch.

Seu papel no grupo: Owen Wilson incorpora o típico relaxadão. Seus personagens geralmente não se importam com nada. Wilson também é o parceiro direto de Ben Stiller, funcionando como antagonista dos papéis sempre gritantes e estouradinhos do primeiro.

Pois é, estes são os cinco homens fortes da comédia atual. Mas o que eles fizeram? Quando trabalharam juntos? Quem aparece numa pontinha no filme de quem? Não fiquem exaltados: aí vai a relação das películas mais legais que a trupe fez, e onde cada um se encaixa:

– Três é Demais
Direção: Wes Anderson.
Quem aparece: Owen Wilson, Luke Wilson.
A comédia dramática mais elogiada de 1998 é centrada na figura de Max Fischer (Jason Schwartzman), adolescente problemático que disputa a atenção de uma professora (Olivia Williams) com o pai de um colega seu (Bill Murray). Owen atua num pequeno papel, além de assinar o roteiro do longa, e Luke Wilson aparece como o dr. Peter Flynn.

– Entrando Numa Fria
Direção: Jay Roach.
Quem aparece: Owen Wilson, Ben Stiller.
Stiller é o enfermeiro Gaylord Focker (!), que passa por uma série de situações embaraçosas ao conhecer a família da noiva, encabeçada por um tirano e hilário Robert DeNiro. Owen Wilson é o mauricinho ex-pretendente da menina.

– Os Excêntricos Tenenbaums
Direção: Wes Anderson.
Quem aparece: Ben Stiller, Owen Wilson, Luke Wilson.
Considerado um dos clássicos desta nova década, Os Excêntricos Tenenbaums narra a reação de uma família de gênios quando o patriarca, o safado Gene Hackman, ressurge das cinzas e tenta se reaproximar dos filhos. Ben Stiller é um gênio da matemática e Luke Wilson, seu irmão, um ás do tênis. Owen Wilson é o amigo da família que, na verdade, já é da família.

– Zoolander
Direção: Ben Stiller.
Quem aparece: Ben Stiller, Owen Wilson, Will Ferrell, Vince Vaughn.
O modelo masculino Derek Zoolander (Stiller), se une a seu maior rival nas passarelas (Owen) quando descobre que um estilista (Ferrell) pretende assassinar o primeiro-ministro da Malásia para garantir a mão-de-obra de sua fábrica de roupas. Vince Vaughn aparece numa pontinha como o irmão de Derek, Luke Zoolander (uma referência ao quinto componente do grupo, que não está aqui).

– Dias Incríveis
Direção: Todd Phillips.
Quem aparece: Luke Wilson, Vince Vaughn, Will Ferrell.
A trama é simples: três marmanjões sem nada melhor pra fazer de suas vidas, decidem criar sua própria fraternidade de estudantes, composta pelas figuras mais estranhas que o cinema já retratou desde A Vingança dos Nerds. Hilário é pouco!

– Starsky & Hutch: Justiça em Dobro
Direção: Todd Phillips.
Quem aparece: Ben Stiller, Owen Wilson, Will Ferrell, Vince Vaughn.
Recriação do crássico seriado dos anos 70 (que ainda é reprisado pela Sony). Stiller é o certinho David Starsky e Wilson é o sarrista Ken Hutchinson, dupla de policiais bem aos moldes dos longas eletrizantes de Steve McQueen. Vince Vaughn é o vilão da história, e Will Ferrell aparece numa ponta não-creditada.

– Com a Bola Toda
Direção: Rawson Marshall Turber.
Quem aparece: Ben Stiller, Vince Vaughn.
Nesta comédia que deixou Tom Hanks e seu O Terminal comendo poeira nas bilheterias, Vaughn é o dono de uma academia ralé que é obrigado a enfrentar o poderoso presidente de uma franquia de ginástica (Stiller) num torneio de… queimada.

– O Âncora
Direção: Adam McKay.
Quem aparece: Ben Stiller, Luke Wilson, Will Ferrell, Vince Vaughn.
Ferrell é um apresentador de telejornal dos anos 70 que enfrenta uma ameaça em seu emprego. A tal ameaça surge na forma de uma curvilínea âncora interpretada pela tetéia Christina Applegate. Stiller, Wilson e Vaughn fazem pequenas pontas.

Agora já dá pra entender o porquê de todo o falatório em cima de qualquer produção em que os amigos (ou pelo menos alguns deles) estejam envolvidos. O status de Ben Stiller, Will Ferrell, Vince Vaughn, Owen e Luke Wilson não vem somente dos seus talentos individuais ou em grupo, mas sim da completa interação entre eles em cada trabalho que surge nas telonas. E enquanto O Âncora estréia por aqui e Com a Bola Toda ainda não chega, só nos resta torcer para que venham novas e muitas comédias desses caras. Bem, sinceramente, qualquer coisa é boa e bem-vinda, desde que não tenha o Rob Schneider! 🙂

:: ALGUMAS CURIOSIDADES

– Para quem nunca ouviu falar, a expressão Rat Pack, citada no início deste artigo, é a denominação de um grupo de amigos e farristas que atravessaram os anos 50-60 apresentando-se em shows em Las Vegas. O grupo era formado por Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr., Peter Lawford e Joey Bishop. A expressão (que vem do literal pacote de ratos) foi utilizada por Lauren Bacall numa ocasião em que a trupe apareceu bêbada na porta de sua casa. Um dos trabalhos mais conhecidos dos caras foi Onze Homens e um Segredo (Ocean’s Eleven, 1960), de Lewis Milestone, que o prepotente Steven Soderbergh fez o favor de estragar com a desnecessária refilmagem de 2002.

– O homem nas fotografias do marido morto da personagem de Olivia Williams em Três é Demais é Owen Wilson. O ator também tem um outro papel no longa-metragem.

– Ainda sobre Três é Demais, a peça teatral que o personagem Max Fischer apresenta no colégio, perto do final do filme, tem diversas referências à obra-prima de guerra Apocalypse Now, de Francis Coppola, um dos filmes preferidos do diretor Wes Anderson.

– Entrando Numa Fria é uma refilmagem de uma comédia quase desconhecida de 1992, chamada Meet The Parents, dirigida por Greg Glienna e escrita e protagonizada por ele em parceria com Mary Ruth Clarke. Este longa simplesmente não existe em VHS, muito menos em DVD, tanto lá quanto aqui.

– Os papéis de Os Excêntricos Tenenbaums foram escritos para os próprios atores que os desempenham, sem exceção alguma. Durante a projeção, há muitas referências ao número 3, pelo fato de ser o terceiro filme na carreira de Wes Anderson. Também há uma infinidade de detalhes que apontam a ação temporal como sendo os anos 70; segundo Anderson, a história se passa nos dias de hoje, mas o visual é referente aos anos 70 por se tratar de uma metáfora sobre a época em que a “desgraça” se abateu sobre os Tenenbaums. Se quiser saber mais sobre a tal “desgraça”, toma vergonha na cara e assiste logo o filme que é fantástico!

– O cabelo ridículo de Owen Wilson em Zoolander na verdade não é seu: o ator usou peruca. No mesmo ano, Wilson filmou Atrás das Linhas Inimigas (Behind Enemy Lines, 2001) em simultâneo à fita de Ben Stiller, e seu papel no drama de guerra exigia um corte baixo no cabelo.

– Zoolander foi banido da Malásia, onde ainda é proibido por conta da história envolvendo o suposto assassinato do primeiro-ministro do país.

– A cafeteria usada em Dias Incríveis é a mesma que aparece em clássicos modernos como Mundo Cão (Ghost World, 2000), de Terry Zwigoff, e Seven: Os Sete Crimes Capitais (Seven, 1995) e Clube da Luta (Fight Club, 1999), ambos do ferradaço David Fincher.

– Das dezenas de adaptações para o cinema de séries de TV dos anos 60-70, Starsky & Hutch foi a única que manteve a ambientação em sua época original, no caso, os anos 70. A canção “Don’t Give Up On Us Baby”, cantada por Ken Hutchinson (Owen Wilson) no longa-metragem, foi interpretada em 1975 por David Soul para a série de TV na qual o filme é baseado. David Soul interpretou o mesmo personagem no seriado.

– Há um boato não confirmado de que o design do Ford Gran Torino de Starsky no seriado Starsky & Hutch teria inspirado o logo da Nike. Ao todo, 10 Gran Torinos foram usados na produção do longa; apenas 2 saíram intactos.

– Ben Stiller é considerado um dos caras mais sem-noção da história do cinema. Em Starsky & Hutch, o cara não tinha carteira de habilitação e mesmo assim dirigiu o Gran Torino em todas as cenas. Em Com a Bola Toda, numa única cena, Stiller quebrou três câmeras e ainda acertou uma bolada bem no meio da cara da atriz Christine Taylor (de Friends). Detalhe: ela é sua esposa. Ele provavelmente dormiu na sala nesta noite…

– Com a Bola Toda fez surgir uma febre de “campeonatos de queimada para adultos” nos Estados Unidos à época de seu lançamento. O ator Gary Cole, que faz parte do elenco, chegou até a competir num destes torneios. Coisas de americanos.

– O roteiro de O Âncora é livremente inspirado na história real de Jessica Savitch, apresentadora de telejornal considerada por seus colegas uma tremenda chauvinista.

– Will Ferrell dublou vários personagens da finada (e muito bizarra) animação A Vaca e o Frango (Cow and Chicken), do Cartoon Network.

– Por último, uma coisa que ninguém sabe: Owen Wilson e Luke Wilson são irmãos. Dã… 😀