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Artigo adicionado em 09/10/2004, às 03:19

Crítica: KILL BILL: VOL. 2
Dependendo menos das referências e mais de uma história divertida e repleta de humor negro e situações surreais, o diretor Quentin Tarantino dá um des Numa tomada em preto e branco, a personagem de Uma Thurman dirige um carro antigo por uma estrada arborizada que, no contexto geral, se parece bastante com aquelas cenas antigas […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


Numa tomada em preto e branco, a personagem de Uma Thurman dirige um carro antigo por uma estrada arborizada que, no contexto geral, se parece bastante com aquelas cenas antigas de filmes do James Bond. Com o olhar injetado, ela vai relembrando tranquilamente algumas das mortes do primeiro filme. E afirma, categoricamente: vai matar Bill. Sobem os créditos e está dada a partida para Kill Bill Vol.2, continuação da badalada obra do diretor Quentin Tarantino.

Embora a separação de Kill Bill em dois filmes tenha como justificativa o tempo total de ambas as películas, a verdade é que tratou-se de uma divisão benéfica: enquanto no primeiro filme o grande destaque são as referências e homenagens à cultura cinematográfica japonesa, esta segunda parte é muito mais calcada no humor negro típico das obras de Tarantino.

Tudo bem, as referências estão lá – especialmente quando A Noiva (Thurman) é treinada pelo implacável mestre Pai Mei (Chia Hui Liu, divertidíssimo ao incorporar todos os clichês do gênero). Ali, a grande homenagem de Tarantino é aos filmes chineses da década de 70, do tipo que assola as tardes da Rede Bandeirantes. No entanto, elas não são o elemento principal e a história poderia seguir tranquilamente sem que Tarantino ficasse o tempo todo reafirmando seu amor pelo cinema oriental.

Em “Kill Bill Vol.2”, a despeito das excelentes cenas de ação, são mesmo os diálogos que roubam a cena. Tarantino chega a beirar o surreal quando, por exemplo, Bill (David Carradine) resolve explicar suas teorias sobre a identidade secreta do Super-Homem enquanto aponta uma arma para A Noiva na luxuosa sala de sua casa. Por sinal, se alguém ai já chamou Carradine de canastrão por conta de sua participação como protagonista no antigo seriado Kung Fu, é melhor pensar novamente. Ele é o grande destaque de um elenco afinadíssimo e que funciona como um relógio, de Michael Madsen (Budd) a Michael Parks (o cafetão Esteban Vihaio, pai adotivo de Bill).

A trama, como é costumeiro nas películas do diretor, não é exatamente cronológica. Começa com Thurman contando todos os detalhes do massacre na Igreja de El Paso, quando ela foi colocada em coma ainda grávida. Depois, a história pula de volta à busca da moça por vingança, indo atrás de Budd – que tornou-se um leão-de-chácara alcóolatra e sem rumo na vida. Na lista da noiva vingativa, faltam apenas ele e a invejosa Elle Driver (Daryl Hannah) para que, finalmente, ela possa enfrentar Bill. Mas a tarefa não vai ser assim tão fácil…

Você pode achar a conclusão um tanto forçada. Talvez até meio clichê. Mas não há como negar que ela é ideal. Perfeita. E emocionante. Se você é do tipo emotivo, duvido que as lágrimas não dêem uma escapulida pelo cantinho do seu olho. Se você achava que tudo que Tarantino conseguia fazer eram cenas de impacto, prepare-se: ele também sabe fazer chorar.

Nota: na cena da capela em El Paso, fique ligado na participação especialíssima do ator Samuel L. Jackson

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