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Artigo adicionado em 21/07/2004, às 02:34

VOYAGERS: Os Viajantes do Tempo
Luz verde: nós conseguimos, garoto! Foi lançado o desafio: me deram a idéia de escrever um artigo sobre esse seriado que passava no SBT nas noites de sábado, após Tom e Jerry (já é abusar demais da minha memória e da minha bondade querer que eu tenha certeza do horário certo, já que ninguém mais […]

Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


Foi lançado o desafio: me deram a idéia de escrever um artigo sobre esse seriado que passava no SBT nas noites de sábado, após Tom e Jerry (já é abusar demais da minha memória e da minha bondade querer que eu tenha certeza do horário certo, já que ninguém mais lembra – mas foi o que me informaram ^_^). Voyagers! – Os Viajantes do Tempo anda caído no esquecimento da memória da maioria dos oitentistas donos de cantos virtuais. Quem sabe alguma certa luz verde ajude a ressuscitar as memórias a respeito desse seriado…

:: A HISTÓRIA

“Nós viajamos através do tempo ajudando a história a seguir seu curso e dando um empurrãozinho quando preciso. Quando a luz vermelha do Omni acende, quer dizer que a história está errada. Nosso trabalho é colocar as coisas de volta no eixo. Luz verde – nós conseguimos, garoto!”

Essa frase no início dos episódios procurava sintetizar a história do seriado, que havia sido estruturada a partir do episódio piloto: Jeffrey Jones (Meeno Peluce) era um menino que amargava sua vida de órfão morando com seus tios e um cachorro, e que numa noite de 1982 recebe uma visita inesperada pela janela de seu quarto: um pirata-viajante do tempo. Esse intruso errante, que atendia pelo nome de Phineas Bogg (Jon-Erik Hexum) era do século XVII e tinha ido parar nos “gloriosos” anos 80 por engano: uma falha ocorrera em seu Omni (uma espécie de máquina do tempo de bolso), levando-o a séculos depois do que pretendia ir.

Com o susto e a confusão devido à súbita chegada de um pirata pela janela de seu quarto, num arranha-céu, Jeffrey acaba caindo pela janela. Bogg pula para salvar o garoto, mas não vê que seu livro-guia é abocanhado pelo cachorro do menino.

Phineas Bogg, então, vê-se perdido no tempo ao lado de um menino de 12 anos e sem seu livro-guia. Daí que acha de bom-tom contar seu causo para o novo amigo: ele, Bogg, havia sido recrutado pelos Viajantes do Tempo para ser “um deles”. Sua missão: “ajudar a história a seguir seu curso, dando um empurrãozinho quando preciso”. Ou seja, algo como o Esquadrão do Tempo, do Cartoon Network. Os Viajantes do Tempo eram um grupo de pessoas que, munidas de seus Omnis e livros-guia, passeavam pelos anos, com o objetivo de arrumar os erros que poderiam estragar fatos históricos. Jeffrey, então, dá uma boa notícia ao pirata: eles podiam estar sem o livro-guia, mas seu pai era professor de História quando vivo, e tinha ensinado ao filho muito do que sabia sobre o assunto. Assim sendo, tudo correrá bem: o inepto Phineas pode viajar no tempo ao lado do sabe-tudo em História Jeffrey. A partir daí, a cada episódio a dupla se depararia com desafios e quebra cabeças, geralmente resolvidos pelo menino conhecedor de História. Ele mesmo se encarregava de sugerir aos telespectadores, ao fim de cada capítulo, que fossem pesquisar mais sobre os assuntos em alguma biblioteca.

:: “OMNIS”? “LIVROS-GUIA”? MAS HEIN?

Omni é nada mais, nada menos (talvez um pouquinho menos…) que uma máquina do tempo portátil. Esse pequeno aparelho lembra um relógio de bolso, mas ao invés de números e ponteiros, o Omni mostra um globo terrestre circundado por anéis e números. Esse globo pode ser rodado até o local desejado, e os números indicam a data específica. Duas luzes de diferentes cores podem se acender: uma verde e uma vermelha. A primeira indica que a História já voltou aos seus eixos, e a segunda indica problemas.

O livro-guia era basicamente um livro de História, muito útil (algo sempre recomendado para quem quer que viaje no tempo). Phineas Bogg não precisava de um desses, porque tinha um “ás” em fatos históricos bem ao seu lado, o Jeffrey.

Os Viajantes do Tempo eram soldados dos séculos passados que tinham sido recrutados, estudado para tornarem-se oficiais e passado nos exames. Phineas não era o único viajante, é claro, mas não eram freqüentes as aparições de outros no seriado. No 13º episódio, entretanto, Jeffrey e Phineas vão parar no Quartel General dos Viajantes, mas não têm uma boa recepção, pois um impostor com um Omni mais poderoso tenta fraudar as missões da dupla. Nesse mesmo episódio, Jeff finalmente torna-se um Viajante oficial.

O seriado trouxe à tona personalidades antigas como Moisés, Spartacus, Roosevelt, Thomas Edison, Cleópatra, Lincoln, George Washington, Robin Hood, Rainha Vitória, Pasteur, a família Braun, Graham Bell e Conan Doyle.

:: A SÉRIE

“Voyagers! – Os Viajantes do Tempo” estreou no canal NBC em outubro de 1982. Naquela época a maioria dos seriados eram mais engraçadinhos – como Punky, A Levada da Breca e Alf – O ETeimoso são exemplos de comédias família daquele início de década. O seriado sobre o menino e o adulto que viajavam pelo tempo era uma aventura que informava e divertia, o que o tornava único no estilo há 20 anos atrás.

A série, no entanto, foi curta: teve apenas 20 capítulos (outros três episódios foram escritos, mas não foram feitos). Isso porque “Voyagers!” terminou em julho de 1983, quando o canal que o transmitia alegou que a produção estava muito cara. Assim, o seriado acabou de repente, sem um desfecho certo – o último capítulo contou as peripécias da dupla na Londres da época de Jack O Estripador. De quebra, os viajantes ajudaram Arthur Conan Doyle (autor de Sherlock Holmes) a sair de um bloqueio criativo.

“Os Viajantes do Tempo” não é um dos seriados mais famosos ou cultuados, mas foi, no seu curto período de vida, a série mais bem sucedida do ano.

:: OS PROTAGONISTAS

Meeno Peluce: o garotinho cabeludo tem uma irmã famosa, Soleil Moon Fry. É, esse é o nome da menina que interpretava a Punky Brewster ^_^. Quanto à carreira artística do garoto, nada brilhante a declarar. Antes de protagonizar Viajantes do Tempo, Peluce teve algumas aparições sem importância em séries de tv, e depois do término do seriado, continuou apenas “aparecendo” em alguns pequenos papéis. Felizmente, Meeno não teve o mesmo futuro que alguns outros atores mirins envolvidos com drogas. Agora ele está com 34 anos e trabalha como professor em Beverly Hills. Sua participação mais recente como ator foi no filme Os Sonhos de Alex, de 2001, em que sua irmã Soleil trabalha.

Jon-Erik Hexum: o moço era filho de noruegueses, daí o nome incomum. Jon-Erik era um menino prodígio: tocava violino, piano e órgão desde pequeno. Cursou Ciências Sociais, um pouco de Filosofia e outro tanto de Ciências Biomédicas, e também jogava futebol. Ele realmente sabia o que queria, tanto que depois disso tudo acabou sendo descoberto pelo agente do “embalado” John Travolta, e tornou-se ator. A partir de 1981, Hexum fez alguns trabalhos como ator, mas na televisão o primeiro papel importante que aceitou foi o de Phineas Bogg. Depois do término do seriado, o rapaz só teve chance de participar de um filme (The Bear – 1984) e duas séries para TV: Making of a Male Model e Cover Up. Foi durante a filmagem deste último que uma tragédia aconteceu – Jon-Erik pegou uma arma que seria usada na produção e fez uma brincadeira, apontando-a para a cabeça e puxando o gatilho. A arma estava carregada de verdade, e horas depois o ator faleceu.


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