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Artigo adicionado em 27/05/2004, às 01:15

DAY OF THE TENTACLE
Lembram-se dos Tentáculos? Esses dias me lembrei de um jogo de computador com uma certa criatura roxa mutante que queria conquistar o mundo. Resolvi pesquisar na internet sobre ele, e as lembranças pouco a pouco vieram à minha mente… Foi então que descobri que Day of the Tentacle, da produtora Lucas Arts, é meu jogo […]

Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


Esses dias me lembrei de um jogo de computador com uma certa criatura roxa mutante que queria conquistar o mundo. Resolvi pesquisar na internet sobre ele, e as lembranças pouco a pouco vieram à minha mente… Foi então que descobri que Day of the Tentacle, da produtora Lucas Arts, é meu jogo favorito. Do estilo “use-seu-cérebro-para-resolver” mas não cheio de detalhes impossíveis de serem solucionados, muito bem humorado e bizarro. Full Throttle, outro jogo da Lucas Arts, também tem esses elementos; por isso, ambos estão na minha lista dos 10 mais. Sim, o jogo dos tentáculos é antigo, mas quem se importa? Não sei nem por onde começar os elogios a ele… Acho que é melhor começar do começo, depois ir até ao fim, e então parar.

:: QUANDO TUDO COMEÇOU…

“Day of the Tentacle” foi lançado em 1993 como uma continuação de Maniac Mansion, e veio para o Brasil na época em que ter no computador um kit multimídia era o privilégio de alguns nerds ricos. Infelizmente nunca tive o prazer de jogá-lo com som, mas os que o tiveram dizem que a trilha sonora e as vozes são de primeira. Eu jogava Tentacle quando tinha uns 7 anos (sim, em 1994 eu tinha 7 anos… que gracinha). Naquela época eu realmente não entendia inglês, então pra entender os diálogos que apareciam escritos (já disse que não tinha caixinhas de som no meu computador, diacho) era bem difícil. Aliás, lembro de um papel que um tio meu, bom no inglês, fez pra mim e pra minha irmã com as traduções de todos os comandos. Ok, então confesso: eu fingia jogar. Na verdade, quem fechou o jogo foi minha irmã, mas eu estava lá, assistindo e aprendendo.

:: MAS VOCÊ AINDA NÃO SE LEMBROU DE DAY OF THE TENTACLE?

Então senta aí que eu conto como era. E os que estão chorando de saudades, por favor recomponham-se. Como eu estava dizendo, o jogo foi feito como uma espécie de continuação de “Maniac Mansion”, mas a história é bem diferente. O jogo se inicia com os bichinhos de estimação do Dr. Fred – o tentáculo Roxo e o tentáculo Verde – passeando pelas redondezas de seu laboratório. Nessa caminhada, deparam-se com um rio poluído, e, sob protestos do Verde, Roxo toma um pouco dessa água. Acontece que esse rio era contaminado com restos industriais, que afetaram o pobre Tentáculo: brotaram nele braços, e, é claro, ele decide conquistar o mundo.

É aí que um hamster (já conhecido dos jogadores de “Maniac Mansion”), carregando um telegrama, bate na porta de um apartamento em que três figuras insanas vivem: Bernard (um nerd), Hoagie (um revoltado metaleiro) e Laverne (uma espécie de Deedee mais estranha). O remetente é o Tentáculo Verde, que lhes pede socorro, dizendo que Dr. Fred, revoltado com as novas idéias do Tentáculo Roxo, ameaçava matar seus dois mascotes.

Espertamente, o trio consegue salvar os Tentáculos das garras do Doutor, mas ainda devem lutar contra a nova obsessão do Tentáculo Roxo, agora mutante. Assim, Fred tem uma idéia: enviar Bernard, Hoagie e Laverne para o passado, através de sua máquina do tempo: mais exatamente um dia antes, para que pudessem impedir que o Tentáculo bebesse as águas do rio contaminado. Mas, como algo sempre tem que dar errado, um problema acontece na máquina, enviando cada personagem para uma época diferente: Bernard continua no presente, enquanto Hoagie vai parar no período colonial dos EUA e Laverne pula para o futuro, com um mundo dominado por Tentáculos!

Um roteiro absurdo ajudou a tornar “Day of the Tentacle” um ótimo jogo, mas não é apenas isso. O gráfico era muito bom, uma grande novidade para a época, porque transportou para os games todo um estilo de desenho animado, muito colorido. Como todo jogo tipo adventure, o desenvolvimento da trama está em suas mãos: se não pegar o objeto necessário ou não fazer a ação certa, a história pára, até você ter quebrado a cabeça suficientemente pra descobrir o que fazer em seguida. E somado a isso as referências e piadas com a história dos EUA…

Agora misture tudo e inverta. Responda: era O jogo perfeito, ou não era? Bons tempos aqueles…

Agradeço ao amigo Marcelo Barbosa a confirmação de alguns dados e detalhes.


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