Ação desenfreada? Confere. Personagens divertidos e carismáticos? Confere. Perseguições de tirar o fôlego? Confere. Boas doses de humor? Confere. Ok, acho que já dá pra considerar S.W.A.T., o novo filme de Samuel L.Jackson e Colin Farrell, uma excelente opção de diversão para o seu fim-de-semana. Antes de mais nada, esta adaptação cinematográfica da clássica série de TV da década de 70 é muito honesta, sem maior pretensões a não ser entreter você. Cinema pipoca da melhor qualidade, como só Hollywood sabe fazer. Nos dias de hoje, acredite, conseguir apenas isso já está bom demais. E ponto final.

Como filme policial, ‘S.W.A.T’ é muitíssimo superior ao recente Bad Boys II, que transpira falta de criatividade e de charme. Como adaptação, a película também é muito mais fiel ao original do que As Panteras – cuja versão nas telonas transforma as três charmosas detetives em agente secretas anabolizadas e sexualizadas. ‘S.W.A.T.’ consegue atualizar de maneira eficiente toda a mitologia em torno do programa de TV. Para o papel do bonitão Jim Street, por exemplo, o bad boy Farrell chega assumindo a vaga que foi do falecido Robert Urich, que já fazia um estilo mais ‘almofadinha’. Sinal dos tempos…

A história (que não é lá muito original, mas funciona) gira basicamente em torno de Street, expulso da S.W.A.T. há alguns meses depois de um incidente envolvendo seu parceiro em um assalto a banco. Relegado a um trabalho quase burocrático no estoque de armas, ele acompanha o retorno do veterano tenente Dan ‘Hondo’ Harrelson (Jackson) ao departamento para reformular a S.W.A.T., desacreditada perante a mídia. Enquanto monta uma nova equipe com as participações de David “Deacon” Kay (o rapper LL Cool J), T. J. McCabe (Josh Charles) e da garota Chris Sanchez (Michelle Rodriguez, de Resident Evil: O Hóspede Maldito, alvo de uma das melhores piadas do filme), Hondo começa a se aproximar de Street… a quem acaba oferecendo uma nova chance.

A nova equipe vai ter que começar a provar seu valor para o descrente capitão de polícia ao transportar para uma prisão federal o inescrupuloso Alex Montel (Olivier Martinez, de Infidelidade), um criminoso internacional procurado. A missão pode não ficar assim tão fácil quanto parece depois que o sujeito usa as câmeras de TV para fazer uma proposta que mexe com a ganância de todas as gangues de marginais de Los Angeles…

Resumindo: depois de conferir as aventuras deste time especial de policiais, com certeza você vai sair do cinema direto para a pizzaria assobiando a clássica música-tema do seriado – que, por sinal, toca várias vezes durante o filme, em uma série de versões diferentes. E, como todo bom brasileiro, você também vai desejar do fundo do coração ter um Hondo Harrelson para dar conta de certos marginais tupiniquins…

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