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Artigo adicionado em 31/10/2003, às 12:41

Crítica: FREDDY X JASON
And the winner is… Diferente do que muitos pensam, um dos confrontos mais aguardados das telonas, Freddy x Jason, tem um perdedor no final das contas. Mas não do jeito que você imagina. Quando as luzes do cinema se acendem, fica claro que Freddy Krueger, um dos personagens mais interessantes do mundo dos filmes de […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


Diferente do que muitos pensam, um dos confrontos mais aguardados das telonas, Freddy x Jason, tem um perdedor no final das contas. Mas não do jeito que você imagina. Quando as luzes do cinema se acendem, fica claro que Freddy Krueger, um dos personagens mais interessantes do mundo dos filmes de terror, se deu muito mal ao aceitar a parceria cinematográfica com o amigo Jason Vorhees. Humilhado e espezinhado desde os primeiros minutos da película, Krueger deve ter saído com o rabo entre as pernas, perguntando a si mesmo: “Onde foi que eu errei?”

O grande problema de ‘Freddy x Jason’ é que o diretor Ronny Yu se leva a sério demais, ao contrário do que já tinha feito anteriormente em A Noiva do Chucky. O filme teria tido muito mais carisma se apelasse de vez para o ‘terrir’, despretensiosamente misturando humor e sangue jorrando pela tela. Mas não. Yu insiste em explicações desnecessárias, situações forçadas, sustos esperados e heróis sem qualquer profundidade. E vai deixando incômodos furos no roteiro pelo meio do caminho…

Os heróis em questão são os mesmos de sempre: aqueles adolescentes estereotipados sem cérebro e que só pensam em sexo, bebida, maconha e… mais sexo. São eles que, da maneira mais insólita, descobrem a trama de Freddy – que é efetivamente o grande vilão da trama, deixando Jason com o papel de ‘coadjuvante de luxo’. Anos depois de sua última aparição, Krueger começa a perder suas forças porque, por algum motivo, as crianças e jovens da rua Elm não têm mais pesadelos com ele. Então, ele ressuscita Jason para começar a matar os adolescentes em seu nome, trazendo a lembrança de Freddy de volta…

Simples, não é? 🙂

A coisa já começa a descambar a partir deste ponto: afinal, em Jason Vai Para o Inferno, nono filme do maníaco mascarado, uma de suas descendentes acaba com ele e dá fim a sua maldição… aparentemente para sempre. No entanto, Freddy traz Jason do mundo dos mortos sem maiores explicações, sem nem sequer citar o episódio anterior. O fato é que a sede de sangue do assassino da máscara de hóquei acaba superando as expectativas de Freddy e ele começa a roubar as vítimas do mestre. E é claro que, para a alegria dos fãs, os dois entram em combate direto dentro da mente de Jason. A alegria, no entanto, dura muito pouco. Os socos, pontapés e sucessões de cortes não chamam a menor atenção e chegam a provocar bocejos. Mas não acaba por aí.

A escolha dos atores que interpretam as ‘vítimas’ da dupla não poderia ter sido pior. A interpretação de Monica Keena, que foi a Abby Morgan na série Dawson’s Creek, chega a dar arrepios de tão forçada. E a personagem de Kelly Rowland, egressa do grupo Destiny’s Child, é tão irritante que você chega a ficar torcendo para que ela seja morta o quanto antes por Freddy, por Jason ou por qualquer outra boa alma que resolva tomar posse de um 38. Isso quando ela não resolve fazer comparações sexuais a cerca das lâminas da luva de Freddy e do facão de Jason… Sem comentários.

O primeiro filme da franquia ‘A Hora do Pesadelo’ é excelente. A imoralidade e cinismo de Freddy Krueger são divertidíssimos, evidenciados por uma interpretação primorosa de Robert Englund. É realmente uma pena vê-lo envolvido em uma bobagem sem graça como ‘Freddy vs Jason’. Da próxima vez, bem que a New Line podia dar a Jason um parceiro como o Mike Myers, de ‘Halloween’. Pelo menos seriam apenas dois mascarados que entrariam mudos, sairiam calados… e, no meio do caminho, tentariam se esfaquear. E nenhum vilão com um mínimo de profundidade psicológica seria machucado na contenda.

Leia mais:
Linha do Tempo: FREDDY KRUEGER | Linha do Tempo: JASON VORHEES


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