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Já se passaram 25 anos desde o lançamento do primeiro filme do Super-Homem. A Warner, para comemorar, irá lançar um BOX comemorativo de DVDs com os três primeiros filmes do azulão, sem falar em um DVD apenas de extras, no dia 26 de setembro. Se você quiser reservar o seu (o meu já tá reservadinho), aproveite para comprar no Submarino
Não se preocupem: quando o DVD for lançado, eu serei o primeiro a ver e a comentar os extras e o que mais houver para ser comentado. ^_^ Mas, enquanto isso, vou falar um pouquinho sobre cada um dos filmes do meu super-herói favorito.
:: SUPER-HOMEM: O HOMEM DE AÇO
Em 1978, estreiava nos cinemas americanos Superman – The Movie, encantando milhares de pessoas. Estrelado por Christopher Reeve no papel principal, o filme conta a origem do herói – aquela, do foguete caindo na Terra, sendo achado por um casal de terrestres, coisa etal. Mostra Clark Kent desde sua juventude no interior dos EUA até chegar em Metrópolis, depoisarranja um emprego no jornal Planeta Diário, conhece Lois Lane (brilhantemente interpretada por Margot Kidder), que é sua grande paixão e também seu arquiinimigo Lex Luthor (Gene Hackman dá um show no papel!) e o enfrenta.
Dirigido por Richard Donner (criador e diretor da série Máquina Mortífera) e escrito por Mario Puzo (o mesmo roteirista de O Poderoso Chefão), o filme prende o espectador desde o começo, tamanha a competência em todas as partes do filme. O roteiro é bem amarrado, a direção é primorosa e o elenco está afinadíssimo (quem não dá risada com Otis, o subalterno de Luthor, comicamente interpretado por Ned Beatty?) e a música, composta por John Williams, arrepia até o seu último fio de cabelo.
Há cenas que são memoráveis, como quando Lois é salva pela primeira vez pelo azulão e quando ele também tenta evitar os danos causados pela explosão de um dos mísseis de Luthor. A minha preferida é quando o Super se depara com o corpo morto de Lois dentro de seu carro, soterrada devido ao desabamento de uma encosta e pela rachadura numa estrada. A sequência do herói pegando o corpo de sua amada e colocando no chão e sua expressão de contemplação com o que considerava impossível acontecer é muito comovente, ainda mais nos poucos momentos que o filme fica mudo nessa cena. Ainda hoje, quando assisto essa parte, ficadificílimo não soltar uma lágrima.
Entretanto, a melhor coisa do filme, é, realmente, a interpretação carismática do até então desconhecido Christopher Reeve. Surpreendentemente, para a época, Reeve foi uma surpresa ao ser escolhido para o papel, pois durante sua produção, atores de peso como Warren Beatty e Robert Redford haviam sido sondados para o papel. E a decisão de colocar um novato no papel foi tão acertada que até hoje o mundo inteiro enxerga Reeve como sendo o eterno e único Super-Homem.
Pois é, jogador como Pelé e ator usando roupa colante e ainda por cima cair perfeitamente, só uma vez na vida e outra na morte, xará! ^_^
Com todos esses ingredientes, o primeiro filme é tido até hoje como um dos maiores filmes de super-heróis de todos os tempos. Ah, e uma curiosidade: o astro Marlon Brando ganhou milhões para interpretar Jor-El, o pai kryptoniano do Super, por uma participação de apenas 11 minutos em cena!
:: SUPERMAN II
Já Superman II estreou em 1980, embora tenha sido filmado junto com o primeiro filme. Foi lançado posteriormente devido a algumas cenas que ainda estavam sendo trabalhadas. Tão bom quanto o primeiro, o filme é de tirar o fôlego.
Dessa vez, o herói tem que enfrentar três malignos Kryptonianos que foram presos na Zona Fantasma antes da explosão de seu planeta natal. O líder desse grupo é o temido General Zod, inimigo de Jor-El e que busca vingança. Terence Stamp, ator que interpreta Zod, ficou tão bem no papel quanto Reeve ficou no azulão. Dá raiva de Zod o tempo todo. Os outros dois são Ursa (Sarah Douglas) e Non (Jack O’Jalloran), que também estão muito bem como vilões.
Com certeza, a coisa mais legal do filme é o quebra-pau do Super contra os vilões no final do filme. Olha, não importa quão legal tenha sido o cacete que o Hulk deu nos cães-gama ou a briga do Aranha contra o Duende Verde (desculpa aí Cid, mas é verdade…), mas essa briga do herói com contra os três vilões é o melhor exemplo de como deve ser uma briga de seres super-poderosos. Voa carro, ônibus, predios são danificados, ruas são destruídas… enfim, tem tudo o que uma briga dessas tem que ter. Minha cena preferida é quando o Super arremessa o General Zod no neon da Coca-Cola. Ducaralho!
E, lógico, não poderia faltar as maquinações de Lex Luthor para prejudicar o azulão.
Acredito que o sucesso do filme é devido à mesma equipe que trabalhou no primeiro filme. Ainda assim, (para não dizer que não achei nada de ruim) não curti muito certos poderes bizarros apresentados pelo azulão. Um exemplo é quando o Super retira o símbolo de seu uniforme, usando-o como uma rede para prender um dos krptonianos… bizarro, não? E um fato curioso é que no primeiro filme, o Super não usou a visão de calor, vindo a usar apenas neste.
:: SUPERMAN III
Já Superman III, que estreou em 1983, é bem inferior aos dois primeiros filmes. Sem ritmo nenhum, o roteiro (que já não era de Mario Puzo, tendo ficado nas mãos de David e Leslie Newman) e a direção (que também não era de Richard Donner, desta vez ficando com Richard Lester) são fraquíssimos. O filme é tão ruim que nem a interpretação sempre perfeita de Reeve consegue salvar o filme.
Dessa vez o herói tem que enfrentar as maquinações de Ross Webster (Robert Vaughn, da série de tv Esquadrão Classe A), um magnata das indústrias de petróleo que quer o monopólio do mercado. Através da sintetização de uma kryptonita, ele espera deter o herói, único ser que Webster acha capaz de detê-lo. Pra mim, esse tal de Webster não passa de uma imitação ridícula do Lex Luthor, já que Gene Hackman não participou deste filme.
Richard Pryor, conhecidíssimo comediante americano, interpreta Gus Norman, um atrapalhado especialista em computadores contratado por Webster. Bom, por mais legal que Pryor seja, infelizmente sua interpretação ficou a desejar, totalmente artificial.
Há ainda um supercomputador, criado pelos vilões, para deter o azulão, que ainda chega a “agarrar” a irmã do magnata (interpretada por Pamela Stephenson), transformando-a numa espécie de ciborgue sem graça para enfrentar o herói. A luta (se é que pode ser chamada disso) é tão sem graça que não leva mais do que um minuto para o herói dar cabo da personagem. Outra coisa ruim é quando Webster está usando o tal supercomputador para lançar mísseis contra o homem-de-aço. O “radar” do computador é tão avançado que os gráficos são puro Atari.
Uma curiosidade: nesta terceira parte, quem interpreta Lana Lang, a namorada interiorana do herói é Annete O´Toole, que hoje participa do seriado Smallville, fazendo o papel de Martha Kent, a mãe terrestre do herói.
:: SUPERMAN IV
Já Superman IV – Em Busca da Paz, feito em 1987, é o único que não está no box do DVD. Também pudera: o filme é muuuuito ruim. Consegue ser pior do que o terceiro filme em alguns momentos. Dessa vez, Lex Luthor está de volta e pretende ter seu próprio ser superpoderoso para confrontar o Homem-de-aço. Com um fio de cabelo do herói, Luthor desenvolve, com seus conhecimentos científicos, um meio de através de um míssil nuclear, que foi enviado ao sol, criar um ser dotado de poderes tão grandes quantos os do herói.
Nasceu assim o Homem-Nuclear (Mark Pillow). Apesar de ter um uniforme bacana, o Homem-Nuclear não passava de um animalzinho, pois suas falas se resumiam ao rosnar de um cão, sendo bastante inexpressivo.
Os efeitos especiais também contribuiram bastante para o fracasso do filme, pois estavam muito aquém do que era esperado. Naturalmente, os efeitos especiais devem evoluir com o passar do tempo, mas aconteceu o contrário. Nos filmes anteriores, os efeitos estavam beeeeem melhores. As cenas de vôo então, que antes eram bem naturais, ficaram muito artificias, pois dessa vez, parte das cenas de vôo não lidava mais com a técnica dos fios presos ao corpo e sim com a pioneira (para a época) técnica de fundo azul, fazendo uma sobreposição de imagens. Mas o resultado é tão ruim que não convence.
Este último filme, dirigido por Sidney J. Furie (de forma muito tosca, diga-se de passagem), foi escrito pelo próprio Christopher Reeve, com ajuda de Lawrence Konner e Mark Rosenthal (que escreveu “A Jóia do Nilo” e “Planeta dos Macacos” de Tim Burton). De todos os filmes, é o único que foi usado como campanha contra as armas nucleares, alertando para o perigo de tais armas. O Super é visto liderando uma campanha mundial contra a extinção de tais armamentos, jogando os mísseis no espaço e fazendo discursos em reuniões da ONU. Na época de lançamento do filme, as maiores potências mundiais lidavam com testes nucleares todas as semanas e isso causava polêmica ao redor do mundo.
Apesar das boas intenções de Reeve, o roteiro é fraco e não prende muito a atenção de quem está assistindo. Há algumas idéias legais, que poderiam ter funcionado, como por exemplo, a personagem Lacy Warfield, interpretada por Mariel Hemingway. Lucy seria um novo interesse romântico de Clark, para criar uma tensão entre ele e Lois. Acho isso legal para não ficar o romance sempre centrado nos dois principais. E isso faz com que obrigue Lois a demonstrar mais seus sentimentos. Entretanto, a personagem é simplesmente banal.
Daí em diante, Reeve decidiu não fazer mais o herói mais poderoso dos quadrinhos no cinema por dois motivos: primeiro, a idade estava chegando. Além disso, não queria ficar estereotipado por causa do personagem (bwahahahahahahaha!). Alguns fãs acham até que ele parou na hora certa, pois se a tendência continuasse, um provável quinto filme seria a pior das bombas.
Bom, o que importa é que eu tenho orgulho de dizer que faço parte de uma geração que viu o Christopher Reeve como Super-Homem em sua época de ouro. Há outros projetos da Warner para novos filmes, mas duvido que achem alguém tão perfeito para o papel quanto foi Reeve. Isso é uma pena, pois as últimas gerações ainda não encontraram um Super á altura. Dean Cain? Nem passou perto. Talvez Tom Welling, de Smalville, quem sabe?
:: E não esqueça de reservar o seu DVD especial do SUPERMAN, contendo os três filmes e mais um dvd apenas de extras, aqui no Submarino!
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