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Artigo adicionado em 28/11/2002, às 11:00

Crítica: CASAMENTO GREGO
Clichês até não aguentar mais… mas esse filme é uma fofura!! Quem acompanha a gente aqui n´A Arca, acessa outros sites (que feio, hein????) ou lê qualquer publicação sobre cinema, já deve estar sabendo do sucesso estrondoso de Casamento Grego (My Big Fat Greek Wedding), filme de orçamento modesto (US$ 5 milhões, praticamente mixaria para […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


Quem acompanha a gente aqui n´A Arca, acessa outros sites (que feio, hein????) ou lê qualquer publicação sobre cinema, já deve estar sabendo do sucesso estrondoso de Casamento Grego (My Big Fat Greek Wedding), filme de orçamento modesto (US$ 5 milhões, praticamente mixaria para os padrões hollywoodianos) e que já passou da casa dos U$ 200 milhões em faturamento só nos EUA. Isso sem falar que o filme não sai da lista dos mais assistidos da semana norte-americana há 31 semanas (é um sobe e desce de posições… quando uma semana não apresenta estréias fortes, o filme chega a pegar a 2ª posição e às vezes consegue voltar ao 1º lugar)!! Aqui no Brasil, o filme já está há duas semanas em primeiro lugar entre os mais assistidos! Financeiramente falando, ele já ultrapassou o sucesso independente de anos passados A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project – alguém lembra desse filme?).

Afinal, que raios acontece aqui? Quer dizer, como a simples história de uma mulher descendente de gregos e que está à procura do grande amor pode levar tantas pessoas ao cinema dessa maneira??

:: POMBAS, FANBOY, FALA UM POUCO DA HISTÓRIA, MEU!

Mas é claro. E será rapidinho, já que a premissa é básica: Toula Portokalos (Nia Vardalos), descendente de gregos, é uma mulher que já tem lá seus 30 e poucos anos e está literalmente “encalhada”, isto é, tudo no qual sua vida se resume é ajudar os pais no restaurante da família e ficar aguentando todos dizerem que ela já está velha demais para arranjar um pretendente, casar e ter filhos.

Estes seriam problemas que todos poderíamos enfrentar… mas quem pensa nisso é porque não conhece a gigantesca família Portokalos: barulhentos, espalhafatosos e adoram se meter na vida alheia. Ainda assim, uma família cheia de tradições. E tudo isso entra em conflito quando Toula conhece Ian Miller (John Corbett, de Volcano, A Fúria e da série de TV Sex and The City) e se apaixona por ele. Um dos mandamentos da família de Toula é: “casar apenas com gregos, para gerar outros gregos”. Nem precisa dizer os pepinos que isso vai gerar, não é?

:: CLICHÉS? SIM, CARO LEITOR

Tenham certeza de algo: tudo o que você ver em Casamento Grego você já viu em outros filmes. Em MILHÕES de outros filmes. Toula é a linda “menina-feia”, que vai se descobrindo durante o filme, saindo debaixo da asa dos pais. Há a avó que chega da Grécia, não fala um “a” de inglês e acha que todos que não são da família são turcos (os gregos têm uma richa feia com os turcos, um rolo antigo); tem o irmão metido a fortão; tem o pai, sujeito turrão e antiquado, que acha que lugar de mulher é na cozinha ou parindo filhos (de gregos, claro); tem a mãe, que suporta os problemas da filha e atura o marido; isso sem falar nas tias, uma mais maluca que a outra, e um mundaréu de primos (sendo que a maioria deles se chama Nick!).

Tem romance, comédia, aquelas cenas piegas e um final mais que feliz.

E já imagino que a pergunta que esteja rodando é: então por quê esse sucesso todo? Olha, posso apresentar dois motivos. O primeiro: personagens carismáticos e atores muito bem escolhidos. E vou usar a própria protagonista como exemplo disso: Nia Vardalos dá um show como Toula, mostrando uma mulher forte e determinada, mas ainda frágil e muito apegada à família. Um exemplo: na cena em que Ian começa a falar diversas coisas sobre como ele a via, e escapa um “Você é muito bonita” no meio da conversa. A maneira que Vardalos reage à esse comentário é espetacular! Coisa de adolescente que nota que o primeiro amor é recíproco. Há diversos outros exemplos, mas esse foi o que eu achei o mais fofo. Não há como não se apaixonar por ela até o fim do filme.

Também, Nia Vardalos sabe do que se trata: ela mesmo tem sangue grego correndo nas veias (mas nasceu no Canadá), e vêm lutando há anos para levar a história de Toula para as telonas. Sem sucesso, decidiu adaptar o roteiro, escrito por ela mesma em duas semanas (!), para o teatro. Em uma das apresentações, Rita Wilson, esposa de ninguém mais, ninguém menos que Tom Hanks, estava na platéia. Rita adorou a peça, trouxe Hanks para assistir, e assim que surgiu a proposta de levar, finalmente, a peça para as telas de cinema.

O segundo motivo é simples: o filme é uma comédia às antigas. Se você for ao cinema esperando ver tentativas baratas e de mau gosto para fazer comédia, ao estilo Todo Mundo em Pânico, irá se desapontar. A comédia é adulta, sim, mas não há nenhuma escrotice. O que, para a grande maioria de nós, é uma ilha caribenha no meio desse mar de merda que têm infestado as comédias americanas.

O filme não é uma obra-prima, não vai ganhar Oscars, mas com certeza faz seu trabalho: diverte muito em suas quase 2 horas de exibição. Eu recomendo, e muito!!!


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