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Já deixo claro: nunca gostei de Scooby Doo. Pois é: desenhos da Hanna-Barbera nunca foram muito do meu gosto. No máximo, gostava de Hong Kong Phooey e Corrida Maluca. Mas isso não me impediu de assistir Os Flintstones, o filme bacana do Spielberg, e me divertir pacas. E com Scooby Doo foi a mesma coisa. Claro, o filme não é “espetacular, foda pacas”… mas dá uma ótima Sessão da Tarde.
O desenho animado foi lançado em 1968, e conseguiu diversos fãs. Até hoje Scooby Doo faz a alegria da molecada, um dos poucos desenhos que conseguiram essa proeza. Durante esses 30 e poucos anos, Scooby sempre voltou de uma maneira diferente: às vezes, apenas com Daphne, Salsicha e Scooby Loo. Outras, a patota inteira sempre se metendo com novos mistérios. Filmes diretos para vídeo não páram de sair e, com o sucesso do filme nos EUA, se preparem para mais e mais desenhos.
A história começa assim: Fred (Freddie Prinze Jr., de Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado), Daphne (Sarah Michelle Gellar, a Buffy de Buffy A Caça Vampiros), Velma (Linda Cardellini, da série de TV Freaks and Geeks), Salsicha (Matthew Lillard, de Wing Commander) e o cachorro Scooby Doo (Computação Gráfica, constante participante da maioria dos filmes de Hollywood atualmente) estão resolvendo mais um de seus famosos casos. Depois de desmacarar
mais um monstro, notamos que o time não está assim tão unido: Velma não aguenta mais a prepotência de Fred, que sempre pega o crédito de todo o grupo; Daphne não tolera mais que todos achem que ela só serve de isca para monstros; e Fred não aguenta mais os ataques das meninas. Apenas Salsicha e Scooby tentam consertar a situação, mas é em vão: o grupo acaba se separando.
Dois anos depois, a equipe acaba sendo convidada pelo sinistro Emile Mondavarius (Rowan Atkinson, o Mr. Bean), para resolver um mistério em sua ilha de diversões bizarras. Cada um recebe seu convite separado, sem saber que os outros irão também.
Com o mote acima, o diretor Raja Gosnell (de Vovó… Zona) acaba criando uma história bem próxima do desenho animado. Uma adaptação realmente muito bem feita. Os personagens estão fiéis ao desenho, com suas personalidades um pouquinho melhor desenvolvidas; e visualmente perfeitos. Sobre a atuação, ainda acho que a escolha de Freddie Prinze Jr. poderia ter sido melhor, mas isto não compromete. Os outros estão perfeitos.
O roteiro é enxuto, e a ambientação te deixa dentro do desenho do Scooby Doo. E digo prá vocês: o final me pegou de surpresa. 🙂
:: A Dublagem
Eu vi o filme dublado. No geral, a dublagem está perfeita. Orlando Drummond continua espetacular como Scooby Doo, e não poderia haver outra voz para o cão-detetive. Assim como Peterson Adriano como Fred e Miriam Fischer como Velma. E a escolha de Silvia Salusti para dublar Daphhe foi a grande sacada, ao invés de pegar a dubladora antiga da personagem, já que ela faz a dublagem de Sarah Michelle Gellar para a série Buffy A Caça Vampiros.
Por incrível que pareça, a única voz que não ficou bacana foi a do Salsicha. Não me entendam mal: Mário Monjardim é espetacular, e sua voz como o amigão do Scooby é inconfundível. Mas ela não se encaixou bem com o ator Matthew Lillard. É simplesmente estranho: vendo o filme, parece que a voz não sai do ator. Triste, pois tanto Lillard está bacana como Salsicha, e a voz de Monjardim é espetacular.
Não posso deixar de citar o ótimo trabalho dos outros dubladores do filme, mas principalmente Guilherme Briggs que arrepiou em sua dublagem do Scooby Loo!
:: Detalhes Interessantes
O filme tem algumas passagens interessantes. Coisa de fã, mesmo, que muitos não irão entender. Por exemplo: cogita-se que o porquê de Scooby e Salsicha estarem sempre com fome é porquê estão sempre com “larica” de tanto puxar uns baseados. Na boa, quem já viu isso alguma vez nos episódios antigos?? Eu nunca. E há pelo menos duas referências sobre isso no filme, prestem atenção.
Outra coisa que eu li e ouvi de alguns fãs, e essa eu também não entendi, é de que Velma sempre teve uma caidinha pela Daphne. Pois é, a crânio do grupo também é lésbica. É mole? Mas não esperem encontrar nada sobre isso no filme: as cenas existem, mas foram editadas da versão final. Rolam comentários de que TALVEZ (e esse é um grande talvez) estas cenas que indiquem tal comportamento apareçam no DVD, mas vai saber… O que eu me pergunto é: de onde o roteirista e diretor do filme, sem falar nos fãs, tiraram isso??
Prá finalizar: o filme não é uma obra-prima, mas é divertido mesmo. Vá, curta, e desencane daqueles que falaram que o filme é ruim. Pô, eu odeio o desenho e me diverti com a película!.
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