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Pessoal, acabei de voltar do cinema. Assisti à "nova" versão do filme "E. T., o Extraterrestre", de Spielberg, em comemoração aos vinte anos de exibição do original. O filme é realmente fantástico! Pude finalmente realizar o sonho de assistí-lo no cinema. Quando foi exibido originalmente, entre 1982 e 1983, não fui assistí-lo no cinema; nem me lembro bem o porquê (acho que tinha medo do E. T. por ele ser tão feio!). Àquela época tinha 9 anos de idade; hoje tenho 29. Em todas as cenas nas quais o rosto do E. T. aparece em close pode-se notar os retoques digitais aplicados para que as feições do alienígena ficassem mais reais. Ficou realmente muito bom!
Algumas cenas adicionais também são fantásticas; a cena na qual E. T. entra na banheira é impagável! No início do filme as cenas de perseguição ao alienígena também foram "aumentadas". Ficou muito bom! Destaque para a camiseta usada por Michael, irmão de Elliot; há uma estampa enorme do jogo "Space Invaders"! Outro destaque para o Atari 2600 sobre a TV da casa! 🙂 Eita Anos 80 que não voltam mais…
Pessoal, vale a pena assistí-lo novamente! A gente ri, chora, se emociona, torce pelos meninos, fica com as emoções à flor da pele! É um belíssimo filme, cujos efeitos especiais "melhorados" são meramente um> detalhe; "o toque" nos corações de cada um de nós é o verdadeiro responsável pelo sucesso do mesmo. E. T., sendo mais como um "conto atual" de Charles Dickens> (no qual Elliot ocuparia o lugar de David Copperfield ou de Oliver Twist), é um filme sobre as relações das pessoas envolvidas na trama, e não sobre os efeitos especiais e sobre as luzes. É, também, sobre a eterna incompreensão das crianças pelos adultos; percebam como os takes das câmeras dão-se sempre dos quadris dos adultos para baixo, tendo como ponto de vista os olhares das crianças (obviamente, devido às suas estaturas baixas); e como quando os adultos falam (vide o professor na sala de aula) tem-se a nítida impressão de que é um discurso ministrado "ao longe", "sem sentido"… é como as crianças se sentem perante os adultos na maioria dos casos!
É um filme que nos leva a crer no Amor Universal, nas purezas de corações e, sobremaneira, na soberania da bondade acima dos "interesses menores". O tema de E. T. não poderia ser mais atual; bem que o mundo precisava dele atualmente…
E.T. The Extra-Terrestrial , EUA/1982. Dir. Steven Spielberg. Com Dee Wallace, Peter Coyote, Henry Thomas, Drew Barrymore, Robert MacNaughton.
TOQUE DO EL CID: Já entrando de penetra na crítica do Marcus, antes que eu me esqueça, vale lembrar que o tio Spielberg fez duas "pequenas" alterações no filme original, movido somente pela praga do "politicamente correto" que se apossou da indústria de entretenimento americana nos últimos anos, mas que cresceu particularmente depois do dia 11 setembro. A primeira delas, totalmente sem sentido, acontece quando os filhos vão sair com o E.T. para o Halloween. A mãe vira para o mais velho e diz: "Você não sair vestido de hippie". E lá está o moleque com uma roupa militar e uma flecha de mentira atravessada na cabeça. No original, a mãe dizia: "Você não vai sair vestido de terrorista". Sacumé, esta virou uma palavra demoníaca… A segunda rola na perseguição da polícia ao meninos de bicicleta. Quando eles passam pelo cordão policial prestes a alçar vôo, vê-se claramente que os policiais estão apontando armas para a garotada. Nesta nova versão, as pistolas foram digitalmente removidas para dar lugar aos…walkie-talkies. Que triste…
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