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Artigo adicionado em 27/12/2005, às 06:54

OS PIORES FILMES DE 2005
Angústia, medo, tensão e horror… gracinha! 😛 Um dos personagens centrais do bacana Corpo Fechado, o inválido vivido por Samuel L. Jackson, defendia a tese de que qualquer coisa boa, por maior ou menor que seja, possui uma contraparte maligna. Sei que isto parece não ter nada a ver, mas se revisitarmos os longas-metragens que […]

Por
Leandro "Zarko" Fernandes


Um dos personagens centrais do bacana Corpo Fechado, o inválido vivido por Samuel L. Jackson, defendia a tese de que qualquer coisa boa, por maior ou menor que seja, possui uma contraparte maligna. Sei que isto parece não ter nada a ver, mas se revisitarmos os longas-metragens que aportaram nas telonas brazucas durante o já finado ano de 2005, veremos que o cara disse tudo! Afinal, se 2005 era muito esperado por conta das estréias de várias produções bastante aguardadas (algumas ótimas expectativas se confirmaram, outras não), por outro lado o público foi forçado a engolir cada abacaxi que só vendo… quer dizer, quando eu digo “público”, quero dizer EU MESMO. E analisando as fitas que este ser que vos escreve foi obrigado a conferir por conta do trabalho, imagino mesmo que devo ter cometido um pecado muito grande em vidas passadas, como ter jogado não só uma reles pedrinha, mas milhões de paralelepípedos na cruz. Só pode ser isso. 😛

Não, não é exagero: a cada excelente filme lançado, uma grande bomba surgiu em seguida – isto sem contar pelo menos dois filmes muito esperados, que ao final decepcionaram feio… Então, chega de papo e vamos logo ao que interessa: confira aí abaixo o glorioso (quer dizer, não tão glorioso assim…) balanço d’A ARCA dos piores filmes de 2005! Só tosqueira! E quem será que vai levar para casa o infame Troféu Tomate? Ah, e vai dizer que você nem desconfia? Enfim, leia a matéria… mas pelo amor de Deus, evite assistir a estas “pérolas” a todo custo! Quem avisa amigo é, viu? ;-D

:: 10.º – ANAKIN, YOU’RE BREAKING MY HEART!

Pra começar o negócio fervendo, uma polêmica: sim, sim, respeitamos (e muito) os zilhões de fãs de Star Wars, inegavelmente uma das sagas mais importantes da ficção-científica e também do cinema. O que não muda em absolutamente nada o fato de que o último (ou terceiro) capítulo da cinessérie, o tal Episódio III: A Vingança dos Sith (Star Wars Episode III: Revenge of the Sith, 2005), é bem fraquinho. Pra falar a verdade, o esperado elo de ligação entre a clássica trilogia e os deploráveis novos exemplares nem chega a ser tão tenebroso assim – da nova trilogia, aliás, o terceiro capítulo é o melhor (ou menos ruim). O problema maior é que a esperada conclusão da saga JAMAIS poderia ser o filmeco que é, por carregar a imensa responsabilidade de unir a duas séries. Então temos uma história chula, diálogos pavorosos (“Anakin, you’re breaking my heart” conseguiu estourar os tímpanos de muita gente!), atuações pífias, um balde de clichês e uma direção bastante amadora. Ao final, George Lucas e a interpretação sofrível de Hayden Christensen reduziram o tão aguardado retorno triunfal do malévolo Darth Vader, um dos vilões mais respeitados da história, a um ridículo “noooooooooooooooo”… Uma conclusão fraca para uma medíocre nova trilogia.

– A pergunta que não quer calar: Será que George Lucas e Hayden Christensen acham que basta um biquinho de “mamãe-fiquei-bravo” para demonstrar ódio? E por que, afinal, George Lucas não dá um tempo em “Star Wars” e se aventura em outros tipos de filmes, só pra variar?

– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que “Star Wars” definitivamente deveria ter morrido nos Episódios IV, V e VI.

:: 9.º – FANTASMA E AMIGO IMAGINÁRIO DE LOLÓ É PIRULITO

Aparentemente sem ligação alguma entre si, os pseudo-suspenses O Amigo Oculto (Hide and Seek, 2005) e Vozes do Além (White Noise, 2004), empatados em nono lugar, são mais parecidos do que imaginamos. Ambos têm uma excelente premissa, ambos são inicialmente bem construídos… e ambos tornam-se estupidamente ofensivos à inteligência do público à medida que desenrola-se a projeção. O primeiro traz um elenco de peso – Robert DeNiro, Famke Janssen e a talentosa-mas-esquisita Dakota Fanning – para contar o horror de um psicólogo às voltas com sua filhinha e o amigo imaginário desta, um assassino sanguinário que talvez seja real. O segundo utiliza um elemento amedrontador (as E.V.P.s, como são conhecidas as manifestações fantasmagóricas em estáticas de rádio e TV) para narrar a angústia de um arquiteto (Michael Canastra Keaton) que amarra seu jegue onde não deve ao tentar se comunicar com sua falecida esposa… passando a enxergar espectros malvados como conseqüência. Tanto “O Amigo Oculto” quanto “Vozes do Além” começam muuuito bem (o segundo, aliás, traz uma das melhores seqüências de créditos de abertura do ano) mas não precisam de meia hora para botar tudo a perder com situações inverossímeis e soluções estúpidas. Olha, pelo menos “O Amigo Oculto” e “Vozes do Além” provam que as mulheres realmente possuem o tal do sexto-sentido. Afinal, nos dois filmes, as esposas dos personagens centrais trataram de morrer rapidinho logo nas primeiras cenas, para escapar do vexame…

– A pergunta que não quer calar: A Dakota Fanning tem mesmo aquela cara de “louca-morta-viva” ou aquilo é pura maquiagem?

– Qual a lição que aprendemos com estas bombas? Aprendemos que, para se realizar um bom filme de suspense, não basta apenas apoiar-se em sustinhos previsíveis e finais-surpresa sem sentido. E se você ligar seu rádio ou sua TV em canais de estática, certamente um Penadinho aparecerá para bater um papinho com a sua pessoa.

:: 8.º – UM HOMEM, UMA MULHER E UMA “BOCA NA BOTIJA”

Até um Zarko da vida admite numa boa que há muita porcaria entre os filmes-cabeça espalhados por aí. E olhe que eu até depositei certa confiança em Brown Bunny (The Brown Bunny, 2003), último trabalho na direção do atorzinho cult Vincent Gallo, já que a película causou um burburinho razoável por conta de um cena específica: a seqüência em que Chloë Sevigny aplica sexo oral em Gallo. Até aí, tudo bem, desde que a tal cena estivesse dentro do contexto da história, mas… que história? Cadê? Onde? “Brown Bunny” não conta nada além de uma tediosa viagem protagonizada pelo motoqueiro Bud Clay (o próprio), na qual o cara tenta chegar até a Califórnia e, no meio do caminho, busca Daisy (Sevigny), o suposto amor perdido. E dá-lhe loooongos planos silenciosos de Clay pilotando sua moto… dormindo… comendo… tomando banho… afe! Uma chatice que só vendo. Quanto à polêmica seqüência da “sugada”, que mostra realmente TUDO, não há o que comentar. Simplesmente desnecessário. Vincent Gallo bem que tentou ser cult, mas não passou de um pervertido de marca maior. Um ponto a menos pra ele e um ponto a menos para Sevigny (meu, ela não precisava desta mancha na carreira).

– A pergunta que não quer calar: Será que a Chloë Sevigny tinha alguma conta muito urgente pra pagar, para aceitar participar DISTO? Não era mais fácil deixar o nome no SPC até a conta “caducar”? 🙂

– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que um filme cult não é feito apenas de planos de meia-hora do cara dirigindo seu furgão. Um elemento essencial chamado roteiro é sempre bem-vindo.

:: 7.º – E A BOLA BATEU… NA TRAAAAAAVE!

Que o cineasta Bruno Barreto tem uma fama maior do que seu “talento” em si, muitos já sabem. Pois é, seus filmes carregam um lobby tremendo (cortesia da imensa popularidade e do tradicionalismo da família Barreto no cinema nacional) e, ao final, decepcionam bastante. O que podemos esperar, então, quando o cara decide investir no ramo da comédia? Simples: um trabalho meia-boca, que consegue causar no máximo um ou outro sorrisinho amarelo, tal qual O Casamento de Romeu e Julieta (2004). Bem, o troço já começa a feder quando sabemos que o roteiro foi desenvolvido pelo péssimo Mário Prata (autor também do engodo chamado Bang-Bang, a chatíssima novela das sete). A história, completamente sem-graça, fala de um corintiano roxo (Marco Ricca) que decide fingir que é palmeirense para conquistar o pai (Luís Gustavo) de sua namoradinha (Luana Piovani). E só! Isto, sem contar as piadas que não fazem rir, os muitos palavrões em excesso, as atuações horrorosas de todo o elenco – meu Deus, quem é aquela Berta Zemel? Muito ruim! – e a já clássica “frase mais medonha, bizarra e sem sentido dos últimos tempos”. Se você é masoquista e ficou curioso com relação a esta coisa, não gaste seu suado dindim no aluguel do DVD: assista ao trailer, que conta a fita toda – inclusive seu final. Sério.

– A pergunta que não quer calar: O roteiro de “O Casamento de Romeu e Julieta” foi escrito pelo Mário Prata ou pelo Ari Toledo? Chega a ser impressionante como, do meio para o final, cada frase tem um palavrão cabeludo no meio! 😛 Não que eu ache tão péssimo, já que morro de rir quando ouço uma “palavrinha bonita” bem dita…

– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que um nome conhecido não tem vínculo algum com talento. E a Luana Piovani atua tão bem quanto um vaso.

:: 6.º – E JÁ QUE ESTAMOS FALANDO DE COMÉDIAS SEM GRAÇA…

…aproveitamos para empatar duas produções pavorosas em sexta posição. Miss Simpatia 2: Armada e Poderosa (Miss Congeniality 2: Armed and Fabulous, 2005) e Entrando Numa Fria Maior Ainda (Meet the Fockers, 2004) são seqüências oportunistas e constrangedoras de fitas de sucesso até legaizinhas – no caso, “Miss Simpatia” e “Entrando Numa Fria”. E não há outro motivo plausível para a explicação destas duas tragédias a não ser a vontade de lucrar nas bilheterias. Enquanto “Meet the Fockers” trouxe um plot até interessante – a família Byrnes, novamente encabeçada por Robert DeNiro, conhece os amalucados pais do azarado personagem de Ben Stiller – que perdeu-se no meio de piadas batidas que não passavam de uma reciclagem da produção original, “Miss Simpatia 2” não fez nem isto, limitando-se a alterar quase 100% dos conceitos da fita anterior – e matando toda a graça da história como conseqüência. Filmecos de quinta categoria! Se é para assistir a um filme de comédia que não faz rir, prefiro encarar um drama logo de uma vez, oras. 😛

– A pergunta que não quer calar: Quem foi o “gênio” que teve a brilhante idéia de transformar a masculinizada personagem de Sandra Bullock em “Miss Simpatia” numa socialite dondoca de dar inveja à Vera Loyola?

– Qual a lição que aprendemos com estas bombas? Aprendemos que o Robert DeNiro precisa trocar de agente o mais rápido possível. E aprendemos que Crash – No Limite foi mesmo um milagre na carreira de Sandra Bullock: ela é tudo, menos atriz.

:: 5.º – QUE COISA HORROROSA, PAPITO!

Alguém aí entendeu por que raios os executivos de Hollywood decidiram rodar uma seqüência tardia do eletrizante O Máskara depois de onze anos? Pois bem, nem eu. Pra quê? Pra quê? Mas vai saber o que se passa pelas cabeças destes indivíduos… Enfim, pra falar a verdade, O Filho do Máskara (Son of the Mask, 2005) não tem muitos vínculos com o ótimo longa de aventura que alçou um certo Jim Carrey ao estrelato. E é melhor assim: “O Filho do Máskara” é realmente tosco, tão tosco que não consegue nem mesmo divertir. A direção é forçada, os atores são lamentáveis – principalmente Alan Cumming, o nosso querido Noturno – e os efeitos em CGI são visivelmente mal trabalhados. E a história… afe, olhem só: um desenhista fracassado (Jamie Kennedy) encontra a máscara mágica de Loki, o deus da travessura, e resolve usá-la para ir a uma festa à fantasia. Na mesma noite, ainda com o aparato, ele concebe um rebento em sua noivinha. Algum tempo depois, Loki aparece para recuperar sua peça, mas deverá enfrentar o tal bebê, que nasceu com os poderes da máscara. Pra piorar ainda mais o estado catatônico das platéias brazucas, o tosco Supla dublou a voz de Loki. E sim, ele fala PAPITO! Ai, meu Deus…

– A pergunta que não quer calar: O bebê que interpreta o filho do desenhista caiu de cara no chão ou é naturalmente feinho daquele jeito?

– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que Hollywood não pensa duas vezes antes de assassinar QUALQUER COISA a favor de gordas bilheterias.

:: 4.º – TORTURA PSICOLÓGICA EM 3D…

Ao assistir o horrendo As Aventuras de Shark Boy e Lava Girl em 3D (The Adventures of Shark Boy and Lava Girl in 3D, 2005), torna-se impossível acreditar que o cineasta responsável por este eficientíssimo instrumento cirúrgico de tortura é o mesmo Robert Rodriguez que encantou todo o mundo nerd com seu recente Sin City. Simplesmente não dá para crer! “Shark Boy e Lava Girl”, inspirado num conto escrito por seu filhinho Racer, de sete anos (?), é tão mal feito e cheio de situações ilógicas que nem mesmo o fato de ser rodado em 3D despertou o interesse do público. Na trama, um garoto tímido e sonhador descobre que seus amigos imaginários, os heróis Shark Boy e Lava Girl, são reais e precisam de sua ajuda em sua terra natal, o Planeta Baba, onde o garoto deverá enfrentar um bizarro vilão que quer controlar o lugar. A produção não foi muito bem de bilheteria lá fora, e amargou várias críticas negativas por parte da imprensa internacional. Também, não é pra menos: a película é tenebrosa!

– A pergunta que não quer calar: Alguém aí tem o telefone dos pedreiros que conseguiram arrumar a escola parcialmente destruída em apenas UM DIA?

– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que, quando o seu filho(a) pequeno(a) entrar naquela fase de inventar mil e uma historinhas, finja interesse e leia sem prestar muita atenção. Não leve a sério, ao menos não a ponto de querer fazer um filme… 😛

:: 3.º – A MULHER NASCEU COM UM NARIZ EM FORMATO DO QUÊ?

A nova “obra-prima” da pavorosa sobra do Saturday Night Live que atende pelo nome de Rob Schneider ganhou a terceira posição do nosso ranking por ser considerada a pior experiência do cara nas telonas. Não sei dizer de todos os trabalhos do sujeito nas telonas, pois fujo dos filmes de Schneider como o tinhoso foge da cruz (!), mas posso dizer tranqüilamente que dificilmente um longa superará o mau gosto deste Um Gigolô Europeu por Acidente (Deuce Bigalow: European Gigolo, 2005). Além de ser um longa altamente vergonhoso e constrangedor, “Um Gigolô Europeu por Acidente” concentra um sem fim de piadas sujas e grotescas, capazes de fazer corar até mesmo a Dercy Gonçalves. O enredo qualquer nota – Deuce Bigalow vai à França para investigar uma série de assassinatos cujas vítimas são garotos de programa – é apenas desculpa para Rob Schneider destilar seu humor grosseiro, vulgar e nem um pouco engraçado. Nem o Fanboy, fã assumido de Schneider, curtiu.

– A pergunta que não quer calar: Qual é a santa alma que acreditou que uma mulher que nasceu com um pênis no lugar do nariz seria algo engraçado?

– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que o Saturday Night Live deveria ter encerrado suas atividades há muito, muito tempo atrás.

:: 2.º – MARCIANOS, DESTRUAM LOGO A TERRA, POR FAVOR!

Este só não ganhou o primeiro lugar entre os piores pois a primeira posição é páreo duro. Muitos xingarão, muitos defenderão, mas a verdade é uma só: Guerra dos Mundos (War of the Worlds, 2005) é uma das maiores manchas na carreira do outrora genial e hoje instável Steven Spielberg. E não adianta inventar questões filosóficas onde não existem: a releitura do clássico literário de H. G. Wells protagonizada pelo pancada que atende pelo nome de Tom Cruise, como o próprio Spielberg já declarou em entrevistas, não é nada além de um festival de efeitos visuais bacaninhas que até seguram a onda nos primeiros 40 minutos de projeção, mas não conseguem levar o filme nas costas. No enredo, que mutilou totalmente a fantástica premissa do romance, o operário e pai negligente Ray Ferrier (Cruise) precisa defender seus pimpolhinhos de uma terrível invasão alienígena. Com um roteiro chinfrim e cheio de furos, atuações dignas de novela mexicana e um final tão significativo e profundo quanto um pires, o frustrante “Guerra dos Mundos” de Spielberg tornou-se uma tremenda bola fora por contar (e de uma forma muito mal contada) uma história que já cansamos de ver – e nos outros trabalhos do diretor. “Guerra dos Mundos” é uma prova concreta de que Steven Spielberg perdeu de vez a magia de seus tempos de “Contatos Imediatos” para dedicar-se a trabalhos meia-boca cujo único intento é arrancar dinheiro do espectador desavisado. Como disse o El Cid: uau, que broxada. 😛

– A pergunta que não quer calar: Como o filho do Tom Cruise conseguiu chegar em Boston sem um arranhão sequer? De que forma o bairro onde vive a ex-esposa de Cruise escapou ileso? Por que o carro do cara foi o único elemento do cenário que permaneceu intacto e sem um grão de poeira depois do desastre de avião? O que se passou pela cabeça do titio Steven para aceitar dirigir esta joça?

– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que qualquer longa-metragem, não importa de quem seja, não se sustenta só com seus efeitos visuais bonitinhos. E nenhum mestre é mestre para sempre.

:: 1.º – PLEURA? QUE PLEURA?

E precisa dizer mais alguma coisa? Sim, precisa! A maior barbada deste ano é justamente aquele troço grotesco chamado Coisa de Mulher (2005), primeira produção cinematográfica viabilizada pela recém-fundada SBT Filmes, a empresa do titio Silvio Santos, que agora resolveu investir na tela grande. Não há palavras para descrever a agoniante e tortuosa experiência de assistir a 5 minutos de “Coisa de Mulher”: cinco mulheres residentes num mesmo prédio, uma delas vivida pela pseudo-apresentadora de TV Adriane Galisteu, competem pelo amor de um jornalista (Evandro Mesquita, numa atuação terrível – como se isto fosse uma novidade…) que assina uma coluna feminina numa revista de moda sob o pseudônimo de Cassandra. Esta tentativa de filme, dirigida pela “conceituada” e “cultuada” Eliana Fonseca (“Eliana e o Segredo dos Golfinhos”… sentiu o drama?) e escrita pelas péssimas humoristas do grupo teatral O Grelo Falante, resume-se numa vergonhosa salada de piadas chulas capazes de deixar até os Irmãos Wayans embaraçados. E olhem que eu nem cheguei na participação toda especial da “gracinha” Hebe Camargo… “Coisa de Mulher” é, sem dúvidas, o PIOR filme do ano.

– A pergunta que não quer calar: Por que A ARCA me odeia?

– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que devemos sair correndo e saltar de um precipício caso a SBT Filmes anuncie mais algum lançamento. Se o suposto lançamento for assinado pela Eliana Fonseca, salte o mais rápido possível. 🙂

:: MENÇÕES VERGONHOSAS*
* Ou: aqueles que não chegam a ser horrorosos, mas são tão ruins quanto os de cima aí!

A Família da Noiva, de Kevin Rodney Sullivan :: A Feiticeira, de Nora Ephron :: A Ilha, de Michael Bay :: A Luta Pela Esperança, de Ron Howard :: A Sogra, de Robert Luketic :: A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Frank Coraci :: Amaldiçoados, de Wes Craven :: Amor em Jogo, de Bob Farrelly e Peter Farrelly :: Be Cool – O Outro Nome do Jogo, de F. Gary Gray :: Brigada 49, de Jay Russel :: De Repente é Amor, de Nigel Cole :: Deu Zebra, de Frederik Du Chau :: Diário de uma Louca, de Tyler Perry :: Domino – A Caçadora de Recompensas, de Tony Scott :: Elektra, de Rob Bowman :: Garrincha, a Estrela Solitária, de Milton Alencar :: Horror em Amityville, de Andrew Douglas :: Mais Uma Vez Amor, de Rosane Svartman :: O Coronel e o Lobisomem, de Maurício Farias :: O Pesadelo, de Stephen T. Kay :: Operação Babá, de Adam Shankman :: Pokémon 4 – Viajantes do Tempo, de Jim Malone e Kunihiko Yuyama :: Procura-se um Amor que Goste de Cachorros, de Gary David Goldberg :: Quanto Vale ou é Por Quilo?, de Sérgio Bianchi :: Quatro Amigas e um Jeans Viajante, de Ken Kwapis :: Quem é Morto sempre Aparece, de Mark Mylod :: Sal de Prata, de Carlos Gerbase :: Sr. & Sra. Smith, de Doug Liman :: Superescola de Heróis, de Mike Mitchell :: Três Vidas e um Destino, de John Duigan :: Um Dia sem Mexicanos, de Sergio Arau :: Violação de Privacidade, de Omar Naïm :: xXx2: Estado de Emergência, de Lee Tamahori.

:: E COM A PALAVRA… OS ARQUEIROS!*
*…menos o Tutu Figurinhas, que cometeu suicídio assistindo “Guerra dos Mundos” seguido de “Coisa de Mulher”.

:: O Bottom 5 do El Cid:

5.º – Sideways: Entre Umas e Outras, de Alexander Payne :: Oh, a crítica adorou. Ah, recebeu diversas indicações ao Oscar. Ih, viva o Alexander Payne. Bullshit. Não vi nada de interessante no filme, que me deu tanto sono quanto o não menos hypado “Mar Aberto”. Sem graça, sem ritmo, sem sal e nem açúcar. O Paul Giamatti estava muitíssimo mais interessante em “Anti-Herói Americano”.
4.º – Mais Uma Vez Amor :: Só o que se salva é a trilha sonora do Frejat. E é isso. Preciso dizer mais? Preciso dizer que o casal principal não tem química nenhuma? Que o ótimo Dan Stulbach está completamente desperdiçado? E que a história é tão imbecil quanto qualquer especial de final de ano da Globo? Não, né? Ah, sim. E eu tenho medo dos olhos da Juliana Paes.
3.º – Elektra :: Os primeiros 15 minutos enganam. Uau, parece que agora vai. Não foi. Elektra virou super-heroína em roupa de couro, ganhou sidekick e ainda teve direito a beijinho no galã antes dos créditos finais. Socorro. Não chega a ser ruim como “Mulher-Gato”. Mas é ruim. Bastante, aliás. Ainda me pergunto por que diabos escolheram adaptar “Elektra” se a idéia era fazer tudo diferente…
2.º – Vozes do Além :: Um mote excelente. Bem promissor. Um começo empolgante. Ôpa, parece que vem coisa boa. Um meio de campo bastante bagunçado. Xi, tá ficando ruim. Uma reta final totalmente confusa e sonolenta. Me acorda quando terminar? E uma conclusão 100% decepcionante. Ah, era isso? Que coisa, não? Nem vou falar das pontas soltas. Não vale à pena. Blergh.
1.º – O Casamento de Romeu e Julieta :: Assistir a um filme cujo trailer já conta a história inteira, incluindo o final, já é um tormento. O que dirá, então, de uma obra recheada de tamanho mau gosto e estrelada pela pentelha da Luana Piovani – que acha que, depois de seus cursos de interpretação na Europa, virou candidata imediata ao Oscar? A grande pergunta é: Luiz Gustavo, você estava precisando de grana?

– Menção Vergonhosa: Guerra dos Mundos (Mas que broxada…).

:: O Bottom 5 do Emílio Elfo:

5.º – Star Wars – Episódio III: A Vingança dos Sith :: Há coisas piores? Até há, mas estou colocando o desfecho da nova saga dos jedis devido ao “conjunto da obra”, ou seja, que trilogia mais tosca! E trilogia tosca tinha que ter final mais tosco. E eu, que pensei que os outros dois filmes eram ruins…
4.º – O Filho do Máskara :: Olha, meu rapaz… tem coisas que até mereciam estar na frente deste aqui, mas só pelo fato de macular a alma e memória do filme estrelado por Jim Carrey, ele tem que entrar na lista.
3.º – O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Garth Jennings :: Não, não vi graça nenhuma. Se você viu, ok, bom pra você.
2.º – As Aventuras de Shark Boy e Lava Girl em 3D :: Como, mas como alguém que faz algo como “Sin City” consegue fazer algo tão grotesco quanto isso? Ok, é pra agradar o filho, mas… hã??? Já não chega os espiões pentelhos que ele inventou… quando você achava que não poderia ser pior…
1.º – Coisa de Mulher :: Precisa dizer algo mais? O Zarko já disse tudo!

:: O Bottom 5 do Fanboy:

5.º – Horror em Amityville :: O roteiro não faz sentido algum, mostra assombrações que nada tem a ver com a trama, é curto e extrapola a idéia inicial. Sim, o Ryan Reynolds é maior bacana, mas é só.
4.º – A Ilha :: Pretensioso. Oco. E sim, o Ewan MacGregor é um péssimo ator.
3.º – O Coronel e o Lobisomem :: Pretensioso. Comédia que não tem graça. Roteiro viajado que acaba sem sentido. E aquele lobisomem a la Van Helsing, hein? Apenas as atuações se salvam.
2.º – Pokémon 4 – Viajantes do Tempo :: Para aqueles fãs mais xiitas de anime que garantem que não há desenho animado japonês ruim. E olha que eu gosto de Pokémon…
1.º – Star Wars – Episódio III: A Vingança dos Sith :: Mal escrito, mal atuado, mal dirigido. Mal concebido. Só alguns efeitos se salvam. Poderia ser sobre qualquer filme, mas estou falando da saga Star Wars, então adicione aí a expectativa de uma legião de fãs e não fãs. A nova trilogia só serviu, a meu ver, para aplacar a sede dos fãs por material inédito nas telonas e, estranhamente, notei que a maioria dos fanáticos por SW parecem ter adorado o filme. Vai saber.

– Menções Vergonhosas: Coisa de Mulher (só não coloquei na lista acima pois ainda não vi. E nem preciso ver); Os Irmãos Grimm (o visual é espetacular. O Heath Ledger está ótimo. Mas a produção conturbada gerou um roteiro tão mal construído que mata toda a experiência); Carga Explosiva 2 (sim, sim, o Jason Statham é maior legal. Filmes de ação tresloucada também. Mas nem o carisma do ator consegue salvar essa continuação sem sentido); Um Gigolô Europeu por Acidente (vocês sabem que eu adoro o Rob Schneider. Mas essa continuação, totalmente gratuita e que abusa de situações escrotas para fazer rir, não consegue chegar ao charme do primeiro); Diário de uma Louca (Drama? Comédia? Ou apenas mais um veículo de pregação religiosa? Os três. Essa bolo acaba desandando…).

:: O Bottom 5 do Machine Boy:

5.º – Coisa de Mulher :: Hebe? Adriane Galisteu? Evandro Mesquita? Você quer mesmo que fale por quê?
4.º – Horror em Amityville :: Fui esperando um terror psicológico ferrado. E acabei encarando um negócio trash bem ruim…
3.º – O Pesadelo :: Nem preciso falar nada. O filme é ruim do título até os últimos minutos.
2.º – O Amigo Oculto :: Tinha tudo para dar certo. Mas acabou muito estranho. Como pode o master DeNiro se envolver nestas tosqueiras?
1.º – Guerra dos Mundos :: Filme de egos. Pessoas com egos inflados, que querem apenas estourar a bilheteria, mesmo que o roteiro seja falho, pouco profundo e apoiado em efeitos especiais. Às vezes não acredito que estou falando da mesma pessoa que fez pérolas como “A Cor Púrpura”, “Amistad”, “E.T.” e “Tubarão”.

:: O Master Bottom do R.Pichuebas:

Star Wars – Episódio III: A Vingança dos Sith :: Sim, só um filme. Sempre achei que “Star Wars” se resumiam a dois filmes medíocres e um filme bom (“O Império Contra-Ataca”). Após a nova trilogia do sequelado do Gerge Lucas cheguei a conclusão que agora se tratam de CINCO filmes medíocres e um bom. Simplesmente detestável, com atuações horríveis, um roteiro idiota e efeitos especiais que parecem a apresentação de um jogo de PlayStation. Na minha opinião o que mais existe de errado no cinema norte-americano.

:: O Bottom 5 da Srta.Ni:

5.º – A Feiticeira :: Ok, eu até falei bem do filme na crítica. É porque ele é inofensivo. Legalzinho, e isso aí. Mas não faço a mínima questão de ver de novo. Tanta coisa legal pra se ver por aí, e você acha que vou perder meu tempo com o Will Ferrell? Rá.
4.º – A Chave Mestra, de Iain Softley :: Três ou quatro palavras matam isso aqui: Kate-Hudson-clichês-malditos. Obrigada.
3.º – Penetras Bons de Bico, de David Dobkin :: É sim, eu não gosto de comédias atuais. Os estadunidenses só sabem fazer comédia em desenhos animados ultimamente. Eu não quis me matar assistindo ao filme, mas sei que algo menos machista não faria mal a ninguém. E os roteiristas de comédia hoje em dia ainda não entenderam que não é só porque um personagem fala a palavra “sexo” duas vezes na mesma frase que eles acabaram de inventar uma piada. Pior que o público também ainda não entendeu >_<. Por favor, me contratem. Ou me matem, sei lá.
2.º – A Sogra :: Comédia aguada. Bem aguada. Tão aguada que nem lembro dela mais, só sei que assisti. É esse tipo de filme que me faz ter raiva dos estúdios gastarem dinheiro com isso. Raios.
1.º – Sr. & Sra. Smith :: Também conhecido como “o filme que existe apenas para mostrar que a Angelina Jolie e o Brad Pitt são bonitos”. Mais ou menos como As Panteras Detonando, em vez de ser um filme propriamente dito é mais um monte de seqüências de ação que servem para que os atores troquem de figurino e façam coisas empolgantes com armas. Não é meu tipo de filme MESMO.

:: O Bottom 5 do Zarko:

5.º – Horror em Amityville :: Como fã supremo da versão original, devo dizer que fiquei envergonhado. Terrorzinho chulo, apoiado somente em sustinhos mais do que previsíveis e sem um pingo de medo. E o filho menor do Ryan Reynolds é um dos piores atores mirins que eu já vi em toda minha vida.
4.º – Quanto Vale ou é Por Quilo? :: O filme que representa tudo o que sempre detestei no cinema nacional. O cineasta Sérgio Bianchi defende que as coisas devem ser esfregadas na fuça do espectador para que ele acorde. Até aí, tudo bem, mas desde que haja um conteúdo decente, o que não é o caso. No mais, atuações horrorosas, histórias idiotas (são várias historinhas) e um discurso político-panfletário extremamente irritante. Fuja.
3.º – Coisa de Mulher :: Sério. Quem não assistiu, não faz idéia do sofrimento que é passar 15 minutos na sala de projeção vendo ISTO. Sem exageros, um dos piores filmes que já assisti nos últimos anos. E olhe que eu vi muita porcaria! Afinal, eu escrevo matérias para A ARCA. 😛
2.º – Guerra dos Mundos :: Frustração total. Steven Spielberg e Tom Cruise conseguiram destruir meu sonho de ver o romance que tanto adoro adaptado com dignidade para a tela grande. O Spielberg que eu conhecia da minha infância morreu faz tempo. Bah, quem precisa de um Spielberg quando temos um Peter Jackson surgindo majestoso na parada? 🙂
1.º – Guerra dos Mundos :: De novo. Só pra mostrar o quanto fiquei frustrado e chateado com este filmeco de quinta.


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