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Artigo adicionado em 10/11/2006, às 02:06

VOLVER: o retorno de Almodovar à comédia
O olhar peculiar no passado do diretor Leia Também: ::: PERFIL: OS INSANOS LONGAS DE PEDRO ALMODÓVAR ::: MAIS FILMES DO DIRETOR: MÁ EDUCAÇÃO / TUDO SOBRE MINHA MÃE É engraçado como se nota a grande diferença entre o cinema de Hollywood e o do resto do mundo. Mais especificamente da Europa, que possui uma […]

Por
Bruno "Benício" Fernandes


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É engraçado como se nota a grande diferença entre o cinema de Hollywood e o do resto do mundo. Mais especificamente da Europa, que possui uma fotografia direferenciada e que dá aquela sensação de “isso é filme independente e europeu” e, principalmente, pelos roteiros que são extremamente de qualidade. Não importa qual tipo de assunto seja abordado pois eles, pois vão da ficção ao drama e da comédia à ação sempre com uma ótima média.

Pessoas como Luc Besson, Guy Ritchie e Tom Twyker são alguns dos infinitos exemplos que existem, mas um em especial consegue manter suas produções cinematográficas em uma impressionante e eterna constante, mesmo mudando do drama para a comédia. E é claro que a pessoa citada é ninguêm menos que o espanhol Pedro Almodóvar, que retorna não só ao gênero comédia, no qual obteve maior notoriedade no mundo da 7ª Arte, como também para as suas raízes em Volver (Idem – 2006) que também entra em cartaz nessa semana.

Raimunda (Penelope Cruz) e sua irmã mais velha Sole (Lola Dueñas) vivem em Madri e sempre vão para o vilarejo de La Mancha, onde cresceram, para visitar sua Tia Paula (Chus Lampreave), que se encontra muita idosa e doente. Agustina (Blanca Portillo), amiga de infância das duas e vizinha de porta da tia delas, costuma visitar a velha senhora mas confessa para as amigas que o espírito de Irene (Carmen Maura), mãe falecida das duas, é quem realmente está cuidando da tia e que não pecisavam se preocupar que era normal em La Mancha os espíritos voltarem para resolver assuntos inacabados.

Com a morte de Tia Paula, Sole volta a La Mancha para o funeral e passa ver a sua falecida mãe que retorna com ela para Madri. Raimunda não pode participar do enterro porque sua filha Paula (Yohanna Cobo) armou uma tremenda confusão que desnorteou completamente sua mãe, que possui vários empregos para manter o modesto apartamento em que vivem. E com esse problema que sua filha arrumou, Raimunda vê uma possibilidade de ter seu próprio negócio enquanto tem que aguentar a irmã mais velha que agora vê a falecida Irene.

Aparentemente, os filmes de Almodóvar dão um ambiente simples demais e por isso mesmo que desenvolvem um roteiro totalmemte amarrado, com situações sem nexo no início, mas com significado plausível no fim. A tradução de “Volver” é “Voltar”e o próprio diretor disse que esse filme era o seu retornavo para o universo feminino (assunto corriqueiro de seus filmes), à comédia (que já não fazia a quase uma década) e à Carmen Maura (atriz-fetiche que estrelou seu maior sucesso Mulheres à Beira de Ataque de Nervos).

Isso é apenas no campo profissional, porque no pessoal Almodóvar retorna justamente ao vilarejo node nasceu e cresceu. La Mancha tem um visual bastante rústico (como toda a Europa interiorana) e tem uma fama de possuir moradores com problemas de sanidade, por isso essa crença de espíritos que voltam para cuidar de assuntos que não teminaram.

Mas o legal das comédias européias e, nesse caso, do Almodóvar, é o humor simples, leve e muitas vezes bobo que assistimos e rimos por ser de situações inusitadas, mas que de tão despretensioso se transforma em algo espetacular. Não é como os filmes de humor apelativo e sexual que a atual indústria norte-americana nos apresenta todas as semans.

Para ver a diferença de ritmo, a tão sabatinada e ex-noiva do maluco Tom Cruise está atuando muito bem, mesmo que as atuações pareçam caricatas. Mas essa é a realidade do povo espanhol, que também é um povo caliente e sentimental como nós, brasileiros. Eles possuem uma entonação diferente e são meio bruscos por natureza.

Penélope é queridinha do diretor, mas nem por isso tem mais destaque que as outras atrizes, que por sinal, são ótimas. A partipação da veterana Chus Lampreave, que é outra figurinha carimbada do diretor, é hilária e é só o começo do filme! A jovem atriz Yohanna Cobo tem uma beleza bem exótica e foi revelação no cinema espanhol em 2004 pelo trabalho em O Sétimo Dia, além de trabalhar pela primeira vez com o diretor espanhol. O mesmo vale para Blanca, que faz um papel dramático no filme.

Lola Dueñas já tinha atuado no polêmico e espetacular Fale com Ela e volta em papel de mais destaque em “Volver”. Mas o esperado era ver Carmen Maura novamente em um filme do diretor espanhol e a veterana dá um banho, saindo do humor paa o drama em um piscar de olhos.

Quem estava com saudade de ver Pedro Almodóvar em comédia, vai se divetir bastante e vai daixar um pouco de lado os DVDs (piratas ou não) de Kika, “Mulheres”… e afins.

Ah! As costumazes canções dos filmez de Almodóvar também estão lá. É só ir conferir. E para quem esperava uma crítica do Zarko, minhas condolências.

::: ALGUMAS CURIOSIDADES :::

É um filme espanhol! Não têm constantes mudanças de elenco como nos EUA!

Volver / Ano: 2006 / Produção: Espanha / Direção e Roteiro: Pedro Almodóvar / Elenco: Penelope Cruz, Carmen Maura, Lola Dueñas, Blanca Portillo, Yohanna Cobo e Chus Lampreava / Duração: 121 minutos.


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