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Uma coisa é fato: os bangers que se incomodaram com o surgimento dos ingleses do The Darkness em seu debut, Permission To Land, definitivamente vão quer distância de One Ticket To Hell…And Back, o segundo álbum da exuberante banda capitaneada pelo vocalista Justin Hawkins e seus falsetes maravilhosos. Os mais exaltados vão querer esmigalhar o CD aos urros, com uma marreta, bem ao estilo metal de ser. Uma bobagem, se vocês querem a minha opinião.
“One Ticket To Hell…And Back” é ainda mais The Darkness do que o anterior. É um disco com muito mais corais, sintetizadores, efeitos especiais, cítaras, gaitas de fole e demais maluquices. É um disco com ainda mais agudinhos irritantes do frontman de roupas multicoloridas e calças apertadas. E, acima de tudo, é um disco ainda mais divertido. Com muito mais sexo, drogas, Satanás, dores de cotovelo e refrões absolutamente irresistíveis. Porque é assim que o The Darkness sempre foi desde o começo: uma colagem de referências do hard rock das décadas de 70 e 80, nas letras, no visual, na atitude e, é claro, no som. E que nunca, nunca se levou tão a sério, afinal de contas. Se eles se divertem tanto, por que diabos os mal-humorados de plantão não vão se divertir, catso?
Se você quiser uma comparação mais direta, vamos tentar entender uma alusão que a imprensa especializada tem feito com freqüência: o The Darkness seria uma mistura de Queen e AC/DC. E eu completo: “One Ticket To Hell…And Back” é muito, mas muito mais Queen do que AC/DC. Com guitarras ainda pegando pesado, mas com muito mais cores, plumas e paetês. English Country Garden e Dinner Lady Arms, por exemplo, parecem sobra de estúdio de A Night At The Opera. E por aí vai.
O álbum abre com a faixa título, que assim como Givin’ Up fez no disco anterior com a heroína, é uma verdadeira odisséia sobre o vício em cocaína. As baladinhas“Blind Man e Seemed Like a Good Idea at the Time são bonitinhas e não atrapalham. Ui, ui. Mas os melhores momentos da obra, são, sem dúvida, aqueles mais escrachados.
Em Bald, temos uma crônica sombria a respeito da calvície – diabos, se nos créditos do álbum Justin Hawkins agradece ao seu cabeleireiro, era de se esperar que perder a cabeleira armada com laquê fosse o seu grande pesadelo de roqueiro, não? Já Girlfriend, uma das mais gritadas da bolacha, é sobre um sujeito que, no fundo, não percebeu que não amava mais a mulher com quem se deitava todas as noites. E aquela que elegi a I Believe In A Thing Called Love do disco, “Hazel Eyes”, é uma deliciosa peça de cerca de 3 minutos sobre uma garota escocesa e que, na minha opinião, já valeria o disco todo. Estou assobiando o refrão até agora.
Pode parecer estranho que, ao lado dos soturnos The Black Halo (Kamelot) e Seven Seals (Primal Fear), eu eleja este “One Ticket To Hell…And Back” como um dos melhores discos de 2005, arrematando o finalzinho do ano com chave de ouro. Não liga, não. Sou mesmo um sujeito esquisito. Mas, cá entre nós… um bom sorriso no rosto de vez em quando não faz a ninguém, não é? E, depois das dez faixas de “One Ticket To Hell…And Back”, o que sobra no seu rosto é justamente um enorme e satisfatório sorriso. Experimente.
Line-up:
Justin Hawkins – Vocal
Dan Hawkins – Guitarra
Richie Edwards – Baixo
Ed Graham – Bateria
Tracklist:
1. One Way Ticket
2. Knockers
3. Is It Just Me?
4. Dinner Lady Arms
5. Seemed Like a Good Idea at the Time
6. Hazel Eyes
7. Bald
8. Girlfriend
9. English Country Garden
10. Blind Man
Gravadora:
Warner Music
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