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Artigo adicionado em 11/09/2006, às 12:09

YES! NÓS TEMOS NERDS!
* alguns nomes não foram totalmente divulgados porque os chefes podem estar lendo. LEIA TAMBÉM: ::: Sou Nerd, E Daí?: O Manifesto Oficial d’A ARCA Para Você Sair do Armário ::: As Comunidades Mais Nerds do Orkut: Clique e Participe Você Também! ::: Manual Nerd de Referências: Você Também Vai Fazer a Sua! ::: She-Nerds: […]

Por
Os Master


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Nem adianta dizer que não é um. Se você está ligado neste site, não tem como negar que seja um nerd. Não adianta fazer essa cara de “Hein?! Como assim?”. Você sabe muito bem do que eu estou falando. Quem nunca viu Senhor dos Anéis e pensou “nossa, o livro é tão melhor”? Ou nunca passou um Carnaval jogando PS2 com os amigos ao invés de ir para a Sapucaí? Ou foi a um evento de anime, Harry Potter, Star Wars ou qualquer outro do gênero e passou horas inteiras discutindo teorias sobre como funciona um sabre de luz ou quem vai morrer no próximo livro? Os exemplos de nerdice são infinitos e está mais do que na hora de todos nós (sim, sou uma nerd e com muito orgulho!) assumirmos o que somos: NERDS BRASILEIROS!

O termo “nerd” veio dos EUA. Segundo a indústria cinematográfica (que ajudou a implementar a visão dos nerds para o mundo), nerds são aquelas pessoas estudiosas, inteligentes e que conseguem se divertir sem ter que tomar porres. Parece perfeito, né? Mas na verdade, o que os filmes da terra do Tio Sam mostram é que os nerds são feios, não populares, e muito malas! Pode até ser assim para as bandas de lá – porque por aqui, os nerds mandam muito bem. Entrevistei uma galera muito eclética em termos de profissão, idade e físico, mas todos tiveram uma coisa em comum: são nerds brasileiros, graças a Deus.

“Eu até me sinto condecorado quando alguém diz que sou um nerd. O lado bacana do nerd é a criatividade. Têm a capacidade de pensar em coisas tão abstratas quanto um filósofo”, diz Marcelo Tas (sim, gente! Eu entrevistei o Marcelo Tas!!!), apresentador do talk show Saca Rolha (PlayTV). “Só lamento que a maioria dos nerds vivam tão vidrados com computador que acabam se esquecendo do que fazer com ele. Gostam mais de resolver os problemas da máquina do que viajar com ela. É como se fosse alguém pirado com motocicleta que vibrasse mais com óleo e graxa do que com a estrada e o vento na cara”, completa.

Existem controvérsias, Marcelo. Todo geek é nerd, mas nem todo nerd é geek. Vamos explicar isso direito, já que estou vendo várias sobrancelhas franzidas. Geek é aquele nerd vidrado em computador. Nem todo nerd curte computador ao extremo como os geeks, sacaram? Por exemplo, temos aqui também uma jovem chamada Jana que adora computadores, mas não se liga muito em ler, enquanto o Ferreira, um advogado de 25 anos, gosta de computadores, mas não troca os seus quadrinhos por nada! Já, por sua vez, o Elfo (também conhecido como André, que não é o Emílio Elfo d’A ARCA) gosta dos três e de ler também. Viram como ser nerd e geek é bem mais complexo do que os estereótipos que mostram o cinema?

O preconceito contra os nerds continua grande, mas eles não se importam nem um pouquinho! “Sendo nerd, você está entre o seleto grupo de pessoas que saberá como reagir quando ocorrer uma invasão alienígena/ataque de zumbis/ ou qualquer evento apocalíptico”, brinca André, que continua: “Como o próprio conceito de nerd, o preconceito foi importado. As pessoas temem o que não entendem”, conclui coberto de razão. Além do preconceito e rotulagem, outro grande problema para os nerds é a falta de uma infra-estrutura. Segundo Tas, a precariedade da educação no Brasil ajuda e muito os nerds brasileiros a entrarem em extinção (e não só eles, né?). Ser inteligente e culto não é fácil em um país onde as escolas não incentivam a ler, a procurar um lado criativo para solucionar um problema. Além desse enorme problema, claro que outros um pouco mais fúteis também aparecem para os nerds brazucas: a falta de lojas especializadas. “O acesso à ‘matéria-prima’ dos nerds é muito complicado aqui no Brasil. Merchandise de filmes como Star Wars ou Senhor dos Anéis, livros de RPG, convenções de quadrinhos, RPG ou jogos, são difíceis de serem encontradas e, quando são, a variedade é pouca”, explica o über nerd, Elfo, um simpático programador de 28 anos.

Mas como quase tudo também tem o seu lado bom, ser nerd tem vários! Um dos mais interessantes apareceu quando eu perguntei sobre porque é bom ser nerd: a resposta vem sempre seguida de um sorriso. Duas entrevistadas (Jana, de 29 anos e Roberta Príncipe, de 18) concordam que a melhor coisa em ser nerd é a quantidade de amizades novas que são feitas, mas Roberta completa: “Acho que o bom de ser nerd é, além das amizades que você faz, saber que uma piadinha que você faça, somente mentes seletas vão entender”. Já Tas adiciona mais um pouco ao bom tempero nerd quando diz que “a melhor coisa em ser nerd é exercitar o raciocínio abstrato, já que nós todos, nerds e semi nerds, vivemos hoje numa vida intermediada por essa gigantesca geleca digital, formada pela interligação dos computadores. Saber se mover com naturalidade e sabedoria nesse ambiente é fundamental”, e brinca com a pior característica do nerd, “a cor da pele: iogurte amanhecido”.

Mas não é de uma hora para a outra que uma pessoa “se descobre” nerd. O processo é gradativo: um blog na internet vem primeiro e é logo seguido de uma tarde com amigos que, por coincidência, leram o mesmo livro. Depois de uma ótima discussão, entra em pauta o que o personagem tal fez em uma série ou como foi mal adaptada a personagem da Tempestade nos dois filmes dos X-Men e, quando você menos esperar, vai estar jogando uma partida de RPG (Role Playing Game … tem uma área aqui no site só para isso! Vai pesquisar!). Foi coroado um nerd!

“É muito bom ser nerd! Quando as pessoas te conhecem, elas lembram de você, porque você é – geralmente – diferente. Você é mais culto que a média, e sempre tem um programa divertido pra fazer”, explica Elfo. Já a estudante de História, Juliana Goskes, de 17 anos, conta que entrou para o mundo nerd através das páginas escritas por J.K.Rowling: “O que me apresentou realmente ao mundo nerd foi Harry Potter. Eu sou uma leitora ávida de fanfics, o que me inspirou a tentar escrever um pouco também. E nunca tive vergonha de me declarar nerd – e sempre que alguém me chama assim, eu me sinto incrivelmente orgulhosa”, conclui.

E é isso aê! Ser nerd é bom demais e ser um nerd brasileiro é melhor ainda! Por quê? Porque é a dosagem certa para pensar fora da caixinha. Podemos não ter tantas lojas, podemos ainda sofrer (e aqui, como disse antes, não somente nerds se encaixam) com a precariedade do nosso ensino, mas uma coisa que os nerds brasileiros têm é a cabeça no lugar. Claro que para tudo existe algumas exceções, mas, na maioria, os nerds brazucas mandam muito bem ao administrar suas responsabilidades (trabalho, faculdade, escola, família) com o lazer nerd. De médico e louco (e nerd) todo mundo tem um pouco :-).


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