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Artigo adicionado em 20/07/2006, às 01:35

PIRATAS DO CARIBE – O BAÚ DA MORTE: efeitos especiais demais, Johnny Depp de menos, mas vale a pena
Jack Sparrow, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver! LEIA TAMBÉM: ::: JOHNNY DEPP: A HISTÓRIA DE UM GALÃ FREAK::: FILMES DE PIRATAS: OS MELHORES (E PIORES) DA HISTÓRIA::: PIRATAS DO TIETÊ: PILHANDO TUDO NO MUNDO DOS GIBIS::: 7TH SEA: RPG PARA NAVEGAR PELOS SETE MARES::: RUNNING WILD: PIRATAS, METAL E UMA GARRAFA […]

Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


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::: CENA EXTENDIDA: Jack in the Wheel

Louvado seja o cara que teve a brilhante idéia de transformar uma das mais antigas atrações cheias de robôs de um dos parques da Disney em uma trilogia bacanuda com um digníssimo primeiro filme lançado em 2003 (e do qual só o Fanboy não gostou), e cuja segunda continuação estréia hoje nos cinemas brasileiros. Louvo-o não só por esse tal cara ter criado uma trilogia que mistura ação e comédia como pouquíssimos filmes hoje em dia conseguem. Não só por Piratas do Caribe ser um disneyano “para todas as idades” e ser bom, coisa rara ultimamente. Mas sim principalmente porque se trata de uma série de filmes com piratas. Piratas bebem rum, piratas cantam, piratas usam pernas de pau, tapa-olhos, fazem as pessoas caminharem pela prancha, andam com papagaios, são sacanas, e, melhor que tudo, lutam com espadas. Yeah, PIRATAS SÃO LEGAIS! =D E mesmo se tratando de um “certinho” filho da Disney, os piratas nessa trilogia não são tratados de maneira muito idealizada. Eles são sujos. Não têm muitas gentilezas. E, olha só pro Jack Sparrow, ele é o cinismo em pessoa.

Passada a primeira reação “mamãe eu sou fã do Johnny Depp e de piratas”, vamos tornar a coisa toda, mais, como diria nosso caro amigo das nanicolinas, friamente calculada. Piratas do Caribe – O Baú da Morte vem carregando a responsabilidade de ser melhor ou tão bom quanto seu antecessor, que deu origem a tudo, foi divertido e o passo final para a fama de Johnny Depp. Sinceramente? Não era assim tão difícil ser tão bom quanto o anterior, a não ser que os caras errassem a mão de forma trágica. Afinal, esse segundo filme traz, apenas 3 anos depois, exatamente o mesmo pessoal do primeiro, junto com todo o elenco, e, mais importante, o mesmo conceito e clima na tela. E, por menos que a gente aceite, a verdade é que filmes de verão (o verão norte-americano, claro) exigem pura e simplesmente diversão: história divertida, bons atores e bons efeitos especiais. Ponto, acabou. E com isso o que quero dizer é: você viu o primeiro filme? Viu o trailer desse “Baú da Morte”? Então não tem do que temer. Essa segunda parte cumpre seu papel direitinho. Não é nem pior nem melhor do que promete ser. É… supimpa!

E ela veio – com tendências bem megalomaníacas – para mostrar pra todo mundo e deixar bem claro que a Disney quer que “Piratas do Caribe” seja mesmo uma franquia do balacobaco, que deverá ser considerada um clássico e uma senhora seqüência de superproduções (isso muito provavelmente até resolverem fazer um quarto filme pra conseguir mais dindim e estragarem tudo). “O Baú da Morte” fala isso com todas as letras: “nós podemos e queremos ser bons. Queremos ser o Senhor dos Anéis versão piratas. E temos o poder para isso. Tá vendo esse efeito aqui? Custou caro!” Pretensioso? Sim. Mas quem se importa, se no fim você se diverte? ^_^

Então, aye, marujos, vamos à historinha! Muitos personagens do A Maldição do Pérola Negra estão de volta. Muitos mesmo. Até demais. Inclusive, claro, Will Turner (o franguinho Orlando Bloom) e Elizabeth Swann (Keira Knightley, aquela cujo maxilar me irrita até a morte). O casal inicia o filme se dando mal. Os dois são condenados à prisão por terem ajudado nosso caro Capitão Sparrow a fugir da cadeia no filme anterior. Tudo não passa de uma armação do chefe das Índias Orientais, que propõe uma troca a Will: ele deve encontrar Jack Sparrow e conseguir sua bússola, que o levará a um baú, cujo conteúdo o dará todo o poder sobre os mares, e o fará acabar com a pirataria de uma vez por todas. Enquanto isso, o Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp, sempre inspirado) está às voltas com outra maldição. Para conseguir seu navio, o Pérola Negra, Sparrow fez negócio com o amaldiçoado Davy Jones (Bill Nighy). O fim do prazo desse trato está se aproximando, e com ele a segurança do Capitão, que carrega a Marca Negra na mão, e corre o risco de ser atacado pela besta marinha de Jones, o temível Kraken. Sua salvação só poderia estar, adivinhe só, nesse mesmo baú objeto da missão de Turner. Se Sparrow acabar com o conteúdo do baú, salva sua vida, mas coloca as vidas de Will e Elizabeth em perigo. (E ele não está nem aí pra isso =D). Se o chefe das Índias conseguir o baú, Elizabeth se salva, mas os dias de Jack Sparrow estão contados. No meio de tudo isso, entram em cena interesses de outros, só pra dar um gosto a mais na história. E entram também os joguinhos de “oh, será que eu te amo?” entre Elizabeth e Jack, que ao meu ver são meio desnecessários, mas isso não vem ao caso aqui.

Das atuações, nada a reclamar. Bill Nighy é genial. Mesmo debaixo de tentáculos e muita computação gráfica (também carpichadíssima), consegue uma atuação de deixar qualquer um no chinelo. Agora, que me desculpem as fãs declaradas do nosso eterno Legolas, mas ele é fraco, e a culpa não é minha. O bom é que Will Turner é mesmo meio bobo e também um franguinho, que é apagado assim que Sparrow surge em cena, então não há ator melhor pra fazer isso. A Keira Knightley cumpre seu papel. E o Johnny Depp? Ah, é o Johnny Depp!! De resto, todos, de extras a personagens secundários, estão muito bem cuidados, bem caracterizados e encaixados no contexto. É legal ver que a Disney dá a esse filme o mesmo cuidado que dava aos seus antigos longa-metragens.

Ok, supimpa ou não, divertidíssimo ou não, é hora dos defeitos. É hora dos três defeitos, para ser mais exata: 1) pretensão, 2) muitas coisas para um roteiro só e 3) exagero nos efeitos especiais. Que ele é pretensioso e como ele faz isso eu já disse lá em cima. Vamos então ao tópico 2: o roteiro. Quando você for assistir a “O Baú da Morte”, se prepare para ficar um pouco confuso nos minutos iniciais. Se não assistiu ao primeiro filme, se prepare para ficar BASTANTE confuso nos minutos iniciais. Porque são muitos personagens, com muitas tramas ainda sendo desenvolvidas e muitas ligações entre eles, que só quem assistiu à “Maldição do Pérola Negra” no dia anterior vai lembrar perfeitamente. Os roteiristas, na dúvida, jogam todos esses personagens na história, e tentam refrescar a nossa memória ao mesmo tempo em que já começam a desenvolver a intrincada trama da segunda parte, e ao mesmo tempo em que já querem nos mostrar qual vai ser a trama da terceira parte. E aí você fica lá, babando e tentando absorver tudo isso, enquanto seu cérebro está tentando assimilar quem é quem na próxima cena de ação.

Um dos mais graves defeitos da película, porém, nem é o roteiro confuso. Você até se encontra no meio do caminho, e consegue acompanhar a linha de história direitinho depois da meia hora inicial. O problema mesmo se encontra no exagero: efeitos especiais demais. Mas é claro que “Piratas do Caribe – O Baú da Morte” deve ter milhares de efeitos. É um filme de aventura, e o mínimo que precisa ter são bons efeitos. E, sim, tudo bem, ele tem. Efeitos e maquiagens ótimos, perfeitos e tudo mais. Mas tantas e tantas seqüências de ação que duram intermináveis minutos acabam tirando o brilho de uma das partes que é a mais importante nesse filme: os atores, seu carisma, sua interpretação, as piadas. E, principalmente, de duas palavras que, cá entre nós, são essenciais nessa trilogia: Johnny Depp. Não que ele não apareça ou que não esteja em sua melhor forma. Não, Depp não precisa de comentários. Seu Jack Sparrow continua daquele jeito, bizarro, engraçado e com uma interpretação genial. Mas não aparece tanto quanto devia. Se ele, sozinho, munido apenas de seu talento, tira de cena qualquer ator com quem está contracenando, os efeitos especiais vieram fazer o favor imbecil de tirar de cena o Johnny Depp. E isso não se faz.

Isso só se faz quando o filme é daqueles sem roteiro e sem bons atores, e cuja salvação está pura e simplesmente em efeitos especiais (e vez por outra nos atributos físicos dos protagonistas). Mas “Piratas do Caribe” não precisava desse tipo de salvação, já que muito do charme do filme está justamente no roteiro e nas boas atuações. Os efeitos não precisavam salvar o filme aqui, e, pelo contrário, acabaram atrapalhando um pouquinho. Como eu disse, são ótimos efeitos, mas que por vezes tomaram mais tempo de tela do que os próprios atores. Ver o Capitão Jack Sparrow ofuscado por CGI é triste. Quando você estiver com tonturas de ver tanta movimentação nas telas, e chegar à aparentemente infinita cena do monstro marinho Kraken atacando o navio, vai entender do que estou falando.

Mas, apesar de não termos um roteiro tão genial que privilegie o carisma dos atores, ainda é o Jack Sparrow. Ainda podemos rir com algumas ótimas piadas. Ainda podemos torcer pelos caras que bagaçam tudo com suas espadas. Ainda podemos ver uma diversão descerebrada-mas-com-cérebro, se isso é possível. E principalmente podemos assistir sem medo de perder verdinhas ou a sanidade mental, o que já é um bom ponto positivo em meio a tantas produções medonhas de hoje. Aproveite que você está de férias, ou seu sobrinho ou irmão mais novo. Afinal, “Piratas do Caribe – O Baú da Morte” tem defeitos, mas é um filme perfeito para férias. E afinal, é o CAPITÃO JACK SPARROW. Savy? ^_^

:: CURIOSIDADES

– “O Baú da Morte” foi gravado ao mesmo tempo que sua seqüência, que em inglês se chamará At World’s End e será lançada em 2007.

Keith Richards, o guitarrista dos Rolling Stones, depois de algum chove-não-molha, topou fazer uma participação especial no terceiro filme da série. Como grande fã da banda, Johnny Depp afirma que se inspirou nele para compor o personagem Sparrow.

– Keira Knightley usou aplique no cabelo para as gravações, que foram feitas na mesma época em que ela “estrelava” Domino – Caçadora de Recompensas.

– O filme foi baseado em uma atração presente na Disneylândia e no parque Magic Kingdom da Walt Disney World em Orlando. A festa de estréia do filme foi feita no parque californiano (Disneylândia), que teve o brinquedo reformulado: agora, além dos perfeitos piratas-robôs genéricos, Jack Sparrow, Barbossa e as criaturas bizarras da embarcação de Davy Jones figuram como bonecos.

– Não parece, mas o personagem de Bill Nighy é feito inteiramente em computação gráfica, aplicada em cima da interpretação do ator, mais ou menos como o Gollum de Senhor dos Anéis.

– Preste bem atenção, logo antes do filme começar, na estréia do novo logotipo da Walt Disney Pictures. É aquele castelinho de sempre, mas apresentado de forma muito mais pomposa e megalomaníaca que antes. Estiloso.

Piratas do Caribe – O Baú da Morte (Título original: Pirates of the Caribbean: Dead Man’s Chest) / Ano: 2006 / Produção: Estados Unidos / Direção: Gore Verbinski / Roteiro: Ted Elliott e Terry Rossio / Elenco: Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley, Jack Davenport, Bill Nighy, Jonathan Pryce, Naomie Harris/ Duração: 150 minutos.


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