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Artigo adicionado em 30/06/2006, às 10:27

SUPERMAN RETURNS: OS 10 MELHORES ROTEIRISTAS
Esses manjam tudo! Vocês sabem que é insano fazer listas. Não dá pra agradar a todos. Chegar à perfeição? Difícil, mas não custa tentar. E eis que trato o que eu acho ser a melhor seleção de roteiristas de Superman. Espero que gostem. :: 10 – JOE KELLY Dos roteiristas mais recentes de Superman (ou […]

Por
Emílio "Elfo" Baraçal


Vocês sabem que é insano fazer listas. Não dá pra agradar a todos. Chegar à perfeição? Difícil, mas não custa tentar. E eis que trato o que eu acho ser a melhor seleção de roteiristas de Superman. Espero que gostem.

:: 10 – JOE KELLY
Dos roteiristas mais recentes de Superman (ou seja, da “fase Jeph Loeb”, já que ele escreveu na mesma época), ele é o único que mostrou que entende do mundo de Kal-El. O melhor exemplo é a história “Superman Vs. Elite”, publicada aqui pela Panini na revista Superman #8. O azulão voa pra Trípoli, na Líbia, para deter um ataque terrorista, mas chegando lá, encontra os bandidos executados e a cidade dizimada. Tudo cortesia do Elite, grupo inglês que já não estava lá. Rapidamente a opinião pública começa a apoiar o grupo devido a seu modo de agir, extirpando o mal, sem uso de “meios escoteirísticos” como faz Superman. Logo depois, quando atende um chamado para acabar com os Samurais Roshu no Japão, só dá tempo de ver Manchester Black (que possui impressionantes habilidades mentais) e seu grupo assassinarem os japoneses. Para Manchester e o resto da Elite, o único tipo de bandido que importa é o bandido morto. Se pra fazer isso tiver que destruir tudo à sua volta, fazer o quê? Porém, isso vai contra tudo o que Superman acredita e isso faz com que o homem de aço bata de frente com o grupo. A batalha acaba sendo televisionada, fazendo a humanidade assistir tudo. Manchester Black fica dizendo que “as pessoas não querem babás de colantes que lhes dêem tapinhas quando forem más, mas cirurgiões que cortem os nacos podres de seus corpos”. Com o ataque Superman acaba dado como morto. E esse foi o maior engano de Elite: no local só se houve a voz de Superman dizendo que cometeu o erro de tratar seus oponentes como gente. Com uma estratégia bem pensada, o kryptoniano cuida dos três primeiros integrantes sem nem aparecer. Quando se mostra, vazando sangue e todo rasgado, liquida Manchester usando uma combinação das visões raios-X e de calor, fazendo uma “lobotomia light” no cérebro dele, deixando-o vivo e bem, mas anulando toda a fonte dos poderes mentais dele. No término, Superman explica que até ele se assustou de cruzar a linha e que, para sorte de todos, não acredita em heróis feios e malvados. Joe Kelly fez da história um recado para os heróis violentos que surgiram nos últimos tempos (alguém aí falou em Authority?), provando que heróis clássicos e “escoteiros” ainda tem muito gás pra dar. A história até foi eleita como a melhor de 2001 segundo a Wizard americana. Precisa dizer mais que Kelly sabe mesmo trabalhar as características do azulão?

:: 9 – CARY BATES
Parceiro costumaz de Denny O´Neil em relação a roteiros, Bates é responsável por boa parte da “fase humana” do personagem, idéia concebida pelo seu companheiro. E a razão de Bates estar aqui não é só essa. O seu estilo e clima que criava para as histórias do Super era o mais básico possível, indo até o limite (ou seja, não exagerando) do que podia ser tido como “aceitável” para a mentalidade de criadores e leitores da época. Ele não ficava “inventando moda” como muitos roteiristas de hoje fazem. Devido à sua fidelidade ao espírito do personagem, com certeza merece estar aqui.

:: 8 – J.M. STRACZYNSKI
Ok, sei que vou criar polêmica aqui, mas se dane! Mas… mas… mas ele nunca escreveu histórias do homem de aço, você deve estar se perguntando. Normal. Mas tenho a coragem sim de colocá-lo aqui pelo simples fato de ter nos mostrado comos seria o Superman se ele realmente existisse no nosso mundo, o real. A saga de Mark Milton em Poder Supremo é algo aterrador. Eu enxergo quase como uma “versão Watchmen” para Superman. E se alguém acha heresia o que coloquei aqui, vai dizer que não existe algum fanzaço de HQs que nunca tentou imaginar como seria mesmo se os super-heróis existissem? Primeiro veio Wacthmen e deu a resposta. Agora veio o Poder Supremo e nos deu o Superman “mundo real”. Merece sim estar aqui.

:: 7 – JERRY ORDWAY
Quando John Byrne saiu do cargo de roteirista de Superman, Ordway ficou com a ingrata tarefa de manter o nível. A maioria de suas idéias não é realmente genial, mas ao menos são no mínimo excelentes. O foco dele era diferente de como Byrne vinha trabalhando. Byrne apelava para uma mistura do lado humano com o super-heróico, já Ordway misturava o lado super-heróico com algo mais detetivesco, onde a persona mais “repórter investigativo” de Clark falava mais alto. Prova disso foi o período onde ele, junto com Lois, tentava descobrir a verdade sobre a Intergangue.

:: 6 – DENNY O’NEIL
Foi ele quem pela primeira vez percebeu que as histórias estavam ruins porque o personagem era poderoso demais. Na clássica Superman #233, o azulão teve seus poderes cortados pela metade através de uma explosão nuclear que também transformou todas as kryptonitas do planeta em ferro. Méritos ou deméritos à parte, a coisa funcionou e tornou novamente as histórias dele gostosas de ler. Foi dele também a idéia de deixar o lado “salvador do mundo” do personagem de lado para torná-lo “um exemplo para a humanidade”, coisa que permeia o conceito do herói até hoje, vide O Reino do Amanhã como amostra da coisa. Realmente um mestre.

:: 5 – JERRY SIEGEL
A grande mente por trás das idéias básicas do personagem. Tudo saiu dele. Não existiram as grandiosidades com o personagem feitas por nomes como John Byrne, Mark Waid e Grant Morrison se não existisse Superman. E ele merece um respeito maior ainda de minha parte devido a um ocorrido curioso: Siegel e seu companheiro, o desenhista Joe Shuster foram convocados para lutar por sua pátria durante a 2ª Guerra Mundial. Dessa forma, não puderam trabalhar com o personagem e a editora National Comics (a futura DC) continuou as histórias com outra equipe criativa. Foi então que em janeiro de 1945, sem a permissão de seus criadores, a editora resolveu criar o Superboy, que era nada mais, nada menos do que as aventuras de Superman quando adolescente. Na concepção de Siegel e Shuster, Clark Kent só teria se tornado o Superman quando adulto, depois da morte dos pais dele. Resumindo: odiaram a idéia. Resultou até numa briga judicial em que ganharam. Colocando em outras palavras, Shuster tinha um bom senso criativo, afinal, odiou o conceito de “Superboy”.

:: 4 – MORT WEISINGER
“O Elfo está louco?”, você deve estar pensando. Nada disso. As idéias dele podem estar em sua maioria, velhas, batidas e ingênuas, mas para sua época, Wisinger foi o grande salvador do personagem. Em uma época em que as vendas das revistas de Superman despencavam a cada mês, a DC tinha que agir rápido para reverter o quadro. E deu certo quando Wisinger criou novos elementos, como a Supergirl (eca!), as Supermascotes (eca duplo) e outras coisas que ajudaram a tornar o personagem melhor, mais famoso e claro, mais rentável. Sem Wisinger, talvez Superman tivesse entrado para o famoso “Limbo das HQs”, uma “dimensão” imaginária onde os personagens esquecidos ficam. Ou Superman até seria completamente diferente do personagem que conhecemos.

:: 3 – GRANT MORRISON
Morrison é louco. Perigosamente louco. Deliciosamente louco. Só ele mesmo para criar histórias insanas e praticamente grandiosas para a equipe liderada pelo herói mais poderoso de todos. Cada arco de histórias é um verdadeiro épico. Seja o Super magnetizando a lua (olha só, ele conseguiu tornar o Superman elétrico interessante!); seja ele enfrentando um anjo no mano-a-mano; seja ele com raiva ao encarar os marcianos brancos ou na guerra contra Maggedon, o Super dele é realmente SUPER à centésima potência. Quer ver do que realmente Superman é capaz? Leia a Liga da Justiça de Grant Morrison e você verá. Ele fez isso melhor do que qualquer outro roteirista e sem ficar forçado. Se você gosta do poderio do Superman pré-Crise, Morrison disfarçadamente elevou o Superman moderno à áltura do Superman antigo. E não se fala mais nisso!

:: 2 – MARK WAID
A origem contada por Waid em O Legado das Estrelas é a que vale agora. E ele contou de forma excelente na maioria dos aspectos (embora eu tenha achado exagerado o plano do Luthor, ainda mais em uma primeira investida contra um inimigo que ele não conhecia e o fato de ele e Clark serem amigos na adolescência. Praga de Smallville…), dando uma roupagem atual às idéias pré-Crise. Além disso, sua passagem na Liga da Justiça só perde para as histórias de Grant Morrison na mesma revista. Entretanto, o grande trunfo de Waid (e creio que nessa, todos irão concordar comigo) chama-se “O Reino do Amanhã”. São tantas coisas clássicas, são tantas idéias tão bem executadas que fica difícil destacar. Pra mim, foram quatro (não em ordem de preferência): 1 – quando ele volta do seu exílio, reaparecendo para a humanidade; 2 – a luta contra o Capitão Marvel; 3 – quando o reverendo McCay conversa com ele dentro da sede da ONU enquanto o próprio Super tenta matar os chefes de estado e; 4 – quando a Mulher-Maravilha o presenteia com um par de óculos no final. Simplesmente divino e nada precisa mais ser dito aqui.

:: 1 – JOHN BYRNE
Datada? Ainda moderna? A origem pós-Crise criada por John Byrne divide alguns nos dias de hoje. Eu, sinceramente, me encontro no segundo time. Vindo “Legado das Estrelas”, de Mark Waid pra tomar seu lugar ou não, praticamente tudo o que foi feito de 1986 pra cá tem como base, as idéias de Byrne. Um dos maiores problemas que afligia as histórias do homem de aço era o fato de que ele era praticamente um deus. Não havia mais ameaça, por mais criativo que fosse o roteirista, que pudesse criar problemas para o herói. “Poderoso demais”, pensou Byrne. No começo, alguns reclamaram da redução do poder do personagem. Porém, em pouquíssimo tempo, a esmagadora maioria viu que isso trazia histórias emocionantes. O personagem era legal de novo. E tudo isso, utilizando apenas o necessário para ele, praticamente retirando tudo o que ele considerava imprestável e de péssimo gosto. Ok, alguns reclamaram da falta de aventuras espaciais com o azulão. Concordo, mas devo contar a você que isso é mais culpa de bastidores do que de Byrne ou da própria DC. Em determinado momento, Byrne e a DC não estavam se entendendo. Foi aí que o multi-talentoso artista resolveu fazer as malas e cair fora. Voltou pra Marvel. Porém, pouco tempo depois, em uma entrevista, Byrne confessara todos os planos que ainda tinha para o univero do kryptoniano: várias aventuras espaciais e todos os elementos antigos da era pré-Crise reformulados e com explicações coerentes. É uma pena. Quem mais saiu perdendo com isso foi a própria DC e ainda mais, os leitores.


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