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Artigo adicionado em 02/06/2006, às 06:14

SUPERMAN RETURNS: AS SÉRIES DE TV LIVE-ACTION
O último filho de Krypton na telinha da sua TV! Título: Adventures of Superman Ano: 1952 Número de Temporadas: 6 Diretores: George Blair e Philip Ford Elenco: George Reeves (Superman/Clark Kent), Phyllis Coates (Lois Lane 52-53), Noel Neill (Lois Lane 53-58), Jack Larson (Jimmy Olsen), John Hamilton (Perry White), Robert Shayne (Inspetor Bill Henderson) “Sim, […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


Título: Adventures of Superman
Ano: 1952
Número de Temporadas: 6
Diretores: George Blair e Philip Ford
Elenco: George Reeves (Superman/Clark Kent), Phyllis Coates (Lois Lane 52-53), Noel Neill (Lois Lane 53-58), Jack Larson (Jimmy Olsen), John Hamilton (Perry White), Robert Shayne (Inspetor Bill Henderson)

“Sim, é o Superman, estranho visitante de outro planeta, com poderes e habilidades muito além dos mortais! Superman, que pode mudar o curso de rios, torcer o aço com as mãos nuas e que, disfarçado como Clark Kent, o tímido repórter de um um grande jornal metropolitano, luta uma batalha sem fim pela verdade, justiça e o estilo de vida americano!”. E com esta introdução pomposa, o telespectador da década de 50 era saudado para conferir as primeiras aventuras do último filho de Krypton na televisão. No começo de tudo, ainda em preto e branco, George Reeves vestia um uniforme marrom, cinza e branco, substituindo respectivamente o vermelho, o azul e o amarelo originais. Só em 54 é que finalmente o herói ganharia cores. E o sucesso transformou Reeves definitivamente na face mais conhecida (pelo menos, até então) do super-herói mais famoso da cultura pop.

A produção, é óbvio, era mambembe, mesmo para os padrões da época. De orçamento limitado (os atores regulares ganhavam US$ 200 por episódio), eles eram forçados a rodar todos os episódios fora de seqüência para economizar cenários – fazendo diversas cenas repetidas dentro do escritório de Perry White, por exemplo, o que dava a clara impressão de que os personagens usavam sempre as mesmas roupas (a la Turma da Mônica). E no primeiro episódio, que trazia cenas de Krypton, as roupas dos alienígenas eram reutilizadas dos serials da década de 40 (saiba mais clicando aqui). A roupa de Jor-El veio direto de Flash Gordon Conquers the Universe, enquanto outros kryptonianos foram buscar peças dos guarda-roupas de “Captain Marvel” e “Captain America”, entre outros.

A cronologia também era estranha, embora estivesse mais ou menos de acordo com a confusão que ainda se estabelecia nas HQs da época, com a enorme quantidade de kryptonitas multicoloridas e super-animais de todas as formas e tamanhos. No primeiro episódio da série, os pais adotivos de Kal-El foram chamados de Eben e Sarah – o que nada recorda Jonathan e Martha, não? Pois é: mesmo nos gibis originais, os nomes do casal Kent ainda eram inconsistentes até que eles se tranformassem em personagens principais dos gibis de “Superboy”, mais ou menos na mesma época. E as tramas eram inocentes e cheias de lições de moral, exatamente como aqueles antigos quadrinhos de Siegel e Shuster.

O tempo foi passando, Reeves envelhecendo e trocando os óculos de mentira por óculos com lentes verdadeiras e encarnando o estigma do Super-Homem, sem conseguir qualquer outro trabalho como ator fora do universo do herói da DC. Em 59, por muito pouco “The Adventures of…” não ganhou mais uma temporada. Mas então, a tragédia atingiu o protagonista (conforme você pode conferir clicando aqui). E a clássica série dos anos 50 foi definitivamente engavetada.

Título: Superboy
Ano: 1988
Número de Temporadas: 4
Diretores: Reza Badiyi e Kenneth Bowser
Elenco: John Newton (Superboy/Clark Kent 88-89), Gerard Christopher (Superboy/Clark Kent 89-92), Stacy Haiduk (Lana Lang), Scott Wells (Lex Luthor 88-89), Sherman Howard (Lex Luthor 89-92), Salome Jens (Martha Kent), Stuart Whitman (Jonathan Kent)

Antes de “Smallville” dar as caras por aí, o jovem Clark Kent já vivia das suas na televisão. Foi no final da década de 80, ignorando completamente as mudanças sofridas pelo personagem em “Crise nas Infinitas Terras”. Exatamente: o protagonista era o Superboy. Exibida aqui no Brasil pelo SBT, esta série até que conseguia ter momentos “interessantes” (na medida do possível), com episódios escritos por figurões do mundo dos quadrinhos como J.M. DeMatteis e Denny O’Neil e as aparições de vilões clássicos: Mxyzptlk, Metallo, Bizarro…

Mas, num contexto geral, “Superboy” não passava de uma bobagem sem grandes injeções de genialidade, com pequenas referências aos gibis (como a Universidade Shuster e o centro de ciências Siegel) que não conseguiam segurar o interesse de um episódio completo. Os personagens eram rasos e bobinhos, tudo desenvolvido de maneira tão rasteira que era impossível se entregar completamente enquanto espectador.

O desfecho foi ainda mais frustrante: a Warner Brothers, dona da DC Comics e, portanto, também da franquia Super de personagens, entrou com um processo contra a produtora Salkinds, que adquiriu os direitos em 1970 e os repassou para a Viacom. De acordo com a WB, a própria Warner tinha a primeira opção de fazer uma série. O caso foi resolvido, os direitos novamente revertidos para a WB…e o programa nunca mais teve sequer uma reprise.

Curiosidade: com as constantes mudanças de atores do elenco principal, Stacy Haiduk, intérprete de Lana Lang, foi a única a estar em todos os episódios das quatro temporadas.

Título: Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman
Ano: 1993
Número de Temporadas: 4
Diretores: Neal Ahern Jr. e Michael Vejar
Elenco: Dean Cain (Superman/Clark Kent), Teri Hatcher (Lois Lane), Lane Smith (Perry White), Michael Landes (Jimmy Olsen 93-94), Justin Whalin (Jimmy Olsen 94-97), Tracy Scoggins (Catherine ‘Cat’ Grant), Eddie Jones (Jonathan Kent), K Callan (Martha Kent), John Shea (Lex Luthor)

Kevin Sorbo, o Hércules, chegou a fazer testes. Gerard Christopher, o segundo Superboy da série de TV dos anos 80, também. Mas o escolhido acabou sendo o desconhecido Dean Cain – que, vejam só, tem medo de voar. Muitos fãs não gostam do tom abordado em “Lois & Clark”, que se foca muito mais no relacionamento do casal do que nas tarefas heróicas do nosso herói de capa e cueca por cima das calças. Mas eu me incluo na categoria de pessoas que achava a série bem divertida.

As referências constantes estão todas lá (o casamento dos dois, por exemplo, aconteceu na mesma época que nos gibis), e Lois Lane finalmente se tornou uma personagem forte e relevante, muito mais até do que nos filmes estrelados por Christopher Reeve. Cheia de personalidade e absolutamente apaixonante, a jornalista vivida por Teri Hatcher domina a telinha em suas aparições e se firma como um par de respeito para aquele que é considerado o maior herói da Terra. Margot Kidder? Pera lá, né?

Curiosidades de elenco: a atriz Phyllis Coates, que vivia a mãe de Lois, foi a primeira Lois Lane do ancestral seriado “Adventures of Superman”. Já o ator Michael Landes, que interpretou Jimmy Olsen no primeiro ano, acabou sendo substituído porque se parecia demais com uma espécie de irmão de Clark Kent (que tinha uma expressão latina, ok, sou obrigado a concordar) do que apenas com o fotógrafo do Planeta Diário.

Título: Smallville
Ano: 2001
Número de Temporadas: 5 (Até o momento…)
Criadores: Alfred Gough e Miles Millar
Elenco: Tom Welling (Clark Kent), Kristin Kreuk (Lana Lang), Michael Rosenbaum (Lex Luthor), Allison Mack (Chloe Sullivan), Sam Jones III (Pete Ross), John Glover (Lionel Luthor), Erica Durance (Lois Lane), Annette O’Toole (Martha Kent), John Schneider (Jonathan Kent)

Ok, ok, o Emílio Elfo odeia (confira aqui). Mas até aí, reza a lenda internética que ele e o Zarko estão competindo para ver quem odeia mais coisas. O fato é que esta série, uma espécie de “Dawson’s Creek” com super-poderes, tem lá os seus momentos divertidos – e atraiu uma enorme audiência de pessoas que não lêem quadrinhos. Ou você achou mesmo que filmes e séries de TV com personagens das HQs eram feitos única e exclusivamente para quem lê gibis? 🙂

Não dá para negar que os problemas são muitos – afinal, como explicar que Lois Lane e Perry White tenham conhecido Clark Kent em Pequenópolis, sem óculos e de cabelos ao vento, e depois encontrem o Super-Homem anos mais tarde em Metrópolis…e não façam a conexão? Tudo bem, os fãs podem espernear o quanto quiserem. Mas as homenagens estão lá, espalhadas por todos os lados, em diversas referências ao mito: Annette O’Toole, que interpreta Martha Kent, foi a Lana Lang de “Superman III”; o nome do jornal para o qual Clark e Chloe escrevem na escola é “The Torch”, o mesmo para o qual Jerry Siegel escrevia quando era estudante; Clark está sempre com combinações de roupa em vermelho, amarelo e azul; Luthor já teve uma visão de si mesmo como presidente dos EUA…e por aí vai. E o grande segredo está mesmo na ótima Chloe Sullivan, repórter xereta e prima de Lois Lane que não existe nos gibis. Só ela já seria motivo suficiente para assistir à série, torcendo para que o Clark esqueça a pentelha da Lana e fique logo com ela (esta frase foi “Malhação” demais pra você?). Tanto é que a DC Comics já anunciou que a moçoila, a exemplo do que aconteceu com a Arlequina de “Batman Animated Series”, deve se tornar personagem da versão Nona Arte do Super. Isso sem falar no confuso Lex Luthor de Michael Rosenbaum, um vilão ainda vacilante que ganhou cada vez mais espaço nas tramas e possibilita uma atuação excelente do ator.

Duas curiosidades de elenco: 1) Jensen Ackles, que interpreta o Jason Teague da 4ª temporada, seria a segunda escolha para interpretar Clark Kent, caso Tom Welling não aceitasse; 2) Milo Ventimiglia originalmente fez um teste para o papel de protagonista, mas não passou. No entanto, os produtores gostaram tanto dele que lhe deram o papel de Jess em “Gilmore Girls”.


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