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Artigo adicionado em 22/05/2006, às 04:19

SUPERMAN RETURNS: UMA TORTUOSA SAGA
Entenda como demorou até que o quinto filme do Homem de Aço saísse do papel. 1) A FASE TIM BURTON Depois do fracassado filmeco de 1987, a Warner queria porque queria trazer o Super-Homem de volta às telonas. Nomes como Michael Bay (A Ilha) e Robert Rodriguez chegaram a ser considerados. Mas então, eis que […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


1) A FASE TIM BURTON

Depois do fracassado filmeco de 1987, a Warner queria porque queria trazer o Super-Homem de volta às telonas. Nomes como Michael Bay (A Ilha) e Robert Rodriguez chegaram a ser considerados. Mas então, eis que surgiu o nome definitivo: Tim Burton. Afinal, o cara trouxe o Batman para os cinemas, por que não poderia dar nova vida ao seu supercamarada? Bom, a coisa não foi tão fácil assim.

Ok, ok, o roteiro inicialmente seria do nerdmaster Kevin Smith, abordando a morte do Super-Homem como na série em quadrinhos de 1993, com direito a Apocalypse (Doomsday) e tudo mais. Mas pra começar, a escolha de Burton para o papel de Clark Kent era ninguém menos do que Nicolas Cage – que, com suas inimitáveis entradas nos cabelos, começava sua saga pessoal em busca de seu primeiro papel como personagem de quadrinhos. O nome seria Superman Lives. Mas acabou ficando tanto tempo em pré-produção que, primeiramente, Smith abandonou o projeto – devido a uma série de desentendimentos com Burton. Depois, o próprio cineasta pularia fora. No entanto, a Warner já tinha até um teaser pôster prontinho, com o S em prateado sobre um fundo preto e a frase Coming 1998 logo abaixo. O pôster foi até impresso. Mas o filme, é claro, nunca foi pra frente.

2) INTERLÚDIO

Com a saída de Smith, outras propostas de roteiro foram escritas, a maior parte delas envolvendo a morte e o retorno do herói. Jonathan Lemkin (de “O Advogado do Diabo”), por exemplo, fez uma história na qual Clark engravidaria Lois antes de morrer. O bebê dos dois nasceria (com a morte de Lois no parto) e então teríamos um novo Supe-Homem para salvar a Terra. Seu roteiro acabou sendo rapidamente descartado, é claro. Seu sucessor seria J.J.Abrams, criador de “Alias” e “Lost”. E um novo diretor estava a caminho…

3) A FASE McG

Depois do sucesso de As Panteras, a Warner resolveu chamar para ocupar a vaga de cineasta o horroroso McG. O ano era 2001. E o sujeito mal teve tempo de trabalhar porque, em 2002, já estava dando “adeus” para o estúdio, já que estava interessado em outro projeto: As Panteras 2. Corta.

4) A FASE BRETT RATNER

Então, eis que chega ao “superfilme” Brett Ratner – atualmente em X-Men 3: O Confronto Final. O sujeito estava realmente empolgado: Anthony Hopkins já tinha sido chamado para interpretar o pai biológico do herói de Krypton, Jor-El. Mas o grande problema estava sendo encontrar o ator ideal para protagonizar o filme.

Ratner fez audições como Josh Hartnett, Paul Walker, Matthew Bomer (o Luc da série “Tru Calling”), Brendan Fraser, Ashton Kutcher (ARGH!), David Boreanaz (de “Angel”), Ian Somerhalder (o Boone Carlyle de “Lost”), Henry Cavill (que será o Humphrey no vindouro “Stardust”) e até com Jerry O’Connell. Mas ninguém estava suficientemente bom para os estúdios da Warner. Ratner se irritou. E resolveu lagar tudo. “Eu preferi sair do cargo do diretor de ‘Superman’. A dificuldade em encontrar um ator para o papel-título contribuiu para a minha decisão, embora eu tenha apreciado os esforços da Warner Bros. e de toda a equipe de produção durante o processo”, afirmou ele, em comunicado oficial. E Hopkins foi junto. J.J.Abrams continuava no roteiro. Jonathan Frakes (o Comandante William Riker na série “Jornada nas Estrelas: A Nova Geração”) entrou nos boatos para assumir a direção. E nada deu certo no meio do caminho.

5) A FASE McG – PARTE II

Em 2004, vejam só, a Warner trouxe McG de volta para finalmente levar o Super às telonas. Agora a coisa tinha começado a andar! O diretor (?) chegou até a fazer audições com Jason Behr (O Grito) e Jared Padalecki (o Sam Winchester da série “Supernatural”) – e pensou na bela Scarlett Johansson (Match Point) para Lois Lane e Shia LaBeouf (Constantine) como Jimmy Olsen.

Mas aí…não deu certo de novo. E McG saiu do filme mais uma vez, depois de diversos desentendimentos a respeito do orçamento e, principalmente, das locações. A Warner Bros. queria levar as filmagens de Nova Iorque para a Austrália, mas o diretor argumentava que “é inapropriado tentar capturar o coração da América em outro continente”. E continuava a busca pelo diretor que pudesse dar fim a este martírio, mais doloroso que kryptonita.

6) A FASE BRYAN SINGER

Impressionados com a visão que Christopher Nolan vinha dando ao Homem-Morcego em Batman Begins, os executivos da Warner queriam trazer o mesmo clima de “mundo real” para o universo do defensor de Metrópolis. E então foram atrás de Bryan Singer, o responsável pelos aclamados filmes dos X-Men Singer topou o desafio. Deixou “X-Men 3” para trás (Matthew Vaughn assumiu, saiu, e deixou o cargo com, ironia do destino, Brett Ratner) e foi para o alto e avante.

O roteiro de J.J.Abrams foi descartado – e foram recrutados Dan Harris e Michael Dougherty , colaboradores habituais de Singer na franquia mutante, para fazer surgir uma nova história. Também vieram o diretor de fotografia Newton Thomas Sigel, o compositor John Ottman e o designer de produção Guy Dyas. E depois de muito se falar na escalação de Keanu Reeves, Jim Caviezel (A Paixão de Cristo) e mesmo de Tom Weiling, o protagonista de Smallville, para interpretar Clark Kent, Singer optou pelo obscuro e desconhecido iniciante Brandon Routh, uma incógnita para a maior parte dos fãs.

O trabalho de Singer vem carregado de uma polêmica: homossexual assumido e militante dos direitos dos gays, o diretor sempre escalaria, de acordo com os inflamados fóruns de fãs, pelo menos um homossexual para um papel de destaque em seus filmes. E Routh seria um “caso” do cineasta, convenientemente chamado para a película. Boatos maldosos à parte, o fato é que a opção sexual de Singer não muda em nada o seu talento – basta lembrar de Os Suspeitos e O Aprendiz, ambos fora do âmbito super-heroístico, para ver o quanto é indiscutível a sua perícia como cineasta. O que ele faz entre quatro paredes não nos importa. Mas sim o que ele vai nos proporcionar dentro das quatro paredes do cinema, quando o filme estiver rodando na telona. E ponto final. Estamos de dedos cruzados!


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