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Artigo adicionado em 22/05/2006, às 04:20

SUPERMAN RETURNS: A MALDIÇÃO DO SUPER-HOMEM
As desgraças que cercam os atores ligados ao mito… Há quem diga que Kevin Spacey, Kate Bosworth, o estreante Brandon Routh e o diretor Bryan Singer devem começar a se benzer desde já. Afinal, os três são recém-chegados a uma franquia que deixou um rastro de dor e sofrimento que não pode ser ignorado. Puro […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


Há quem diga que Kevin Spacey, Kate Bosworth, o estreante Brandon Routh e o diretor Bryan Singer devem começar a se benzer desde já. Afinal, os três são recém-chegados a uma franquia que deixou um rastro de dor e sofrimento que não pode ser ignorado. Puro folclore? Meras coincidências? Ou um legado de sangue diretamente relacionado ao herói kryptoniano? Você é quem decide. Enquanto isso…vamos aos fatos.

– A dupla de criadores do Super-Homem, o roteirista Jerry Siegel e o desenhista Joe Shuster, fez surgir o personagem em 1938 – mas os direitos foram vendidos por eles para a DC Comics por um preço irrisório (US$ 130, para ser mais exato), ainda sem real consciência do potencial de sua criação. Em 46, a dupla processou a editora, argumentando que eles teriam sido injustamente recompensados pelo sucesso do último filho de Krypton. A Suprema Corte de Nova York limitou o ressarcimento recebido por eles ao valor de US$ 60.000 cada um – um valor bem pequeno se considerarmos os milhões de dólares que os gibis, filmes, série de TV e merchandising do Super geraram nas últimas décadas. Em 75, em resposta a uma campanha lançada por Siegel e Shuster e encampada por diversos criadores da área, a DC concordou em dar aos dois uma pensão vitalícia de US$ 35.000 ao ano e créditos em toda e qualquer adaptação do personagem. Detalhe: depois do Super, Siegel e Shuster nunca mais fizeram nada de destaque no mundo dos quadrinhos. Shuster faleceu em 1992 e Siegel em 96.

Kirk Alyn interpretou Clark Kent e seu alter-ego de aço na década de 40, nos seriados em preto e branco exibidos nos cinemas da época. O ator afirmava, para quem quisesse ouvir, que ter vestido a capa do azulão arruinou sua carreira e não permitiu que ele tivesse nenhum outro papel de destaque até o dia de sua morte por causas naturais em 1999, aos 88 anos. Alyn ainda faria uma participação, não creditada, como o pai de Lois Lane no primeiro filme do “Superman”, em 78.

– Os irmãos Max & Dave Fleischer, fundadores do estúdio de animação Fleischer Studios, foram os responsáveis pelo desenho clássico do herói na década de 40. Pouco depois de transformar o escoteirão em animação, os Fleischers começaram a brigar entre eles e seu estúdio foi para o buraco, financeiramente falando, forçando-os a vender tudo para a Paramount Pictures – que rearranjou a empresa com o nome de Famous Studios. Enquanto Dave seguiu na carreira de consultor de efeitos especiais na Universal Studios, Max morreu pobretão no Motion Picture & Television Country House and Hospital, uma espécie de “hospital dos artistas”.

– De 1941 a 43, Bud Collyer (que já tinha sido a voz do herói nos programas de rádio) deu voz ao Super-Homem no desenho dos Fleischer. Logo depois, ele teria uma excelente carreira na TV, criando e apresentando o game show “To Tell the Truth”. Em 1966, no entanto, ele atenderia ao pedido da CBS e daria novamente voz ao paladino da justiça em “The New Adventures of Superman” – e, três anos depois, morreria graças a problemas circulatórios.

George Reeves (o Brent Tarleton do clássico “E O Vento Levou…”) interpretaria o super-herói na série de TV dos anos 50, “Adventures of Superman”, que duraria 6 temporadas. E seguindo a maldição alardeada por seu antecessor, Alyn, Reeves também ficou para sempre marcado como o Super-Homem e nunca mais conseguiu qualquer outro papel para livrá-lo do estigma. Com a carreira chegando ao fundo do poço, chegou a considerar até se apresentar em exibições de luta-livre – até o dia em que foi encontrado morto, com um tiro na cabeça, no dia 16 de junho de 1959, em sua própria casa em Hollywood. Amigos próximos dizem que, na verdade, não teria sido suicídio, mas sim um assassinato – ligado ao caso amoroso que ele mantinha com Toni Mannix, esposa do executivo dos estúdios da MGM, E.J. Mannix. A história de sua vida (e morte, principalmente) será retratada em “Hollywoodland”, filme no qual Ben Affleck vai interpretar Reeves;

– O Super-Homem mais famoso do cinema, Christopher Reeve, também foi vítima do destino. Quatro vezes intérprete do personagem (1978, 1980, 1983 e 1987), Reeve ficou paralítico depois de uma queda durante um passeio a cavalo em 1995. Embora tenha dedicado o restante de sua vida a mostrar que um deficiente pode ter uma vida comum, acabou morrendo subitamente, em 2004, aos 52 anos – justamente depois de sua segunda aparição como o Dr. Virgil Swann da série Smallville. Sua devotada esposa Dana morreria em março de 2006, vítima de um câncer nos pulmões.

– A Lois Lane dos quatro filmes com Reeve também não teve melhor destino. A atriz Margot Kidder parou de trabalhar graças a um acidente de carro em 1990, quando foi à falência para conseguir arcar com os custos médicos. Em 1996, Kidder teve um problema de paranóia e tornou-se maníaco-depressiva. E finalmente, em 2002, a moça quebraria a região do pélvis, completando um ciclo de desgraças dos mais intensos.

– Uma das estrelas de “Superman III” (83), o ator Richard Pryor foi diagnosticado com esclerose múltipla 3 anos depois do filme. Sua saúde só pioraria gradativamente com o passar dos anos – até que, em dezembro de 2005, ele morreria de um ataque no coração.

– No dia 2 de julho de 1996, no aniversário do suícidio de seu avô, a atriz Mariel Hemingway, que esteve em “Superman IV”, descobriu que sua irmã Margaux foi encontrada morta aos 41 anos, com uma overdose de sedativos.

– O ator Lane Smith, que vivia o editor do Planeta Diário Perry White na série de TV de “Lois & Clark”, foi diagnosticado com a rara doença de Lou Gehrig em abril de 2005, vindo a falecer no dia 13 de junho do mesmo ano.

– Depois de interpretar o personagem principal da série “Superboy” (1988-1992), os atores John Haymes Newton e Gerard Christopher simplesmente desapareceram no limbo televisivo e nunca mais fizeram nada de relevante. O mesmo pode ser dito de Stacy Haiduk, que vivia a ruivinha Lana Lang.

– E o que dizer então do magistral Marlon Brando, o Jor-El do “Superman” original – que chegou a receber um salário maior por sua diminuta aparição do que Christopher Reeve pelo papel principal? A lista de tragédias na vida do sujeito é interminável: em 90, seu primeiro filho, Christian, matou o amante de sua meio-irmã, Cheyenne, e foi condenado a dez anos de prisão; em 95, a mesma Cheyenne alegou depressão pela morte do amado e se enforcou aos 25 anos; no dia 1º de julho de 2004, aos 80 anos, Brando faleceu de falência dos pulmões causada por fibrose pulmonar. Ele ainda tinha câncer no fígado, problemas no coração e diabetes – que estava causando problemas em sua visão.


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