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Artigo adicionado em 12/05/2006, às 01:18

PRÓS E CONTRAS: A ARCA DISCUTE “O CÓDIGO”
Bem-vindo ao nosso cantinho particular da polêmica! ::: LEIA TAMBÉM: — A crítica do filme O CÓDIGO DA VINCI — Uma indignada CARTA ABERTA em dose tripla sobre o filme! — Entenda de uma vez a POLÊMICA DO CÓDIGO DA VINCI — TOM HANKS: a biografia do astro de O CÓDIGO DA VINCI Em qualquer […]

Por
Leandro "Zarko" Fernandes


::: LEIA TAMBÉM:
— A crítica do filme O CÓDIGO DA VINCI
— Uma indignada CARTA ABERTA em dose tripla sobre o filme!
— Entenda de uma vez a POLÊMICA DO CÓDIGO DA VINCI
— TOM HANKS: a biografia do astro de O CÓDIGO DA VINCI

Em qualquer mesa de boteco, até a novela das 20h ou o último jogo do Corinthians na Libertadores estão perdendo espaço para O Código Da Vinci, o incendiário best-seller de Dan Brown.

Aqui n’A ARCA, a gente vinha se divertindo muito com as discussões entre os nossos fiéis visitantes n’A Voz dos Nerds – mas eis que, num passe de mágica, a cizânia se instaurou até entre nós e nossos próprios colunistas começaram a discutir sobre o assunto em plena redação! Teve até cadeira voando – e os gritos eram em maior intensidade do que quando alguém falou que o Pain of Salvation era uma porcaria…

Então, convidamos dois dos nossos Arqueiros para assumir este ringue virtual e quebrar tudo nesta história. Vocês todos estão convidados a participar: afinal, a gente gosta mesmo é de ver o circo pegar fogo!

:: Em defesa do Código Da Vinci…TUTU FIGURINHAS

“Sinceramente, até hoje não ouvi sequer uma argumentação contra ‘O Código Da Vinci’ que não soasse revestida de um puritanismo babaca e politicamente correto dos católicos magoadinhos por ver Jesus Cristo retratado de outra forma que não aquela imagem romântica da Bíblia. No maior país católico do planeta, era de se esperar que toda sorte de carolas e padres de igrejas do interior se posicionassem radicalmente contra o livro e/ou filme. O quê, Jesus Cristo se apaixonando e tendo filhos? Isso faz dele uma pessoa menos santa, não é? Em nome de Odin, alguém me dê uma faca.

Particularmente, sou ateu – ou seja, enxergo ‘O Código Da Vinci’ como nada além de um livro de ficção. E só. Mas acho que toda e qualquer análise feita sobre a obra deveria ter este tipo de olhar para evitar posturas que parecem absolutamente paradas no tempo. Em nenhum momento, o Sr.Brown pede que você acredite nas teorias levantadas por ele. Aliás, em nenhum momento ele sequer defende estas teorias – elas servem apenas como pano de fundo para uma história fictícia. É uma trama policial competente, divertida, acima da média do mar de bobagens hollywoodianas ao qual somos expostos todos os dias. Mas é só isso. Não passa de um livro bacana para ler no ônibus. Não é uma espécie de tratado religioso ou algo assim.

Ah, falar de Jesus Cristo é proibido? Faça-me o favor. A arte sofrendo este tipo de censura me lembra de um período negro conhecido como ‘ditadura’. Lembram-se disso, caríssimos membros da CNBB? Ler ‘O Código Da Vinci’ não faz de ninguém mais ou menos católico e não abala a fé de qualquer cidadão – a menos que ela já estivesse abalada. É o mesmo que dizer que todo fã de heavy metal é satanista. Ou deflagrar uma guerra armada com tochas em chamas contra uma série de charges sobre um certo profeta muçulmano…Humanidade, por favor, acho que já passamos desta fase!”

:: Contra o Código Da Vinci…ZARKO

“Antes de qualquer coisa, digo logo que minha repulsa com relação a ‘O Código Da Vinci’, o livro, nada tem a ver com o fato de supostamente mexer com dogmas intocáveis da Igreja Católica. Sempre deixei bem claro a todos que odeio discutir religião e/ou questionar instituições; acho que, neste assunto, cada um é cada um e ninguém tem o direito de opinar no que você ou qualquer outra pessoa pense a respeito. Por outro lado, adoro ver tabus quebrados em livros, canções e telonas – no caso do cinema, por exemplo, dois dos meus longas preferidos atendem pelos nomes de A Última Tentação de Cristo e Jesus Cristo Superstar. As instituições desceram o sarrafo? Os carolas ficaram arrepiados? Tô nem aí. Aliás, isto só aguça ainda mais minha curiosidade. Deu pra sentir o negócio, não?

Então, antes que as pessoas armem-se de tochas e pedras para malhar este ser humano chamado Zarko, saibam que meu (des)gosto com relação à “obra” de Dan Brown nada tem a ver com posicionamento religioso – e nem com o fato de sua adaptação ser estrelada pelo Tom Hanks ou dirigida por Ron Howard (façam-me o favor, antes de deduzir algo assim – que sei que vão deduzir – me poupem de comentários deste porte). Como adorador de literatura e exímio devorador de livros que sou, afirmo tranqüilamente que o problema é um só: ‘O Código Da Vinci’ é um LIXO de livro que não justifica de forma alguma todo este barulho e todo este sucesso.

O que acontece é que não consigo entender o que raios o povo viu neste livreco (será porque é facinho de ler?). ‘O Código Da Vinci’ nem é tão interessante como uma história de ficção, e traz pouquíssimas coerências em seus fatos para causar tanta controvérsia assim. Dan Brown consegue enrolar em mais de 400 páginas para contar uma história cheia de buracos e com um didatismo puramente infantil. O troço é tão mastigado, tão “escrita de redação escolar”, que destrói justo o que deveria ser o maior tesão da leitura: a imaginação. Não há metáforas, a trama não decola, o texto é repetitivo e não força o leitor a fazer os neurônios funcionar. Sério, só faltaram as infames notinhas de rodapé para explicar o que as palavras mais difíceis significam… Isto, pra mim, definitivamente não é literatura. Literatura é o leitor ser desafiado moralmente, verbalmente e psicologicamente pela obra: coisa que ‘Da Vinci’ não propicia de forma alguma.

Bem, quanto ao filme… sei lá, até fiquei com vontade de ver. Mas sei que este bafafá todo será a troco de nada, pois a produção do senhor Ron Howard não aparenta ser nada além de uma boa película de ação – e convenhamos, Howard é tão “bom mocinho” que JAMAIS será capaz de mexer em vespeiros tão turbulentos quanto os dogmas do catolicismo. Não que isto importe. Afinal, será que há alguém no mundo capaz de acreditar nas teorias absurdas e furadas de Dan Brown? O pior é que deve existir. Bem, acreditando ou não, Dan Brown não criou nenhum clássico em ‘O Código Da Vinci’, como alguns adoram apontar; apenas soube gerar polêmica e vender seu peixe. Ele podia aproveitar que anda limpando o esfíncter com nota de 100 dólares e fazer algum curso para aprender a escrever melhor, agora. :-P”


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