A ARCA - A arte em ser do contra!
 
Menu du jour! Tutu Figurinhas: o nerd mais bonito e inteligente dessas paragens destila seu veneno! GIBI: Histórias em Quadrinhos, Graphics Novels... é, aquelas revistinhas da Mônica, isso mesmo! PIPOCA: Cinema na veia! De Hollywood a Festival de Berlim, com uma parada em Nova Jérsei! RPG: os jogos de interpretação que, na boa, não matam ninguém! ACETATO: Desenhos animados, computação gráfica... É Disney, Miyazaki e muito mais! SOFÁ: É da telinha que eu estou falando! Séries de TV, documentários... e Roberto Marinho não está morto, viu? CARTUCHO: Videogames e jogos de computador e fliperamas e mini-games e... TRECOS: Brinquedos colecionáveis e toda tranqueira relacionada! Tem até chiclete aqui! RADIOLA: música para estapear os tímpanos! Mais informações sobre aqueles que fazem A Arca Dê aquela força para nós d´A Arca ajudando a divulgar o site!
Artigo adicionado em 03/05/2006, às 07:10

MISSÃO IMPOSSÍVEL 3: tinha tudo pra dar errado… mas deu certo!
E eu tenho MEDO da cara da Felicity na cena do helicóptero… LEIA MAIS: ::: Tudo sobre a SÉRIE ORIGINAL de “Missão: Impossível” ::: Confira a biografia do astro favorito dos tablóides, TOM CRUISE! :: Trailer Oficial: Alta | Média | Baixa | iPod :: Teaser Trailer: Alta | Média | Baixa | iPod :: […]

Por
Leandro "Zarko" Fernandes


LEIA MAIS:
::: Tudo sobre a SÉRIE ORIGINAL de “Missão: Impossível”
::: Confira a biografia do astro favorito dos tablóides, TOM CRUISE!

:: Trailer Oficial: Alta | Média | Baixa | iPod
:: Teaser Trailer: Alta | Média | Baixa | iPod
:: Trailer Japonês: Alta | Média | Baixa | iPod
:: Spot de TV do SuperBowl: Alta | Média | Baixa | HD | iPod
:: Featurettes (em QuickTime): Locações | Tom Cruise | J. J. Abrams
:: Visite o site oficial

Então, como qualquer ser humano da face da Terra sabe, em 1996 o irregular Brian DePalma dirigiu o sucesso Missão: Impossível, “quase” releitura da série de TV homônima que fez a alegria da nerdaiada dos anos 60. Quatro anos depois, o péssimo John Woo, mais conhecido como “mamãe-sou-obcecado-por-pombas” (sem malícia, por favor), assumiu as rédeas da continuação do primeiro filme, Missão: Impossível 2, apelidado de M:I.2. E como qualquer ser humano da face da Terra sabe, enquanto o primeiro filme gerou certa controvérsia – uns gostaram, outros não -, o segundo ganhou a alcunha de LIXO TOTAL por unanimidade. Com isto em mente, alguém me responda: precisava de mais uma continuação? Mais uma?

Hum… na verdade, acho que precisava sim.

O que acontece é o seguinte: claro que, assim como boa parte dos remakes, o “Missão: Impossível” estrelado pelo senhor Tom Cruise jamais chegaria aos pés da brilhante série de TV criada por Bruce Geller. Ainda assim, o seriado fornece um leque de possibilidades que poderiam transformar sua versão cinematográfica em uma produção de ação/suspense deveras divertida; possibilidades estas ainda não exploradas pelo cinema com dignidade. O primeiro longa, aliás, eu só levo em consideração por reunir uma gama de atores internacionais mais do que talentosos. O segundo… bem, será que ALGUÉM NO MUNDO gostou daquilo? Talvez a Katie Holmes, mas tenho certeza que ela falou que sim só pra não contrariar o marido. Senão ele surta, dá mais vexame, aí já viu. 🙂

Então, quando digo que talvez a cinessérie precisasse de uma nova seqüência, é porque ainda acreditava, mesmo duvidando bastante do resultado, que “Missão: Impossível” merecia ao menos um filme digno nas telonas. Não importa se a saga só existe para massagear o ego do titio Cruise (e só existe por isto mesmo), desde que seja uma massagem de ego divertida também para nós, espectadores.

A boa notícia é que, mesmo com uma ou outra falha e um final absurdamente incoerente e exagerado, o novo Missão: Impossível 3 (Mission: Impossible 3), também conhecido como M:I.3, inacreditavelmente ultrapassou as péssimas expectativas e mostrou-se o longa de ação/pancadaria mais legal do ano até agora. Sério, a fita é MAIOR LEGAL! A ótima sacada dos produtores foi entregar a direção a um sangue novo que atende pelo nome de J. J. Abrams. Abrams, ninguém menos que o criador das séries Alias e o hype do momento Lost, aproveitou as qualidades do primeiro filme, deixou de lado toda aquela babaquice de “violência poética”, “balé de balas” e “pombas malditas voando em câmera lenta” do segundo e injetou uma dose cavalar de adrenalina – mas com cuidado para não deixar tudo muuuuito inverossimil.

O resultado? Esqueça a história. Esqueça o final tosco (sim, é beeem tosco). E acima de tudo esqueça Tom Cruise. O que deve ser levado em consideração na projeção de “M:I.3” é justamente o que ele tem de melhor: as mirabolantes seqüências de ação, o sádico e vingativo vilão vivido pelo oscarizado Philip Seymour Hoffman (Capote), a nervosíssima cena de abertura e as fodáximas habilidades técnicas de J. J. Abrams na direção – o cara realmente é capaz de deixar a platéia tensa e totalmente paralisada em momentos específicos.

A trama é qualquer nota, mas não chega a incomodar: Ethan Hunt (Cruise) deixou de agir em campo para se dedicar à tarefas internas na agência do IMF – para quem não sabe, Impossible Mission Force. Depois de viajar pelo mundo arriscando sua vida nas mais perigosas missões, o agente só quer a tranqüilidade de uma “mesa de escritório” e curtir o noivado com a doce enfermeira Julia (Michelle Monaghan, a gatíssima atriz de Beijos e Tiros e Terra Fria, que não se esforça muito…), que por sinal não sabe que o noivo é um agente secreto. Afe, é claro que tinha que ter um romance no meio, afinal o filme foi produzido por Tom Cruise, o “homem apaixonado” do momento… ugh! 😀

Continuando, Hunt só quer mesmo uma casa no campo e seus livros e discos, como diria a senhora Elis Regina. Em plena festa de noivado, entretanto, ele é procurado por seu superior na IMF, o dúbio John Musgrove (Billy Crudup, Peixe Grande). Musgrove sabe que o cara não quer nem saber de distribuir tiros por aí, mas mesmo assim lhe pede para voltar à ativa, nem que seja para a única missão de resgatar a agente Lindsey Ferris (Keri Russell, a Felicity da série de TV homônima), seqüestrada enquanto tentava capturar o maníaco traficante Owen Davian (Hoffman). Hunt se vê forçado a voltar, já que Lindsey era sua pupila e entrou na IMF justamente por sua indicação. Ah sim, esqueci de dizer que Lindsey é uma fofurinha, mas isto é um mero detalhe das nossas vidas. Por sinal, o páreo fica duro entre ela e a Michelle Monaghan. Eu ficava com as duas. 😉

Enfim, finalizada esta missão, Hunt e sua equipe, formada por Luther (Ving Rhames, o único remanescente das fitas anteriores além de Cruise) e pelos novatos Declan (Jonathan Rhys-Meyers, Match Point, em cena bem menos do que deveria) e Zhen (a belíssima Maggie Q, Volta ao Mundo em 80 Dias), encontram uma pista do paradeiro de Owen Davian e, contrariando as ordens do chefão do IMF Brassel (Laurence Fishburne, Assalto à 13.ª DP, numa participação pequena mas bem legal), seguem na tentativa de capturar o meliante. Mas Davian é um homem astuto, extremamente perigoso e totalmente vingativo. E não pensará duas vezes antes de ferir cirurgicamente aquela que Ethan Hunt mais ama em toda a face do planeta Terra… ui ui ui.

Esta é a linha de enredo. Claro, não é somente isto: ao contrário do que o teaser trailer revela, o enredo traz suas pequenas reviravoltas. Nada que importe muito, por sinal: tudo aqui é só motivo para que Ethan Hunt viaje o mundo mais uma vez e protagonize seqüências de tirar o fôlego, como a tensa operação de resgate de Lindsey Ferris seguida de uma pavorosa perseguição de helicóptero (no bom sentido) e o embasbacante e ensurdecedor ataque aéreo na ponte. Ainda que sem novidades, estas duas cenas especificamente mostram que J. J. Abrams é um excelente diretor de cenas de ação. E… meu Deus do céu, o que é aquilo que acontece com a Keri Russell? Céus, vou ficar sem dormir por três dias! Medo.

E ver o Tom Cruise levando um sarrafo do Philip Seymour Hoffman vale qualquer preço! Aliás, o Tom Cruise não é mais o superhomem de “M:I.2” e, aqui, apanha feito um condenado. 🙂

Por outro lado, “M:I.3” traz uma das soluções finais mais absurdamente clichês de todos os tempos (sim, a conclusão é horrorosa) e em dados momentos não consegue deixar de apelar para efeitos humanamente impossíveis – a seqüência do pára-quedas é tão realista e tão crível quanto a ridícula “cena do R” de A Ilha. Aliás, o lance todo de “defender a quem ama”, de “eu não sou nada sem meu amor” e de “fazer tudo por paixão” imposto em cada fotograma da película dá uma leve impressão de imposição do produtor. Sim, depois que se apaixonou pela Katie Holmes, o Tom Cruise ficou um porre! Só faltou uma dedicatória a ela no final da projeção… Hehehe!

Mas como disse lá em cima, ninguém se importará com este detalhe. O que deve ser levado em consideração é exatamente aquilo que “M:I.3” tem de melhor: as poderosas cenas de ação e a capacidade de transformar o espectador num saco de nervos a cada uma destas cenas. Afinal, ninguém pagará ingresso para ver romance-mela-cueca aqui, não é mesmo? Como resultado final, ainda que não seja um clássico, “M:I.3” é uma experiência ultra-divertida, está bem além dos longas anteriores e sem dúvidas representa o melhor filme da saga (que provavelmente terminará aqui, levando em consideração a forma com que o filme acaba). E se você se centrar na parte “nervosa” da fita e esquecer o restante, presenciará o filme de ação mais bacanudo do ano até agora. E o que é melhor: sem as POMBAS MALDITAS voando pra lá e pra cá em câmera lenta! Afe, eu odeio aqueles ratos com asas… 😛

:: ALGUMAS CURIOSIDADES

David Fincher era a primeira escolha para assumir a direção de “M:I.3”. O cineasta responsável por Seven e Clube da Luta pensou seriamente em aceitar a proposta, e até trabalhou um roteiro apoiado na idéia de Ethan Hunt investigando o mercado negro de tráfico de “pedaços de corpos” na África (!!!). Infelizmente, Fincher não pôde aceitar por estar envolvido na produção do ótimo Os Reis de Dogtown, de Catherine Hardwicke.

– O promissor Joe Carnahan foi convidado para assumir a direção com a ausência de Fincher. Tom Cruise optou por Carnahan ao conferir o resultado final do impressionante Narc, da qual o ator foi produtor executivo. Carnahan aceitou, mas pulou fora do projeto alegando “diferenças criativas” apenas um mês antes das filmagens (inicialmente marcadas para agosto de 2004). Este pequeno detalhe atrasou a produção de “M:I.3” em um ano – já que, neste meio tempo, Tom Cruise aproveitou para mergulhar de cabeça na tragédia chamada Guerra dos Mundos.

Thandie Newton, que viveu a mocinha em “M:I.2”, foi sondada para retornar nesta seqüência, mas recusou o trabalho pois, na época das filmagens, decidira se afastar um pouco do cinema para se dedicar à sua família. Seu papel na trama foi então reescrito e transformado em outro totalmente diferente, que por sinal seria interpretado por ninguém menos que Carrie-Anne Moss (a nossa amiga Trinity). Porém, com a saída de Joe Carnahan e a chegada de J. J. Abrams, o roteiro foi reescrito mais uma vez e a personagem, definitivamente limada. :'(

– Os personagens de Philip Seymour Hoffman e Keri Russell seriam vividos respectivamente por Kenneth Branagh e Scarlett Johansson. Branagh pulou fora ao notar que as filmagens atrapalhariam o cronograma de seu novo trabalho como diretor, “As You Like It”. As razões da saída de Johansson não foram esclarecidas…

– O papel de Simon Pegg (“Shaun of the Dead”), um dos maiores cérebros do IMF, é legal pra xuxu. 🙂

– E pra terminar… que MEDO daquela cara tenebrosa da Felicity! 😛

Missão: Impossível 3 (Título original: Mission: Impossible 3 – M:I.3) / Ano: 2006 / Produção: Estados Unidos / Direção: J. J. Abrams / Roteiro: J. J. Abrams, Alex Kurtzman e Roberto Orci / Elenco: Tom Cruise, Michelle Monaghan, Philip Seymour Hoffman, Keri Russell, Ving Rhames, Billy Crudup, Jonathan Rhys-Meyers, Maggie Q, Simon Pegg, Eddie Marsan e Laurence Fishburne / Duração: 124 minutos.


Quem Somos | Ajude a Divulgar A ARCA!
A ARCA © 2001 - 2007 | 2014 - 2024