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Artigo adicionado em 28/04/2006, às 07:00

X-MEN 3: HUGH JACKMAN
Ele pode ser bonitão…mas também é um cara muito legal! :: ESPECIAL X-MEN 3: volte à página principal “Agora eu conheci pessoas com enormes tatuagens coloridas do Wolverine em suas costas. Graças a Deus que eu interpretei direito, caso contrário eles cuspiriam em mim na rua”. Eu me lembro como se fosse hoje. O ano […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


:: ESPECIAL X-MEN 3: volte à página principal

“Agora eu conheci pessoas com enormes tatuagens coloridas do Wolverine em suas costas. Graças a Deus que eu interpretei direito, caso contrário eles cuspiriam em mim na rua”.

Eu me lembro como se fosse hoje. O ano era 1999, e aquele tal de Bryan Singer estava procurando desesperadamente um intérprete para viver o sanguinário Wolverine no primeiro filme dos X-Men. Então, como num passe de mágica, a Fox anuncia o escolhido: um obscuro ator australiano de musicais conhecido como Hugh Jackman. Rapidamente, toda a equipe d’A ARCA se empenha em fuçar a internet em busca de uma imagem da cara do tal sujeito. E eis que o Fanboy encontra uma foto do ator, enviada instantaneamente por ICQ para este que vos escreve. Ao me deparar com aquela expressão de cara bacana e o cabelinho repartido no meio, não tardei a dizer, surpreso e indignado: “Vão colocar este mauricinho para interpretar o Logan?”. Ah, estes nerds que não sabem o que falam…

::: A História

O ator Hugh Michael Jackman, que realizaria o sonho de 9 entre 10 nerds de todo o planeta, nasceu, vejam só, no dia das crianças: 12 de outubro de 1968, na cidade australiana de Sydney. Filho mais novo entre cinco irmãos de herança inglesa, aos 8 anos de idade teve que conviver com a separação dos pais – sendo que sua mãe partiu de mala e cuia para a Inglaterra e deixou o paizão Jackman, um modesto contador, cuidando dos cinco fedelhos.

Mas não pense que os problemas familiares transformaram Jackman naquele típico bad boy dos filmes hollywoodianos. Na verdade, o cara se tornou o good guy por excelência, camarada de todo mundo na escola – uma tal Knox Grammar, na qual foi presidente do corpo estudantil e que teria sido freqüentada também por outros australianos famosos como Hugo Weaving (o Agente Smith da trilogia “Matrix”) e o roteirista Stuart Beattie (de Fora de Rumo e Colateral).

Já na faculdade, Jackman se graduaria no curso de comunicação, com especialização em jornalismo, pela University of Technology em Sydney. Mas nunca chegaria a exercer de fato a profissão – porque a grande paixão de sua vida estava nos palcos…

::: O Teatro

Em entrevista ao talk show do apresentador ianque Jay Leno, Jackman afirmou que, na infãncia, era alucinado pelos filmes da série Sexta-Feira 13 (é, aqueles com o Jason) e que se tornou ator porque sonhava em interpretar Jason em um deles algum dia.

Verdade ou ficção, o fato é que, depois da faculdade, o futuro Logan foi parar na Western Australian Academy of Performing Arts. Ator conceituado, logo ganharia um papel na premiada série dramática Corelli, um sucesso de audiência na TV australiana. No programa, ambientado em uma cadeia, Jackman vivia um furioso prisioneiro chamado Kevin Jones, que acabava se apaixonando por sua conselheira, interpretada por Deborra-Lee Furness. Você vai ouvir falar mais a respeito desta moça alguns páragrafos abaixo.

Além de ator, Jackman também era um exímio cantor. Mas ao invés de lançar um disco, ele uniu suas duas paixões em uma só e foi trabalhar em musicais. Sua primeira incursão nos palcos foi como o Gaston, na montagem australiana de A Bela e a Fera. Em seguida, assumiu com maestria o papel de protagonista da adaptação musical do clássico Crepúsculo dos Deuses (1950), de Billy Wilder.

Em 1998, viria a sua grande virada, que abriria os olhos de todo o mundo para o seu trabalho. Mas não, ainda não estamos falando de X-Men. Estamos falando sim é de Oklahoma, peça lendária da Broadway que, na montagem inglesa para o imponente Royal National Theatre dirigida por Trevor Nunn, trazia o simpático Jackman cantarolando e dançando. Indicado ao prêmio de “melhor ator” no Laurence Olivier Theatre Award por este papel, logo ele chamaria a atenção da indústria cinematográfica.

::: O Carcaju

Depois do pequenino filme para a TV Halifax f.p: Afraid of the Dark (98), Jackman daria as caras primeiramente no modesto Herói de Folhetim (Paperback Hero), uma produção de 1999 na qual viveu um caminhoneiro com pretensão de escritor que lança seu primeiro livro com um pseudônimo que é o nome de uma amiga…e depois tem que aturar a confusão com o sucesso da publicação. No mesmo ano, estrelaria Erskineville Kings, um drama no qual interpretava o irmão de um homem amargo que abandonou sua terra natal para fugir de um pai abusivo. Sua performance lhe renderia uma indicação ao prêmio de “melhor ator” no Australian Film Institute.

Mas este australiano chamaria a atenção do mundo inteiro depois de interpretar um canadense. Que, na verdade, por muito pouco ele não interpretou. Afinal, Dougray Scott estava escalado para o papel de Wolverine no primeiro filme dos mutantes da Marvel, mas abandonou a produção em cima da hora porque MIssão: Impossível II, no qual vivia o vilão, pedia mais dois meses de filmagens.

Nota: Além de Wolverine, Scott também seria o Aragorn de Senhor dos Anéis, papel que largou pelo mesmo motivo e foi assumido na última hora por Viggo Mortensen. Definitivamente, este Dougray deve bater a cabeça na parede todo dia quando acorda.

Cabelinho armado e garras nas mãos, Jackman incorporou perfeitamente o papel do nosso invocado baixinho dos gibis – fazendo por si mesmo todas as cenas de ação e ganhando algumas inesquecíveis cicatrizes. Rapidamente chamou a atenção dos sedentos produtores hollywoodianos, que encontraram no sujeito o possível galã da vez. A fama internacional finalmente tinha chegado ao quintal da família Jackman – sobre a qual você também vai saber mais se tiver um pouco de paciência e continuar lendo o texto.

::: O Cinema Pós X-Men

Depois do sucesso na x-película, o ator seria convocado para a comédia romântica Alguém Como Você (2001), na qual vive o bom moço que se envolve com a personagem de Ashley Judd. No elenco estão ainda Greg Kinnear e Marisa Tomei. No mesmo ano, o sujeito ainda ganharia nova chance como protagonista, desta vez como o improvável e heróico hacker Stanley Jobson de A Senha – Swordfish, no qual se vê seduzido pela mesma Halle Berry com quem contracenou em “X-Men” e ainda tem que enfrentar a astúcia de um John Travolta absolutamente canastrão. É o hacker mais bonitoso e sarado da história. Mas tudo bem.

Como se não estivesse cansado de tanto filmar, 2001 ainda seria o ano de mais uma comédia romântica para Jackman – e ao lado da rainha do gênero, Meg Ryan. Trata-se do água-com-açúcar Kate & Leopold – sobre um homem do século 19 que acaba vindo para os dias de hoje. Um filme cujas teorias de viagem no tempo podem não ser as melhores – mas que transformaria Jackman definitivamente num símbolo sexual hollywoodiano e lhe daria o Globo de Ouro de “melhor ator”.

2002 seria um ano de folga para o nosso novo astro, que no ano seguinte entraria com força total em X-Men 2, a continuação das aventuras mutantes de seu personagem mais famoso – desta vez, ainda mais sanguinário e metido a bad boy, fazendo um sucesso ainda mais estrondoso com o suspirante mulheril de todo o planeta.

Dois curtas marcariam a filmografia do sujeito em 2004 – o primeiro deles, Standing Room Only, é dirigido por sua esposa e mostra o ator ao lado de nomes como Andy Serkis (o Gollum de “O Senhor dos Anéis”), Michael Gambon (o novo Dumbledore de “Harry Potter”) e Mary Elizabeth Mastrantonio em uma fila de espera no teatro. Mais tarde, “Standing Room Only” seria reunido com outras seis histórias para o longa Stories of Lost Souls, inédito no Brasil.

O outro curta, feito direto para a TV, é Making The Grade, no qual interpreta o apaixonante Mr. Slattery, professor que conquista o coração de duas de suas alunas. Mas o ano prometia ainda mais – e você já deve estar sabendo de que filme estamos falando: Van Helsing, a história de qualidade duvidosa de um caçador de vampiros (e demais monstros clássicos) da linhagem que caçou Drácula a vida inteira. Graças ao seu compromisso com a produção de Stephen Sommers, Jackman acabou tendo que negar o convite para interpretar outro personagem da Marvel, O Justiceiro, no filme que acabou sendo estrelado por Thomas Jane.

::: O Futuro

Nem só de “X-Men 3” vive a carreira cinematográfica de Hugh Jackman nos próximos anos – já que ele estará envolvido com pelo menos 8 produções diferentes entre 2006 e 2007, incluindo o aguardado filme solo do Wolverine.

Vamos ao checklist: a voz de um pingüim na animação Happy Feet; a voz de um ratinho metido a ricaço em outra animação, Flushed Away; um aristocrata inglês em Scoop, a nova película de Woody Allen; um amigo imaginário de uma criança e que se apaixona de verdade em If You Could See Me Now; o mágico rival de Christian Bale em The Prestige, de Christopher Nolan (Batman Begins); e, é claro, o personagem principal do aguardado (e misterioso) The Fountain, do diretor Darren Aronofsky.

Pois é. O que não vai faltar é dinheiro na casa da família Jackman.

::: A Família

Por falar em “família”…lembra daquela tal Deborra-Lee Furness que ele conheceu no set de filmagens da série “Corelli”? Então. Ela é a mesma esposa que dirigiu o curta “Standing Room Only”, estrelado por ele. O casal se apaixonou em 1995 e, 11 meses depois, já estavam se casando. Portanto, vai fazer 10 anos que eles estão juntos – o que, no mundo das celebridades, é considerado praticamente duas encarnações e meia.

Assim como o casal hypado Jolie-Pitt, Jackman e Deborra têm dois filhos adotados: Oscar Maximillian Jackman (de seis aninhos) e Ava Eliot Jackman (que completa um ano em 2006). Além de atuar e cantar, o orgulhoso paizão sabe tocar piano, violino, guitarra, jogar golfe e andar de wind-surf e ainda é bom com io-iôs. Não é fofo? Acho que até eu casava com ele.

Hum. Pensando bem, acho que não.

::: Hugh por Hugh

“Ele é só um cara da Austrália. Eu nasci em Sydney, passei alguns anos em Perth, fui para Melbourne, conheci o amor da minha vida e arrumei meu primeiro trabalho ao mesmo tempo, tipo um começo de contos de fadas. E tenho trabalhado como ator por cinco, seis anos. Treinei por quatro anos e fiz de tudo um pouco – cantei, fiz musicais, já me vesti de koala, já fui palhaço em festas de criança. E agora estou interpretando um super-herói!”
— Hugh Jackman, respondendo quem é Hugh Jackman, em entrevista ao programa Showbiz Today, da CNN.


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