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Artigo adicionado em 14/04/2006, às 04:57

Relembrando INSTINTO SELVAGEM
Não se trata apenas de uma “cruzada de pernas”… LEIA MAIS NO NOSSO ESPECIAL: ::: Crítica: INSTINTO SELVAGEM 2 ::: As FEMME FATALES mais letais do cinema ::: Os 13 maiores clássicos do CINEMA ERÓTICO Fato verídico: em um ponto qualquer do ano de 1992, à frente de um hoje extinto cinema de rua, um […]

Por
Leandro "Zarko" Fernandes


LEIA MAIS NO NOSSO ESPECIAL:
::: Crítica: INSTINTO SELVAGEM 2
::: As FEMME FATALES mais letais do cinema
::: Os 13 maiores clássicos do CINEMA ERÓTICO

Fato verídico: em um ponto qualquer do ano de 1992, à frente de um hoje extinto cinema de rua, um bando de mini-nerds entre 12 e 14 anos aguardavam ansiosos a abertura da bilheteria de uma das duas salas de projeção, para conferir a esperadíssima estréia do blockbuster da vez: Batman – O Retorno. Enquanto a molecadinha babona tentava conter a empolgação ante a “chegada” do imbatível Homem Morcego, o mais novo da turma bradava, indignado: “Que Batman nada, quem quer ver um cara vestido de preto? Vamos lá para o outro cinema ver a Sharon Stone mostrar a perseguida!”. Então é isso. Bem-vindos à maravilhosa e gloriosa puberdade do Zarko. 😛

O tal filme na qual a então semi-desconhecida loiraça revelou seus “países baixos” é Instinto Selvagem (Basic Instinct, 1992), suspense policial dirigido pelo holandês Paul Verhoeven no auge de sua carreira. Não apenas um filme, mas um filme-evento que mobilizou o público e tornou-se um marco. Exagero? No way. E isto não tem nada a ver com a qualidade da obra. Goste do resultado final ou não, a passagem de “Instinto Selvagem” pelos cinemas em 1992 representou e ainda representa um fenômeno e a abertura de mais uma porta na arte de se fazer filmes. Não, não somente por uma suposta, comentada e reveladora “cruzada de pernas”. E também não por ter mexido com a imaginação, a libido e os hormônios descontrolados dos homens e da molecadinha dos anos 90 (eu incluso)… hehehe! 😀

O fato é que muitos enxergaram em “Instinto Selvagem” nada além de um desfile de cenas ousadas e sem conteúdo. Mas a real é que a história da investigação do bizarro assassinato de um astro do rock vai muito além. O roteiro, escrito pelo então obscuro Joe Eszterhas – que tornou-se um superstar ao assumir o posto de roteirista mais bem pago de Hollywood com este filme (US$ 3 milhões) – sugere que o sexo, assim como a vontade de matar, está no sangue de cada ser humano como instrumento de manipulação e instinto natural de sobrevivência; daí o excelente título original (Instinto Básico), apagado pela tradução preguiçosa. Para Eszterhas, o mundo é dividido entre aqueles que conhecem suas armas “naturais” e não têm medo de usá-las para se posicionar na sociedade (os suspeitos do crime) e aqueles que não conseguem deixar de arriscar sua própria pele para conhecer e ultrapassar o limite (os policiais encarregados de desvendar o caso).

E como se não bastasse, há uma série de diálogos hiper-dúbios, personagens interessantes e um enredo bem coerente e amarradinho, com um pé no neo-noir e uma das femme fatales mais legais do cinema atual. Tá bom ou quer mais? 😀

O troço começa a pegar fogo já nas primeiras cenas, onde o espectador presencia o assassinato do músico e empresário Johnny Boz (numa seqüência bacaninha e bastante tensa). Não é surpresa para a polícia de São Francisco que o cara tenha sido apagado, já que todos sabiam que o decadente roqueiro vivia mergulhado nas drogas e em transações obscuras. A novidade é a forma com que aconteceu: Boz fora morto na cama, durante o ato sexual. Seu corpo fora encontrado nu, amarrado à cama com uma echarpe de seda, banhado em sangue e esperma. A arma: um furador de gelo. E o assassino, como o público já sabe nos primeiros minutos, é uma mulher – uma beeeela mulher, diga-se de passagem.

O caso ganha contornos mais bizarros quando a polícia descobre que a última pessoa vista com Boz em vida – e conseqüente candidata a principal suspeita – foi Catherine Tramell (Sharon Stone), mulher rica, elegante, bissexual, escritora de sucesso e psicóloga formada, que andava freqüentando a cama do indivíduo vez por outra. O termo “bizarro” refere-se ao fato de a senhorita Tramell ser também a autora de um romance policial recém-publicado que narra justamente o assassinato de um astro do rock… a golpes de um furador de gelo… durante o ato sexual. Hmmm, aí tem! 😉

Para investigar o caso, são designados os detetives Nick Curran (Michael Douglas) e Gus Moran (George Dzundza). Curran, dono de um passado tenebrosíssimo (que não contarei aqui, claro) e paciente da psicóloga Beth Garner (Jeanne Tripplehorn), também sua amante, sabe que algo está errado assim que bate os olhos em Catherine Tramell. Afinal, a moça demonstra uma frieza fora do comum… Num dos diálogos mais legais do filme, Curran pergunta: “Você não está triste com a morte de Johnny Boz?”, e Catherine solta na bucha, sem esboçar uma expressão sequer: “Claro que estou. Gostava de trepar com ele”. Céus! Estranhamente, à medida que as investigações avançam, Nick percebe que Catherine Tramell conhece seu obscuro passado e prevê todos os seus passos. O que ele não sabe é que é o protagonista do novo romance dela. E como seus livros estranhamente tornam-se realidade…

Inicia-se, então, um tórrido romance e um turbulento relacionamento de amor e ódio entre Nick Curran e Catherine Tramell, que atinge diretamente a todos ao seu redor, inclusive a perigosa namoradinha de Tramell, a sensualíssima Roxy (Leilani Sarelle), e a equipe da Corregedoria de São Francisco, que têm picuinhas com Nick e suspeita seriamente do envolvimento direto do detetive com a morte de Johnny Boz… e com as mortes que seguem a partir daí. Mas afinal, quem é Catherine Tramell? Até onde ela está ligada ao caso? Será ela a assassina ou alguém que gosta de “brincar” com a cabeça dos outros? Até onde é letal envolver-se emocionalmente com a dissimulada e perigosa escritora?

Enfim, como pode-se ver, o lance vai muito além de sexo gratuito. Ainda assim, “Instinto Selvagem” não é apenas tórrido em seu enredo: a projeção é recheada de seqüências de corar qualquer puritano, como os amassos entre Catherine e Roxy, a seqüência do clube de Johnny Boz (a meu ver, a melhor do filme) e a já clássica cena do interrogatório, onde Sharon Stone cruza as pernas e escancara sua amiga “aranha” (!). Trechos que representaram uma dor de cabeça aos produtores, que sofreram pressão do estúdio (a decadente Tri-Star) e de instituições religiosas para amenizar seu conteúdo, além do protesto de grupos gays norte-americanos, que lutavam contra a forma com que o roteiro mostrava a homossexual Roxy, um dos “vilões” da história. O próprio Paul Verhoeven, até então um bem-sucedido diretor de filmes de ação que nunca dirigira um suspense policial até então, declarou à época que não via a hora de concluir o trabalho para poder dormir em paz… 🙂

Ainda que tenham causado muito barulho à época de seu lançamento por conta destas cenas, parece que a censura entendeu que o longa jamais sobreviveria sem elas, visto que cedeu sem maiores grilos a classificação R (desaconselhável para menores de 17 anos) quando poderia condená-lo ao temido NC-17 (proibidíssimo para menores de 18) – ainda que Paul Verhoeven e o montador Frank J. Urioste, indicado ao Oscar por este filme, tenham sido forçados a remontá-lo 14 vezes para isto (!). O público respondeu à altura e gerou uma bilheteria de aproximadamente US$ 118 milhões só nos EUA – fora de lá, este número chegou a mais de US$ 350 milhões. Em sua chegada ao VHS, com a inclusão de cenas cortadas, rendeu US$ 53 milhões.

Acima de tudo, “Instinto Selvagem” tornou-se um tanto quanto marcante por não ter medo de ousar e escancarar o sexo como elemento crucial no desenrolar de uma inteligente e bem-construída história de suspense. Não podemos nos esquecer que, em 1992, o cinema comercial não era tão liberal como é hoje em dia; ao mesmo tempo que “Instinto Selvagem” causou o retorno impiedoso da censura nas salas de cinema, fez também com que Hollywood ampliasse sua visão e gerasse produções mais ousadas e controversas (não falo dos filhotinhos horrorosos que a película gerou, como o tenebroso Invasão de Privacidade, também com Sharon Stone). Hoje em dia, isto não é muito, e muitos sequer lembram de “Instinto Selvagem”. O que não tira seus méritos e seu merecido posto de um dos filmes de suspense/policial mais legais e bem-sacados dos últimos anos. A “cruzada de pernas” foi só a cereja do bolo. 😉

Ah, sim: ao final, a turminha toda decidiu assistir “Batman – O Retorno” mesmo. Menos este que vos fala que, sozinho, convenceu o idoso bilheteiro que “Instinto Selvagem” não era tão pesado assim para um garotinho de 12 anos (não, imagine…). 20 minutos de chororô e lá estava eu, dentro do cinema, babando na Sharon Stone. E 14 anos depois, o pivete virou um jornalista mala que quase morreu assistindo a continuação das desventuras da senhora Catherine Tramell… 😀

:: POR ONDE ANDAM ESTES CARAS?

– Paul Verhoeven (diretor)
Quando realizou “Instinto Selvagem”, o holandês Paul Verhoeven ostentava uma gloriosa posição de mestre do cinema de ação com longas fantásticos como o primeiro RoboCop (1986) e Vingador do Futuro (Total Recall, 1990), com Arnold Schwarzenegger. Depois do sucesso da fita da senhora Catherine Tramell, Verhoeven se deu mal: tentou explorar o filão do erotismo com o tenebroso Showgirls (1995) e demonstrou ter um espírito esportivo notável ao assumir a burrada que fez e tornar-se o único indivíduo a comparecer à premiação do Framboesa de Ouro (!). Depois, dirigiu o bacana mas fracassado Tropas Estelares (Starship Troopers, 1997) e alcançou mais um sucesso com o divertidíssimo O Homem sem Sombra (Hollow Man, 2000). Hoje está de volta a seu país natal, rodando o drama Blackbook.

– Joe Eszterhas (roteirista)
Conceituado roteirista de filmaços de cunho político como Atraiçoados (Betrayed, 1988) e Muito Mais Que Um Crime (Music Box, 1989), o húngaro Joe Eszterhas ganhou US$ 3 milhões para roteirizar “Instinto Selvagem” e, com isto, tornou-se o profissional do ramo mais bem pago da história. Não fez jus ao status que adquiriu, pois só cometeu atrocidades desde então: assinou o script do tosco “Invasão de Privacidade” (Sliver, 1993), do pavoroso “Showgirls” e de um dos piores troços dos anos 90, Hollywood: Muito Além das Câmeras (An Alan Smithee Film: Burn Hollywood Burn, 1997). Também voltou ao seu país natal, onde atualmente divide o roteiro de Children of Glory (Szabadság Szerelem, 2006) com mais três roteiristas.

– Michael Douglas (det. Nick Curran)
O filhote de Kirk Douglas já era veterano, conceituado e dono de dois Oscar ao assumir o papel central de “Instinto Selvagem” – um de Melhor Ator por Wall Street (1987) e outro de Melhor Filme por Um Estranho no Ninho (One Flew Over The Cuckoo’s Nest, 1975), da qual foi produtor. Embora tenha sido alvo dos tablóides em 1992 (que afirmavam que o ator sofrera uma pane e tornara-se um viciado em sexo depois do filme, quando na verdade ele se recuperava de um sério problema de alcoolismo), a carreira de Michael Douglas não foi abalada pelo caso. De lá pra cá, já participou de 18 filmes e tem mais 6 engatilhados para 2006 e 2007. Além disso, entregou quatro grandes papéis em quatro grandes longas: o maluco D-Fense de Um Dia de Fúria (Falling Down, 1993); o magnata Nicholas Van Orton de Vidas em Jogo (The Game, 1997); o maconheiro professor de literatura de Garotos Incríveis (Wonder Boys, 2000) e o conservador juiz de Traffic (2000). E como se não bastasse, casou com a Catherine Zeta-Jones! Além de ótimo ator, ainda é um bastardo sortudo do cacete…

– Sharon Stone (Catherine Tramell)
Vinda de filminhos toscos como As Minas do Rei Salomão (King Solomon’s Mines, 1985), Sharon Stone se viu no alto escalão da indústria cinematográfica de uma hora para outra com seu papel em “Instinto Selvagem”. Repetiu-se em “Invasão de Privacidade” e ensaiou seus primeiros passos dramáticos em filmes como Cassino (Casino, 1995), que lhe rendeu uma indicação ao Oscar, Sempre Amigos (The Mighty, 1998) e Flores Partidas (Broken Flowers, 2005), só para citar alguns. Infelizmente, nunca repetiu o mesmo sucesso de sua Catherine Tramell, embora a crítica reconheça seu talento numa boa. Tem vários projetos engatilhados, entre eles o suspense Alpha Dog, de Nick Cassavettes, e o estrelado Bobby, de Emilio Estevez.

– Jeanne Tripplehorn (dra. Beth Garner)
A bela intérprete da insuspeita psicóloga e ex-namorada de Ben Stiller estreou nos cinemas aqui. Com o sucesso do longa, tentou se dar bem atuando ao lado de Tom-eu-tenho-problemas-Cruise em A Firma (The Firm, 1993) e enterrou suas chances de ganhar respeito ao protagonizar o abacaxi supremo Waterworld (1995), de Kevin Costner. Amargou algumas pontas e papéis menores em fitas descartáveis como a comédia sem sal Mickey Olhos Azuis (Mickey Blue Eyes, 1999) e se lascou feio ao aceitar participar da bomba atômica Destino Insólito (Swept Away, 2002), aquele da Madonna na ilha deserta. A culpa é dela, que não sabe fazer escolhas certas: um dos únicos papéis que recusou foi o de Mia Wallace em Pulp Fiction (1994), que Quentin Tarantino escreveu especialmente para ela. Burra! Atualmente, contenta-se com um papel regular na série Big Love. É casada com o bem-sucedido ator de seriados Leland Orser (“ER”, “CSI”, “Law & Order”).

– Leilani Sarelle (Roxy Hart)
A ex-modelo californiana Leilani Sarelle não fez muita coisa nos cinemas. Na verdade, ela só vivia de pontinhas em películas obscuras made for TV antes do fenômeno “Instinto Selvagem”. Depois do longa, ela fez… pontinhas em películas obscuras made for TV. É mais conhecida por ter tido coragem de ficar 11 anos casada com o feioso Miguel Ferrer, o agente Rosenfield de “Twin Peaks”. Tosco!

:: ALGUMAS CURIOSIDADES

– A primeira escolha de Paul Verhoeven para o papel de Catherine Tramell era Kim Basinger (Celular: um Grito de Socorro, Provocação), que recusou de imediato ao ler o roteiro. Michelle Pfeiffer e Meg Ryan também foram cogitadas. A graciosa Lena Olin (“A Sétima Vítima”) chegou a assinar contrato, mas desistiu ao saber que Verhoeven era o diretor – não se sabe a razão, mas consta que ela não vai com a cara do elemento… Vai saber o que acontece, né? 😛

– Ao final, Verhoeven decidiu oferecer o papel a Sharon Stone por ter gostado de sua interpretação em “Vingador do Futuro”, onde viveu a maligna esposa de Arnold Schwarzenegger. Segundo o cineasta, Stone provou com aquele papel saber lidar bem com um personagem malvado que pretende passar uma imagem de vítima.

– O papel de Roxy seria originalmente de Brooke Shields, que chegou até mesmo a rodar uma ou duas cenas. Ela desistiu por medo da mancha que a personagem, lésbica e junkie, poderia gerar em sua carreira. E eu pergunto: que carreira?

– O design dos vestidos usados por Catherine Tramell são quase idênticos aos usados por Kim Novak em um dos maiores longas-metragens de suspense da história do cinema, Um Corpo que Cai, do master dos masters Alfred Hitchcock. A idéia de Paul Verhoeven era, com “Instinto Selvagem”, homenagear Hitchcock, mais especificamente este filme, da qual é fã absoluto.

– Paul Verhoeven declarou numa entrevista que um de seus objetivos com “Instinto Selvagem” era realizar o primeiro filme comercial hollywoodiano com um pênis ereto em cena. Ainda bem que ele não conseguiu botar isto em prática… 😛

– Para convencer a atriz a não usar calcinha e conseguir rodar a tão polêmica cena do interrogatório, o diretor disse a Sharon Stone que sua genitália não poderia ser vista, pois aquela região não seria bem iluminada. Ela consentiu apenas com esta condição. Obviamente, ele mentiu (para nosso deleite… hohoho). Ainda assim, Stone concordou em manter a cena após vê-la pronta, visto que, em sua concepção, aquilo realmente fazia parte da personalidade de Catherine Tramell. E cá entre nós, taradices à parte, acho mesmo que a seqüência não poderia ficar de fora.

– Sharon Stone e Michael Douglas recusaram-se a usar tapa-sexo nas cenas de sexo entre Tramell e Nick Curran. Até hoje discute-se a veracidade destas cenas. Há quem diga que os dois realmente transaram em cena, o que teria sido um dos motivos para o divórcio entre Douglas e sua então esposa Diandra. O que é uma utopia, na verdade, já que o casal se divorciou anos e anos depois da produção da fita.

– O ator Bill Cable, intérprete de Johnny Boz, faleceu num acidente de moto em 1998. Cable foi modelo nos anos 70, e chegou a posar nu para a revista PlayGirl, variação feminina da Playboy, em 1974. O ator era um bom amigo do filho de Marlon Brando, Christian.

– A excelente trilha sonora incidental de “Instinto Selvagem”, assinada pelo saudoso Jerry Goldsmith, já foi usada em diversos trailers de filmes. A trilha de “Instinto Selvagem 2”, assinada por John Murphy (colaborador de Danny Boyle em trabalhos como Caiu do Céu), é totalmente construída em cima das composições de Goldsmith para o primeiro filme; o diretor de fotografia de “Instinto Selvagem” é ninguém menos que Jan De Bont, que tornaria-se cineasta mais tarde com películas de sucesso como “Velocidade Máxima” e “Twister”. Deveria ter continuado como diretor de fotografia, mesmo. Credo. 😛

SPOILER, SPOILER, SPOILER: Até hoje, não se sabe ao certo quem realmente é a assassina de “Instinto Selvagem”. Embora o longa dê a certeza de que a culpada é a psicóloga vivida por Jeanne Tripplehorn, o final em aberto sugere que Catherine Tramell seja a dita cuja. Dúvidas à parte, a atriz que protagonizou a cena de abertura como a mulher sem rosto que golpeia Johnny Boz é mesmo Sharon Stone. Diz a lenda que haviam paramédicos de plantão nos sets de filmagem, para a) socorrer a atriz caso ela passasse mal por conta da violência da cena, ou b) socorrer o ator Bill Cable caso ela o golpeasse sem querer.

Instinto Selvagem (Titulo original: Basic Instinct) / Ano: 1992 / Produção: Estados Unidos, França / Direção: Paul Verhoeven / Roteiro: Joe Eszterhas / Elenco: Michael Douglas, Sharon Stone, George Dzundza, Jeanne Tripplehorn, Denis Arndt, Leilani Sarelle, Bruce A. Young, Wayne Knight / Duração: 127 minutos.


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