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Artigo adicionado em 20/04/2006, às 06:32

PREMONIÇÃO 3: mais sangue e muito mais diversão!
Olha só aquil…AH, NÃO! QUE NOJO! Vamos simplificar a coisa: você gostou de Premonição (2000) e Premonição 2 (2002)? Pois bem. Então você vai adorar este Premonição 3. Sem dúvida. A fórmula de sucesso é a mesma, mas desta vez com muito mais doses de humor negro e sanguinolência em dobro – sim, tem pedaços […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


Vamos simplificar a coisa: você gostou de Premonição (2000) e Premonição 2 (2002)? Pois bem. Então você vai adorar este Premonição 3. Sem dúvida. A fórmula de sucesso é a mesma, mas desta vez com muito mais doses de humor negro e sanguinolência em dobro – sim, tem pedaços de seres humanos espalhados por toda a tela nesta produção dirigida pelo mesmo James Wong do primeiro filme. As vítimas da implacável Dona Morte são estripadas, esmagadas e perfuradas das formas mais sádicas e pervertidas – e, com a quantidade de sangue dobrada, duplica também a diversão.

A história é simples e não foge à regra da franquia: antes de embarcar, a jovem formanda Wendy (Mary Elizabeth Winstead, de O Chamado 2) tem uma premonição muito real a respeito de um acidente brutal na montanha-russa. Desesperada, a garota tenta avisar todo mundo – sob os protestos dos outros jovens, que a vêem como uma maluca. No final das contas, Wendy e mais algumas pessoas saem…e se salvam quando o brinquedo se destrói exatamente como ela tinha previsto. No entanto, seu namorado, Jason, acaba morrendo no acidente. Agora, ao lado do amigo Kevin (Ryan Merriman, de “Halloween: Ressureição”), Wendy vai tentar enganar a morte, que vem atrás dos sobreviventes para cumprir o seu papel. Não é grande novidade para ninguém, é claro.

Sim, sim, o filme é cheio de sustos fáceis. E também de uma série de clichês máximos e absolutos, daqueles estereótipos de “filmes adolescentes” dos mais básicos: o nerd tarado por mulher, o casal gótico, as duas patricinhas gostosonas e burras, a irmã mais nova que adora caçar veteranos…tem para todos os gostos e para identificar facilmente. Mas o segredo é justamente este: desde o primeiro “Premonição”, esta é uma cinessérie que não se leva à sério. Não é um filme de terror – mas sim de “terrir”, que mais faz gargalhar do que assusta, na verdade. As mortes são esdrúxulas, naquele esquema 100% “Tom & Jerry”: a bola de boliche cai na vassoura, que bate no armário, que abre a porta, que deixa cair a garrafa de água, que faz o personagem escorregar, tropeçar no cachorro e voar pela janela, se despedaçando em cima do ônibus que passava por ali no momento exato.

É fato que, para qualquer um que já frequentou um parque de diversões, a primeira seqüência é absolutamente impressionante, com uma combinação de efeitos especiais – misturando computação gráfica e carrinhos de verdade – alucinante, fazendo uma queda de montanha-russa de tirar o fôlego. Talvez o PlayCenter sofra uma queda considerável na freqüência por alguns meses…

A seguir, no entanto, é só alegria – e a maldade já começa a correr solta com um dos pontos altos do filme, quando duas turbinadas semi-nuas são fritadas dentro das máquinas de bronzeamento artificial.

Assim como o Zarko, também não sou dos maiores defensores destas continuações absolutamente gratuitas que infestam Hollywood. Mas devo admitir que, nos dias de hoje, assistir a um filme como “Premonição 3” é um alívio para qualquer cinéfilo. É diversão sem compromissos, sem pretensões, sem querer se passar pela “grande surpresa dos filmes de terror” da vez, sem tramas que fingem uma intelectualidade babaca e forçada, sem discursos vazios e sonolentos. Como diz o cartaz nacional: “A morte está de volta em velocidade máxima”. E “Premonição 3” é assim mesmo: pura diversão em velocidade máxima. Para ver e esquecer no dia seguinte. Mas e daí?

ALGUMAS CURIOSIDADES:

– “Premonição 3” estava “em filmagens” desde 2003, conforme menção inclusive na versão gringa do DVD de “Premonição 2”. A película só foi oficialmente finalizada em 2004, mas o diretor não estava satisfeito apenas com as mortes no bronzeamento artificial – e então chamou novamente os atores para fazer nascer a cena da montanha-russa. Assim sendo, a pós-produção se extendeu, sendo considerada finalmente completa em 2005.

– O final foi regravado depois de reações não muito favoráveis em exibições-teste. O mesmo aconteceu com os outros dois filmes anteriores;

– Repetindo uma piada dos filmes anteriores, os nomes de diversos personagens fazem referências a diretores de horror. O nome de Lewis Romero é uma homenagem a Herschell Gordon Lewis e George A. Romero. Já o nome de Jason Robert Wise é um ode a Robert Wise, diretor de “Desafio do Além” (1963);

– O ator Tony Todd, que viveu o agente funerário nos primeiros dois filmes, faz a voz do diabo na entrada da montanha russa – e também em um momento crucial no final da película…que eu não vou revelar aqui porque seria um spoiler, é claro.

– Já as referências a presidentes dos EUA assassinados estão no nome da cidade e da escola (McKinley, do estadista William McKinley) e nos nomes das estações de metrô da cena final: Booth (John Wilkes Booth, que matou Abraham Lincoln em 1865) e Oswald (Lee Harvey Oswald, que matou John Fitzgerald Kennedy em 1963);

– A música que persegue Wendy durante quase todo o filme, denunciando a aparição da morte, é Turn Around, Look At Me, do grupo The Vogues;

– Já a canção cantarolada pelas duas patricinhas antes de morrerem no bronzeamento artificial é Love Rollercoaster, hit de 1975 do grupo The Ohio Players. Uma lenda urbana dizia que esta canção trazia o grito de uma mulher assassinada pelo produtor da banda durante a gravação do álbum. “Love Rollercoaster” foi regravada mais tarde pelos Red Hot Chilli Peppers;

Premonição 3 (Título Original: Premonição 3) / Ano: 2006 / Produção: Estados Unidos / Direção: James Wong / Roteiro: Glen Morgan & James Wong / Elenco: Mary Elizabeth Winstead, Ryan Merriman, Kris Lemche, Alexz Johnson, Sam Easton, Jesse Moss / Duração: 93 min.


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