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Artigo adicionado em 20/03/2006, às 11:44

AS 10 OBRAS ESSENCIAIS DE ALAN MOORE
Essa foi difícil… LEIA MAIS: :: Crítica: V DE VINGANÇA :: Criador e Criatura: confira a BIOGRAFIA DE ALAN MOORE :: Zarko faz a lista dos 12 FILMES MAIS SUBVERSIVOS DO CINEMA Bem, aqui estou com uma difícil missão: citar dez, apenas dez, grandes trabalhos escritos pelo master Alan Moore. Foi difícil, mas acho que […]

Por
Rodrigo "Machine Boy" Parreira


LEIA MAIS:
:: Crítica: V DE VINGANÇA
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Bem, aqui estou com uma difícil missão: citar dez, apenas dez, grandes trabalhos escritos pelo master Alan Moore. Foi difícil, mas acho que consegui fazer um ótimo Top 10. Mas como cada obra tem sua importância, estou citando aleatoriamente, sem enumerá-las. Vejam as minhas escolhas, e também façam as suas. E se esqueci alguma obra, citem! 😀

:: V DE VINGANÇA

Arte de David Lloyd. É uma obra política, anarquista e perturbadora. Numa Inglaterra pós-apocaliptica, a ditadura comanda e campos de concentrações podam aqueles não se encaixam neste novo “sistema”. Mas com toda ação há uma reação, e sempre há aqueles dispostos a lutar pela liberdade. Crítica, cruel e perfeita, esta obra de Alan Moore é eterna, pois fala de temas que valem para todas as épocas e gerações. Quer dizer, sempre esta obra é atual. Espero que o filme faça jus ao que o argumento de Moore representa. Uma luta à liberdade, uma anarquia eterna.

:: Leve o gibi para casa!

:: A PIADA MORTAL

Com arte de Brian Bolland, foi uma edição revolucionária, que fez até muitos leitores e autores enxergarem Batman de outro jeito. A revista foi tão marcante que vários pontos dela continuam firmes até hoje, como por exemplo fatos do passado do Coringa, como sua estréia como Capuz Vermelho… até hoje vários argumentistas usam estes fatos como base. E o mais importante, o tiro que aleijou Barbara Gordon. Na época, ela tinha dado um tempo na carreira da esquecida Batgirl, mas após estes acontecimentos, acabou se tornando um personagem forte: a Oráculo. Acho que a graphic serviu de inspiração para muitos futuros argumentistas do Morcegão, já que a partir dela, eles começaram a desenvolver melhor o lado obscuro e psicológico de Batman.

:: Leve o gibi para casa!

:: WATCHMEN

Arte de Dave Gibbons. Outra obra que fez história: depois dela, nenhum quadrinho de herói foi mais o mesmo. Foi uma grande aproximada dos gloriosos heróis para seu lado humano. Sem contar que presta grande homenagem a personagens da época da Charlton, já esquecidos, como o Besouro Azul, Sombra da Noite, Pacificador, Capitão Átomo e outros que ganharam seus alter-egos nesta minissérie. Foi um grande tapa na cara das indústrias, pois provou que sim, existe espaço para quadrinhos adultos de heróis, que tudo pode ser real e não tão inocente, e que o público precisava de algo neste estilo. Dificilmente haverá uma minissérie tão forte como Watchmen.

:: Leve o gibi para casa!

:: A LIGA EXTRAORDINÁRIA

Arte de Kevin O’Neil. Nas minisséries com a equipe, Moore extrapolou na criatividade e na extensa pesquisa dos clássicos literários ingleses. Exatamente por isto a adaptação cinematográfica foi tão esculachada, pois não fez jus ao trabalho minucioso que o argumentista teve em sua obra. Ele trabalhou seus personagens de maneira sublime, desde passado, estilo e psicológico, até a ação, interligações e seu papel na história; Moore tem a genialidade de transformar cada personagem da trama em algo com profundidade, dificilmente alguns deles não terão importância para o contexto geral do enredo.

:: Leve o gibi para casa!

:: A ÚLTIMA HISTÓRIA DO SUPERMAN

Arte de Dave Gibbons, Curt Swan e George Pérez. Com o fim da Crise nas Infinitas Terras, a história do Superman sofreu um retorno ao básico; vários personagens e histórias de cunho até meio impossíveis e ingênuas foram deixadas para trás e esquecidas para a atual cronologia. Mas Moore quis dar um fim digno para esta vasta cronologia, e com isto escreveu duas grandes histórias, retratando as últimas aventuras deste antigo universo “Antes da Crise”. A primeira mostra uma aventura envolvendo Mulher-Maravilha, Robin e Batman, juntos na antiga Fortaleza da Solidão, unindo forças com Superman contra Mongul. Na segunda história, vemos de maneira dramática a despedida deste universo numa história bem pesada, na qual o Superman enfrenta seus grandes inimigos e vê alguns de seus grandes amigos tombarem. Entre os vilões, está uma estranha amalgama entre Lex Luthor e a versão robótica de Brainiac. Uma história emocionante e que pega fundo aos fãs desta antiga era, e com um final melhor ainda.

:: Leve o gibi para casa!

:: MONSTRO DO PÂNTANO

Arte de vários. Alan Moore teve uma vasta participação na revista do Monstro do Pântano, que tirou a revista do lado “terror B” e transformou numa revista extremamente cult, que seria um dos pontos de partida para um futuro selo adulto chamado Vertigo. Com uma gama de personagens fantásticos, alguns até ganharam vida própria, no caso Constantine, que ganhou seu próprio título. O Monstro do Pântano deixou de ser um homem que virou planta para se tornar uma planta que acahava que era homem. Moore contemplou os leitores com os mais diferentes tipos de história, como a interligação com a “Crise nas Infinitas Terras”, a guerra mística com participações de todos os personagens místicos e o nascimento de sua filha numa possessão bizarra ao corpo de Constantine. Mas a história que mais marcou foi quando o elemental invadiu e tomou o Asilo Arkham, e a polícia, com ajuda de Batman, consegue “matar” o personagem. Mas na verdade, ele só havia feito uma viagem extra-planetária que valeu uma visita a Rann e Thanagar.

:: Leve o gibi para casa!

:: SUPREME

Arte do brasileiro Joe Bennet e Chris Sprouse. A tentativa de editor Rob Liefeld criou um personagem que é uma cópia do Superman, mas ele sempre negou e nunca levou as acusações a sério. Mas quando aquelas coisas impossíveis do destino acontecem, e o personagem chega às mãos de Moore, e este leva as acusações MUITO a sério, Supreme vira algo que Superman seria se tivesse caído nas mãos do autor. Ele peneirou tudo que havia de bom nas histórias clássicas, reciclou e aplicou seu conhecido jeitão de contar histórias. Moore provou mais uma vez que não existe personagem ruim, apenas argumentistas incapazes de desenvolvê-lo. Nunca um personagem de Liefeld ficou tão bom. E tem gente que acha isto impossível…

:: DO INFERNO

Arte de Eddie Campbell. Mais uma obra injustiçada cinematograficamente – e olha que este é um dos melhores filmes feitos a partir de criações de Moore. Apesar de não achar o filme tão ruim como dizem por aí, não posso negar que muito do climão da história original ficou de fora. Novamente o autor fez uma pesquisa fascinante do período da Inglaterra, quando tal foi atacada pelo Jack, o Estripador – o que inclui a maçonaria e os delírios do príncipe da realeza daquela época. O que mais impressiona nas obras de Moore é como ele consegue implantar fatos reais e personagens palpáveis, que podem existir, e misturar com um bom enredo de ficção. Do Inferno é uma prova de que há muito para ser explorado no nosso universo real.

:: Leve o gibi para casa!

:: ABC COMICS

Arte de vários. Uma das melhores decisões de Jim Lee e sua diretoria da Wildstorm foi dar a oportunidade de Alan Moore criar seu próprio universo. Assim nasceu o selo ABC Comics. Todos os títulos eram inspirados nas HQs dos anos 60 e 70. Mais uma vez, o autor mostrou que sim, as histórias antigas são legais. Basta saber usar o que elas tem de melhor e reciclar – idéia que deu origem ao universo “All-Star” da DC Comics. Tom Strong, Promethea, Top Ten e outros, todos tem aquele clima das HQs antigas, com até um pouco daquela ingenuidade, mas com todo o frescor das histórias atuais. Sei, as revistas podem não ser um sucesso ilimitado de vendas como os outros títulos em banca, mas mostra que ainda existe vida inteligente além dos mutantes.

:: Leve o gibi para casa!

:: MIRACLEMAN

Ele tem vários nomes: Miracleman, Marvelman e Jack Marvel. Moore pegou uma idéia enfadonha e transformou em um dos personagens mais cults dos quadrinhos. Tanto que por vários anos, Neil Gaiman e Todd McFarlane lutaram com unhas e dentes pelos direitos do personagem – e graças ao bom Deus, Gaiman ganhou. Assim como Supreme, começou com uma brincadeira com o mito de Superman, e acabou virando um universo único e se direcionando para algo totalmente incomum nos quadrinhos. Com algumas edições inéditas, grande parte dos fãs brasileiros não tiveram em mãos este material, mas seria uma boa correr atrás do prejuízo.


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