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Artigo adicionado em 23/02/2006, às 09:21

SPAMALOT – Monty Python nos palcos!
Fetchez la Can Can Dancers! Consultando o Livro de Armamentos, capítulo 42. “E criou deus seis ingleses. Seis ingleses ele criou e seis ingleses foram criados por ele. Não mais, não menos. Certa feita, os seis ingleses – que eram seis – se encontraram, e, juntos, passaram a semear a alegria e o riso. [também […]

Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


Consultando o Livro de Armamentos, capítulo 42.

“E criou deus seis ingleses. Seis ingleses ele criou e seis ingleses foram criados por ele. Não mais, não menos. Certa feita, os seis ingleses – que eram seis – se encontraram, e, juntos, passaram a semear a alegria e o riso. [também semearam uma boa dose de sutis críticas bem feitas e escondidas em doses infinitas de surrealismo e humor britânico]. E viu deus que era bom. E festejaram com música, e frutas, e lhamas, e orangotangos, e coelhos de madeira, e cavaleiros que dizem Ni, e…
E houve a ocasião em que os seis ingleses pararam de alegrar os povos e nações, e se lançaram, cada um, a projetos individuais. Gerações se foram, gerações vieram, e os seis ingleses não faziam nada. Um deles até cansou de esperar e se mandou para o reino dos céus [ou outro reino alguns andares abaixo, quem sabe].
E viu deus que não era bom. Contudo, um dos ingleses ainda granjeava o seu talento e decidiu ressuscitar uma parte do trabalho dos tempos passados, com uma peça musical chamada Spamalot. Assim a maldição divina não recaiu sobre os seis ingleses. E houve muito regozijo”.

:: OVERTURE

Menos para uma certa colunista de um tal site, que não se sentiu nada regozijada. Afinal ela não pode ir até as paragens estrangeiras assistir a essa peça de perto, já que não tem verba e nem preparo físico para encarar uma viagem a pé até a porta de um dos teatros. E ela só não se enforca em uma jaqueira por causa disso porque ainda tem a esperança de que depois desse artigo algum visitante d’A ARCA multimilionário (?) e fã de seu trabalho (????!), sabendo de sua pouco exacerbada admiração por musicais e Monty Python, lhe bancará uma viagem até um dos teatros da Broadway de Nova York, Las Vegas, ou quem sabe (ô senhor fã multimilionário, é esse aí que eu quero, ó, esse, esse!) Londres.

Mas enquanto isso não acontece e enquanto eu – é, o tempo todo estávamos falando de mim, para sua surpresa – não encontro um pé de jacas por aqui, tudo o que nos resta é procurar o álbum da peça em lojas especializadas ou em outros lugares que nossos corações mandarem. E foi o que eu fiz. E vi eu que era bom. Não, não era bom. É sensacional, é mágico, é musical, é Monty Python, é engraçado, é supercalifragilisticexpialidocious. Depois de ouvir a todas as músicas, reouvir todas as músicas, decorá-las, cantar todas elas vestida de… ok, é melhor parar por aqui – e ler as opiniões dos críticos lá de fora que tiveram a oportunidade de assistir à coisa toda ao vivo, trago com muito carinho (mas muito mais empolgação) para os leitores d’A ARCA uma matéria sobre a bem-sucedida peça, junto a uma crítica do álbum “Spamalot”. Todos prontos?

:: PRIMEIRO ATO

E essa é a deixa para aquela pessoa com o chapéu de viking sentada lá no fundo da sala levantar os dois braços e exclamar: O QUE É QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? Do que é que essa criatura está falando? O que é Monty Python? O que é Broadway? O que é Spamalot? E, em nome de todos os cavaleiros do zodíaco, o que raios significa a palavra regozijo? Mil perdões, meu camaradinha. Eu não fiz esses quatro parágrafos para ofender a sua pessoa. Por isso, faço o próximo parágrafo em sua homenagem:

Monty Python é o nome de um sexteto de comediantes ingleses que fizeram muito sucesso entre o final da década de 60 até o início da década de 80, através de um programa de humor chamado Monty Python’s Flying Circus, e de alguns longa-metragens, dos quais os mais significativos são A Vida de Brian, O Sentido da Vida e Em Busca do Cálice Sagrado. Se você nunca viu nada desses senhores, corra para a locadora mais distante (afinal provavelmente a mais próxima não terá os filmes no catálogo) e alugue uma dessas três fitas. É o mais puro e único exemplo de o que é uma comédia bem feita – talvez perdendo apenas para a legitimidade de Charles Chaplin, mas aí é oooutra história. Se você acha que tem bom gosto pra comédias, não pode perder a oportunidade de ver o trabalho desse grupo, que é sempre apontado como uma das melhores coisas que o gênero tem. Agora se você achou Vovó…Zona 2 engraçado, com licença que eu vou lá para o canto da sala chorar ao lado do Zarko.

Então, esse tal de Spamalot, a peça musical que estreou nos Estados Unidos em 2005, é baseado no primeiro longa-metragem da trupe (houve um “outro primeiro”, mas não conto nesse caso porque era apenas uma compilação dos melhores momentos da série televisiva), Em Busca do Cálice Sagrado. O enredo – que praticamente inexiste, já que se trata de uma comédia onde a falta de sentido é parte fundamental, – é uma paródia à lenda do Rei Arthur e seus cavaleiros da Távola Redonda, em sua busca pelo cálice sagrado. Claro que, por se tratar de uma comédia, nada aqui é levado a sério. Bom, é isso! ^_^ Se quiser saber um pouco mais sobre o sexteto leia aqui e aqui. E se quiser relembrar ou saber um pouco mais sobre o filme “Em Busca do Cálice Sagrado” veja aqui e aqui!

:: INTERVALO

Spamalot estreou em Nova York em fevereiro de 2005, com um investimento de 12 milhões de dólares. Para a estréia, o teatro foi transformado exteriormente em um castelo e foi criada uma edição especial de embalagem do “lanchinho” muito em moda lá nas terras anglicanas, que atende pelo nome de Spam. Aqui cabe uma explicação rápida: Spam é uma espécie de presuntada que é tema de um dos sketches mais famosos do “Monty Python’s Flying Circus”. O nome Spamalot é um trocadilho entre a palavra Camelot e a frase “Spam a Lot” (algo como Spam pra caramba), além de ser a frase final de uma das únicas músicas cantadas do filme (“we eat ham and jam and spam a lot”!).

A peça já recebeu quatro Tonys, uma espécie de Oscar do teatro: melhor musical da Broadway, melhor figurino, melhor diretor e melhor atriz de musical para Sara Ramirez. Muito parabéns, todos eles merecem. Mas como foi que tudo começou? Bem, podemos dizer que uma apresentação de Os Produtores é que foi uma das grandes culpadas por esse jubiloso acontecimento. E o responsável pela excelente adaptação foi, em primeiro lugar, um dos ex-Monty Python: Eric Idle, que é o autor e intérprete da maioria das geniais músicas presentes em boa parte da obra do grupo de comediantes.

Idle já tem o dom, é fato. E um de seus sonhos sempre foi escrever um musical. Um belo dia – veja só! – ele até chegou junto do senhor Mel Brooks e lhe sugeriu que seria muito supimpa se este fizesse uma versão para a Broadway de um antigo filme seu intitulado “Os Produtores”. Na época Brooks não topou a idéia porque não tinha certeza de que iria funcionar. Porém anos depois a gente já sabe que Mel Brooks acabou cedendo e transformou o filme em um musical divertidíssimo que inclusive foi lançado no cinema recentemente. Pois na noite de estréia adivinhe quem estava lá sentadinho e empolgado? O próprio senhor Eric Idle, que depois do show saiu do teatro com a idéia de transformar o seu “Em Busca do Cálice Sagrado” também em uma peça de teatro musical. Mas havia um empecilho: Eric Idle não é sozinho o dono do filme, e sim o grupo todo. E há uns anos atrás, todos os membros do Monty Python fizeram um acordo informal: que qualquer um deles teria o poder de veto sobre projetos que envolvessem o nome do grupo.

E Eric, o homem da música, conhecendo bem seus companheiros de equipe, tinha a intuição de que eles não iam gostar muito da sua idéia, por mais genial que ela fosse. Mas mesmo assim sua idéia acabou vencendo seu medo, e o comediante finalmente começou a criar, sem pensar nas possíveis opiniões contrárias do resto dos ex-pythons: Terry Jones, Terry Gilliam, Michael Palin, John Cleese ou mesmo do falecido Graham Chapman. Só depois de ter mais de meio caminho andado em seu projeto, Eric Idle decidiu não apenas lhes contar o que estava aprontando, mas também lhes enviar o roteiro e um punhado de músicas já gravadas no estúdio.

Mesmo estando cada um em um canto – Michael Palin, por exemplo, por aqueles tempos estava gravando seu eterno programa de viagens do BBC no Himalaia – a resposta dos quatro membros restantes foi imediata. E, melhor, positiva! Terry Gilliam e John Cleese inclusive pensaram em se envolver no projeto, mas foram muito classudos e resolveram somente assisti-lo de longe, por se tratar de uma realização pessoal do Eric Idle. E o resultado é o que você pode ver… se for até Nova York, Las Vegas ou Londres. Ou então, de uma forma mais prática e barata, ouvindo o CD.

Quem escreveu o roteiro e as músicas de Spamalot foi o próprio Eric Idle, a direção é de Mike Nichols – sim senhores, o mesmo diretor do filme Closer – Perto Demais, e os atores estão estupendos, tanto pelo que podemos ouvir nas músicas quanto pelo que diz a crítica internacional. O Rei Arthur é interpretado por Tim Curry; os papéis que eram do Michael Palin no filme são de responsabilidade de Christopher Seiber; Sir Robin e outros papéis de Eric Idle são vividos por David Hyde Pierce (ninguém menos que o Niles Crane do seriado Frasier) e Hank Azaria vive os personagens de John Cleese. Temos também Sara Ramirez como a Senhora do Lago (Lady of the Lake). Só uma notificação: esse elenco que estou escalando aqui é o que esteve até recentemente na produção de Nova York. Atualmente houveram algumas mudanças de atores e logicamente as produções inglesas e de Las Vegas terão outros atores.

E o que essa tal “Lady of the Lake” que é apenas mencionada uma vez no filme está fazendo aqui? Bem, ela é uma das mudanças que foram feitas no roteiro para adequá-lo a uma peça teatral. No geral, ambos, filme e peça são parecidos e possuem falas idênticas, mas no teatro o final é diferente e existem alguns acontecimentos modificados. Um dos exemplos é que nos palcos Lancelot e o Príncipe Herbert desenvolvem um certo relacionamento homossexual, e o sonho de Sir Robin é ir para a Broadway. Pelo que pude ver (ou, melhor dizendo, OUVIR ¬_¬) isso não atrapalhou em nada. Pelo contrário, enriqueceu ainda mais o que já era bom, até porque a interpretação premiada de Sara Ramirez é nada menos que perfeita e engraçadíssima. Alto lá: não estou dizendo que Spamalot deve ser melhor que o filme, porque nem se pode fazer uma comparação entre um e outro =).

É até estranho dizer que uma peça baseada em um filme que não é assim um graaaande sucesso cinematográfico conhecido por todas as pessoas do mundo se deu bem e sempre lota as sessões, mas existe uma boa explicação pra isso. Eric Idle e Mike Nichols não se preocuparam em agradar apenas os fãs, que, apesar de serem muitos, provavelmente não garantiriam sozinhos uma vida longa e próspera para as bilheterias de Spamalot. A peça – ou ao menos as músicas da peça ^_^ – agradam aos fãs sim, mesmo com as várias modificações que foram feitas no enredo pra se encaixar melhor a uma peça de teatro, mas também têm a capacidade de entreter qualquer leigo no assunto, principalmente porque não tem referências ao filme que possam atrapalhar sua compreensão. Porém diverte muito mais quem já tem um conhecimento prévio dos trabalhos do “Monty Python”, porque Spamalot contém uma série de referências a momentos do “Flying Circus” e de outros filmes, como “A Vida de Brian” – como já disse, são referências que não perdem a graça pra quem nunca viu nada da trupe, mas ganham muito mais magia para os fãs.

:: SEGUNDO ATO

Mas de nada adianta saber disso tudo se nós brasileiros, aqui em nossa terrinha, provavelmente nunca teremos a chance de assistir a esse espetáculo supimpa ao vivo e a cores… =/ O nosso prêmio de consolação é, então, ouvir as músicas que compõem Spamalot. E também ler uma pequena crítica do CD de cada uma das músicas mais significativas da peça faixa por faixa, que está logo aí embaixo.

O álbum começa com a tradicional afinação dos instrumentos da orquestra. Uma voz pergunta “Estão prontos?”, ao que outra voz responde “Sim”. Então… começam! Assim como no filme, aqui também é um Historiador Famoso quem narra a história (nas faixas 3, 10 e 15).

:: FAIXA 4 – Finland / Fisch Schlapping Dance

Essa é uma música já conhecida pelos fãs de “Monty Python”, sem muitas surpresas. Exceto pelo fato de que depois de todos cantarem a música, que exalta todas as qualidades da Finlândia, descobrem que a história se passa na Inglaterra, não na Finlândia.
Amostra grátis: TODOS: Finland, Finland, Finland / The country where I quite want to be / Pony trekking / Or camping / Or just watching TV / Finland, Finland, Finland / That’s the country for me!
HISTORIADOR: “I said ‘England’.
TODOS: Oh, sorry!

:: FAIXA 5 – He Is Not Dead Yet

Uma das cenas mais engraçadas do filme teve que ganhar um número musical, que, apesar de curto, é um dos mais divertidos. Na peça, quem está na cena recolhendo os mortos é o próprio Robin e quem quer se livrar do quase-morto é Lancelot – é aí que os dois se conhecem e resolvem ir se alistar no exército do rei Arthur. Essa música volta em um trechinho na faixa 9, numa paródia da música The Lumberjack Song, outra do Flying “Circus”.
Amostra grátis: LANCELOT: To kill / I will / It gives me such a thrill
ROBIN: To sing / And dance / And keep an eye on Lance
TODOS: We’re going off to war / We’ll have girlfriends by the score
PAI DO LANCELOT: We’ll be shot by Michael Moore!
TODOS: Because we’re not yet dead!

:: FAIXA 7 – Laker Girls Cheer

Na conversa que o Rei Arthur tem com o anarco-sindicalista Dennis, surge a tal Dama do Lago, que na peça é uma personagem importante, mas nessa faixa ela ainda não canta – quem canta aqui são suas “laker girls”, que, não por acaso, entoam algo como uma canção daquelas musiquinhas de líderes de torcida. Curiosidade: nessa música, depois de devidamente “recrutado”, Dennis ganha um novo nome: Sir Galahad. ^_^
Amostra grátis: ARTHUR: I am Arthur, King of the Britons / And we’re seeking men who are able. / And so we’re recruiting Dennis / To sit ant our very, very, very round table.

:: FAIXA 8 – The Song that Goes Like This

Uma música romântica entoada pelo casal principal, que começa baixinho, vai aumentando, depois muda de tom, é cantada com uma interpretação exagerada, em um cenário bem clichê e termina com um beijo. 99 por cento dos musicais têm uma música dessas, que toca pelo menos duas vezes durante a peça (ou filme). O engraçado dessa música é que a melodia é uma versão exagerada dessas músicas e a letra fala justamente sobre o quão irritantes essas canções são. Essa faixa é especialmente engraçada pros que estão mais acostumados com musicais, já que se trata de uma tiração de sarro dos clichês do gênero. Sim, essa música também toca duas vezes, é enorme e enjoativa, por querer. =D
Amostra grátis: LADY: I can’t believe there’s more
ARTHUR: It’s far too long, I’m sure
LADY: That’s the trouble with this song
AMBOS: It goes on and on and on / For this is our song that is too long!

:: FAIXA 10 – All For One

Outra música rapidinha, tocada após a apresentação de cada personagem (que no filme é feita naquele livro). Num clima bem faroeste – já deu pra sacar que os estilos de música do Spamalot são bem diversos né?
Amostra grátis: CAVALEIROS: All for one / One for all / All for one / And one for all
BEDEVERE: Some for some
GALAHAD: None for none
ROBIN: Slightly less for people we don’t like
LANCELOT: And a little bit more for me

:: FAIXA 11 – Knights of the Round Table

É CLARO que essa clássica música não poderia faltar na peça. Ao chegar em Camelot, os cavaleiros do rei Arthur se deparam com uma terra cheia de cantoria, que, na peça, é uma espécie de Las Vegas medieval. Essa faixa é enorme, e conta com a música The Knights of the Round Table já conhecida do público que viu o filme, acrescida de um número de sapateado (ai, eu venderia toda a minha coleção de CDs de musicais pra poder ver isso ao vivo ó__Ò) e da Dama do Lago cantando novamente a interminável música da faixa 8. Mas dessa vez com um diferencial: ela usa e abusa de TODOS os recursos de voz que as divas e cantoras exageradas gostam de usar em suas músicas… fica realmente hilário. E a Sara Ramirez manda muito bem, deus do céu, eu queria saber cantar como ela…
Amostra grátis: LADY: They’re Knights of the Round Table
ARTHUR: They dance whenever they’re able
LADY: They’re Knights
ARTHUR: Not days, but Knights
AMBOS: Not dawn, not dusk / Not late afternoon / But Knights of the Round Table

:: FAIXA 12 – Find Your Grail

Essa é uma música um pouquinho fora dos esquemas aqui. O único problema dela é que ela é uma tentativa de adicionar alguma mensagem pequenina que seja nessa história que é absolutamente nonsense. Mas é uma tentativa que dá certo, então está valendo. ^_^ E musicalmente é uma baladinha meio estilo décadas passadas, bem engraçada.
Amostra grátis: ARTHUR: When your life / Seems dejeffed / When we all need a lift / Tell yourself you won’t fail / Find your grail / Find your grail

:: FAIXA 13 – Run Away!

Taí a melhor música eleita por mim. Também é curta, mas é tão divertida e bem ao estilo musical clássico que me pegou de jeito. E é o encerramento do primeiro ato, geralmente encerramentos de atos são supimposos! =D Sem contar que começa com os franceses gritando “Fetchez la Vache!”, a melhor fala do filme (depois dos Cavaleiros que Dizem Ni, claro!), e mais tarde gritam “Fetchez la Cancan Dancers!”.
Amostra grátis: ARTHUR: We’re stuck in a nasty position / Why don’t you take a short intermission? / Have a drink and a pee, we’ll be back for Act Three…
LANCELOT: Two, sir!

*E então chega a hora do intervalo, com uma musiquinha muito à la videogames e uma voz absolutamente Terry Gilliana dizendo “Inter.. Mission.” *

:: FAIXA 16 – Always Look On The Bright Side of Life

Sim, essa clááássica música do “Monty Python” é de outro filme, “A Vida de Brian”, mas cá está ela muito bem encaixada e entoada pelo Patsy, um personagem bizarro. Ela se repete na última faixa com todo o elenco, e TAMBÉM tem uma seqüência de sapateado – alguém aí tem um pouco de veneno de rato? -_-
Amostra grátis: PATSY: For life is quite absurd / And death’s the final word / You must always face the curtain with a bow. / Forget about your sin – give the audience a grin / Enjoy it – it’s your last chance anyhow

:: FAIXA 17 – Brave Sir Robin

É claro que essa faixa também está aqui, interpretada pelos menestréis do “bravo” Sir Robin, com uma linda introdução em flauta!
Amostra grátis: MENESTRÉIS: When danger reared its ugly head / He bravely turned his tail and fled. / Yes, brave Sir Robin turned about / And gallantly, he chickened out. / Bravely taking to his feet, / He beat a very brave retreat / Bravest of the brave, Sir Robin.

:: FAIXA 18 – You Won’t Succeed On Broadway

Uma música enorme e, se alguém quiser achar (embora eu não ache), um tantinho politicamente incorreta, cantada pelo sir Robin – ou seja, pelo Niles Crane ^__^. É uma homenagem à Broadway e aos musicais, mas afirmando com certeza que para ser bem sucedido na Broadway você tem que fazer uma peça que contenha judeus. Senão… já era! É um número bem longo e bem típico de musicais, e termina com uma paródia de um dos números do lindo O Violinista no Telhado (que é um musical com muitos judeus).
Amostra grátis: ROBIN: So, despite your pretty lights / And naughty girls in nasty tights / And the most impressive scenery you use… / You may have dancing mana-mano / You may bring on a piano / But they will not give a damn-o / If you don’t have any Jews!

:: FAIXA 19 – Diva’s Lament

Essa faixa dá uma quebrada no CD, mas é salva pela Sara Ramirez que canta com sua ótima voz e seu dom de comediante. =) É a Dama do Lago choramingando em uma tristonha canção sobre o fato de ela ter sido simplesmente esquecida no Segundo Ato.
Amostra grátis: LADY: I might as well go to the Pub / They’ve been out searching for a shrub / Out shopping for a Bush / Well they can kiss my Tush / It seems to me they’ve really lost the plot

:: FAIXA 21 – His Name Is Lancelot

E por onde anda o Sir Lancelot? Ué, atrás do Príncipe Herbert, que na peça realmente é afeminado e trabalha com todo o primor para que Lancelot saia do armário. Na faixa anterior, Herbert tenta cantar (apesar do pai proibi-lo constantemente de fazer isso)… É extremamente engraçada e outra das minhas faixas favoritas, toda bem “disco”. Pena que é impossível existir um ator que supere o Terry Jones no papel do príncipe.
Amostra grátis: TODOS: So just say thanks a lot / And try romance, it’s hot! /Let’s find out who’s really you. / His name is Lancelot / He visits France a lot / He likes to dance a lot and dream / No one would ever know /That this outrageous pro / Bats for the other team.

:: FAIXA 22 – I’m All Alone
Quase finalizando o CD, temos aqui o Rei Arthur deprimido porque nada deu certo e ele se encontra sozinho no mundo (apesar de ter os seus cavaleiros ao seu lado). É estranhamente engraçada e bonita ao mesmo tempo. Vai entender.
Amostra grátis: REI ARTHUR: Why is there no one here with me /On the long and winding road / To lift my heavy load / If there were someone here with me / How happy I would be / But I’m alone / Quite all alone / All by myself I’m all alone

E então o show termina com aquele esquema já conhecido dos familiarizados com musicais – umas duas ou três músicas que já tocaram no meio da peça, mas dessa vez cheias de pompa: Find Your Grail e Always Look at the Bright Side of Life. Com destaque para a melhor parte, quando o pai do príncipe Herbert pára tudo e entra gritando “STOP THAT BLOODY SINGING!”. Mas antes que todos caiamos no choro por não podermos estar sentados na platéia aplaudindo e falando as falas antes da deixa dos atores, como diz-se lá fora que muitos dos fãs mais exaltados fazem em quase todas as noites de apresentação (deve ficar meio chato isso num teatro, mas suponho que eles não possam evitar… eu não poderia =D) temos aqui uma notícia boa: dizem as más línguas que o diretor Mike Nichols comentou rapidamente nos bastidores da premiação do Tony, em junho de 2005, que existe uma possibilidade de que Spamalot vire um filme. Só daqui a muitos e muitos anos, mas não deixa de ser uma possibilidade. Always look on the bright side of life *assobiando*.


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