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Artigo adicionado em 14/12/2005, às 02:06

Review: KING KONG
O Retorno do Rei! Leia mais: :: King Kong: leia a crítica do filme :: As curiosidades da superprodução de Peter Jackson :: Saiba mais sobre o filme original de 1933 Ahhh… O game baseado no filme que eu (e o Zarko, e um monte de gente) mais esperam pra esse ano… E não deixa […]

Por
Os Master


Leia mais:
:: King Kong: leia a crítica do filme
:: As curiosidades da superprodução de Peter Jackson
:: Saiba mais sobre o filme original de 1933

Ahhh… O game baseado no filme que eu (e o Zarko, e um monte de gente) mais esperam pra esse ano… E não deixa de ser um game muito esperado também. KING KONG, produzido pela francesa Ubisoft, que também nos agradou muito com as recentes versões de Prince of Persia, é um game de ação que te coloca na pele do aventureiro Jack Driscoll e nos pêlos do macacão mais famoso do cinema, e diverte bastante. E só. Felizmente, ele não existe para nada além disso, não é mesmo?

:: MACACOS ME MORDAM!

O cineasta Carl Denham está doido para realizar seu filme e consegue um mapa para a lendária Ilha da Caveira, para onde parte após conseguir achar sua atriz principal, Ann Darrow. Chegando lá, descobre monstros, nativos irritados, bichos estranhos, dinossauros e um gorila gigante. O resto você sabe. A história não é realmente o forte desse game, sendo que foi bem picotada para encaixar na ação do jogo.

O game começa com um pedaço daquele primeiro trailer do filme que abre mostrando o Empire State, e depois já joga você dentro da visão de Driscoll, atracando na ilha num barco a remo, indo de encontro ao desconhecido. A partir do momento em que toma controle das ações de Driscoll, você tem que simplesmente ir em frente, protegendo seus companheiros dos monstrengos que aparecem, abrindo portas através de quebra-cabeças simples e cenas de ação tensas e muito bacanas. Eventualmente, você irá trocar de personagem, e poderá dar asas a seus desejos destrutivos como Kong. Com ele é simplesmente pau em tudo que se mexe. Dinossauros, morcegos gigantes, tudo para proteger Ann, que normalmente está tentando se esconder. E o jogo se resume a isso mesmo. Driscoll e Kong, homem e animal, cada um da sua forma.

ENTÃO, VEJAMOS, JACK DRISCOLL…

A parte do game em que você joga com Driscoll é totalmente do ponto de vista dele, de uma maneira realista sem precedentes. Não há indicadores de energia, de munição, nem ao menos uma mísera mirazinha para indicar para onde você está apontando. Não que seja necessário. Existe uma ligeira auto aim que impede você de errar, se ao menos estiver apontando a arma pra direção certa. Quando você é ferido, a tela pisca em vermelho, e o som fica envolvido por uma música melancólica, até você se afastar do perigo e voltar ao normal. Se for ferido novamente enquanto nesse estado, morre. Quando as balas estão acabando, Jack diz quantas faltam para acabar, e quantos cartuchos ainda tem para recarregar.

O realismo está presente também no quesito “armas”. Você não pode carregar a pistola, a espingarda, a bazuca, o lançador de raios cósmicos, a arma laser do tamanho de uma casa com luzinhas de Natal brilhando, tudo ao mesmo tempo. Você só carrega UMA arma de cada vez. Jack é uma pessoa com dois braços só, diferente dos outros games de primeira pessoa em que o jogador guarda um arsenal inteiro nos bolsos. Isso pode ser um tanto irritante às vezes, mas encare como um fator de dificuldade – e um muito bem aplicado. Você encontra caixas com armas e munição enviadas por um avião pela ilha, e se não ficar desperdiçando, nunca passará necessidade. Se precisar, existem lanças e ossos pontudos em todo lugar, que podem ser usados como armas.

A interação entre os personagens, a resolução de quebra-cabeças simples envolvendo fogo e alavancas, está tudo na medida. Você pode trocar de arma com qualquer personagem a sua volta, quando quiser. Você o chama, e ele joga a arma pra você. Às vezes precisa usar alavancas ao mesmo tempo que outro personagem, e a programação dos coadjuvantes cuida disso sem problemas. Você não terá problemas com sidekicks atrapalhando, entrando na sua mira, etc. Os inimigos também tem umas atitudes bacanas junto a você. Quando um dinossauro morde a sua perna e te derruba, o que você vê é exatamente o que veria. Sua perna sendo puxada pelo dino, e você perde o controle, e tudo treme e fica frenético. É muito legal!

As cenas de ação são realmente a coisa legal da parte do Jack. Perseguição com T-Rex, hordas de dinossauros, nativos perigosos, e muito mais. Você é só um homem, e muitas vezes a sua insignificância fica aparente. Especialmente quando T-Rex tentam mastigar você. Fugir, enganar, salvar seus amigos, e tudo de uma maneira verdadeira, intrigante e dramática.

:: KONG SMASH!

Mas o que todo mundo quer mesmo é saber do Kong. E o Kong é o rei. É o cara. E ele esmaga. Como Driscoll você é um inseto tentando sobreviver, como Kong você é uma máquina de destruição, que normalmente gosta de destruir dinossauros. A cada soco, cada cabeçada, o jogo faz você perceber como aquilo deve ter doído no adversário, unindo som e efeitos de câmera pra fazer você (quase) ter pena dos T-Rex.

Como Kong, você normalmente só precisa se preocupar com que os dinos não te machuquem muito, e nem machuquem Ann. Ela normalmente está se escondendo da batalha, quando não está na mão ou no ombro do gorilão enquanto este está pulando por rochas, correndo por florestas, etc.

Essa parte do game é praticamente um beat’em all em terceira pessoa. Direta e simples, nada além de bater em coisas. No final existe, é claro, a lendária parte do macacão solto em Nova York, mas é curta demais, podendo ter sido melhor explorada.

:: VISUAL SELVAGEM

Agora vamos falar do visual. E QUE VISUAL. Novamente, temos um game maravilhoso de se olhar, que tem o dedinho do Sr Peter Jackson. Os efeitos luminosos, as animações de personagens (humanos e primatas) e de inimigos, tudo está impecável. A não ser o Lip Synch, a sincronia labial com as falas. Parece um filme dublado.

Uma coisa muito legal também é reconhecer os atores do filme. Carl Denham é a imagem e semelhança de Jack BlackNaomi Watts, embora fique estranha de alguns ângulos. Você só não vê mesmo o Adrien Brody, já que passa o game vendo tudo pelos olhos dele.

O macacão é mesmo o centro das atenções. Sua animação é completa, é bem feita e muito instigante. Em suas lutas com os T-Rex você verá, os artistas suaram para deixá-lo fantástico. E conseguiram!

Totalmente sugado das artes conceituais do filme, o cenário é lindo, comprimente, por vezes sufocante, como uma selva cheia de bichos mortíferos deveria ser mesmo. Muitas vezes o cenário é o show da vez, tão realista que assusta. Basicamente só há dois cenários no game todo: Selva e Nova York, no final. Enquanto a selva é o grande “tchan”, apresentando um design interessante mesmo sendo completamente linear de se jogar, Nova York é meio sem brilho, com um design bem chatinho.

:: SOM TRIBAL

O som também ajuda o game em seu veredito final. Os três atores mencionados reprisam seus papéis. E destaque para Jack Black. Esse cara é demais! É de longe o personagem mais legal do game. A personalidade de Black está totalmente impressa na voz do personagem, e isso é excelente. Naomi Watts faz uma Ann Darrow menos mocinha indefesa e mais corajosa, também dando um show de interpretação. Sobrou de novo pro Adrien Brody. Ele faz seu papel, mas muito pouco. Não é qualidade, é quantidade. Sua voz é quem diz se as balas estão acabando, é ele quem pergunta “Ei, você está bem?” para todo mundo, e basicamente é isso. Não faz exatamente falta, mas eu gostaria de ouvir mais um pouco de um vencedor do Oscar (e do maluquinho de “A Vila”).

A música é bem “ambiente” mesmo. Não adiciona muito ao caldo. E a música que entra quando você é ferido poderia ter tido um approach de “tensão” ao invés de melancolia. Poderia fazer você se desesperar, mas parece algo saído de alguma cena élfica de O Senhor dos Anéis.

:: ENFIM…

É uma peça de propaganda para o filme. Mas quando algo do gênero traz coisas novas à mídia, inova e cria, sempre é válido dar uma checada. Um game muito divertido na parte do homem, muito divertido na parte do gorila, e um game de ação bem competente.

Infelizmente é muito, MUITO curto. Sem falar que você já sabe o final. E se não sabe, VAI FICAR SABENDO, ou seja, se não quiser saber nada do filme, jogue o jogo só depois. Agora eu quero ver esse filme! Raios! Tenho que caçar moedinhas pra comprar minha entrada!!!


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