|
Leia mais:
:: King Kong: leia a crítica do filme
:: Saiba mais sobre o filme original de 1933
:: O macacão invade os games: leia o review do jogo
Então, finalmente chega às telonas brazucas o mais que aguardado King Kong por Peter Jackson, o mesmo indivíduo que nos entregou a fantástica trilogia O Senhor dos Anéis há alguns anos atrás. Se esta nova empreitada do cineasta conseguirá superar seu trabalho mais significativo até então, ninguém sabe. O que eu sei, pelo menos, é que “King Kong” merece todo e qualquer barulho. Não, não é exagero: o trabalho de Peter Jackson é nada menos que sublime. Finalmente os gloriosos cabeças deste website me dão uma tarefa boa, já não era sem tempo! Também, se eles não me enviassem para assistir esta bodega, eu seria capaz de cometer atrocidades! 😀
Enfim, Kong está aí, espalhado pelos cinemas de todo o Brasil, para quem quiser ver. Eu mesmo, a esta altura, já terei assistido mais duas vezes, pelo menos. Duas palavrinhas: Naomi Watts! ;-D E já que estamos todos no clima, nada mais legal do que conferir uma pancada de curiosidades bem bacaninhas sobre o longa do macacão apaixonado. Leia, divirta-se, babe e VOE para o cinema mais próximo!
– “King Kong” custou US$ 207 milhões.
– A ação de “King Kong” ambienta-se no ano de 1933, o mesmo ano de lançamento da primeira versão da história do simpático gorila.
– “King Kong” seria o primeiro projeto de Peter Jackson depois de seu bacana Os Espíritos (1996). Mas os detentores dos direitos da obra, temerosos em ceder a responsa a um diretor desconhecido, não aprovaram. Assim, Jackson embarcou nas filmagens de uma certa trilogia, usando os efeitos especiais desenvolvidos para “Kong”. Após o tremendo sucesso da cinessérie “O Senhor dos Anéis”, os caras, que não são nada bobinhos, voltaram atrás e entregaram os direitos de “King Kong” para o neozelandês sem pensar duas vezes.
– Peter Jackson, fã declaradíssimo de “King Kong”, possui uma vasta coleção de objetos raros utilizados nas filmagens do filme dos anos 30. Muitos destes objetos estão espalhados pelos cenários da nova película.
– “King Kong” seria originalmente rodado em preto-e-branco.
– Jack Black, Adrien Brody e principalmente Naomi Watts foram as primeiras e únicas escolhas para o trio de personagens centrais. Jackson chegou a declarar que, sem qualquer um deles, não haveria filme.
– Num processo semelhante ao utilizado em “O Senhor dos Anéis”, Andy Serkis (o Gollum) teve cerca de 132 sensores de captação de movimentos grudados em sua face. Seus movimentos e suas expressões faciais foram gravadas, codificadas em um microcomputador e transformadas em CGI, de modo que as feições de Serkis pudessem reger as feições de Kong. O resultado? Impressionante.
– Para compor os maneirismos de Kong, Andy Serkis estudou gorilas selvagens em Rwanda, os mesmos protegidos no passado pela falecida bióloga Dian Fossey (vivida por Sigourney Weaver na bela cinebiografia Nas Montanhas dos Gorilas, de 1988). Serkis comentou que desenvolveu uma forte ligação com uma gorila fêmea chamada Zaire, de um zoológico dos arredores de Londres.
– Kyle Chandler, que vive o galã mané Bruce Baxter, é um velho conhecido de quem é fã de carteirinha dos seriados gringos, em especial os transmitidos pela Sony. O ator é o protagonista de uma das séries mais divertidas dos anos 90, Early Edition (1996). O enredo do seriado envolve um homem que, de vez em quando, recebe de manhã um jornal… do dia seguinte. Assim, o cara corre contra o tempo para evitar que as desastrosas manchetes previstas e noticiadas no jornal aconteçam de verdade. “Early Edition” durou quatro temporadas (90 episódios) e infelizmente foi cancelada.
– O alemão Thomas Kretschmann, intérprete do destemido capitão do S. S. Venture, Englehorn, conquistou a simpatia da crítica e do público com seu papel em O Pianista, ao lado de Adrien Brody. O ator viveu recentemente um dos papéis-chave do aterrador A Queda! As Últimas Horas de Hitler.
– Jack Black e Colin Hanks (o filho de você-sabe-quem), que vivem respectivamente o cineasta e seu assistente, são grandes amigos na vida real e já trabalharam juntos em Correndo Atrás do Diploma (2002). Hanks e Black já fizeram mais um longa juntos, a comédia musical Tenacious D in: The Pick of Destiny, escrita por Black e dirigida pelo desconhecido Liam Lynch. A fita estreará no final de 2006.
– O marinheiro Jimmy, metido a valentão que passa um belo de um apuro na seqüência do estouro da manada de braquiossauros, é vivido por Jamie Bell, inglês que conquistou o mundo com seu papel-título em Billy Elliot. Bell tornou-se símbolo sexual entre as adolescentes miguxas ao protagonizar o clipe-emo da música chiclete Wake Me Up When September Ends, do Green Day.
– Voltando a “King Kong”: em certo momento do longa, o personagem de Jack Black, o cineasta Carl Denham, cogita a possibilidade de contratar um certa Fay para atuar no filme a ser rodado em Singapura, mas desiste da idéia ao lembrar que a tal Fay não estava disponível, por conta das filmagens de uma superprodução da RKO Pictures. Ele refere-se a Fay Wray, que, em 1933, assinara contrato exclusivo com a RKO para atuar na versão original de “King Kong”.
– A câmera de mão utilizada por Jack Black para rodar seu filme inacabado é uma Bell & Howell 2079, raridade que vale uma fortuna hoje em dia. O “King Kong” original foi rodado com uma câmera do mesmo modelo.
– Jack Black comentou numa recente entrevista que inspirou-se no jovem Orson Welles de Cidadão Kane para compor seu personagem.
– Muitas tomadas de “King Kong”, entre elas a cena em que Ann Darrow rouba uma maçã, outra (que só aparece no trailer) em que Denham dirige Darrow apavorada com uma ameaça invisível e também a cena final, são réplicas idênticas de tomadas do “King Kong” de 1933.
– Peter Jackson recriou no remake uma seqüência que foi rodada em 1933, mas perdeu-se na sala de montagem e nunca mais foi encontrada: a cena em que a equipe de filmagem e os tripulantes do S. S. Venture são atacados por aranhas, pernilongos e besouros gigantes.
– Durante a produção de “King Kong”, Peter Jackson desenvolveu uma espécie de diário de bordo em vídeo e disponibilizou-o no website de fãs KongIsKing.net. A cada dois ou três dias, Jackson publicava um vídeo apresentado por um membro qualquer da equipe, com detalhes do andamento da produção. Eventualmente, usuários eram convidados para enviar dúvidas e sugestões sobre a película. O endereço do website é www.kongisking.net.
– O KongIsKing.net também foi palco de uma brincadeira que animou muita gente – e assustou todo o resto: no dia 1.º de Abril de 2005 (o April Fool’s Day, ou Dia da Mentira), Peter Jackson divulgou uma falsa entrevista, na qual declarava que já iniciara a produção de duas seqüências para o filme do macacão: King Kong: Son of Kong (O Filho de Kong) e King Kong: Into the Wolf’s Lair (Na Toca do Lobo). As supostas produções, que estreariam simultaneamente em 2006, retratariam o filho de Kong lutando contra criaturas geneticamente modificadas por Hitler (?!). Seria MUITO, MUITO BOM se isto acontecesse! 😀
– Diz a lenda que Fay Wray, intérprete da primeira Ann Darrow, repudiu a idéia de “King Kong” ganhar uma refilmagem; há quem diga que Wray nunca conseguiu superar o estigma do longa que a tornou estrela, e constantemente gritava a quem quisesse ouvir que ninguém poderia viver Ann Darrow nas telas a não ser ela (?). Enfim, Wray somente cedeu e deu sua bênção ao filme de Jackson quando soube que a atriz que viveria seu personagem era Naomi Watts.
– Fay Wray chegou a assinar contrato para dar as caras em “King Kong”, num pequeno papel. Mas a atriz faleceu em 2004, aos 97 anos, pouco antes do início das filmagens.
– O chapéu utilizado por Naomi Watts durante o jantar com o personagem de Jack Black é o mesmo utilizado por Fay Wray na versão original.
– Kong é descrito no roteiro do novo longa como um gorila da altura de 7.62 metros nas pernas traseiras, exatamente metade do tamanho do macacão do primeiro filme (quase 16 metros). Em comparação a pessoas e objetos, entretanto, percebe-se que os dois gorilas são praticamente da mesma altura. Aliás, no original, é impressionante como Kong “cresce” e “encolhe” durante a projeção… Mas como a fita é beeem velhinha e na época não havia nada parecido no cinema, a gente respeita. 😉
– Os tiranossauros de “King Kong” têm três dedos nas mãos, contrariando o que a ciência afirma (dois dedos, segundo os especialistas). Esta é uma das milhares de referências ao “King Kong” original, já que os bichanos de 1933 também possuiam três dedinhos. Quando questionados sobre a estranha aparência dos dinossauros da Ilha da Caveira, os roteiristas explicaram que, na concepção do enredo, as criaturas da ilhota evoluíram 65 milhões de anos a mais do que os dinossauros que conhecemos.
– Dois modelos originais do brontossauro carnívoro do longa de 1933 foram utilizados como base para a criação de novos dinossauros da Ilha da Caveira.
– Em uma certa seqüência protagonizada por Adrien Brody, é possível ver uma placa com a inscrição “Sumatran Rat Monkey” (o macaco-rato de Sumatra). Este é o nome da criatura que espalha a maldição dos zumbis num dos longas anteriores de Peter Jackson, o clássico trash Fome Animal (1992).
– “King Kong” conta com aproximadamente 800 seqüências que utilizam miniaturas.
– O fenomenal compositor Howard Shore foi contratado para escrever a trilha de “King Kong”, mas depois de um tempo, desligou-se (ou foi desligado) do projeto. Peter Jackson alegou “diferenças criativas”, mas diz a lenda que Shore saiu por uma simples razão financeira – ele queria um salário maior. O fato é que a equipe precisou substituir o compositor às pressas; assim, James Newton Howard assumiu a arriscada tarefa, já que tinha apenas um mês e alguns dias para compor e gravar a trilha INTEIRA. Bem, eu adoro o trabalho de Howard Shore… mas a trilha composta por James Newton Howard é de cortar o coração. 🙂
– Naomi Watts é minha, ninguém tasca, eu vi primeiro. 🙂
|