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Artigo adicionado em 07/12/2005, às 09:46

AULA DE ROTEIRO 8: ESPECIAL QUADRINHOS – PARTE FINAL
Sim, o básico de quadrinhos está terminado. Claro, falta ainda o “aperfeiçoamento”… a gente chega lá! E eis que surge a terceira e última parte da aula de roteiro de como escrever histórias em quadrinhos. Pra ser sincero, esta terceira parte é só um complemento para as duas primeiras, que são mais importantes. Mesmo assim, […]

Por
Emílio "Elfo" Baraçal


E eis que surge a terceira e última parte da aula de roteiro de como escrever histórias em quadrinhos. Pra ser sincero, esta terceira parte é só um complemento para as duas primeiras, que são mais importantes. Mesmo assim, você encontrará aqui dicas valiosas de proceder na hora de colocar suas idéias para o papel.

Bom, antes de continuar, como de costume, eis logo abaixo os links das aulas anteriores:
:: Aula 1 – Os Três Lados da Mesma História
:: Aula 2 – Análise do filme THE MATRIX
:: Aula 3 – Construção de Personagens Parte 1
:: Aula 4 – Construção de Personagens Parte 2
:: Aula 5 – Estruturando o Ato I
:: Aula 6 – Especial Quadrinhos I
:: Aula 7 – Especial Quadrinhos II

Pra começar, a autoria não é, tecnicamente, minha. É que o roteirista Chuck Dixon, conhecido por escrever histórias do universo do Batman e do Justiceiro, em seu site, publicou há um bom tempo atrás o que ele próprio chama de “Os 10 Mandamentos do Roteiro de Histórias em Quadrinhos”, espécie de “leis” que ele segue à risca na hora de estruturar suas idéias no papel. O que faço nesta terceira parte é apenas traduzir tal lista, ou seja, originalmente o texto é dele e não meu. Dessa vez estou servindo apenas como uma espécie de “ponte” entre vocês e Dixon.

Agora, sem enrolação, vamos aos 10 Mandamentos:

1 – Tenha um começo forte.
Crie uma situação interessante e diferente para começar sua história. Algo que conquiste o leitor logo de imediato. Esse é o tipo de coisa que você vai pegar com o tempo, fazendo parecer cada vez menos forçado.

2 – Apenas o diálogo essencial.
Apenas use as palavras que você necessita pra mover sua história pra frente. Não abuse, não exagere, seja direto e objetivo. A cada leitura que você fizer de seu roteiro, notará certos pontos em seus diálogos que podem ser cortados ou remodelados.

3 – Apenas 3 cenas de ação por história
Uma história em quadrinhos tem 24 páginas, certo? Então 3 sequências de ação é a medida certa pra deixar sua história movimentada sem afetar demais os plots. Lembre-se: estamos contando uma história e não assistindo a um “vale-tudo” com superpoderes.

4 – Lembre-se que alguém tem que desenhar o que você escreve.
Tenha em mente pra quem você está escrevendo. Não fique criando coisas difíceis ou quase impossíveis de alguém desenhar a todo momento. Saiba das preferências de quem você trabalha. O desenhista não gosta de desenhar carros, então só os use quando extremamente necessário, por exemplo.

5 – Ache algo que seja louvável em cada personagem.
Até o Dr. Destino tem qualidades.

6 – Ache algo que seja detestável em cada personagem.
Batman pode ser arrogante demais ás vezes.

7 – Atenção às redundâncias, não descreva o que o leitor pode ver.
Se em um desenho numa página o personagem está de moto, cruzando uma ponte, não há necessidade de escrever algo como “E Jack está em sua motocicleta, cruzando a ponte o mais rápido que pode”. Isso é ridículo.

8 – Todo gibi é a primeira história de alguém.
Mantenha o ritmo da história simples, básico e fácil de entender. Nem todo mundo que lerá seu gibi é entusiasta da área. Com certeza alguém que nunca leu quadrinhos antes colocará as mãos em sua história.

9 – O último quadrinho de cada página deve fazer o leitor ter vontade de virar a página.
Crie algo entusiasmante ou misterioso no final de cada página. Isso mantém o leitor interessado.

10 – Não seja um espertalhão.
Não abuse de seus conhecimentos adquiridos na escola/faculdade (ou outra fonte) pra mostrar ao leitor o quanto você é inteligente. Ninguém paga pra ver seu “curriculum” numa história. Tudo o que o leitor quer é uma boa história. Não abuse de seus conhecimentos. Use apenas o que é necessário e ponto final.

Sim, curto e grosso. Sem frescuras ou falas difíceis. Pegue as três aulas de quadrinhos e leia, releia e releia e releia. Faça anotações. Crie suas idéias a partir dessas três aulas. Se estiver com sede de conhecimento, ok, leia as outras aulas anteriores também. Agora, você tem tudo o que é necessário para começar a escrever uma boa história em quadrinhos e… quer dizer, quase tudo. Só falta, na verdade, uma coisa: experiência.

E isso é algo que você só adquire de um jeito. Escrevendo. Então… o que está esperando? Mãos à obra, rapaz!


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