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Artigo adicionado em 19/11/2005, às 12:47

Crítica: HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO
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Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


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Finalmente chegou! Depois de meses de expectativa, finalmente chegou aos cinemas a adaptação do melhor livro da série Harry Potter (ou um dos melhores, praqueles que preferem o terceiro). É hora de tirar as vestes de Hogwarts guardadas na gaveta, ir ao cinema e aproveitar pra comprar o sexto volume da saga que acaba de ser lançada, obviamente entrando no embalo mercantil (!) do lançamento do filme. Grande evento para fãs da série e para nerds em geral. E esse parágrafo não foi escrito em vão só pra deixá-lo com os cabelos em pé querendo saber logo o que é que te espera no cinema, imagine.

O fato é que Harry Potter e o Cálice de Fogo (e me perdoem se em alguma parte dessa crítica eu acabar escrevendo Cálice Sagrado sem querer – eu e o El Cid sempre confundimos) é melhor do que qualquer outro filme que leva o nome do Harry Potter. Pronto, falei! =D É melhor, maior, mais movimentado e com ainda mais ares de superprodução que o terceiro filme, o ótimo Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Não havia dúvidas de que seria eu a escolhida para falar dessa produção, já que, juntamente ao Emílio Elfo, sou a única d’A ARCA conhecedora das aventuras do menino que sobreviveu. E lá fui eu assistir ao filme, munida de minha blusa do Chuddley Cannons e de meu ceticismo: convenhamos, ninguém gosta de nutrir grandes esperanças quando vai ver a adaptação cinematográfica de um de seus livros favoritos. E de uma coisa eu tinha certeza – de que muito do enredo ia ser cortado para caber em um filme de duas horas e quarenta. E, talvez por isso, tenha me surpreendido com o fato de que a história nem foi tão picotada assim! Foi cortada, sim, mas não foi picotada sem dó, se é que você me entende.

Bem, para quem não conhece é melhor contar um pouquinho do que se trata: Harry Potter é um jovem bruxo órfão, em seu quarto ano de estudo na escola de magia e bruxaria Hogwarts. Seus pais foram mortos quando ele ainda era um bebê, pelo bruxo das trevas mais poderoso de todos os tempos, o Voldemort. No momento em que lançou a maldição da morte em Potter, o bruxo malvadão perdeu seus poderes, e sua magia não matou o bebê. Onze anos depois o Lorde retornou para perseguir o protagonista, e passou os últimos três anos tentando voltar ao poder (para saber mais do que aconteceu anteriormente na série clique aqui). Agora, no quarto ano de Harry Potter em Hogwarts, os intentos do Lorde das Trevas parecem estar prestes a se concretizar. Muita coisa divertida acontece nesse volume, com a Copa Mundial de Quadribol reunindo bruxos de vários países, o supimpa Torneio Tribruxo trazendo alunos de outras escolas de magia para Hogwarts e tarefas complicadas, e o Baile de Inverno, quando vemos que os personagens já saíram das fraldas e viraram mocinhos. E muita coisa mais sombria acontece também, com Voldemort mais forte do que nunca: o símbolo dos Comensais da Morte, seus seguidores, é visto depois de vários anos, e Harry é misteriosamente selecionado para participar do perigoso Torneio Tribruxo sem nem ao menos ter se inscrito nem ter idade suficiente para participar.

Percebe-se então que era muita coisa mesmo para os senhores roteiristas colocarem na tela. E, no geral, a história do filme “Harry Potter e o Cálice de Fogo” é fiel ao livro, conseguindo mostrar bastante coisa, e até algumas cenas nem tão importantes mas divertidas que constam nas páginas escritas. ^_^ Mas, como disse, no geral. Falo isso antes de mais nada, porque sei como são esses fãs puristas que vagam por aí: é CLARO que alguns elementos da trama central foram mexidos. Vamos lá: esqueça de Ludo Bagman, ele não aparece. A Winky também não. Mas isso deve-se ao seguinte: a solução da trama é bastante cheia de vais-e-véns – o(a) tio(a) culpado(a) por tudo faz uma confissão ao final do livro que toma algumas páginas – o que, se fosse seguido à risca no filme, seria cansativo pra chuchu. Para que isso não acontecesse e os telespectadores não fossem bombardeados de informação nos vinte minutos finais da película, alguns detalhes foram esquecidos. Não creio que isso seja um defeito… mas posso apontar uma coisita ou duas do roteiro que pecaram um pouco: a primeira é que não há uma surpresa final. Quem conhece os livros da J.K. Rowling sabe que, de certa forma, o fim deles lembra um pouco Agatha Christie (ou, como diria o R.Pichuebas, Scooby Doo), quando um personagem descobre os mistérios que rondam toda a história e explica tudo. Só que o diretor aqui optou por mostrar pra gente desde o comecinho quem é o responsável pelos acontecimentos (e sim, atribuiu ações de um personagem a outro), o que quebrou um pouco o que deveria ser uma descoberta genial. Outro defeito grave é que as coisas acontecem muito rápido. Em um momento estamos na Copa Mundial, no outro já estamos em Hogwarts e no minuto seguinte já passamos pelas três tarefas do Torneio. Aliás, vale lembrar que o filme gira bastante em torno das tarefas do Torneio Tribruxo. A terceira prova chega com uma rapidez assustadora, e acho que isso pode deixar aqueles que não leram o livro um tanto confusos. Afora isso, a esnobação na cena do dragão é um tantinho desnecessária. Quando você assistir, entenderá o que quero dizer. Ela demora muito, e Harry Potter praticamente dá umas três voltas em torno da Terra até conseguir se desvencilhar do bichano. Isso é o que eu chamo de querer aproveitar ao máximo a equipe de efeitos especiais. O pior é que a prova do Labirinto, que devia ser muito mais explorada, não tem um pingo da emoção que devia ter, depois desse showzinho com o dragão. Pena.

Mas agora chega, acabou a parte ruim por aqui. Não desista ainda! =D O filme é ótimo! É, como já foi dito, o melhor da série! Enquanto Harry Potter e a Pedra Filosofal e Harry Potter e a Câmara Secreta eram mais infantis, o terceiro deu uma guinada e jogou uma outra visão em Hogwarts, com uma liberdade artística legal. E o quarto, enfim, teve um pouco menos de liberdade artística por não ter muito tempo, mas transformou a escola em um lugar ainda mais real – isso sem contar, claro, a produção muito mais grandiosa e os atores adultos fazendo seu trabalho bem como sempre: Alan Rickman e Maggie Smith como Snape e Minerva, respectivamente, são, como sempre, perfeitos. E tem mais, muito mais. Não é sempre que se pode ver:

– o Daniel Radcliffe muito mais adequado. Quero dizer, ok, o menino ainda continua atuando tanto quanto meu calcanhar e parece que está com frio em todas as cenas, mas melhorou bastante. A cena em que ele volta do cemitério é prova disso.

– a Hermione (Emma Watson) muito linda e trabalhando bem – e com menos jeito de “oh-meu-deus-como-eu-sou-perfeita” que no filme anterior. Ufa. Só acho que foi um erro escolher essa atriz… porque a Mione não é tão bonita e afetada quanto é na série do cinema. =D

– o Rupert Grint continuando a ser o melhor! “O melhor” não no sentido “atuacional” da coisa, já que ele não faz nada muito diferente do que fazia quando ainda era um fedelhinho no primeiro filme da série. É que ele é ruivo, e isso faz dele o melhor.

– os gêmeos Weasley (Oliver e James Phelps) FINALMENTE melhor explorados no cinema! Meus personagens favoritos precisavam de um tratamento mais legal, e, embora os atores ainda deixem bastante a desejar, ao menos eles têm muito mais falas do que já tiveram até agora. Mas ainda não estou satisfeita… o quinto filme tem que girar ainda mais em torno deles. E você sabe porquê, eu aposto! ^_^

Fleur Delacour (Clémence Poésy), Vítor Krum (Stanislav Ianevski) e Cedrico Diggory (Robert Pattinson), os novos personagens desse capítulo, de quem muita gente está ansiosa por saber mais: eles estão muito bem caracterizados. Assim como no livro, não têm muita participação e falas, e os atores são competentes. Claro que poderiam escolher uma Fleur muito mais bonita e um Cedrico melhor ator, mas eles não são nada tão trágico assim.

Rita Skeeter (Miranda Richardson) em ação. A personagem está sensacional, do figurino à atuação. Mesmo. Dá pra rir bastante da cidadã. Só que saiba que seu papel aqui é muito mais secundário que na história original.

– o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Olho Tonto Moody (Brendan Gleeson) transformando uma certa pessoa em um certo animalzinho saltitante! É sensacional! Mas se você for fã do personagem pode sentir falta de sua frase-marca-registrada: VIGILÂNCIA CONSTANTE!

– os grandões Hagrid (Robbie Coltrane) e Madame Maxime (Frances de La Tour) dançando felizes.

– os alunos de Hogwarts agindo como adolescentes reais, mais naturalmente do que nas produções anteriores. Os estudantes todos com cabelo crescidinho à la banda de rock inglesa, as meninas precisam ver, é uma beleza. *_*

– a Copa de Quadribol… que é uma cena curtíssima mas arrepiante, principalmente por passar no começo, quando os fãs bobocas como eu ainda não tiveram tempo de colocar o queixo de volta no lugar e parar de babar.

– o diretor Mike Newell, de Quatro Casamentos e Um Funeral, aproveitando o seu sangue britânico com senso de humor inerente à raça (ah, vai dizer que os ingleses não são os mais engraçados?) para colocar algumas inserções bem engraçadinhas no meio da história, explorando melhor o personagem Filch.

– e, pra completar, o Ralph Fiennes (O Jardineiro Fiel) como Voldemort! Sem nariz… ficou bastante bizarro. A cena é bem menos dark do que o descrito, mas o que importa é que não amenizaram tanto quanto eu temia. Bem, aparece sangue. E aqui um pequeno alerta: não leve seu sobrinho menor de 10 anos impressionável pra ver esse filme, não.

E a pergunta matadora é: faz jus ao livro? Ah, questão complicada. O caso é que gosto muito muito muito de “Harry Potter e o Cálice de Fogo”. Então digo que: ok, se se esforçasse um tiquinho mais faria jus, mas assim como os outros filmes da série, ainda não conseguiu ser uma espécie de Senhor dos Anéis de Peter Jackson. É fato: se os grandões lá da Warner não tivessem medo e topassem que o quarto filme fosse dividido em dois, talvez teríamos a adaptação perfeita. Mas não foi o que aconteceu. Então, de novo, estamos diante de um filme não à altura do livro, porém supimpa. Maaas… se os diretores posteriores seguirem o padrão de melhora a cada produção, as chances de vermos um Harry Potter perfeito na tela grande não são pequenas! Por enquanto esse aqui serve. Bastante bem! Todos esses defeitos que mencionei acima só estão aí pra que os fãs da saga não vão ao cinema enganados, mas não influem na qualidade do filme total. Quem sabe agora o Zarko largue de ser chato e dê um crédito às crias da J.K. Rowling. =)

Harry Potter e o Cálice de Fogo (Título original: Harry Potter and the Goblet of Fire) / Ano: 2005 / Produção: Inglaterra e Estados Unidos / Direção: Mike Newell / Roteiro: Steven Kloves, baseado no livro de J.K.Rowling / Elenco: Daniel Radcliffe, Rupert Grint, Emma Watson, Maggie Smith, Alan Rickman, Oliver Phelps, James Phelps, Clémence Poésy, Stanislav Ianevski, Robert Pattinson, Katie Leung, Robbie Coltrane/ Duração: 157 minutos.


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