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Artigo adicionado em 06/10/2005, às 11:38

Crítica: SUPER ESCOLA DE HERÓIS
Estaria eu ficando velho? Não, acho que não… :: Trailer: Super Alta | Alta | Média | Baixa :: Ficha dos personagens: clique aqui :: Veja mais vídeos do filme :: Site oficial em inglês :: Site oficial em português Estaria eu ficando velho, quer dizer, meu espírito estaria entrando no estado ranheta da velhice? […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


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Estaria eu ficando velho, quer dizer, meu espírito estaria entrando no estado ranheta da velhice? Aquele estado de quem só sabe reclamar das coisas, não notar a inocência em algumas e achar tudo uma grande porcaria, e que só no “meu tempo” tudo era espetacular? Será que filmes assim são exatamente o que as crianças gostam e querem assistir?

Sei lá, essa foi a sensação que eu tive ao assistir Super Escola de Heróis, novo filme da Walt Disney Pictures que estréia essa sexta-feira (07/10) nos cinemas brasileiros. Não que o filme seja ruim, veja bem. Mas também não sai do óbvio, do previsível. Quem assistir e sair do cinema achando que acabou de ver um filme “Sessão da Tarde”, bem… você não estará sozinho.

A história do jovem Will Stronghold (Michael Angarano, de Quase Famosos) seria igual a de qualquer adolescente norte-americano: ir para a escolha, apanhar dos valentões, babar pela linda chefe de torcida… O problema é que Will é filho dos dois maiores super-heróis já conhecidos: o Comandante (Kurt Russel, o eterno Snake Plissken dos filmes de John Carpenter, Fuga de Nova York e Fuga de Los Angeles) e a Superjato (Kelly Preston, também conhecida como Sra. John Travolta, de Santo Homem). Além disso, o mais novo membro do clã Stronghold, que acaba de passar para o ensino médio, não vai estudar em qualquer escola, e sim em Sky High, o colégio para aqueles dotados de super-poderes.

Agora imagine estar em um local com adolescente com hormônios à flor da pele, soltando rajadas de gelo, raios e se esticando para todos os lados? Agora imagine estar em um lugar desses e… não ter poder algum. Ainda por cima, saber que todos em volta esperam apenas o melhor do filho do Comandante e da Superjato. Meio complicado, né?

Com essa premissa, o diretor Mike Mitchell (de Um Gigolô Por Acidente e da série de tv Greg The Bunny) nos leva a um mundo de super-heróis tão bobo e raso que não passa de uma diversão leve para ver com a molecadinha. Para o fã de quadrinhos de super-herói, vale caçar algumas referências – como o uniforme do Comandante que lembra o muito o uniforme do Capitão Britânia, líder da equipe Excalibur, da Marvel; ou então a presença sempre espetacular de Lynda Carter, a Mulher-Maravilha do antigo seriado de tv, mostrando como continua linda aos 54 anos, interpretando a diretora Powers, a manda-chuva de Sky High.

Além de Carter, outras duas participações especiais, ainda que pequenas, valem o filme: Bruce Campbell, o eterno Ash da cinessérie Evil Dead dá as caras como o treinador Barreira, o responsável por selecionar quem serve para ser herói e quem serve para ser ajudante; e de Dave Folley e Kevin McDonald, como os professores Sr. Menino e Sr. Medula, respectivamente. Ambos já fizeram parte do famoso grupo de humor norte-americano The Kids in The Hall.

O filme tem muitos elementos interessantes, detalhes que poderiam ter sido melhor desenvolvidos. É tanto personagem que ganha destaque que mal podemos ver seu desenvolvimento ou seus poderes, usados na maioria das vezes para coisas estúpidas, como queimar a bunda de uma menina gostosa e coisas do gênero. Os poderes em si não apresentam nada de novo: lançar fogo pelas mãos, super-velocidade, se esticar feito elástico, super-força, vôo… tem até uma evolução da Hera-Venenosa (a gracinha Danielle Panabaker). Tá, tudo bem, tem um cara que o poder dele é… bem, brilhar. Tipo aquelas pulserinhas de balada, sabe? Já tem um outro que o poder é virar uma poça de, bem, meleca. E é isso.

Desde que a Pixar apareceu, justificar historinhas rasas e rasteiras como sendo “para crianças” não cola mais. Por isso, para aqueles que forem assistir, tenham a mente bem aberta e, de preferência, desligada.

:: CURIOSIDADES

– Acredito que muitos vão achar que já viram esse tal de Michael Angarano, o Will Stronghold, em algum lugar, não é? Com certeza quem já viu os extras do DVD do filme Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma vai lembrar dele: Michael foi um dos três finalistas para o papel do jovem Anakin Skywalker, e dá as caras no making of. Quem puder, veja: é o pivetinho que não pára de passar a língua nos dentes. ^_^

– Segundo outros atores que fizeram testes para o filme, os adolescentes que fazem os papéis principais no filme teriam que ter acertado fazer não apenas uma sequência, mas também uma série de tv para o canal pago Disney Channel.

– A idéia inicial era fazer Lynda Carter usar braceletes dourados como uma homenagem à Mulher-Maravilha, mas a Warner Bros., que tem os direitos sobre a personagem, não gostou nada de ver os famosos braceletes em um filme Disney, e eles acabaram sendo retirados da produção.

– A armadura de herói usada pelo ator Kurt Russell tinha um sistema de refrigeração, composto por um tubo que circulava internamente na roupa por onde passava água gelada. Coitada mesmo é da Kelly Preston, que não teve direito a essa mordomia já que sua vestimenta era muito colada ao corpo.

– Ah, sim: a ruivinha Danielle Panabaker (que interpreta a doce Layla) é uma gracinha. Uma fofura. Um amor. Sério. ^_^

Ficha técnica:
Super Escola de Heróis (Título original: Sky High) / Ano: 2005 / Produção: EUA / Direção: Mike Mitchell / Roteiro: Paul Hernandez, Robert Schooley e Mark McCorkle / Elenco: Kurt Russel, Kelly Preston, Michael Angarano, Danielle Panabaker, Mary Elizabeth Winstead, Lynda Carter, Dee Jay Daniels, Kelly Vitz, Steve Strait, Nicholas Braun / Duração: 100 min.


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