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Artigo adicionado em 02/09/2005, às 02:00

Crítica: AMOR EM JOGO
Go Sox! Go passions! Go obsessions! RULEZ!!!! =D :: Trailer: Alta | Média | Baixa :: Site oficial em português :: Site oficial em inglês Sabe aquelas histórias em que a mocinha e o mocinho se amam assaz, passam por desentendimentos e desencontros ao longo da trama, mas no final acaba tudo certo e viveram […]

Por
Os Master


:: Trailer: Alta | Média | Baixa
:: Site oficial em português
:: Site oficial em inglês

Sabe aquelas histórias em que a mocinha e o mocinho se amam assaz, passam por desentendimentos e desencontros ao longo da trama, mas no final acaba tudo certo e viveram felizes para sempre”?! Sim, aquilo que as pessoas por aí chamam de comédia romântica?! Então. Eu não sou lá grande fã desse tipo de filme. Pra ser sincera, contrariando 99% da classe feminina, eu não gosto quase nada. É muito raro ter uma que me agrade. Mas isso aconteceu com Amor em Jogo (Fever Pitch, EUA2005).

Mas é bom deixar claro aqui que esse não é aquele filme “puta-que-pariu-que-coisa-foda”, mas é bem legalzudo. Rende boas risadas e você sai do cinema com seu fígado desopilado, por assim dizer. Eu, pra falar a verdade, só gostei tanto assim do filme porque eu me vi muitíssimo no personagem principal. Mas no masculino, e não no feminino. E na maioria das vezes que você se encaixa em um dospersonagens, seja lá qual for, a propabilidade de você gostar do enredo aumenta muitíssimo. Às pessoas normais, é só mais um filme que passará como divertido, sem nada demais. Mas aos obcecados ou ex-obcecados, soará assaz familiar e despertará um interesse diferente.

Amor em Jogo conta a história de Lindsey (Drew Barrymore, de As Panteras: Detonando), uma bem-sucedida executiva, e Ben (Jimmy Fallon, de Táxi), um professor de geometria de ginásio. Depois de um zilhão de decepções amorosas eles encontram um ao outro, e acreditam enfim ter se deparado com o par-perfeito. Tudo corre incrivelmente bem até o mês de março, quando começa a temporada debeisebol, sendo que Ben é um torcedor mais do que fanático do Red Sox (um dos maiores times desse esporte lá dos EUA, localizado em Boston. Diga-se de passagem, meu muso Matt Damon é torcedor do dito cujo. Mas e daí, né?). Ben é daqueles que vivem em função do time e dos seus jogos e, devido a essa obsessão já perdeu vááááááárias namoradas. Embora no princípio isso pareça não incomodar Lindsey, com o passar dos meses, ao sentir que muita coisa seria deixada de lado emtroca de um jogo dos Sox (como festas de aniversário, viagens românticas e até mesmo um anúncio de gravidez), ela começa a notar que mesmo estando completamente apaixonada por Ben, aquele não é o tipo de amor, carinho e atenção com os quais ela se contentaria.

Aí vem aquela virada, na qual o casal-perfeito se separa. Dá aquela passada básica de tempo e eles enfim enxergam que nada no mundo é mais importante que o amor que sentem um pelo outro. Ah, que “nhui”! E aí, como não poderia deixar de ser, “vivem felizes para sempre”. Apesar de a história ser aquela coisa básica, a paixão de Ben pelo beisebol é muito bem explorada, é real, é plausível e acontece de verdade (diferentemente do que se vê em O Casamento de Romeu e Julieta). E eu me vi muito nele, mas não no sentido de ser uma maníaca por algum time. Embora tenha tido uma fase de ser Palmeirense verde, de chorar, ficar doente quando o time perdia, recortar qualquer matéria que saia no jornal e por aí vai, eu me enxerguei nele por causa da obsessão que tive em grande parte da minha vida em relação à dança. Já perdi namorados, pretendentes e uma lorota de coisas em nome da dança. Ninguém aguentava namorar uma menina que fazia 8 horas de aula por dia. Aos sábados e domingos ensaiava das 8 às 14. Aos sábados, invariavelmente, dançava todas as noites, além de algumas de sexta edomingo. Sem contar nas viagens para Joinville, Campos do Jordão, Brasília, Rio de Janeiro e por aí vai. Era dose…

Mas era a minha vida, era o que eu enxergava como mais importante e se alguém não pudesse perceber a relevância disso pra mim, então esse alguém é que não era o certo pra mim. Foi assim por anos e anos, até passar no vestibular para dança. Decidi não me mudar de cidade e fiquei por aqui. Afinal, passei a refletir melhor e percebi que seria muito difícil viver de dança nesse país, e só então comecei a enxegar que havia um mundo além dos palcos. E é isso que acontece no filme. Muitas vezes as pessoas se fecham nas suas paixões por determinada coisa e acabam deixando de viver. Eu consegui me enxergar em cada ceninha do filme e por isso gostei tanto…

Sendo assim, a gente recomenda o filme, ainda mais para quem precisa parar e refletir sobre para quê e para quem tem delegado valores em sua vida. Para quem nunca se “dedicou a nada”, é apenas mais uma comédia romântica, com a atriz bonitinha e o ator engraçadão – diga-se de passagem, Jimmy Fallon tem um humor bem diferente de todos os outros figurões desse tipo de filme, o que é ótimo. Para ver com a namorada, creio que é uma ótima pedida. Abraçadinhos, dividindo a pipoca… =D

PS1: Apenas uma constagem interessante: O roteiro do filme foi sendo escrito (na verdade editado) de acordo com os resultados da Major League Baseball, já que a vitória dos Red Sox naquele campeonato não era esperada. Nem por eles, nem por ninguém, como vocês verão nofilme. =]

PS2: Na cena final, Drew e Jimmy realmente entraram no campo, na comemoração do título. Pediram autorização para o time e, depois do final do jogo, invadiram. Quase um reality show! =D

Amor em Jogo (Fever Pitch) / Ano: 2005 / Produção: EUA / Direção: Bobby e Peter Farelly / Roteiro: Lowell Ganz (levemente inspirado no livro de Nick Hornby) / Elenco: Drew Barrymore, Jimmy Fallon, Jason Spevack, Jack Kehler, Scott Severance / Duração: 103 minutos

* Tayra é redatora do nosso site camarada JUDÃO.COM.BR


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