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Artigo adicionado em 11/08/2005, às 09:40

JANE FONDA
Definindo a vida da cultuadíssima atriz em uma única palavra: SURUBA! VEJA MAIS: :: Crítica: A Sogra Se há um único motivo para se assistir à comédia A Sogra, que estréia em boa parte dos cinemas brazucas nesta sexta-feira, 12/08, este motivo atende pelo nome de Jane Seymour Fonda, ou apenas Jane Fonda. Primeiro, porque […]

Por
Leandro "Zarko" Fernandes


VEJA MAIS:
:: Crítica:
A Sogra

Se há um único motivo para se assistir à comédia A Sogra, que estréia em boa parte dos cinemas brazucas nesta sexta-feira, 12/08, este motivo atende pelo nome de Jane Seymour Fonda, ou apenas Jane Fonda. Primeiro, porque ninguém consegue engolir mais uma comédia romântica cuja protagonista é a cantora-e-atriz-talentosa Jennifer Lopez (sim, isto foi irônico), vulgo “bundão gigante”. Segundo, porque a lendária Jane Fonda, além de simplesmente roubar o filme inteiro, encerra (pelo menos por enquanto) um período de “abstinência cinematográfica” que durou 15 anos, tempo que separa “A Sogra” de seu último trabalho como atriz, o drama Stanley & Iris, lançado em 1990. Mas não se iludam quem acredita que a atriz finalmente interrompeu sua aposentadoria de vez: ”Fiz (o papel em “A Sogra”) exclusivamente por causa do dinheiro. Quero continuar investindo em causas sociais”, ela declarou em recente entrevista. Saco.

A molecadinha mais nova sem dúvida estará com um belo ponto de interrogação neste momento. Afinal, quem é esta fulana e o que a faz assim tão fundamental? Bem, certamente os mais velhos não precisarão de qualquer explicação: Jane Fonda é apenas um dos nomes mais importantes do cinema dos anos 70 e 80, protagonizando um sem fim de longas-metragens e transitando entre a imagem de sex symbol – firmada com a clássica sci-fi Barbarella – e atriz respeitada – com trabalhos contundentes como Num Lago Dourado. Intercalando produções de variados gêneros, Jane Fonda era considerada a mais versátil atriz daquela época. Mais versátil que sua filmografia, entretanto, é sua bizarríssima vida pessoal. Vixe, a mulher já passou por cada uma! 🙂

Nascida em Nova York, em 21 de Dezembro de 1937, Jane é filha de ninguém menos que Henry Fonda, astro de Doze Homens e uma Sentença (12 Angry Men, 1957) e um dos mais importantes atores da era de ouro de Hollywood, com a socialite novaiorquina Frances Seymour Brokaw. Sua inclinação para as artes começou cedo, quando, aos 17 anos de idade, recebeu um convite do diretor Joshua Logan para participar de um espetáculo teatral chamado “The Country Girl”, em 1954. Um dos primeiros baques da vida de Jane ocorreu cinco anos antes, quando descobriu que a morte da mãe, até então um suposto “ataque cardíaco”, na verdade fora um suicídio.

A primeira aparição de Fonda nas telonas aconteceu em 1960, com a comédia Até os Fortes Vacilam (Tall Story), ao lado de Anthony Perkins. A atriz, que já era veterana dos palcos e associada ao renomado Actor’s Studio, recebeu elogios rasgados da crítica, e logo chamou a atenção dos executivos de Hollywood, que trataram de escalá-la para uma série de comédias menores, e também do cineasta francês Roger Vadim, que a chamou para trabalhar em A Ronda do Amor (La Ronde, 1964).

O relacionamento com Roger Vadim não se restringiu apenas aos trabalhos no cinema: ambos foram casados por oito anos, entre 1965 e 1973, e tiveram uma filha. Sobre esta época, Jane é categórica, conforme comenta em sua autobiografia My Life so Far, lançada recentemente. Segundo a atriz, o período em que esteve ao lado de Vadim rendeu os piores momentos de sua vida, já que o cara a forçava constantemente a participar de surubas e “colar velcro” com outras garotas. ”Às vezes eram apenas três na cama, às vezes mais. Geralmente era eu quem arrumava as garotas”, comenta a atriz, com uma sinceridade impressionante. Maridão este, hein? Botar a própria esposa no meio de “ringue de aranhas” é dose. 😛

Se a vida sexual não era lá um mar de rosas, os filmes estrelados por Fonda e dirigidos por Vadim alçaram a atriz à categoria de símbolo sexual, culminando com a divertidíssima ficção-científica “Barbarella” (1968), onde Fonda interpreta a personagem-título, uma agente que precisa impedir que uma arma ultrapotente acabe com a paz no universo em pleno século 41. Em “Barbarella”, hoje tido como cult, Fonda atuou com pesos-pesados do cinema francês, como o cultuado Ugo Tognazzi (o ator central do maravilhoso “Gaiola das Loucas”, versão original) e o mímico Marcel Marceau, e ainda nos presenteou com diversas cenas em que aparece com as coxonas de fora, além dos minúsculos e transparentes vestidos e os impressionantes decotes… ulalá!

O inferno astral de Jane Fonda continuou com força total a partir daí: em 1972, depois de atuar no clássico A Noite dos Desesperados (They Shoot Horses, Don’t They?, 1969) e grávida de sua primeira filha, Vanessa, a atriz engajou-se na política através da amiga Simone Signoret e ganhou o ódio dos patriotas americanos ao protestar violentamente contra a Guerra do Vietnã, chegando a posar para uma foto ao lado de vietnamitas preparados para explodir uma base estadunidense no lugar (fato que a fez desculper-se publicamente há algum tempo). Fonda tornou-se alvo do FBI, onde reza a lenda que a atriz possui um dossiê sobre suas atividades antibélicas de aproximadamente 20 mil páginas. Por outro lado, a carreira cinematográfica ia de vento em popa. Tanto que Fonda já era dona de um Oscar, por conta de sua fabulosa atuação como a prostituta Bree Daniels do ótimo suspense policial Klute: O Passado Condena (Klute, 1971), ao lado de Donald Sutherland.

Nos anos 80, Jane Fonda já era mais do que consagrada: participara de trabalhos elogiadíssimos pela crítica, como Adivinhe Quem Vem Para Roubar (Fun With Dick And Jane, 1976 – que atualmente está sendo refilmado); Julia (1977); Amargo Regresso (Going Home, 1978 – com a qual ganhou seu segundo Oscar); Síndrome da China (The China Syndrome, 1979), o “crássico” da Sessão da Tarde Como Eliminar Seu Chefe (Nine to Five, 1980) e principalmente Num Lago Dourado (On Golden Pound, 1981), onde atuou pela primeira vez com seu pai, Henry Fonda. Em 1985, protagonizou seu último longa digno de nota, o excelente Agnes de Deus (Agnes of God), onde interpretou uma psiquiatra que investiga um misterioso e macabro caso de assassinato em um convento. “Agnes de Deus” também é um dos últimos grandes trabalhos da saudosa Anne Bancroft.

Sua vida pessoal também parecia ter melhorado. Afinal, Fonda divorciara-se de Vadim e mantinha-se num sólido casamento com o ativista liberal Tom Hayden, com quem teve mais um filho, o ator Troy Garity, de Ladrão de Diamantes (que pelo visto herdou o talento da mãe).

Mais ou menos nesta época, surgiu a infame coleção em VHS Jane Fonda’s Workout. Sim, aqueles vídeos toscos de aeróbica protagonizados pela moça! Quem lembra-se de chegar à locadora nos anos 80 e dar de cara com aquele box tortinho com Jane em pose e figurino a la Olivia Newton-John, faça a gentileza de levantar a mão. 😀 Só faltou a música: Let’s get physical, physical, I wanna get physical, let’s get into physical…

Em 1990, depois de atuar em 41 filmes, Jane Fonda fez o que viria a ser sua última aparição nas telonas: o irregular “Stanley & Iris”, onde interpreta uma professora que faz amizade com um senhor deficiente, vivido por Robert DeNiro. Em 1991, já divorciada de Hayden e casada com o ultramilionário Ted Turner – de quem já está separada atualmente -, Fonda abandonou as telas para dedicar-se exclusivamente a projetos sociais a favor dos direitos civis e direitos da mulher. A atriz (ou ex-atriz) é membro da America’s Food Allergy & Anaphylaxis Network, centro de pesquisas de doenças alérgicas, e é sócia-fundadora da organização Georgia Campaign On Adolescent Pregnancy Prevention, para prevenir a gravidez de adolescentes. Diz a lenda que a verdadeira razão da aposentadoria de Fonda foi a pressão de Turner, que não suportava ver a mulher nas telonas. Alguém deveria ter mandado este cara procurar o que fazer, pô! 😛

Se Jane Fonda pretende retornar de vez às telas? Segundo a própria, não. A não ser, claro, que seja extremamente necessário para que ela possa continuar com seus projetos pessoais. Sendo assim, os fãs de cinema esperam profundamente que ela fique sem dinheiro novamente. Quem sabe assim não podemos ter o privilégio de vê-la novamente nas telonas, não é mesmo? 😀

:: ALGUMAS CURIOSIDADES

– Jane Fonda foi eleita pela revista Empire uma das 100 personalidades mais sexies da história do cinema.A mesma publicação a elegeu uma das 100 maiores estrelas do cinema. Outra revista especializada em filmes, a Entertainment Weekly, colocou-a na posição de número 51 de sua lista dos grandes astros de todos os tempos. Já a Première Magazine gerou a sua mesma listinha, onde Fonda ocupou a 32.ª posição.

– Além de ser filha de Henry Fonda, Jane é irmã de Peter Fonda e tia de Bridget Fonda. Ela é o resultado de uma bela mistureba: enquanto seu pai era um italiano com descendência holandesa, sua mãe era irlandesa com descendência alemã.

– Aliás, se não fosse por Jane, Henry Fonda estrelaria o clássico Jezebel (1938), com Bette Davis. Henry precisou abandonar seu papel por conta do nascimento da atriz. Jane nasceu no mesmo dia da comentadíssima estréia da primeira clássica animação da Disney, Branca de Neve e os Sete Anões.

– Jane foi presa em novembro de 1970, após agredir um policial que a flagrou carregando uma grande quantidade de anfetaminas. Todas as acusações foram retiradas em seguida, depois que descobriu-se que os remédios não passavam de vitaminas inofensivas.

– A atriz sofreu de bulimia dos 13 aos 37 anos. Segundo a própria, em certo período de sua vida, alimentava-se somente de cigarros, café e um iogurte de morango por dia. Vixe! Se fosse o Fanboy, seria Toddynho, Coca-Cola e Sucrilhos. 😀


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