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Artigo adicionado em 04/08/2005, às 01:29

Crítica: A ILHA
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Por
Paulo "Fanboy" Martini


:: Trailer 1: Tela Cheia | Alta | Média | Baixa
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Quando surgiu o aviso da exibição d’A Ilha, novo filme do diretor Michael Bay, para a imprensa, eu fui o primeiro a pedir para assistir. Na verdade, eu fui o único. Mais ninguém aqui, além de mim, estava colocando fé na nova produção do mesmo diretor da bomba Pearl Harbor e produtor do ótimo remake de O Massacre da Serra Elétrica. Além de um motivo que só revelarei no fim dessa crítica, também tinha gostado bastante dos trailers – por mais que revelassem MUITO do filme – e imaginei que seria, pelo menos, um ótimo filme de ação.

E eu estava enganado. E tive medo.

Na verdade, a premissa do filme não é ruim: vivendo em um complexo subterrâneo devido à uma suposta contaminação de nível mundial que acabou com a vida na superfície da Terra, Lincoln Six-Echo(Ewan McGregor, o Obi-Wan Kenobi de Star Wars Episódio III: A Vingança dos Sith) e Jordan Two-Delta (Scarlett Johansson, de Em Boa Companhia e Bob Esponja: O Filme), entre muitos outros, vivem com a esperança de serem selecionados para irem à “Ilha”, o único local no planeta que não foi atingido pela tal contaminação. Nesse oásis paradisíaco, os sobreviventes terão como missão continuar a vida na Terra.

De uma maneira geral, todos os “escolhidos” aceitam com orgulho tudo o que o doutor Henry Merrick (Sean Bean, o Boromir de O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel) e sua equipe dizem e fazem questão de exibir em todos os cantos do complexo. Mas as coisas saem do controle quando Lincoln começa a ter sonhos estranhos e a se questionar sobre sua natureza e sobre seu objetivo ali. E aí tudo vai pro brejo quando o cara descobre que tudo aquilo em que foi obrigado a acreditar durante toda sua vida, na verdade, é uma grande armação.

A partir daí, caos e hecatombe tomam conta do filme. Sim, todos os trailers já revelaram que, na verdade, não existe ilha nenhuma… mas, para não estragar a surpresa daqueles que não viram os vídeos, vou parar por aqui. Seja como for, como eu disse acima, o grande problema do filme não está na sua premissa, mas sim no seu desenvolvimento: é tudo muito previsível. De uma certa maneira, eu já esperava isso, mas estava torcendo para estar errado. O roteiro, desenvolvido por Caspian Tredwell-Owen, Alex Kurtzman e Roberto Orci, não instiga, e muito menos questiona a clonagem, que é o cerne da história. Isto é, a não ser a máxima “é errado fazer isso com seres humanos”, mas batida que carro de testes de colisão (afe, essa foi horrível).

E dá-lhe sequências abiloladas de ação. Achei sensacional o comentário de uma jornalista logo após o fim da exibição do filme: “a fábrica de demolição de Michael Bay”. É a mais pura verdade: quando a equipe de mercenários – comandada por Albert Laurent (Djimon Honsou, de Constantine) – consegue localizar os fujões Jordan e Lincoln, começa um festival de tiros, explosões e muita destruição, como Bay já mostrou saber fazer com “Pearl Harbor”, A Rocha, Armageddon e Bad Boys II. Tudo explode, tudo quebra, e infinitos pedacinhos voam pela tela, em tomadas espetaculares. Mas, em um determinado período, Bay chega a exagerar, principalmente na sequência do “R”. Quem ver, vai entender.

Sim, o filme tem uma direção de arte de primeira linha. Os diálogos estão críveis, e não aquela desgraça que era “Pearl Harbor”. McGregor e Johansson têm carisma e são ótimos atores, o que dá mais credibilidade aos personagens (e eu nem preciso dizer que a Scarlett Johansson é maravilhosa, né? ^_^). As participações especiais de Michael Clarke Duncan (de Sin City e Demolidor) e Steve Buscemi (o Crazy Eyes de A Herança de Mr. Deeds), mesmo curtas, são bem interessantes. E os efeitos especiais, produzidos pela Industrial Light & Magic estão realmente espetaculares (tirando a sequência da moto voadora, que ainda parece falsa. Também, eles não conseguiram resolver isso até agora, nem mesmo depois de três filmes do Harry Potter…).

Mas é isso. Um filme que não ofende ninguém, e você até pode acabar se divertindo. Mas nada que alugar o DVD, quando for lançado, não resolva.

E pensar que é esse time – Michael Bay e os roteiristas Alex Kurtzman e Roberto Orci – que vai cuidar do longa-metragem dos Transformers… POR QUE ZOMBAS DE MIM, Ó SENHOR?!?

:: CURIOSIDADES

– Este é o primeiro filme de Michael Bay que não é produzido por Jerry Bruckheimer.

– Um preview de 45 minutos chegou a ser exibido durante o Festival de Cannes.

– Antes da primeira cena de perseguição, é possível ver um carro Lexus Concept passar pela cena; esse modelo foi usado anteriormente no filme Minority Report – A Nova Lei.

– Não são apenas os atores que se ferram nas sequências de ação: durante uma cena, em que Johansson e McGregor estão fugindo dos seguranças da instalação onde vivem, um operador de câmera estava correndo junto com os atores para filmar a marcação da cena, mas tropeçou e caiu em cima da câmera, tendo graves ferimentos.

A Ilha (Título original: The Island) / Ano: 2005 / Produção: EUA / Direção: Michael Bay / Roteiro: Caspian Tredwell-Owen, Alex Kurtzman e Roberto Orci / Elenco: Ewan McGregor, Scarlett Johansson, Sean Bean, Djimon Honsou, Steve Buscemi, Michael Clarke Duncan, / Duração: 136 minutos


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