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Artigo adicionado em 31/08/2005, às 01:07

CARTOON CARTOONS
Cartoon Cartoons! *com voz de Dee Dee* Assim que eu e o Zarko cumprirmos nosso real objetivo aqui nesse site, que é, como devem saber, roubar todo o dinheiro do El Cid, do Fanboy e doR.Pichuebas e fugir para a Alemanha, deixando eles e todo o mundo nerd na sarjeta, partirei para a segunda parte […]

Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


Assim que eu e o Zarko cumprirmos nosso real objetivo aqui nesse site, que é, como devem saber, roubar todo o dinheiro do El Cid, do Fanboy e doR.Pichuebas e fugir para a Alemanha, deixando eles e todo o mundo nerd na sarjeta, partirei para a segunda parte do meu plano. Que é arranjar um emprego no Cartoon Network como roteirista, ou como desenhista, ou animadora, ou colorista, ou dubladora, ou diretora ou quiçá faxineira. Claro, sem esquecer de antes matar o Zarko e roubar a parte dele também. Por isso é que decidi escrever um artigo sobre os maravilhosos, incríveis e sensacionais Cartoon Cartoons. Assim, quem sabe, o Genndy Tartakovski lê isso aqui, vai com a minha cara e me chama para dirigir o próximo filhote da empresa…

:: COMEÇANDO DO COMEÇO

Era uma vez duas empresas. Uma chamada Hanna Barbera, que se gabava de ter sido o primeiro estúdio de animação a fazer desenhos direto para a televisão, e a outra chamada Turner Broadcasting System Inc., dona de nomes e marcas de canais de peso, como CNN, TNT e o perfeito TCM Classic Hollywood. Numa bela tarde ensolarada, TBS comprou a então quase falida Hanna-Barbera e houve muita alegria. No meio dos novos profissionais que surgiram dessa fusão estavam nomes como Craig McCracken (o criador das Meninas Super Poderosas), Seth MacFarlane (roteirista de A Vaca e o Frango, O Laboratório de Dexter e Johnny Bravo), Genndy Tartakovsky (criador e diretor de “Laboratório de Dexter”, Guerras Clônicas e Samurai Jack). Era o início dos anos 90, e esses rapazolas ainda eram tímidos e insanos seres que tinham vontade de fazer sucesso e estavam felizes simplesmente por trabalhar para a Hanna Barbera ressuscitada. Mal sabiam eles que teriam um grande futuro a partir de um acontecimento em outubro de 1992, que foi o nascimento do Cartoon Network, o primeiro canal cuja programação era totalmente composta por animação 24 horas por dia.

O que quer dizer que um canal se comprometeu a passar 1440 minutos ininterruptos de desenhos animados. E para isso era necessário, no mínimo, ter os desenhos em um acervo. E se o Cartoon Network ainda era um recém-nascido e ainda não tinha vontade própria, daonde vinha tanto material? Simples. Todos os clássicos personagens Hanna Barbera estavam lá, à sua disposição. Para melhorar, em 1995, a Turner Broadcasting se juntou a outra grande empresa, a Warner, virando uma de suas subsidiárias. Acontece que a WB também tinha sua área de animação, e, apesar de Cartoon e Warner continuarem operando separadamente até hoje, esta forneceu alguns de seus rebentos ao novo canal. Mas a grande fornecedora foi mesmo a Hanna Barbera, que, depois de um período de vacas magras, voltou a produzir desenhos exclusivos. Dois Cachorros Bobos, Swat K.A.T.S. e As Novas Aventuras de Johnny Quest foram as novas invenções do estúdio. Mas os tios do Cartoon Network queriam mais, muito mais.

Por isso, em 1995, o CN decidiu sair um pouco do já acostumado caminho das reprises e exibições de programas de seu extenso arquivo, e o presidente da Hanna-Barbera (e também diretor de criação da MTV e da Nickelodeon), Fred Seibert, criou um projeto chamado World Premiere Toon (Estréia Mundial de Toons). Seu intuito era exibir animações independentes de curta duração com novos personagens e enredos desconhecidos do público, dando maior liberdade criativa para os artistas, que tentariam buscar a mesma “fórmula mágica” dos desenhos clássicos, tais como Pica-Pau e Tom e Jerry. Foram criados 48 curta metragens com estrutura de filmes de longa duração, escritos e desenhados pelo próprio criador. Desses 48 curtas, seriam retirados os atuais e tão conhecidos Cartoon Cartoons. Sua estréia foi no dia 20 de fevereiro de 1995, com o hilário talk show do Space Ghost de Costa a Costa, um personagem que não foi criado pelos estúdios do Cartoon, mas sim reutilizado com uma certa “liberdade artística”. Foi ele quem apresentou o primeiro “World Premiere Toon”, entrevistando alguns dos novos talentos da animação que haviam criado os 48 curta-metragens. Nesse dia, conversaram com Space Ghost: Craig McCracken, Eugene Mattos, Genndy Tartakovsky, Pat Ventura e Van Partible.

E assim foi caminhando o projeto, que também ficou conhecido como What a Cartoon!, ou simplesmente WaC. Toda semana, um novo curta de um diferente artista era exibido. Logo chegou o World Premiere Toon – The Next Generation, cujo apresentador era um semi-desconhecido Johnny Bravo, com as já conhecidas criações exibidas no “WaC” anterior misturadas a outros novos originais.

Foi então que os desenhos começaram a ganhar sua carreira solo. O primeiro felizardo foi “O Laboratório de Dexter”, que estreou em abril de 1996, e chegou a ser indicado ao Emmy por melhor curta animado. Depois que o baixinho ruivo de Genndy Tartakovsky puxou a fila, outras produções foram ganhando seu lugar como série semanal: “Johnny Bravo” e “A Vaca e o Frango” em 1997, “As Meninas Superpoderosas” e Coragem – O Cão Covarde, em 1999. Também no ano de 99, foi lançada a primeira série de desenho animado de propriedade do Cartoon Network, mas que não saiu da série de curtas do “World Premiere Toon”: Du, Dudu e Edu. Essa quase véspera de ano novo foi muito boa para o canal, que no mesmo ano lançou outros originais, como Eu Sou o Máximo, Sheep na Cidade Grande e Esquadrão do Tempo. Com tanto material assim, não demorou para que essas novas animações formassem uma grande atração do Cartoon. Então, o antes conhecido como “What a Cartoon!” passou a ser chamado simplesmente de “Cartoon Cartoons”, que passa aqui no Brasil às sextas, sábados e domingos. São três horas e meia só com animações próprias, apresentadas por um dos personagens da casa.

Como com grandes poderes sempre vêm grandes responsabilidades, o Cartoon Network percebeu que deveria expandir seus negócios, criando então seu estúdio próprio. Afinal, até agora tudo vinha sendo feito sob o domínio da Hanna Barbera. O Cartoon Network Studios foi aberto em 24 de agosto de 2000, na Califórnia. Assim, as primeiras temporadas de “Johnny Bravo”, “O Laboratório de Dexter”, “As Meninas Superpoderosas” e “A Vaca e o Frango” são os últimos desenhos a ostentarem a logomarca da Hanna Barbera. Logomarca essa que deu início a uma nova era, onde apenas Cartoon Network passou a figurar como estúdio responsável por seus próprios desenhos.

Outros “Cartoon Cartoons” tiveram suas origens de forma interessante. Em 2000, o Cartoon Network organizou algo chamado The Big Pick (algo como A Grande Escolha), em que os telespectadores escolheriam o melhor dentre os desenhos que passassem no fim de semana. O que ganhasse, viraria uma série semanal como os outros escolhidos no “WaC”. A Turma do Bairro e As Terríveis Aventuras de Billy e Mandy nasceram assim.

E os estúdios do Cartoon continuam trabalhando a todo vapor, agora não mais no esquema “primeiro criamos um curta para ver no que vai dar”. Mesmo sabendo que desenhos de humor são o seu forte, nada os impediu de criar animações com um teor mais sério e com mais ação, como Samurai Jack, que não é considerado um Cartoon Cartoon exatamente por isso.

Curiosamente, existe gente que diz que os “Cartoon Cartoons” são infantis demais, mas acho isso pura e simples xaropice. Podem não ser todos, mas a grande maioria deles faz parte daquele estágio meio difícil de ser alcançado, em que o humor e a história agradam de criancinhas a criaturas mais velhas. Desde outubro de 2001, as lojas Riachuelo oferecem roupas de criança com estampas de personagens dos Cartoon Cartoons. Claro que dizem que as blusas são infantis, mas nada impede que crianças um pouco maiores não comprem o tamanho 8 infantil pra usar como modelo feminino ^_^. Ora, vai dizer que você não faz isso?

E agora com vocês…

:: OS FILHOS PRÓDIGOS DO CARTOON NETWORK

:: O LABORATÓRIO DE DEXTER
O primeiro Cartoon Cartoon oficial consta como um dos mais bem sucedidos e, na minha opinião, mais engraçados desenhos da empresa. É sobre Dexter, um garoto super gênio que tem um laboratório secreto no porão de sua casa, e tenta esconder seu segredo do resto da família: uma mãe superprotetora, um pai avoado e a irmã mais velha e bastante empolgada, Dee Dee. Outros personagens surgem de vez em quando, como o Super Macaco, em Disque M para Macaco – um macaco mutante cuidado pelo pequeno ruivo, uma sátira com um grupo de super-heróis (Os Amigos da Justiça) e Mandarke, outro garoto gênio, seu concorrente e apaixonado por sua irmã. “O Laboratório de Dexter” já ganhou um filme de uma hora especial para a TV. “Dexter” não apenas tem um roteiro magnífico, como é uma das animações mais nerds já criadas. Quero dizer, em que outro desenho podemos ver os personagens jogando RPG? A idéia para a série surgiu na mente de Genndy Tartakovsky quando ele ainda era um estudante de Artes, em 1991. Hoje, Genndy não é mais o diretor da série, pois foi cuidar de outros projetos. Quem toma conta do desenho é Chris Savino, que antes trabalhava na versão quadrinhos do personagem.

:: JOHNNY BRAVO
Johnny Bravo
é o típico ser com muita massa corporal e pouca massa encefálica. Seu maior objetivo de vida é sair por aí cantando todas as mulheres que vê pela frente. Infelizmente para ele, nenhuma parece gostar tanto assim de seu tipo, e as duas moças que lhe dão bola são, ironicamente, sua querida mãe e sua vizinha chata, que é apenas uma criança. A partir da segunda temporada, mais dois novos personagens surgiram, para dar mais material aos roteiros: seu amigo cdf, Carl, e o dono da lanchonete, Pops, que fazem parte dos poucos que conseguem suportar o incrível ego e o narcisismo de Bravo.

:: A VACA E O FRANGO
Um dos mais frenéticos e nojentos desenhos da família Cartoon, temos aqui uma família um tanto incomum, composta por um pai e uma mãe humanos (cujo tronco e cabeça somos incapazes de ver), um filho Frango e uma filha Vaca. Mas a falta de noção não pára por aí. Os episódios são tão bizarros quanto, mostrando o dia a dia de duas crianças tão normais quanto uma Vaca irmã de um Frango podem ser. O engraçado-mas-medonho Bundefora é o vilão dessa dupla, e divide a cena com outros coadjuvantes: Super Vaca (o alter-ego da bovina) e o Primo Desossado do Frango. O criador disso tudo foi David Fiess, que tem no currículo 20 anos como animador na Hanna Barbera, e passagens pelos desenhos “Tom e Jerry” e Os Jetsons, e se baseou em uma história criada para sua filha (pobre menina). “A Vaca e o Frango” foi indicada ao Emmy, e parou de ser produzida em 2001, após a quarta temporada.

:: AS MENINAS SUPERPODEROSAS
Se você não mora no meio de uma floresta pelos últimos 10 anos, dificilmente não ouviu falar dessas três super-heroínas do Cartoon. O desenho animado do canal que mais fez sucesso, e teve direito até a um filme nos cinemas, “As Meninas Superpoderosas” é sobre três meninas doces e meigas, mas que chutam bundas enquanto não estão fazendo o que meninas doces e meigas costumam fazer. As três são irmãs – Docinho é a mais irritada, Lindinha é a mais bobinha e Florzinha é a mais bem resolvida, e foram criadas em laboratório pelo Professor. A abertura do programa conta a história: esse tal professor estava tentando fabricar a menina perfeita, quando derrubou na mistura um pouco do Elemento X. Esse elemento deu superpoderes às menininhas, que então viraram heroínas e trabalham para salvar a cidade de Townsville de seus vilões maravilhosos, que vão do perfeito Macaco Loco ao famigerado Ele. Assim como os “Cartoon Cartoons” mencionados acima, “Meninas Superpoderosas” era apenas um curta independente, no caso criado por Craig McCracken, que foi submetido ao “What a Cartoon!” e ganhou seu lugar ao sol como série semanal tempos depois. Para isso, foram criados novos vilões, o narrador e novo nome – já que antes ele se chamava The Whoopass Stew Girls. O desenho chamou a atenção principalmente por inovar no visual e no tema, sendo uma paródia bem humorada de programas de ação japoneses.

:: EU SOU O MÁXIMO
O sexto Cartoon Cartoon a ser lançado, “Eu sou o Máximo”, é meio que um spin-off do já falecido “A Vaca e o Frango”. O babuíno idiota Babão e a doninha egocêntrica Máximo eram personagens desse desenho, e ganharam uma série própria, junto com o seo Bundefora. Em certa medida, ele lembra um pouco O Pinky e o Cérebro, já que traz um ser inteligente que quer se dar bem, mas é atrapalhado pelo idiota-feliz ao seu lado. Mas não é nem de longe tão legal quanto o desenho dos ratos de laboratório. Os primeiros episódios da série foram retirados de “A Vaca e o Frango”, enquanto foram criados novos capítulos para as próximas duas temporadas. O desenho foi para as cucuias em 2000, fechando nas três temporadas.

:: DU, DUDU E EDU
Três amigos perdedores que têm o mesmo nome e, assim como a grande maioria dos assim chamados “adolescentes”, não possuem um objetivo de vida muito interessante. Du é praticamente uma lhama com o dom da fala, Dudu é inteligente e Edu é o mala que quer tirar proveito de tudo e todos. Seus amiguinhos não os tratam assim tão bem quanto eles gostariam, e isso faz com que os três vivam tentando entrar nas novas brincadeiras e invenções deles, sempre com a intenção de conseguir uma moeda para comprar doces. Ok, serei chata, acho esse desenho bastante mal desenvolvido, e a única coisa que gosto nele são as cores.

:: CORAGEM, O CÃO COVARDE
Taí o desenho mais “alternativo” que já passou no Cartoon Network. Coragem é um cachorro lilás que mora junto a seus donos, o casal de velhinhos Eustácio e Muriel, numa casa em Lugar Nenhum. Todas as formas de vida mais bizarras e as situações mais estranhas sempre acontecem com eles, deixando o cachorro idiota ainda mais assustado do que já é. Mas, apesar de tudo, Coragem sempre consegue salvar a vida de seus queridos donos. E eu disse que é um desenho “alternativo” porque é incrivelmente fora do padrão, desde o visual meio apagado, misturado a cenas de filme, até a trilha sonora, que conta com bizarrices como uma ópera sinistra tocando ao fundo de uma perseguição. Para ter noção de sua qualidade, basta saber que seu primeiro episódio foi indicado ao Oscar por melhor curta animado em 1996, antes que virasse uma série no Cartoon. Infelizmente, depois de quatro temporadas, ele foi cancelado, em 2002.

:: MIKE, LU E OG
Não há muito o que falar desse sétimo Cartoon Cartoon baseado em um dos curtas do “What a Cartoon” (assim como os 6 anteriores). Nem fez muito sucesso, nem era assim tão brilhante e por isso teve vida curta. É sobre uma garota de cidade grande que vai parar em uma ilha deserta, e lá mora junto a seus habitantes, fazendo amizade com a princesa metida Lu e o legalzinho Og, dono de uma tartaruga de estimação. Sem graça? É. Por isso, durou duas temporadas, acabando em 2000.

:: SHEEP NA CIDADE GRANDE
Ok, grande quantidade de temporadas não é sinônimo de qualidade. Se fosse, “Sheep na Cidade Grande” estaria em sua 42ª temporada. Bem, ao menos para mim, que era a maior fã do carneiro e seus roteiros totalmente nonsense e que entrei em desespero quando descobri que ele havia sido cancelado. Só para se ter uma idéia, o roteiro gira em torno de um carneiro que se perdeu na cidade grande, é apaixonado por uma poodle e é perseguido por um General que quer raptá-lo para usá-lo em sua máquina de raios laser movida a carneiros. Seguindo o mesmo esquema das “Meninas Superpoderosas”, o desenho possui um narrador – que, no caso, aparece na tela e discute com os personagens. Para melhorar, ainda conta com programas e propagandas absurdas surgindo no meio dos episódios. Mas, como tudo que é bom, durou pouco e acabou na segunda temporada, em 2002. Seu criador é Mo Willems, um tio que trabalhou na Vila Sésamo.

::ESQUADRÃO DO TEMPO
Mostrando que o Cartoon Network não estava em uma boa fase criativa, esse foi outro show que durou apenas duas temporadas. Ele narra as aventuras de um menino conhecedor de História, um homem bom em matéria de força bruta e um robô que viajam no tempo tentando corrigir erros no passado. Embora a premissa seja engraçada, mostrando, por exemplo, um Mozart revoltado querendo se dedicar ao boxe e não à música, não foi muito bem explorada. Afinal, com tantos desenhos no mesmo estilo, como Carmen Sandiego, é mais ou menos um Vale a Pena Ver de Novo, que acabou em 2003.

:: JONAS, O ROBÔ
Mais um desastre para a reputação dos “Cartoon Cartoons”, Jonas, O Robô é um desenho sem sal nem açúcar, que mostra a vida de um garoto que seria normal, não fosse o fato de ser um robô. E não um robô como qualquer outro. Em vez de ter sido criado para ser um trabalhador braçal, o menino foi feito especialmente para lidar com gente. Ele foi escolhido pelos telespectadores no “Big Pick”, em 2000 e também durou apenas duas temporadas.

:: MAL ENCARNADO
Mal Encarnado
nasceu junto a outro desenho, “As Terríveis Aventuras de Billy e Mandy” (do qual vou falar logo ali embaixo). Os dois eram reunidos em uma animação só, que foi outra vencedora do “Big Pick” de 2000. Foram lançados em 2001 e continuaram juntos até 2003, quando seus autores resolveram separá-los.”Billy e Mandy” continuou vivo da silva, enquanto “Mal Encarnado” foi cancelado logo na primeira temporada. Ele conta a história de Heitor Ado. Usemos as palavras do próprio dublador do personagem, Mauro Ramos: “Heitor Ado é um ditador sul-americano que perde o corpo em um acidente e são colocados, para continuar vivendo, seu cérebro e estômago em bolhas de animação, utilizando-se um urso completamente idiota como fonte vital para a sobrevivência dos órgãos em questão”. Mesmo um pouco debilitado, ele continua em seus esforços para conquistar o mundo. Peninha que foi cancelado tão prematuramente.

:: AS TERRÍVEIS AVENTURAS DE BILLY E MANDY
O feliz Billy e a sarcástica Mandy são duas crianças que fazem amizade com uma criatura um tanto inusitada – a Morte. A história dessa amizade é bastante bizarra: o hamster de Billy está correndo risco de vida, e a Morte vem buscá-lo. Mandy então lhe propõe um jogo. Se o ceifador ganhar o jogo, poderá levar embora o rato e seu dono. Se perder, deverá virar seu melhor amigo. Para todo o sempre. Mandy ganha o jogo… e, consequentemente, um novo amiguinho. Depois da separação entre “Billy e Mandy” e “Mal Encarnado”, o primeiro sobreviveu durante mais uma temporada.

:: A TURMA DO BAIRRO
Cinco crianças que lutam para salvar o mundo dos cínicos, chatos e deprimentes adultos. Essa é a missão da Turma do Bairro, que vive preparando planos empolgados para resolver seus problemas. Cada um tem sua função e personalidade, e todos juntos elaboram poderosos mecanismos para salvarem sua pele e defenderem os direitos das crianças do mundo. Esse foi o mais bem sucedido desenho escolhido em um “Big Pick” (o de 2003), está sendo produzido ainda, e isso é bom para não desanimar seu criador, que foi o criador do injustiçado “Sheep na Cidade Grande”. Resta saber se o público adulto vê com bons olhos essa “discriminação”. ^_^ Acredito que não, já que adultos que vêem animação ainda não sucumbiram ao lado negro do mundo das “gentes grandes”.

:: MANSÃO FOSTER PARA AMIGOS IMAGINÁRIOS
Lançado aqui no Brasil no começo do ano com um grande oba-oba, Mansão Foster é uma das melhores coisas que o Cartoon fez recentemente. Do mesmo criador das “Meninas Superpoderosas”, ele tem uma premissa muito criativa, e um visual simplesmente impecável. Mac é um menino que está crescendo e é aconselhado pela sua mãe, que o acha muito grande para ter amigos imaginários. Então, ele recorre à Madame Foster, dona de uma Mansão que acolhe amigos invisíveis de crianças que os abandonam e os fornece para adoção. O menino deixa seu amigo Blu por lá, e pede para a dona não deixar que ninguém o adote, com a condição de que ele continue visitando seu amiguinho diariamente. Os personagens têm visuais e personalidades muito bem pensados, como a ave que bota coisas estranhas e o feliz bichinho mutilado.

:: MEGAS XLR
Outra animação que tem a ver com o universo nerd, Megas XLR fala sobre dois fãs de videogame: o “fazedor de tunning” e desencanado Cara, e seu amigo perfeito Jaime. “Megas XLR” foi lançado em junho de 2004, e é a 15ª criação exclusiva do Cartoon Network. Tudo melhora para o Cara quando ele encontra, jogado em um Ferro Velho, um robô alienígena gigante. Ele adiciona uns motores aqui, faz uns consertinhos ali, e pronto: tem o “carro” dos seus sonhos. Ao botar esse estranho meio de transporte na estrada, e começar a andar pelos States em um robô gigante, ele atrai a atenção de alienígenas que querem destruí-lo, porque sabem que Megas (o nome do robô de Cara) é um robô do futuro, feito para lutar. Para poder continuar dirigindo seu “bichinho” pelas ruas sem ser incomodado por aliens, Cara conta com a ajuda de seu amigo perfeito (Jaime), de seu mecânico (Goat) e de Kiva, uma das responsáveis pela construção de Megas. “Megas XLR” foi criado por dois estudantes de Artes – George Krstic e Jody Schaeffer, quando ambos estavam jogando videogame. Em uma entrevista para a imprensa na divulgação do desenho nos EUA, Schaeffer disse: “Nós dissemos: não seria legal se fizéssemos um desenho sobre um cara que usa sua experiência como gamer para pilotar um robô gigante? Basicamente, com isso estávamos comprovando nossa própria falta de vida”.

:: HI HI PUFFY AMIYUMI
Mais uma prova da dominação universal japonesa sobre a cultura pop (tá, é brincadeira, antes que alguém aí queira me ameaçar de morte), essa animação é baseada na vida de duas famosas cantoras japonesas, Ami e Yumi. Narra as emoções de gente que sai em turnê para apresentar shows e conviver com agentes, fãs e agendas lotadas. Ami é a feliz e saltitante, enquanto Yumi é a mal humorada e pessimista. Enquanto as bonitinhas personagens aparecem na versão desenho, de vez em quando as cantoras em carne e osso também fazem sua participação especial na série. “Amiyumi” não é feita pelo Cartoon Network Studios, mas foi desenvolvida especialmente para o canal, entrando então no seu quadro de “desenhos originais”.


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