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Artigo adicionado em 28/07/2005, às 10:36

ROBERT RODRIGUEZ
Todo o talento e determinação de um dos grandes diretores da nova geração LEIA MAIS: :: Crítica: Sin City – A Cidade do Pecado :: Sin City – O Filme: curiosidades sobre a produção :: Conheça as grandes cidades das HQs :: Saiba mais sobre cinema noir :: Ídalos: Frank Miller Tudo começou assim: o […]

Por
Bruno "Benício" Fernandes


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Tudo começou assim: o ano era 1981. O filme era Fuga de Nova York, um dos clássicos de John Carpenter. Assistindo a esta fita, um bando de garotos texanos disseram “Eu posso fazer isso”. Um deles, 12 anos, no entanto, foi ainda mais longe: “Eu FAREI isso! Eu farei cinema!”.

Essas palavras eram de um menino chamado Robert Anthony Rodriguez ou, para nós, simplesmente Robert Rodriguez, o diretor/produtor/editor/compositor e – por que não? – ator que ficou conhecido por fazer bons filmes com um orçamento curtíssimo.

:: FAMÍLIA DE PROPORÇÕES GIGANTESCAS!

Robert Rodriguez nasceu em 20 de junho de 1968 na cidade de San Antonio, Texas. É o terceiro de DEZ filhos do casal Cecilio e Rebecca Rodriguez e sempre teve grande interesse em desenhar e também em trabalhar com cinema desde pequeno.

Apesar do hábito saudável que o pequeno Robert passou a cultivar, sua mãe ficou apreensiva com os filmes maçantes que começaram a aparecer nos anos 70. Por isso, levava seu filho para umas visitas semanais ao Olmos Theatre, famoso cinema de San Antonio que exibia os clássicos de Hollywood. E Rodriguez embarcou numa viagem ao glamour da Era de Ouro, indo dos filmes mudos de Charles Chaplin e Buster Keaton ao faroeste-espaguete de Sergio Leone.

:: LUZ, CÂMERA, AÇÃO!

Com uma bagagem cinematográfica adquirida tão cedo, não demorou para que Rodriguez encontrasse uma velha Super-8 e começasse seus filmes. Os gêneros eram os diferentes possíveis (ação, terror, ficção científica, drama…) e sempre tendo a sua própria família como estrela das produções. O cineasta também chegou a fazer animação em stop-motion nessa mesma época.

Na passagem dos anos 70 para os 80, o pai de Rodriguez, que era vendedor, apareceu em casa com uma novidade. Era um vídeocassete. E como presente, o fabricante enviou junto uma câmera de video. Com esse equipamento em mãos, não tinha ninguém que fizesse Robert parar de filmar.

Conhecido na vizinhança como “o garoto que faz filmes”, Rodriguez deixava os amiguinhos na ansiedade para serem escalados a integrar o elenco de sua próxima produção caseira. Seu desempenho e desenvolvimento pessoal era tão bom com a câmera que seus professores de escola permitiam que ele fizesse os trabalhos escolares em forma de filme.

:: PROFISSIONALIZAÇÃO

Depois de uma dificultosa entrada na Universidade do Texas, em Austin, graças às suas notas baixas, Rodriguez provou que poderia ingressar no curso de cinema através da trilogia entitulada Austin Stories, estrelada por seus irmãos. Foi também na faculdade que Rodriguez mostrou outro de seus dotes: o desenho. Los Hoolingans era uma tirinha em quadrinhos baseada em seus irmãos e irmãs que ele produzia para o jornal da universidade.

No ano de 1990, Rodriguez se casa com a venezuelana Elibeth Avellan, com quem fundou sua produtora, a Troublemaker Studios – e com quem divide cama, mesa e banho até hoje.

Após a faculdade, Rodriguez faz seu primeiro trabalho profissional. O curta Bedhead (Idem – 1991) foi reconhecido positivamente e apresentado em vários festivais nacionais e internacionais, premiado em muitos deles. Mas o melhor estaria por vir.

:: LOUCURA PELA 7ª ARTE

Com o início de seu reconhecimento nos festivais, Rodriguez cometeu uma das maiores loucuras pela profissão: ofereceu-se como cobaia para um laboratório, no qual fizeram experimentos com drogas em seu corpo. O resultado foram sete mil dólares, que se transformaram em El Mariachi (Idem – 1993), seu primeiro longa, que ele planejava vender no mercado mexicano de vídeo.

Mas antes que essa idéia se concretizasse, o cara conseguiu algo ainda melhor. Era um contrato com a Columbia Pictures pelos direitos de distribuição do filme e ainda mais dois anos de exclusividade em roteiro e direção.

Logo de cara, “El Mariachi” já conquistaria a simpatia de público e crítica no festival de cinema independente de Sundance, no qual faturou o prêmio de melhor drama, além de dar a cara em outros outros festivais ao redor do mundo, como Berlim, Munique, Edinburgo, Deauville e Yubari.

Robert Rodriguez transformou “El Mariachi” no filme de orçamento mais baixo distribuído por um grande estúdio e o 1º filme americano distribuído em idioma espanhol.

Após os feitos cinematográficos, o texano se interessa pela TV com Roadracers (Idem – 1994), estrelado por David Arquette e sua eterna musa Salma Hayek. Logo depois, a paixão pelas telonas falou mais alto e ele voltaria como diretor da terceira das quatro histórias que compõem o ótimo O Grande Hotel (Four Rooms – 1995), dessa vez estrelado por seu ator favorito: Antonio Banderas.

Nesse mesmo ano, Rodriguez faz seu maior filme até hoje: A Balada do Pistoleiro (Desperado – 1995), uma espécie de sequência de El Mariachi, protagonizada por Banderas e Hayek, que estourou as bilheterias, e mais uma vez com um orçamento baixo: 7 milhões de dólares, contra os nababescos 100 milhões de produções medianas da mesma época como Batman Forever (ECA!) e 007 Contra Goldeneye. Vale lembrar que também foi nesse filme que Rodriguez começou com seu “mal do mesmo elenco”, colocando Cheech Marin e Danny Trejo neste e em todos os seus outros filmes.

Durante as fimagens de “O Grande Hotel”, Rodriguez conheceu Quentin Tarantino, que dirigia uma das histórias do filme. De lá pra cá, os dois se tornaram grandes amigos – tanto é que que Tarantino estrela, junto com George Clooney, o vampiresco Um Drink no Inferno (From Dusk Till Dawn – 1996), com direção do texano e roteiro do diretor de “Cães de Aluguel”. Além dos dois, o filme ainda tinha Harvey Keitel, Juliette Lewis, Salma Hayek e, é claro, Cheech Marin e Danny Trejo.

Saindo do gênero terror, Rodriguez ainda experimentou o sci-fi adolescente com o fraco A Prova Final (The Faculty – 1998) com roteiro de Kevin Williamson (Pânico 1, 2, 3…) e estrelado por Elijah Wood e Josh Hartnett. Depois de três anos de descanso, o retorno ao cinema se daria dirigindo um tipo de ator com o qual ele já havia trabalhado em “O Grande Hotel”: crianças! Pequenos Espiões (Spy Kids – 2001), o filme família de grande sucesso, mostrava um casal de irmãos que tinham que salvar seus pais, que eram espiões. No elenco as crianças, Alexa Vega e Daryl Sabara, além de Banderas e Carla Gugino como seus pais e Alan Cumming, Tony Shalhoub… e, como sempre, Marin e Trejo.

Em 2002, ele continuou com as aventuras da família Cortez em Pequenos Espiões – A Ilha dos Sonhos Perdidos (Spy Kids – Island of Lost Dreams), com Ricardo Montalban, e no ano seguinte também, com Pequenos Espiões 3D – Game Over (Spy Kids 3D – Game Over) com Sylvester Stallone também no elenco, fechando assim uma trilogia (será?).

Com o fim de uma, Rodriguez decide encerrar outra trilogia e traz o pistoleiro Banderas de volta em Era Uma Vez no México (Once Upon a Time in Mexico – 2003) com o mesmo elenco do segundo filme e ainda um impagável Johnny Depp, Willem Dafoe, Mickey Rourke e Enrique Iglesias (sim, o filho do Julio).

E finalmente nesse ano, o texano voltou de mais um longo descanso com um projeto corajoso: passar para a telona a cultuada série de quadrinhos do mestre Frank Miller: Sin City (Idem – 2005). Ao mesmo tempo, ele volta às aventuras infantis com o tenebroso As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl em 3D (The Adventures of Sharkboy And Lavagirl in 3D – 2005), que tem roteiro de ninguém menos que Racer Rodriguez, seu filho – pois é, o que não fazemos pelos nossos pivetes…

E agora, sem mais descansos de dois anos a cada dois filmes que faz, nosso querido texano, que faz o milagre da multiplicaçao dos dólares, já está com Sin City 2 engatilhado para o ano que vem. É esperar que ele continue em ascenção… e pare de vez de querer satisfazer os caprichos dos filhos.

:: CURIOSIDADES

– Sua produtora, a Troublemaker Studios, começou com o nome de Los Hooligans;

– Rodriguez tem 4 filhos e mais um a caminho. Três dos seus filhos atendem por Racer (“Piloto de Corridas’) Rodriguez, Rocket (“Foguete”) Valentin e Rebel (“Rebelde”) Antonio;

– O ator Danny Trejo, que está sempre em seus filmes, é primo de Rodriguez;

– Rodriguez produziu a trilha sonora de Kill Bill Vol. 2 (Idem – 2004) pelo preço simbólico de 1 dólar;

– Robert Rodriguez, além de dirigir filmes, também faz parte da banda Chingon, que canta nos créditos de “Kill Bill Vol. 2”;

– Salma Hayek é a madrinha de seus filhos;

George Lucas e Quentin Tarantino são alguns de seus melhores amigos;

– O nerd-mor Kevin Smith ofereceu a direção de Dogma (Idem – 1999) para ele. Rodriguez não aceitou, alegando ser um projeto pessoal de Smith e que, portanto, quem deveria dirigir o filme era o próprio;

– Foi diretor assistente em Pulp Fiction;

– Montou uma Orquestra Sinfônica na garagem para a gravação da trilha sonora de “Pequenos Espiões – A Ilha dos Sonhos”.


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