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Artigo adicionado em 06/07/2005, às 11:06

ADAPTAÇÕES DE QUADRINHOS DAS QUAIS (QUASE) TODO MUNDO ESQUECE
Ou você achou que o universo girava ao redor da Marvel e da DC? 😛 Depois que Blade e, mais tarde, o Homem-Aranha ganharam com sucesso as telonas do mundo todo, virou lugar comum falar das adaptações cinematográficas de obras oriundas do mundo dos gibis. A lista é enorme, cheia de erros e acertos: X-Men […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


Depois que Blade e, mais tarde, o Homem-Aranha ganharam com sucesso as telonas do mundo todo, virou lugar comum falar das adaptações cinematográficas de obras oriundas do mundo dos gibis. A lista é enorme, cheia de erros e acertos: X-Men 1 e 2, Hulk, Demolidor, Elektra, Batman Begins, Superman, Justiceiro, Hellboy, Sin City, Mulher-Gato, Constantine, A Liga Extraordinária, Do Inferno e até os vindouros V de Vingança, Motoqueiro Fantasma e, mais recentemente, Quarteto Fantástico.

No entanto, é um erro pensar que este é um expediente relativamente recente em Hollywood – afinal, gibis já vem sendo transportados para a sétima arte desde a década de 40! E olha que eu não estou falando dos serials que invadiram as salas de cinema naquela época, conforme muitíssimo bem explicado pelo Zarko neste link. Não, não, eu me refiro a longas-metragem mesmo – estrelados, inclusive, por nomes como Buster Keaton (óia!).

Outro erro muito comum é pensar em “histórias em quadrinhos” como sendo apenas e tão somente “super-heróis turbinados da Marvel e da DC”. Nops. Ou você aí já esqueceu que Garfield é uma história em quadrinhos criada pelo genial Jim Davis? Sabias que A History of Violence, o novo projeto de David Cronenberg, é baseado numa graphic novel do selo Paradox Press, escrita por John Wagner (“Judge Dreed”)? Pois é…

Para refrescar a sua memória e também apresentar algumas coisas que vão te deixar com aquela expressão de “Jura????” no meio da cara, nós compilamos esta singela listinha de esquecidos filmes baseados em quadrinhos. Não são todos, é claro, mas digamos que são os principais. E olha que já deu trabalho desenterrar certas coisas aqui. Vamos a eles, em ordem cronológica:

ANNIE, A PEQUENA ÓRFÃ (1932)
Diretor: John S. Robertson
Elenco: Mitzi Green (Annie), Buster Phelps (Mickey), May Robson (Mrs. Stewart), Matt Moore (Dr. Griffiths), Edgar Kennedy (Daddy Warbucks).
Do que se trata: Deixada na porta de um orfanato, a adorável Annie tem que lutar contra os maus-tratos da terrível Senhora Ashtman, administradora do lugar, até ser adotada pelo milionário Warbucks. Outrora carrancudo e mal-humorado, ele acaba dobrado pelo amor da menina e ajuda a procurar seus verdadeiros pais.
Sobre o filme: Versão absolutamente impecável e cheia de carisma, cortesia de um diretor conhecido por seus trabalhos com cinema mudo. E tem até uma sequência de animação para ilustrar um sonho da menina. Muito bonitinho.
Curiosidades: Cinquenta anos depois, em 82, Annie ganhou uma nova versão – um musical com Tim Curry e Albert Finney. O diretor era ninguém menos do que John Huston, de “O Falcão Maltês”.
Eu devo assistir? Por mais que você não goste, é praticamente uma obrigação de fã de cinema ver isso.

FERDINANDO BUSCAPÉ (1940)
Diretor: Albert S. Rogell
Elenco: Jeff York (Ferdinando), Martha O’Driscoll (Violeta), Mona Ray (Mamãe Chulipa), Johnnie Morris (Papai), Buster Keaton (Lonesome Polecat).
Do que se trata: Simplesmente uma das obras-primas de Al Capp, narrava a rotina dos moradores da simpática Brejo Seco, um vilarejo rural cujo principal acontecimento era o Dia da Maria Cebola, no qual as solteironas desesperadas corriam atrás de um marido – especialmente o desejado solteirão bonitoso Ferdinando. Cá entre nós, na verdade tudo isso era só pano de fundo para Capp destilar seu veneno e satirizar, de maneira ácida e única, a situação política e social dos Estados Unidos. Ninguém escapava.
Sobre o filme: Dizem os críticos americanos das antigas que tratava-se de uma adaptação um tanto embaraçosa, com um humor simplista e politicamente correto, tentando não atingir ninguém no meio do processo…
Curiosidades: “Ferdinando” teve uma outra versão para os cinemas, em 59, que trazia a bela Julie Newmar (a mais clássica Mulher-Gato do seriado sessentista do Batman). Infelizmente, dizem por aí que ela era pior do que a anterior…
Eu devo assistir? Claro, meu! Aliás, se você conseguir encontrar esta fita, faz uma cópia pra mim?

PRÍNCIPE VALENTE (1954)
Diretor: Henry Hathaway
Elenco: Robert Wagner (Príncipe Valente), James Mason (Sir Brack), Janet Leigh (Princesa Aleta), Debra Paget (Ilene), Sterling Hayden (Sir Gawain).
Do que se trata: Clássicos dos clássicos, obra prima de Harold Foster, considerado um dos primeiros ilustradores a trazer o estilo clássico para os quadrinhos. Os cenários, os figurinos, tudo era majestoso e tinha uma estonteante riqueza de detalhes. E não tinha balões: tudo era contado em quadros de narrador. Valiant (nome original do personagem) era escudeiro de Sir Gaiwan, cavaleiro do Rei Artur, mas disputou suas primeiras batalhas, que lhe valeram o título de cavaleiro, já durante as invasões saxônicas à Inglaterra. A partir de então, o herói viveu aventuras em todas as importantes odisséias da Europa do século V.
Sobre o filme: Na telona, Valiant se torna cavaleiro da Távola Redonda e parte contra o Cavaleiro Negro, que quer atacar sua terra natal, a Escandinávia – onde nosso Príncipe quer restaurar a grandiosidade de sua família.
Curiosidades: Primo Carnera, o ex-campeão de boxe italiano, faz uma ponta como o vilão Sligon, na qual não diz uma única palavra.
Eu devo assistir? Crássico absoluto, ideal para quem curte cavalaria e Idade Média. By the way: o Príncipe Valente teria ainda outras duas versões – uma série de desenhos animados em 91 e uma nova (e constrangedora) versão cinematográfica em 97.

MODESTY BLAISE (1966)
Diretor: Joseph Losey
Elenco: Monica Vitti (Modesty Blaise), Terence Stamp (Willie Garvin), Dirk Bogarde (Gabriel), Harry Andrews (Tarrant), Michael Craig (Paul).
Do que se trata: Modesty Blaise, mulher poderosa que outrora foi a cabeça de uma organização criminosa conhecida como “The Network”, vive em um moderno apartamento em Londres. Embora aposentada, ela e o parceiro Willie Garvin se metem constantemente em aventuras que, geralmente, envolvem conflitos com alguma nefasta mente criminosa. É claro que boa parte deste envolvimento vem por parte de Sir Gerald Tarrant, amigo próximo de ambos e oficial graduado da Inteligência Britânica, que conta com a ajuda desta agente secreta por hobbie para salvar o país.
Sobre o filme: A Grã-Bretanha está dando 50 milhões em diamantes para um sheik do Oriente Médio em troca de concessões de petróleo. Mas existem rumores sobre Gabriel, arqui-inimigo de Modesty, entrar em ação para roubar as pedras. Então, ela e Willie atendem ao chamado da Coroa britânica e entram em ação.
Curiosidades: Peter O’Donnell, criador da personagem, escreveu o roteiro do filme e, na mesma época, o transformou em um livro. No fim das contas, o roteiro do filme acabou sendo tão modificado que a película e sua versão impressa são produtos radicalmente diferentes..
Eu devo assistir? Uma espécie de James Bond com o visual camp do Austin Powers…mas, desta vez, autêntico. E com saias curtas, é claro. Vale experimentar. Modesty Blaise ganhou ainda mais duas versões: uma direto para a TV, em 82, e outra diretamente para vídeo, em 2003, que conta os primeiros anos da vida de Modesty até chegar ao controle da Network.

PERIGO: DIABOLIK (1968)
Diretor: Mario Bava
Elenco: John Phillip Law (Diabolik), Marisa Mell (Eva Kant), Michel Piccoli (Inspetor Ginko), Adolfo Celi (Ralph Valmont), Claudio Gora (Chefe de Polícia).
Do que se trata: Criado em 62 pelas irmãs italianas Luciana e Cláudia Giussani, Diabolik não é um herói. Na verdade, é um ladrão frio, calculista e sem medo de matar. Especializado em furtar jóias, é inimigo jurado do inspetor Ginko e está sempre ao lado de sua parceira e amante Eva Kant. Difícil imaginar o calhorda vencendo o bonzinho? Pois é, neste fumetti (nome dos quadrinhos na Itália) era assim.
Sobre o filme: Vamos repassar: Diabolik vive num país fictício da Europa, ao lado de Eva Kant, em uma enorme e extravagante mansão e dormindo numa cama de dinheiro. Ele mata pessoas inocentes e rouba bilhões do governo. E…ele é o herói do filme.
Curiosidades: Catherine Deneuve chegou a ser cogitada para o papel de Eva Kant. Mas o diretor bateu os olhos em Marisa Mell e disse: é essa!
Eu devo assistir? Apesar do personagem cinematográfico não ser tão cruel quanto o dos quadrinhos, ainda assim é uma experiência interessante. Pelo menos, é melhor do que o recente desenho exibido pela Fox Kids.

BARBARELLA (1968)
Diretor: Roger Vadim
Elenco: Jane Fonda (Barbarella), John Phillip Law (Pigar), Anita Pallenberg (A Grande Tirana), Milo O´Shea (Duran Duran), Marcel Marceau (Professor Ping).
Do que se trata: No ano de 40.000, a astronauta semi-nua Barbarella é convocada pelo Presidente da Terra para impedir os planos de um temível cientista chamado Duran Duran (qualquer semelhança com o nome da banda NÃO é mera coincidência). Personagem criada pelo francês Jean-Claude Forest.
Sobre o filme: Muuuuuuuuuuuito divertido, com deliciosas pitadas de absurdo e non-sense. E traz Jane Fonda no auge de sua beleza e charme. Precisa mais?
Curiosidades: David Gilmour, antes de entrar para o Pink Floyd, era um dos músicos que gravaram a trilha original da película.
Eu devo assistir? Óbvio, meu chapa. Você me ouviu falando “Jane Fonda” e “pouca roupa” na mesma frase?

BABA YAGA (1973)
Diretor: Corrado Farina
Elenco: Isabelle De Funés (Valentina Rosselli), Carroll Baker (Baba Yaga), George Eastman (Arno Treves), Ely Galleani (Annette).
Do que se trata: Criada pelo bizarro italiano Guido Crepax, a personagem Valentina é uma fotógrafa cheia de curvas, inspirada na atriz Louise Brooks e que estreou na revista “Linus” como coadjuvante. Acabou virando personagem principal, para alegria dos marmanjos babões. As histórias eram recheadas de sexualidade, sadomasoquismo e, é claro, daquele ácido humor italiano.
Sobre o filme: Trata-se de uma livre adaptação das histórias de Valentina, colocando a moça na trilha de uma terrível feiticeira chamada Baba Yaga, que quer possuir seu corpo e sua alma. Nem por isso, menos esquisito.
Curiosidades: Baba Yaga é, na verdade, uma bruxa monstruosa surgida na mitologia russa.e que vivia na floresta, sempre mexendo no seu caldeirão…
Eu devo assistir? Tenha medo do Guido Crepax. Só digo isso.

POPEYE (1980)
Diretor: Robert Altman
Elenco: Robin Williams (Popeye), Shelley Duvall (Olívia Palito), Paul Dooley (Dudu), Paul L. Smith (Brutus), Ray Walston (Papai).
Do que se trata: Não me diga que você não conhece o Popeye? O velho marinheiro, que comia espinafre e ficava fortão para enfrentar o barbudão Brutus pelo amor daquela baranga da Olívia Palito.
Sobre o filme: Naquela que é a estréia cinematográfica de Williams, digamos que ele chegou dividindo opiniões. A maior parte dos críticos odeia esta obra, mas quem conhece o trabalho original de E.C.Segar costuma defender sua fidelidade.
Curiosidades: Ao final das filmagens, descobriu-se que a voz de Williams como Popeye estava inaudível. E a maior parte de suas falas acabou dublada.
Eu devo assistir? Bom, eu gosto bastante do filme. Acho uma diversão despretensiosa e, cá entre nós: Robin Williams É o Popeye. Recomendo.

FLASH GORDON (1980)
Diretor: Mike Hodges
Elenco: Sam J. Jones (Flash Gordon), Melody Anderson, Max Von Sydow (Imperador Ming), Ornella Muti (Presa Aura), Timothy Dalton (Príncipe Barin).
Do que se trata: Gibi da década de 30, desenhado pelo mestre Alex Raymond. Trata-se de um teráqueo comum (e muito bonitão, é claro) que acaba se transformando num combatente interestelar contra a tirania do Imperador Ming, o Impiedoso. As naves e os cenários eram de cair o queixo.
Sobre o filme: Na adaptação produzida por Dino DeLaurentiis, o jogador de futebol americano acaba entrando na nave do Dr.Zarkov e parte para o planeta Mongo, ao lado da bela Dale Arden. Lá, o trio vai tentar impedir os maléficos planos de Ming, que quer usar a Terra como base para testar uma máquina indutora de desastres naturais.
Curiosidades: Sabia que o George Lucas queria fazer a sua versão para Flash Gordon mas, quando descobriu que este filme estava sendo rodado, preferiu escrever “Star Wars”. Pelo menos, é o que conta a lenda.
Eu devo assistir? O Von Sydow como Ming está absolutamente fantástico. Só por isso, já merecia uma olhada. Além do quê…acorda! A trilha sonora é do Queen!!!!!!!!!!!! Compre agora!!!!!!!!!

CONAN, O BÁRBARO (1982)
Diretor: John Millus
Elenco: Arnold Schwarzenegger (Conan), James Earl Jones (Thulsa Doom), Max Von Sydow (Rei Osric), Sandahl Bergman (Valeria), Ben Davidson (Rexor).
Do que se trata: Surgido nos romances de Robert E.Howard, o bárbaro cimério tomou rumo diferente de nomes como Zorro e Tarzan e acabou ficando muito mais conhecido depois do gibi da Marvel, desenhado pelo magistral John Buscema. Você conhece a história: Conan é forte, obtuso, sanguinário, tem uma espada e mata quem estiver na frente. Um clássico.
Sobre o filme: Adaptação fidelíssima. Treinado nas artes da guerra, Conan parte para encontrar os responsáveis pelo genocídio de seu povo. Completamente canastrão, o Governator ficou irrepreensível no papel que catapultou sua carreira.
Curiosidades: Depois da continuação “Conan, O Destruidor” (84), Schwarza encarnou o cimério mais uma vez, só que como coadjuvante, em “Guerreiros de Fogo” (85) – que trazia Brigitte “Eu Sou A Ex-Mulher do Stallone” Nielsen como a implacável Sonja.
Eu devo assistir? Não assistiu ainda por quê?

O MONSTRO DO PÂNTANO (1982)
Diretor: Wes Craven
Elenco: Louis Jourdan (Dr. Anton Arcane), Adrienne Barbeau (Alice Cable), Ray Wise (Doutor Alec Holland), Dick Durock (Monstro do Pântano), Nannette Brown (Dra. Linda Holland).
Do que se trata: Estudando uma nova forma de vida, o cientista Alec Holland se tornou muito visado. Depois de um acidente em seu laboratório, causado pelos capangas de um milionário interessado em suas pesquisas, ele é dado como morto…mas, na verdade, nas águas do pântano, ele se transforma numa vingativa criatura – era mais ou menos isso, mas aí veio o Alan Moore e fez tudo ficar muito mais legal.
Sobre o filme: Escrito e dirigido por Wes Craven, tem a mesma base da história original, mas acaba se tornando mais “terrorzinho” do que qualquer outra coisa. E cá entre nós: depois da reformulação do Alan Moore, até o gibi original parece bobo e infantil.
Curiosidades: Teve uma continuação, em 89, ainda pior do que esta. E tinha a Heather Locklear no elenco.
Eu devo assistir? Você já entendeu que é uma merda, não?

SHEENA (1984)
Diretor: John Guillermin
Elenco:Tanya Roberts (Sheena), Ted Wass (Vic Casey), Donovan Scott (Fletcher), Elizabeth of Toro (Shaman) France Zobda (Condessa Zanda).
Do que se trata: Antes de tudo – 1) não se trata da Princessa Guerreira que era amiga do Hércules e 2) não se trata de Shanna, a mulher do Ka-Zar que ganhou recentemente um título desenhado pelo Frank Cho. Sheena, a rainha da selva, era uma personagem antiga da Marvel cujos pais morreram na África durante um safári e que acabou sendo criada pelos habitantes locais, se tornando uma guerreira experiente e que sabia tudo sobre animais (e que, inclusive, falava com eles) – sempre vestindo minúsculas peles de animais.
Sobre o filme: Quando a mãe adotiva de Sheena é acusada de assassinato de um líder político, a moça se une a um repórter para encontrar os mercenários contratados pelo verdadeiro assassino.
Curiosidades: Não está ligando o nome à pessoa? Tanya Roberts é a coroa gostosona que era mãe de Donna nas primeiras temporadas de “That 70’s Show”.
Eu devo assistir? Acho melhor não.

TEX E O SENHOR DO ABISMO (1985)
Diretor: Duccio Tessari
Elenco: Giuliano Gemma (Tex Willer), William Berger (Kit Carson), Carlo Mucari (Jack Tigre), Isabel Russinova (Tulac), Aldo Sambrell (El Dorado).
Do que se trata: Criado, em 48, pelos italianos Gian Luigi Bonelli e Aurelio Galleppini, Tex Willer não é um caubói que carrega os estereótipos básicos dos filmes americanos. Primeiro um justiceiro solitário, logo Tex entrou para os rangers do Texas, usando e abusando de sua mira infalível e, mais ainda, de suas habilidades investigativas. Apaixonado pela índia Lilyth, com quem se casa, acaba se tornando chefe dos navajos e conquista a confiança dos peles-vermelhas de tal forma que se transforma em seu representante perante o governo.
Sobre o filme: O terrível Senhor do Abismo do título vive escondido nas ruínas de uma cidade asteca e ameaça as cercanias com uma arma superpoderosa. Que medo.
Curiosidades: O próprio Bonelli aparece no papel de um feiticeiro índio. Ah! Engula esta, Stan Lee! :-P.
Eu devo assistir? Não funciona. É uma tremenda confusão de bangue-bangue e misticismo sem 1/3 do charme do gibi original.

HOWARD, O PATO (1986)
Diretor: Willard Huyck
Elenco: Lea Thompson (Beverly Switzler), Jeffrey Jones (Dr. Walter Jenning), Tim Robbins (Phil Blumburtt), Chip Zien (voz de Howard).
Do que se trata: Um pato de outro planeta que, graças a uma fatalidade, acaba vindo parar na Terra e tem que se adaptar ao dia-a-dia do NOSSO planeta. Embora tenha desaparecido dos quadrinhos Marvel (surgindo apenas como coadjuvante nas histórias da Geração X), ganhou uma elogiada versão mais adulta – e que alguns fãs querem porque querem ver nas páginas de ‘Marvel Max’, incluindo o R.Pichuebas.
Sobre o filme: Howard vem para a Terra no vácuo de um conquistador alienígena e tem que fazer de tudo para impedir a invasão do nosso planeta – enquanto se relaciona com a roqueira de uma típica banda farofa dos anos 80. Tome laquê e ombreiras.
Curiosidades: A roupa de Howard custou ao produtor executivo George Lucas (sim, ele mesmo) a bagatela de US$ 2 milhões, sendo que oito atores diferentes a vestiram durante a película.
Eu devo assistir? Duvido que você não tenha visto na “Sessão da Tarde”…

O ESPÍRITO (1987)
Diretor: Michael Schultz
Elenco: Sam J. Jones (Spirit/Denny Colt), Daniel Davis (Simon Teasdale), Philip Baker Hall (Sevrin).
Do que se trata: Não me diga que eu vou ter que explicar quem é o Spirit, personagem máximo do saudoso Will Eisner, simplesmente a mente mais brilhante que já ousou brincar com a Nona Arte? Não precisa, né?.
Sobre o filme: Depois de viver o Flash Gordon, Jones tingiu o cabelo de preto e encarnou o detetive de Central City na origem do Spirit, policial dado como morto e que estabeleceu uma base de operações sob sua própria tumba, tornando-se um vigilante. A vilã é a femme fatalle P’Gell.
Curiosidades: Piloto de uma série de TV que acabou não indo para a frente.
Eu devo assistir? É muito ruim, porque deixa a acidez de lado e parte para o humor gratuito e rasteiro. Mesmo assim, vale pela curiosidade. Passava na Bandeirantes.

BRENDA STARR (1989)
Diretor: Robert Ellis Miller
Elenco: Brooke Shields (Brenda Starr), Timothy Dalton (Basil St. John), Tony Peck (Mike Randall), Diana Scarwid (Libby ‘Lips’ Lipscomb).
Do que se trata: Nas HQs, Brenda Starr era uma espécie de ícone da independência feminina.Uma repórter astuta, inteligente, muito bonita e bem-vestida. O sonho das she-nerds da época. Mas sempre em competição com sua rival, Libby Lipscomb.
Sobre o filme: O máximo da metalinguagem. O desenhista da personagem, Mike Randall, acaba deixando transparecer o quanto não gosta dela e a moça ganha vida…e desaparece da tira. O sujeito, então, desenha a si mesmo no papel para tentar encontrá-la.
Curiosidades: Na verdade, Brenda Starr foi criada por uma das primeiras cartunistas a ganhar notoriedade na história dos comics americanos: Dale Messick.
Eu devo assistir? Hey, por que não? É o retrato de uma época na qual Brooke Shields ainda sabia interpretar…

AS TARTARUGAS NINJA (1990)
Diretor: Steve Barron
Elenco: Judith Hoag (April O’Neil), Elias Koteas (Casey Jones), Josh Pais (Raphael, voz de Ken Scott), David Forman (Leonardo, voz de Brian Tochi), Michelan Sisti (Michaelangelo, voz de Robbie Risti), Leif Tilden (Donatello, voz de Corey Feldman – sim, aquele dos Goonies!), James Saito (Destruidor/Oroko Saki).
Do que se trata: Quatro tartarugas e um rato são expostos, nos esgotos de Nova York, a uma substância radioativa que lhes dá inteligência e as transforma em seres humanóides. Então, o rato de nome Splinter batiza as tartarugas com os nomes de artistas italianos clássicos e lhes ensina o que sabe de artes marciais para que eles se vinguem do assassino de seu dono: Oroko Saki, o temível líder do Clã do Pé.
Sobre o filme: É verdade que é mais inspirado nos desenhos do que nas HQs – já que é mais humorístico e menos violento e transforma April, originalmente uma assistente de laboratório que funcionava como coadjuvante, na repórter televisiva dos cartoons que é amiga do grupo, além de acrescentar o forte elemento da tara por pizza. Mesmo assim, carrega das HQs elementos como a rivalidade velada entre o rebelde Rafael e o militarizado Leonardo, por exemplo.
Curiosidades: Você sabia que trata-se do filme independente mais bem-sucedido da história? Conseguiu US$ 133 milhões só nos EUA!
Eu devo assistir? Craro! Maior bacana! Mas fique longe dos dois posteriores – já que um tenta trazer as piadas restantes dos desenhos e o outro quer levar os cascudos para o Japão medieval…

DICK TRACY (1990)
Diretor: Warren Beatty
Elenco: Warren Beatty (Dick Tracy), Madonna (Breathless Mahoney), Al Pacino (Big Boy Caprice), Dustin Hoffman (Mumbles), Dick Van Dyke (D.A. Fletcher).
Do que se trata: O detetive Dick Tracy, criado por Chester Gould na década de 40, tinha aqueles traços fortes e marcantes – além daquela capa amarela bizarra e do sensacional relógio-telecomunicador. Não é demais? ;-P
Sobre o filme: Dirigindo e estrelando, Warren Beatty reuniu um elenco estelar e deixou os fãs do gibi original extasiados ao abusar da maquiagem para que os personagens ganhassem os contornos exagerados do desenho de Gould.
Curiosidades: Dizem que, enquanto Beatty namorava Madonna, ele também dava umas porradas nela. Ah, não era este tipo de curiosidade que você queria ler aqui?
Eu devo assistir? Sem dúvida. Além de divertido, traz Al Pacino e Dustin Hoffman. Já tá de bom tamanho.

ARCHIE: DE VOLTA À RIVERDALE (1990)
Diretor: Dick Lowry
Elenco: Christopher Rich (Archie Andrews), Lauren Holly (Betty Cooper), Karen Kopins (Veronica Lodge), Sam Whipple (Jughead Jones), Gary Kroeger (Reggie Mantle).
Do que se trata: A criação mais famosa de John L.Goldwater, o mesmo responsável por “Sabrina: Aprendiz de Feiticeira” (que, por sinal, também ganhou as telinhas). Trata-se de um simpático grupo de crianças politicamente corretas vivendo aventuras na pacata cidade de Riverdale. Nada demais, mas marcou a infância dos americanos da mesma forma que a Turma da Mônica marcou a nossa.
Sobre o filme: Feito para TV, conta a história da turminha muitos anos depois, todos já adultos, se reencontrando em Riverdale. Archie virou advogado, Veronica uma socialite, Betty é professora de primário, Jughead tornou-se psicólogo….
Curiosidades: Em “Procura-se Amy”, de Kevin Smith, logo no começo do filme, Hooper X (Dwight Ewell) tenta convencer o cartunista Banky Edwards (Jason Lee) de que Archie é gay.
Eu devo assistir? Sei lá. Eu nunca vi, apesar de já ter lido bastante sobre o filme. Se você encontrar, deve ser uma espécie de raridade. Vale vender para colecionadores de quadrinhos ricos.

ROCKETEER (1991)
Diretor: Joe Johnston (de “Jurassic Park III”)
Elenco: Bill Campbell (Cliff Secord, da série “The 4400”), Jennifer Connelly (Jenny Blake), Alan Arkin (A. ‘Peevy’ Peabody), Timothy Dalton (Neville Sinclair), Paul Sorvino (Eddie Valentine), Terry O’Quinn (Howard Hughes).
Do que se trata: Na graphic novel de Dave Stevens, a trama rola na Hollywood da década de 30. Com a ajuda de seu mecânico, o piloto Cliff Secord descobre um par de jatos que o permitem voar e combate gangstêres e espiões nazistas. Tudo para salvar a mocinha no final, claro.
Sobre o filme: Divertidíssimo. A história é praticamente a mesma do gibi – e o visual também. Ótima fotografia e direção de arte. E uma participação vilanesca divertidíssima de Timothy Dalton, com um “quê” de Errol Flynn (que, por sinal, também foi acusado de ser nazista em sua época).
Curiosidades: Nas páginas de Stevens, o criador dos foguetes de Rocketeer é o personagem Doc Savage, clássico herói dos livros pulp da década de 30. No entanto, na transposição para cinema, a Cont Nast, que tem os direitos autorais de Savage, não liberou sua utilização. Então, a Disney, produtora de “Rocketeer”, recorreu ao personagem de Howard Hughes – sim, aquele mesmo retratado em “O Aviador”.
Eu devo assistir? Com certeza! É uma aventura super simpática, engraçada, cheia de charme e ótimas tiradas. O herói é pra lá de cativante. E para os fãs da moça, tem a Jennifer Connelly vivendo uma personagem meio pin-up. Convencidos?.

LUCKY LUKE (1991)
Diretor: Terence Hill
Elenco: Terence Hill (Lucky Luke), Nancy Morgan (Lotta Legs), Fritz Sperberg (Averill Dalton), Dominic Barto (William Dalton), Bo Gray (Jack Dalton)
Do que se trata: Um cowboy meio folgado, menos inteligente do que seu cavalo, que se transforma no maior herói do Velho Oeste, sempre enfrentando os infindáveis irmãos Dalton. Criação do falecido francês Morris (Maurice de Bevere), com desenhos de René Goscinny, um dos criadores de Asterix.
Sobre o filme: Além de ser absolutamente fiel ao original, ainda consegue carregar um tantinho da vivacidade e bom humor da série “Trinity”, estrelada por Hill e pelo clone do Fanboy, Bud Spencer.
Curiosidades: Um dos prêmios de maior distinção que Morris recebeu por Lucky Luke foi uma medalha da OMS (Organização Mundial da Saúde), em 88, por ter trocado o cigarro que o caubói fumava por um pedaço de capim.
Eu devo assistir? Só o cavalo Jolly Jumper já vale a pena.

O SOMBRA (1994)
Diretor: Russell Mulcahy (do primeiro “Highlander”, de 86)
Elenco: Alec Baldwin (Lamont Cranston/O Sombra), John Lone (Shiwan Khan), Penelope Ann Miller (Margo Lane), Peter Boyle (Moe Shrevnitz), Ian McKellen (Dr. Reinhardt Lane), Tim Curry (Farley Claymore)
Do que se trata: Quem sabe o mal que se esconde no coração dos homens? O Sombra sabe. Este vigilante sombrio combatia o crime com suas pistolas gêmeas e seu poder para “enevoar” a mente dos seres humanos.
Sobre o filme: Na verdade, a película mistura elementos do gibi de 1930 e também do programa de rádio (como a habilidade de invisibilidade do justiceiro, por exemplo), tudo para contar a luta do Sombra contra seu arqui-inimigo, Shiwan Khan, herdeiro de Gengis Khan, que quer montar sua própria bomba atômica.
Curiosidades: Originalmente, Sam Raimi, o amigo do R.Pichuebas, queria adaptar e dirigir este filme. Mas não conseguiu obter os direitos.
Eu devo assistir? Totalmente saudosista, na mesma linha do Rocketeer. E o Alec Baldwin, quem diria, ficou excelente no papel. Tem o meu selo de qualidade.

TIMECOP (1994)
Diretor: Peter Hyams (de “A Vingança do Mosqueteiro”)
Elenco: Jean-Claude Van Damme (Max Walker), Mia Sara (Melissa Walker), Ron Silver (Senador Aaron McComb), Bruce McGill (Comandante Eugene Matuzak), Gloria Reuben (Sarah Fielding).
Do que se trata: No futuro, uma agência governamental vai regulamentar e vigiar a utilização do recurso das viagens no tempo. Os policiais que patrulham o tecido do tempo são os Timecops – personagens semi-desconhecidos da editora Dark Horse.
Sobre o filme: Aqui, a história se foca em Max Walker, que descobre os panos de um político corrupto para se tornar presidente usando a viagem no tempo. Mas o senador também descobre que Walker está em seu encalço e começa a usar o passado do sujeito contra ele mesmo.
Curiosidades: O filme virou uma série de TV para o canal americano ABC três anos depois. O astro era Ted King, atualmente na série “Hospital Geral”, vivendo outro personagem. É claro que o seriado, considerado “pavoroso” pelos fãs, foi cancelado sem sequer completar uma temporada.
Eu devo assistir? É uma bobagem, cheia de erros conceituais e clichês bizarros. Mas, cá entre nós: é um filme do Van Damme! O que você estava esperando? Desligue o cérebro e siga em frente.

O CORVO (1994)
Diretor: Alex Proyas
Elenco: Brandon Lee (Eric Draven), Rochelle Davis (Sarah), Ernie Hudson (Sargento Albrecht), Michael Wincott (Top Dollar), Bai Ling (Myca).
Do que se trata: Numa cidade brutalizada pla ação das gangues, um roqueiro e sua noiva são mortos. No entanto, um ano depois, no Dia das Bruxas, Eric Draven se reergue, com um corvo ao seu lado e com força e agilidade sobre-humanas, para pedir vingança
Sobre o filme: No gibi, cada história é um arco fechado envolvendo o corvo. “As pessoas acreditavam que, quando você morria, um corvo vinha levar a sua alma para o mundo dos mortos. Mas, algumas vezes, apenas algumas vezes, o corvo pode trazer a sua alma de volta, para consertar as coisas erradas…”. No entanto, o filme se foca somente em Draven.
Curiosidades: Brandon Lee, filho de Bruce Lee e astro da película, morreu no set de filmagens graças a uma confusão envolvendo uma arma cenográfica com balas de verdade. Algumas de suas cenas foram filmadas depois, com um dublê e diversas imagens do seu rosto compostas por computador.
Eu devo assistir? Uh, babe, com certeza. Maravilhoso, com uma direção segura de Proyas e uma fotografia absolutamente incrível. Lee está assustador com Draven. Mas esqueça todas as outras continuações. Uma é pior do que a outra.

MENINO MALUQUINHO: O FILME (1994)
Diretor: Helvecio Ratton
Elenco: Samuel Costa (Maluquinho), Luiz Carlos Arutin (Vô Passarinho), Patrícia Pillar (Mãe), Roberto Bomtempo (Pai), Vera Holtz (Professora)
Do que se trata: O personagem mais famoso do nosso mineiríssimo Ziraldo, conta a infância feliz de um garoto bem-humorado, criativo, imaginativo e muito questionador, sempre com uma panela como capecete na cabeça.
Sobre o filme: Praticamente ipsi literis o que vemos no livro, com algumas adaptações para trazer um pouco do universo dos quadrinhos – como, por exemplo, os amigos de Maluquinho que se tornaram coadjuvantes fixos: Bocão, Margarida, Nina, Junim… .
Curiosidades: Teve uma continuação, em 98, bem mais sem graça – mas dirigida pelo Fernando Meirelles, aquele mesmo moço simpático de “Cidade de Deus”.
Eu devo assistir? Não pense duas vezes. É verdade que o livro é bem melhor. Mas não deixa de ser uma delícia.

RIQUINHO (1994)
Diretor: Donald Petrie
Elenco: Macaulay Culkin (Riquinho Rico), Jonathan Hyde (Herbert A.R. Cadbury, o mordomo), Edward Herrmann (Richard Rico), Christine Ebersole (Regina Rico), John Larroquette (Lawrence Van Dough).
Do que se trata: Trata-se do moleque mais rico do mundo. E sobre como ele gasta toda esta grana em traquitanas estranhas que o ajudam nas mais inusitadas aventuras ao lado do cão Dólar, de seu próprio cientista particular e de uma empregada robô.
Sobre o filme: É verdade que carrega uma linguagem meio cartoon, mas o filme tenta trazer Riquinho para uma ambientação mais “real”, sem robôs ou invenções “muito” mirabolantes. Tudo que Riquinho queria era ter amigos como toda criança. Mas o seu dinheiro só atrai interesseiros. Quando um alto executivo das indústrias Rico executa um plano para fazer desaparecerem os pais de Riquinho e poder enfim assumir o controle, o garoto senta na cadeira de presidente – com a ajuda de um grupo de novos amigos, é claro.
Curiosidades: A instrutora de ginástica de Riquinho é niguém menos do que a bela modelo Claudia Schiffer.
Eu devo assistir? Hummmmmm…néum. Macaulay Culkin estava mais legal no “Esqueceram de Mim”. Definitivamente, ele não deveria ter crescido.

O MÁSKARA (1994)
Diretor: Chuck Russell
Elenco: Jim Carrey (Stanley Ipkiss), Cameron Diaz (Tina Carlyle), Peter Riegert (Tenente Mitch Kellaway), Peter Greene (Dorian Tyrell), Amy Yasbeck (Peggy Brandt).
Do que se trata: Tudo gira em torno de uma máscara ancestral, criada como uma piada pelo deus nórdico Loki, que enlouquece e dá superpoderes ao seu usuário, além de deixá-lo com a cara toda verde e um sorriso assustador.
Sobre o filme: Gira em torno de Stanley Ipkiss, primeiro usuário da máscara nos quadrinhos da Dark Horse. O cara é um perdedor, que passa a vida como caixa de banco – e que, quando encontra e usa o artefato, refleto seu ‘eu’ interior: um sujeito selvagem, romântico e que mais se parece com um desenho clássico do Tex Avery. Muito menos violento e sanguinolento do que nos gibis, claro.
Curiosidades: “Coco Bongo” é o nome do clube noturno no qual Stanley conhece Tina – e também é o nome do bar no qual Peter Appleton (vivido pelo mesmo Jim Carrey) afoga as mágoas depois que perde o emprego no filme “Cine Majestic”.
Eu devo assistir? Jim Carrey em sua melhor forma humorística. E Cameron Diaz antes de virar uma magrela sem graça. Perfeito.

CRYING FREEMAN – A LÁGRIMA DO GUERREIRO (1995)
Diretor: Christophe Gans
Elenco: Mark Dacascos (Yo Hinomura/Freeman), Julie Condra (Emu O’Hara), Rae Dawn Chong (Detetive Forge), Byron Mann (Koh), Masaya Kato (Ryuji Hanada).
Do que se trata: Não sou muito fã de mangás, mas este é um dos meus favoritos. Um assassino da máfia chinesa de precisão absolutamente impressionante é visto por uma pintora assassinando três membros da Yakuza. Toda vez que mata, ele chora de arrependimento. E tem uma enorme tatuagem de dragão circundando seu corpo. Bingo: a moça acaba se apaixonando pelo homem, tornando-o objeto de sua arte.
Sobre o filme: Rigorosamente a mesma história de Kazuo Koike, só que transferindo uma boa parte da trama para os Estados Unidos – é claro… Ah, sim: Freeman também ganha um pouco mais de roupa, já que originalmente o sujeito luta por aí peladão.
Curiosidades: Condra e Dacascos se conheceram neste filme. Se apaixonaram. Casaram. E estão juntos até hoje.
Eu devo assistir? O filme tem lá seus problemas. Mas é bem fiel ao gibi, reproduzindo sequências inteiras do quadrinho original. E Dacascos está bem melhor do que de costume. No geral, um filme de ação acima da média.

TANK GIRL (1995)
Diretor: Rachel Talalay
Elenco: Lori Petty (Tank Girl), Ice-T (T-Saint), Naomi Watts (Jet Girl), Iggy Pop (Rat Face), Malcolm McDowell (Kesslee).
Do que se trata: Um futuro pós-apocalíptico. Uma garota rebelde, meio punk, que pilota um tanque e namora um canguru (?). Pérola dos quadrinhos independentes ingleses, cortesia de Jamie Hewlett, o criador do visual da banda Gorillaz.
Sobre o filme: Na película, Tank Girl e seus amigos, alguns dos poucos sobreviventes do deserto que se tornou a Terra, lutam contra uma corporação que controla toda a água e energia do território.
Curiosidades: As spice girls Emma Bunton e Victoria Adams (atual Sra.Beckham) disputaram o papel principal do filme. Oh, Deus.
Eu devo assistir? Não, não e não. Terrível, pavoroso, um atentado. Pobre McDowelll, devia estar precisando muito de dinheiro. E o Iggy Pop, meu? Tadinho.

O JUIZ (1995)
Diretor: Danny Cannon
Elenco: Sylvester Stallone (Juiz Joseph Dredd), Diane Lane (Juiz Hershey), Armand Assante (Rico), Rob Schneider (Herman Ferguson), Max von Sydow (Fargo).
Do que se trata: Um futuro pós-apocalíptico. As corporações controlam tudo. Tudo que restaram foram enormes e caóticas cidades – cuja ordem é mantida pelos “juízes”, policiais armados até os dentes e que misturam as funções de júri, juiz…e executor. O mais implacável, inflexível e incorruptível deles é o Juiz Dredd.
Sobre o filme: Dredd acaba acusado do assassinato de um repórter e vira a caça para seus ex-parceiros. Tudo, no entanto, não passa de um plano terrível de….ah, vá, a quem eu estou querendo enganar. O filme é MUITO ruim e pronto. É só isso que você precisa saber.
Curiosidades: O diretor afirmou que nunca mais gostaria de trabalhar com uma grande estrela de novo. Segundo ele, a versão final do filme ficou tão diferente do roteiro original porque o Stallone teimou em mexer em quase tudo. Ah, agora sabemos a quem culpar.
Eu devo assistir? O Stallone tira o capacete antes da metade do filme E tem várias piadinhas imbecis do Rob Schneider. E é isso. Se você tiver dor-de-barriga, talvez seja recomendado. Mas eu ainda prefiro um supositório.

SABRINA, APRENDIZ DE FEITICEIRA (1996)
Diretor: Tibor Takács e Andrew Tsao
Elenco: Melissa Joan Hart (Sabrina Sawyer), Sherry Miller (Tia Hilda), Charlene Fernetz (Tia Zelda), Michelle Beaudoin (Marnie Littlefield), Ryan Reynolds (Seth).
Do que se trata: Uma garota, mandada pelos pais para viver com as tias, descobre, em seu aniversário de 16 anos, que é uma bruxa.
Sobre o filme: Rigorosamente a mesma história dos gibis – que, por sinal, era da mesma editora que o simpático Archie e sua tchurma. Salem, o mal-humorado e sarcástico gato que fala, foi um acréscimo excelente.
Curiosidades:Virou um seriado de TV, exibido no Brasil pela Nickelodeon. Virou mais alguns filmes feitos direto para a TV. E também se tornou um desenho animado recente – que é muuuuuuuuuuuuuuito ruim.
Eu devo assistir? Num âmbito geral, é bem ruim. Mas a Melissa Joan Hart esbanja carisma. E, repito: o gato é maior legal. Quem sabe, num dia de chuva, comendo marshmallows e tomando chocolate quente?

GERAÇÃO X (1996)
Diretor: Jack Sholder
Elenco: Amarilis (Monet St. Croix/M), Matt Frewer (Russel Tresh), Finola Hughes (Emma Frost/Rainha Branca), Heather McComb (Jubilation Lee/Jubileu), Jeremy Ratchford (Sean Cassidy/Banshee).
Do que se trata: Básico, básico: uma nova geração de mutantes, treinados na Escola Xavier para Jovens Super-Dotados pelos professores Banshee e Rainha Branca. “Uêba, vamos criar mais mutantes para encher outro título X e arrancar ainda mais dinheiro dos nerds”. Tsc, tsc.
Sobre o filme: Os alunos de Cassidy e da Srta.Frost enfrentam o egocêntrico Russell Trask, um cientista que usa mutantes como o principal abastecimento para a sua máquina de sonhos. Jesus, alguém dê um tiro na minha cabeça.
Curiosidades: Personagens como Câmara e Derme ficaram de fora do filme porque a produção considerava que os efeitos especiais para os dois “muito caros”. No lugar deles, foram criados coisas como a fortona Buff e Refrax, um Ciclope de quinta categoria.
Eu devo assistir? Era um piloto de uma série de TV – que, graças a Deus, não deu certo. Isso responde a sua pergunta?

BARB WIRE (1996)
Diretor: David Hogan
Elenco: Pamela Anderson (Barbara ‘Barb Wire’ Kopetski), Temuera Morrison (Axel Hood), Victoria Rowell (Dra. Corrina ‘Cora D’ Devonshire), Jack Noseworthy (Charlie Kopetski), Xander Berkeley (Alexander Willis).
Do que se trata: Século XXI. A segunda Guerra Civil rola solta nos Estados Unidos. O Congresso Americano usa métodos fascitas para governar. Na única cidade livre do país, Steel Harbor, vive Barb Wire, dona do clube Hammerhead e mercenária de plantão, sempre seminua e armada até os dentes. Cortesia da Dark Horse.
Sobre o filme: Barb está lá, vivendo a sua vida sem tomar qualquer lado na guerra e matando em nome de quem pagar mais. Até que um antigo namorado surge pedindo um favor e a moça acaba se tornando peça importantíssima num jogo político.
Curiosidades: Nesta época, Pamela Anderson ainda vivia aos tapas e beijos com Tommy Lee, baterista do Mötley Crüe.
Eu devo assistir? Meu chapa, é um filme da Pamela Anderson. A não ser que você tenha muitas saudades das tufas da moça em “SOS Malibu”, é melhor esquecer.

O FANTASMA (1996)
Diretor: Simon Wincer
Elenco: Billy Zane (O Fantasma/Kit Walker), Kristy Swanson (Diana Palmer), Treat Williams (Xander Drax), Catherine Zeta-Jones (Sala), Cary-Hiroyuki Tagawa (O Grande Kabai Sengh).
Do que se trata: O 21º sucessor da linhagem de protetores do reino de Bengalla. O Espírito-Que-Anda. Um dos primeiros heróis mascarados da história dos quadrinhos. Vai mentir que você não sabe de quem eu tô falando?
Sobre o filme: O Fantasma vai ter que viajar para Nova York em busca de um ricaço maluco que, se reunir três crânios ancestrais, terá acesso ao poder ilimitado.
Curiosidades: O mordomo de Kit Palmer se chamada Falkmoore, misturando os nomes de Lee Falk, criador do personagem, e Ray Moore, seu primeiro desenhista.
Eu devo assistir? Eu acho muito divertido, com a cara do herói original. Lee Falk, o criador, achou maravilhoso. E a proposta do uniforme (com as texturas tribais) e do andar animalesco de Kit enquanto veste a roupa do vigilante são ótimas. Merece um olhar cuidadoso.

VAMPIRELLA (1996)
Diretor: Jim Wynorski
Elenco: Talisa Soto (Vampirella), Roger Daltrey (Vlad/Jamie Blood), Richard Joseph Paul (Adam Van Helsing), Brian Bloom (Demos), Corinna Harney (Sallah).
Do que se trata: Ela anda com um maiô mínimo por aí, mordendo pescoços e arrancando sangue dos incautos. Mas, no fundo, Vampirella é uma boa pessoa. Ou uma pessoa boa. Bom, você entendeu.
Sobre o filme: Séculos atrás, um culto liderado por um homem de nome Vlad matou os membros do conselho do Planeta Drakulon. A filha de um dos homens mortos, Ella, promete vingança e segue o grupo para a Terra – onde eles se tornariam as criaturas chamadas de vampiros. Conhecida por aqui como Vampirella, ela usa o Planeta Marte como base mas vem para cá com frequência em busca de seus inimigos. Até que ela cruza o caminho de Adam, descendente dos Van Helsing (caçador do Drácula original, sabe?), e os dois formam uma aliança para acabar com Vlad .Lançado direto para vídeo.
Curiosidades: Daltrey, vocalista do The Who, já fez outros vilões relaiconados a gibis. No seriado da “Witchblade”, o cara já foi uma espécie de “pastor do mal”.
Eu devo assistir? Talisa Soto como Vampirella? Tudo bem que o filme foi direto para vídeo, mas merecia um mínimo de respeito. Ela é feiosa, magricela e não sabe interpretar. E nem enchia o maiô direito!

AÇO (1997)
Diretor: Kenneth Johnson
Elenco: Shaquille O’Neal (John Henry Irons/Aço), Annabeth Gish (Susan Sparks), Judd Nelson (Nathaniel Burke), Richard Roundtree (Tio Joe), Irma P. Hall (Vovó Odessa).
Do que se trata: Durante a saga da morte do Superman, um armeiro que teve sua vida salva pelo Azulão forjou uma armadura com o símbolo do herói, inspirado em seu exemplo de ajuda ao próximo. E foi ajudar os fracos e oprimidos, tornando-se até membro da Liga da Justiça durante algum tempo.
Sobre o filme: John Henry Irons cria armas para o exército – mas, quando seu projeto de criar armas que neutralizam soldados sem machucá-los é sabotado, ele abandona tudo desiludido. Eis que então Irons vê suas armas sendo usadas por gangues nas ruas, e usa o cérebro e o ferro-velho de seu Tio Joe para contra-atracar.
Curiosidades: A única relação do Aço do filme com o Superman é a tatuagem com o “S” clássico que Shaquille O’Neal (fã confesso do Homem de Aço) tem no Braço.
Eu devo assistir? Me nego a responder a esta pergunta…

HOMENS DE PRETO (1997)
Diretor: Barry Sonnenfeld
Elenco: Tommy Lee Jones (Agente K/Kay), Will Smith (James Edwards/Agente J/Jay), Linda Fiorentino (Dra. Laurel Weaver/Agente L/Elle), Vincent D’Onofrio (Edgar), Tony Shalhoub (Jack Jeebs).
Do que se trata: Publicado pela Dark Horse, este obscuro gibi conta a história de uma agência que regulamenta a estadia de ETs aqui na Terra – sim, eles são reais, estão entre nós, mas só querem ficar em paz. Os agentes são os chamados “homens de preto”, principal parte da divertida mitologia das “teorias da conspiração” norte-americanas.
Sobre o filme: Os agentes Kay e Jay terão que impedir os planos de um terrorista intergaláctico, interessado em matar dois embaixadores de galáxias opostas aqui na Terra, envolvendo nosso planeta num gigantesco incidente diplomático.
Curiosidades: Danny DeVito, Sylvester Stallone, Dionne Warwick, George Lucas e o próprio Steven Spielberg (produtor executivo do filme) são alguns dos famosos citados como sendo aliens disfarçados vivendo na Terra.
Eu devo assistir? Hey, e por que não? Diversão de primeiríssima qualidade.

KULL, O CONQUISTADOR (1997)
Diretor: John Nicolella
Elenco: Kevin Sorbo (Kull), Tia Carrere (Akivasha), Thomas Ian Griffith (General Taligaro).
Do que se trata: Publicado pela Marvel na década de 70, este personagem é outra criação de Robert E.Howard, autor de “Conan”. Mas sem metade da inspiração e carisma. Kull da Valúsia um bárbaro (uau!) que inesperadamente se torna um rei (uau!) dos reinos Thurianos, colônias da Atlântida no continente. Cronologicamente, Kull teria vivido antes da Era Hiboriana, na qual vemos as aventuras de Conan. Podemos dizer até que ele seria ancestral do bárbaro cimério em algum nível.
Sobre o filme:O bárbaro Kull se torna rei depois que vence um monarca em batalha. Mas seus descendentes, em busca da coroa do pai, acabam trazendo de volta à vida a terrível rainha-bruxa Akivasha – que quer trazer seus senhores, os demônios, para dominar o reino. Cabe a Kull parar a maluca, usando o sopro do Deus Volka.
Curiosidades: Inicialmente, seria um terceiro filme do Conan, com Schwarza no papel principal. Mas ele embaçou demais com o roteiro e não rolou.
Eu devo assistir? Kevin Sorbo com protagonista? Tia Carrere como vilã? Tô fora.

SPAWN (1997)
Diretor: Mark A.Z. Dippé
Elenco: Michael Jai White (Al Simmons/Spawn), John Leguizamo (Palhaço/Violador), Martin Sheen (Jason Wynn), D.B. Sweeney (Terry Fitzgerald).
Do que se trata: Um assassino chamado Al Simmons é morto por seu chefe, o terrível Jason Wynn, e acaba voltando à vida como o Spawn, uma criatura com poderes sobrenaturais a serviço do demônio, do capeta, do coisa-ruim, do pé-preto…você sabe quem.
Sobre o filme: Simmons, já na forma de Spawn, recebe a ordem para matar Wynn – mas este faz um pacto com o demônio para espalhar um vírus que pode destruir o mundo, começando o Armageddon que permitiria que o inferno atacasse o céu. Cabe ao soldado Spawn impedir o trágico destino de nosso planetinha.
Curiosidades: O criador do Spawn, o simpático e adorado (cof, cof) Todd McFarlane, faz uma participação especial como mendigo.
Eu devo assistir? John Leguizamo está excelente como Violador. E só. Quase dormi no cinema.

LIGA DA JUSTIÇA (1997)
Diretor: Felíx Enríques Alcalá
Elenco: Matthew Settle (Guy Gardner/Lanterna Verde), Kimberly Oja (Tori Olafsdotter/Gelo, John Kassir (Ray Palmer/Átomo), Michelle Hurd (B.B. DaCosta/Fogo), Kenny Johnston (Barry Allen/The Flash), Miguel Ferrer (O Homem do Tempo/Dr.Eno).
Do que se trata: A reunião dos maiores heróis do Universo DC.
Sobre o filme: Piloto de série para CBS, uma tentativa de fazer uma versão da Liga de DeMatteis, Giffen e Maguire. Traz o grupo lutando contra o terrível Homem do Tempo, que ameaça a cidade de New Metro City com uma série de viradas metereológicas.
Curiosidades: O Lanterna Verde do filme é uma tremenda mistura. A aparência física é do Hal Jordan. A máscara é do Kyle Rayner. E o uniforme e o nome são do Guy Gardner.
Eu devo assistir? Não serve nem para rir. Os heróis estão desempregados, são meio gordinhos e tal. Seria até engraçado. Se não se levasse tão à sério. Aí, fica constrangedor.

NICK FURY (1998)
Diretor: Ron Hardy
Elenco: David Hasselhoff (Coronel Nicholas ‘Nick’ Joseph Fury), Lisa Rinna (Condessa Valentina ‘Val’ de Allegro Fontaine), Sandra Hess (Andrea Von Strucker/Víbora), Neil Roberts (Alexander Goodwin Pierce), Gary Chalk (Timothy Aloysius ‘Dum-Dum’ Dugan).
Do que se trata: O grande herói militar da Marvel, o coronel mal-humorado que comanda a S.H.I.E.L.D., principal organização militar do universo do Homem-Aranha e cia..
Sobre o filme: Outro piloto de série para CBS. Exilado, Fury é convocado novamente para combater a organização terrorista Hydra, trazida das trevas pelos filhos do Barão Von Strucker, que têm um terrível vírus em suas mãos. Ok, então.
Curiosidades: Produzido pelo Avi Arad e com roteiro do David Goyer. Viu como eles também erram?.
Eu devo assistir? David Hassellhoff, meu! O cara do “SOS Malibu”! Nem vou discutir. Quer assistir, o problema é seu. Tomara que o Jim Steranko nunca tenha se dado ao trabalho de ver isso.

ASTERIX E OBELIX CONTRA CÉSAR (1999)
Diretor: Claude Zidi
Elenco:Christian Clavier (Astérix), Gérard Depardieu (Obélix), Roberto Benigni (Lucius Detritus), Michel Galabru (Abraracourcix), Claude Piéplu (Panoramix).
Do que se trata: O império romano cresce como nunca sob o comando de Júlio César. Mas uma pequena aldeia de gauleses, na região que futuramente seria a França, resiste bravamente à ocupação. Mal sabem os romanos que o grande segredo é um baixinho chamado Asterix e uma certa poção mágica…
Sobre o filme: Adaptação aproximada da excelente história “A Cizânia”, na qual o intrigueiro Lucius Detritus é usado para desestruturar o vilarejo dos gauleses e colocar um contra o outro, enquanto os romanos tentam se apossar da poção…e também do fortão Obelix..
Curiosidades: Considerado um dos filmes franceses mais caros da história: US$ 48 milhões.
Eu devo assistir? É bem bacana, igualzinho ao gibi de Goscinny e Uderzo. E que os puristas chatos comam grama pela raiz.

HERÓIS MUITO LOUCOS (1999)
Diretor: Kinka Usher
Elenco: Ben Stiller (Sr.Furioso), Geoffrey Rush (Casanova Frankenstein), Hank Azaria (O Rajá Azul), Janeane Garofalo (Lançadora), Greg Kinnear (Capitão Fantástico/Lance Hunt), William H. Macy (O Escavador).
Do que se trata: Trata-se de um grupo de de heróis absolutamente fracassados: o Sr.Fúria (cujo poder é…bem…ficar bravo), o Rajá Azul (exímio atirador de garfos), o Escavador (que luta usando uma pá), o Ventoso (cuja flatulência derruba qualquer um), a Lançadora (que atira uma bola de boliche que tem o crânio de seu pai dentro) e o Garoto Invisível (que só consegue desaparecer quando ninguém está olhando). Seu mentor é o misterioso Esfinge, que responde a tudo com frases de efeito totalmente clichê e sem qualquer sentido. Gibi publicado pela Dark Horse, escrito pelo impagável Bob Burden.
Sobre o filme: O herói perfeito e absoluto de Champion City é capturado pelo terrível Casanova Frankenstein – depois de libertá-lo graças a falta de supervilões em atividade e que ameaçava suas cotas de patrocínio – que, como era de se esperar, tem seus próprios planos egomaníacos de conquista mundial. Cabe a este bando de heróis perdedores se unirem para salvar o sujeito e impedir as loucuras de Casanova.
Curiosidades: O Dr.Heller é vivido por ninguém menos que o inventivo cantor Tom Waits.
Eu devo assistir? O roteiro é fraquinho e a direção é uma porcaria. Mas tem bons momentos, especialmente graças ao elenco afinado Destaque para o forçado sotaque britânico do divertido Hank Azaria.

WITCHBLADE (2000)
Diretor: Ralph Hemecker
Elenco:Yancy Butler (Sara Pezzini), Anthony Cistaro (Kenneth Irons), Conrad Dunn (Tommy Gallo), David Chokachi (Jake McCartey), Kenneth Welsh (Joe Siri).
Do que se trata: Uma policial gostosona de Nova York acaba encontrando um artefato místico que toma conta de seu corpo e a transforma numa super-heroína com super-poderes e pouquíssima roupa.
Sobre o filme: Enquanto caça os comparsas de Tommy Gallo, um gângster que matou seu pai e seu parceiro e melhor amigo, Sara Pezzini encontra a Witchblade, uma arma ancestral que se torna uma espada, uma armadura, dá poderes paranormais a Sara e ainda vira um minúsculo bracelete.
Curiosidades: Dá para notar claramente que a personagem de Marc Silvestri ganhou trajes menos pornográficos nesta versão – que depois se tornaria um seriado de vida curtíssima.
Eu devo assistir? Olha…o gibi é muito ruim. Mesmo. Pavoroso. Mas a série até que teve bons momentos. Este longa tem detalhes interessantes, apesar da apatia da protagonista.

ESTRADA PARA A PERDIÇÃO (2002)
Diretor: Sam Mendes
Elenco:Tom Hanks (Michael Sullivan), Jennifer Jason Leigh (Annie Sullivan), Paul Newman (John Rooney), Daniel Craig (Connor Rooney), Jude Law (Harlen Maguire).
Do que se trata: Na Chicago da Depressão americana, um garoto descobre que seu pai é um assassino de aluguel. Quando sua mãe e seu irmão mais novo são mortos, ele e o pai partem numa jornada em busca de vingança.
Sobre o filme: Rigorosamente a mesma história, usando a relação de Michael Sullivan, o pai, com o filho e também John Rooney, o mafioso que o ajudou a vida inteira e é a sua própria figura paterna. Apenas Maguire, personagem de Jude Law, foi criado especialmente para o filme.
Curiosidades: O escritório de Frank Nitti, personagem de Stanley Tucci, é baseado no escritório de Jeffrey Katzenberg, executivo da Dreamworks.
Eu devo assistir? Com certeza. A indicação de Paul Newman ao Oscar de melhor ator coadjuvante não foi gratuita, pode ter ser certeza.

O MONGE À PROVA DE BALAS (2003)
Diretor: Paul Hunter
Elenco: Chow Yun-Fat (O Monge Sem Nome), Seann William Scott (Kar), Jaime King (Jade), Karel Roden (Strucker), Victoria Smurfit (Nina).
Do que se trata: Série em três partes publicada pela Flypaper Press, selo da Image Comics, na década de 90. Trata-se da história de um monge lendário que há anos protege um manuscrito ancestral de um temível grupo de nazistas interessados no poder ilimitado que a relíquia pode trazer. O grande problema é que o monge acaba indo parar nos EUA e tem que contar com a ajuda de um jovem ladrão de rua.
Sobre o filme: No gibi, o tal monge é quase uma lenda – e aparece muito pouco, dando lugar ao ladrãozinho para roubar a cena – com o perdão do terrível trocadilho. O filme, no entanto, é focado na relação direta entre Chow Yun-Fat (que usa e abusa de suas habilidades marciais) e Sean William-Scott, entrando na fórmula “choque de culturas entre o ocidente e o oriente” que vemos em produções como “A Hora do Rush”. E o personagem de Scott acaba se tornando o protegido do Monge…e seu futuro sucessor.
Curiosidades: Os efeitos visuais do filme são cortesia da “Boy Wonder Visual Effects”, empresa de Burt Ward (sim, o Robin do batseriado dos anos 60).
Eu devo assistir? Eu ainda prefiro o Jackie Chan e o Chris Tucker.

A GRANDE AVENTURA DE MORTADELO E SALAMINHO (2003)
Diretor: Javier Tesser
Elenco:Benito Pocino (Mortadelo), Pepe Viyuela (Salaminho), Dominique Pinon (Fredy Mazas), Paco Sagárzazu (Calimero, O Tirano), Janfri Topera (Professor Bactério).
Do que se trata: Criados pelo espanhol Francisco Ibáñez Talavera, eles eram inicialmente uma sátira de Sherlock Holmes e Dr.Watson mas, anos depois, ganharam identidade própria: dois agentes-secretos da T.I.A. (Técnicas em Informações Avançadas) sempre se metendo em confusões…especialmente graças aos atrapalhados disfarces de Mortadelo.
Sobre o filme: A DDT, a mais perigosa invenção do Prof.Bactério, foi roubada pelo ditador da Tirania. Super, o chefão da T.I.A., sabe que, se mandar Mortadelo e Salaminho pode colocar tudo a perder. Então, ele envia um detetive chamado Freddy Mazas…que acaba sendo “comprado” pelo ditador. Então, a nossa apatetada dupla vai ter que investigar o caso de um jeito ou de outro…
Curiosidades: Na Espanha, Mortadelo e Salaminho são tão famosos quanto Asterix ou Tintin. No Brasil, foram publicados 29 álbuns da dupla entre 69 e 78, dentro da coleção “Ases do Humor”.
Eu devo assistir? Os fãs estrangeiros adoraram, louvando principalmente a utilização contida de efeitos especiais para dar conta das muitas gags que Ibanez faz nos quadrinhos. Vi alguns trechos e gostei bastante

BLUEBERRY – DESEJO DE VINGANÇA (2004)
Diretor: Jan Kounen
Elenco: Vincent Cassel (Mike S. Blueberry), Juliette Lewis (Maria Sullivan), Michael Madsen (Wallace Sebastian Blount), Ernest Borgnine (Rolling Star), Djimon Hounsou (Woodhead).
Do que se trata: Umas das obras mais conhecidas e menos lisérgicas do francês Moebius – na época, ainda Jean Giraud. A obra, inicialmente apenas desenhada por ele e roteirizada pelo amigo Jean-Michel Charlier, é um western bem diferente dos clássicos “Tex” e “Ken Parker” e conta a história do Tenente Mike Blueberry, um ex-confederado com cara de ator de filme francês (pudera: seu visual é inspirado em Jean-Paul Belmondo) sobrevivendo no meio do bangue-bangue do Velho Oeste ianque. Nota: é impressão minha ou todo francês se chama Jean?
Sobre o filme: Salvo pelos índios em sua juventude, Blueberry vive como xerife de uma pequena cidade, mas tem a sua vida mudada quando surge Wally Blount, um louco em busca de um velho tesouro perdido dos peles-vermelhas, e que traz lembranças de um passado que Blueberry queria esquecer. Caçando o sujeito, Blueberry dá de cara com uma sub-trama envolvendo um alemão chamado Prosit, em sua busca por ouro. Levemente inspirado nas graphic novels “A Mina do Alemão Perdido” e “O Espectro das Balas de Ouro”
Curiosidades: Originalmente, Cassel faria o papel de Prosit – e Willem Dafoe, Val Kilmer e até Benicio Del Toro chegaram a ser considerados para encarnar Blueberry.
Eu devo assistir? Se você gosta de um clássico western, esqueça. O filme só é típico até a sua metade – quando a loucura toma conta e os rituais xamânicos o levam a uma viagem pelo plano astral. Se você topar a ousadia, então vai fundo.

EM PRODUÇÃO:
O GATÃO DE MEIA-IDADE (2006)
Diretor: Antonio Carlos da Fontoura
Elenco: Alexandre Borges (Cláudio/O Gatão), Marisa Orth (Sandrão), Julia Lemmertz (Beth), Ângela Vieira (Marisa), Ilka Soares (Dona Alda)
Do que se trata: Criação do cartunista Miguel Paiva, da série “Radical Chic”, para falar sobre o universo masculino, usando como estrela um sujeito quarentão e ainda solteiro, disposto a curtir a vida e se aventurando em diversos relacionamentos.
Sobre o filme: Trará três séries dos quadrinhos:na primeira, ele namora uma garota bem mais jovem; na segunda, o Gatão, a namorada e a filha dela vão para Miami; e, no terceiro, ele encontra Sandrão, sua grande amiga (?) motoqueira.
Curiosidades: Tá tudo em família, já que Julia Lemmertz, que vai interpretar a ex-mulher de Cláudio, é mulher de Alexandre Borges na vida real, enquanto Ângela Vieira é a esposa do criador Miguel Paiva.


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