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Ok, ok, ok. É fato que Batman Begins, a quinta produção da franquia cinematográfica do Morcegão, é um dos filmes mais aguardados do ano. A bilheteria deve ser estrondosa, monumental, suficiente para deixar os executivos da Warner sorrindo de orelha a orelha (como se Matrix e Senhor dos Anéis não tivessem sido suficientes). As exaltadas reações dos usuários d’A ARCA a cada novo vídeo e/ou foto da película já davam conta de toda a excitação em torno do filme. E temos certeza de que esta deve ser, sem dúvida, uma das críticas com o maior número de comentários em toda a história do site.
Exatamente por termos consciência da importância desta produção para o público nerd como um todo, resolvemos fazer uma crítica diferente do que você vai ler por aí. Mandamos, para conferir o filme, dois membros do nosso staff: Emílio Elfo, fanático por quadrinhos e DCnauta de plantão, e a Srta.Ni, que não lê quadrinhos de super-heróis e fica boiando toda vez que o assunto vêm à tona nas reuniões de pauta d’A ARCA. A nossa proposta de crítica é, na verdade, uma conversa entre os dois por meio de um software de comunicação instântanea. O resultado, que você confere aí embaixo, é um divertido balanço daquele que promete ser o filme do ano. Confira:
Emílio Elfo diz:
Então, Srta. Ni, se quiser começar, escolha um tópico qualquer do filme.
Srta.Ni diz:
Começa você. =)
Emílio Elfo diz:
Ok. Então é o seguinte: adorei o filme. Mesmo. Só que pra começar, quero esclarecer uma coisa. Várias pessoas me perguntam: “E aí? É bom mesmo? É melhor que Homem-Aranha 2? É melhor que X-Men 2?” – e eu digo: não, não é melhor que nenhum desses dois filmes e a comparação é injusta. E digo isso porque ambos são filmes que não precisam contar a origem dos personagens. É só começar a aventura e pronto. Já se compararmos com filmes de origem, que é o caso de Homem-Aranha 1 e X-Men 1: sim, é beeeeeeeeeem melhor.
Srta.Ni diz:
Eu não diria que é beeeeeeeem melhor que “Homem-Aranha”, pra ser sincera. Digamos assim, cada um tem a sua linguagem. O Batman é menos “feliz” que o Homem-Aranha, é claro. Mas os dois têm em comum a idéia de mostrar o início da carreira dos super-heróis. O bacana de Batman Begins é exatamente isso: é um filme de origem, como você disse. Ele me fez aprender a respeitar um pouquinho mais o Batman. Mostra bem mais que os anteriores o porquê de algumas neuroses do Homem-Morcego (me referindo a neuroses coisas como “a obsessão eterna pela morte dos pais e o medo dos morcegos”). Só lembrando que o Emílio Elfo realmente é fã do Batman, e eu não sou assim a pessoa que mais entende de quadrinhos daqui. =)
Emílio Elfo diz:
Olha, vou te dizer um dos aspectos do porque é melhor do que o “Homem-Aranha 1” sim. O filme do aracnídeo tem um ótimo desenvolvimento de personagem, um psicológico bem trabalhado. Nas HQs, realmente o Aranha é o mais humano dos personagens. Só que, depois de “Batman Begins”, comparando Bruce e Peter, me desculpe, as neuroses de Bruce e como ele vai formando seu código de honra pessoal botam o Aranha no chinelo. Dá pra ver em cada cena com Christian Bale, seja no papel de Bruce ou Batman, que o cara é perturbado, que ele tem realmente problemas. E o pior: como Batman, ele não precisa fazer nada, pois só de olhar nos seus olhos você pede uma cueca nova. De tal forma, creio que nesse aspecto (principalmente), “Batman Begins” é muito mais objetivo, vai muito mais no ponto. O engraçado é ver que, com todas essas neuras, o Batman acaba se mostrando um personagem muito mais humano do que o Aranha. Ao menos, nos filmes.
Srta.Ni diz:
E, como você mesmo disse, nesse filme vemos o Batman desajeitado, em início de carreira.
Emílio Elfo diz:
Exato! Desajeitado como o Aranha foi no primeiro filme!
Srta.Ni diz:
Aliás, não era dúvida que eu falaria isso… o Christian Bale, além de tudo (sim, ele é perfeito), é um ator E TANTO. Quem assistiu a O Operário, com o cara absurdamente magro, vai levar um susto quando vir uma cena em que Bruce aparece sem camisa. Ele comeu muito arroz com feijão.
Emílio Elfo diz:
Ele é desajeitado em tudo: exemplo 1 – quando ele pula de um prédio, tem uma cena em que ele cai numa escada de incêndio e se machuca! Exemplo 2 – o Lucius Fox (Morgan Freeman) está discutindo como funcionam os brinquedos que futuramente serão as ferramentas de Batman e Bruce pergunta: “É pra eu entender tudo isso?” – ou seja, ele ainda não é o gênio da ciência que é nos quadrinhos, mostrando que ele ainda vai aprender a lidar com soluções químicas, física, todo esse tipo de coisa, embora ele seja sim muito inteligente e manje o básico disso tudo. Outra: ele ainda não é o detetive que todos conhecemos. Ele é bastante lógico e tal, mas ainda é desajeitado também como detetive.
Srta.Ni diz:
Sim sim, e eles fazem isso sem deixar o personagem tosco também… inclusive explicam a origem da roupa do Batman, pra quem não sabe. Como ele confeccionou todos seus equipamentos… Eu não sei se isso é contado nos quadrinhos. Tudo é explicado, com soluções lógicas, nenhuma avacalhação que nos remeta a… batcartões de crédito, por exemplo. Mas não é melhor a gente antes dar uma geral na história do filme?
Emílio Elfo diz:
Acho melhor falar da história só pro final, quando dermos a “conclusão” da coisa. Sobre os equipamentos e tal. Tudo é explicado de forma coerente. Você leu o prospecto de imprensa que a Warner distribuiu para os jornalistas?
Srta.Ni diz:
Não.
Emílio Elfo diz:
Lá diz que a parte da capa ficar rígida para ele planar realmente é de verdade! Segundo o prospecto, a equipe de produção criou um tecido feito de náilon de pára-quedas que foi coberto eletroestaticamente e ganhou um acabamento aveludado. Ou seja: a capa realmente enrijece como se vê no filme e as cenas dele planando são de verdade! Bale foi protegido apenas por cabos! Nada daquilo é CG! Ou seja, os brinquedos funcionam!
Srta.Ni diz:
Mágico! Isso eu ia perguntar pra você, também. O Batman também “voa” assim nos quadrinhos? Porque achei sensacional essa idéia. Um cara cheio das tecnologias como ele não ia ficar dependendo de uma capa idiota e sem explicação, se pendurando e praticando rafting nas ruas de Gotham…
Emílio Elfo diz:
Só que eu preciso te explicar que nos gibis a capa é usada como objeto de ocultação, ou seja: para ele se esconder melhor e para os oponentes não verem que ele tá pegando algo no cinto de utilidades. Opa, isso me lembra outra coisa!
Srta.Ni diz:
Diga! =D
Emílio Elfo diz:
Reparou que nenhum dos brinquedos, desde os batrangues, passando pelo batmóvel e até pela batcaverna, recebem esses nomes ridículos? Muito pelo contrário: não possuem nome algum?
Srta.Ni diz:
Mesmo… tudo parte da campanha “vamos salvar a dignidade do Batman no cinema”. E digamos que serviu, né? Embora eu até tenha concordado e rido muito naquela parte em que Bruce diz que “um sujeito que sai por aí vestido de morcego só pode ter problema”.
Emílio Elfo diz:
Faz parte do disfarce de Bruce. Aliás, esse é um ponto que eu queria discutir. Há uma cena em que Bruce se finge de bêbado para expulsar todo a nata burguesa de Gotham de sua mansão e você vê na interpretação de Bale que Bruce não está confortável fazendo aquilo. É mágico demais. Só que é melhor mudar o foco dos personagens. Já tá dito: Bale é O Batman! Que tal, agora, o Alfred?
Srta.Ni diz:
Tirou as palavras da minha boca. Era dele que eu ia falar agora. O Alfred… é o melhor. Além de ser responsável por mais da metade das piadas do filme (ele é inglês, certo?), ele é SEMPRE o mais sensato. É como digo: se ele fizesse alguns bons treinos e usasse um uniforme seria um herói mais bacanudo do que o Batman… é ele quem traz o Bruce de volta à vida real na maioria das vezes… ao menos no início de sua vida dupla Batman/Bruce.
Emílio Elfo diz:
Isso mesmo! Alfred é a figura paterna de Bruce. É quem nunca vai desistir de Bruce, cuidando dele como um filho. Alfred acha a idéia de Bruce se tornar um vigilante totalmente infantil, mas como um pai, ele está lá para ajudar o “filho” a alcançar seus objetivos. E sim, é ele que traz Bruce de volta à realidade quando ele está prestes a cruzar a linha tênue entre o bem e o mal, o que fica presente no clima do filme inteiro. Fora o fato de que Michael Caine na pele do mordomo arrasou!
Srta.Ni diz:
Claro, estamos falando do Michael Caine! =D Já o nosso querido Gary “Sirius Black” Oldman está irreconhecível e maior legal como o Gordon. Só estranhei que ele parece ter rejuvenescido das cenas de flashback para o presente do filme.
Emílio Elfo diz:
Meu, é o Gary Oldman, o cara é um camaleão! E sim, ele é o Gordon que conhecemos dos quadrinhos. Ele é o Gordon de Batman – Ano Um cuspido e escarrado. Só que tem uma coisa que curti mais ainda do que só a aparência e a interpretação dele. A relação Gordon/Batman.
Srta.Ni diz:
Achei que eles podiam ter explorado um pouco mais isso… foi muito “Tchum! Oi, eu sou um sujeito sinistro que apareço aqui! Você é um bom policial. Confia em mim?” Só não imagino como poderiam ter explorado mais isso. Pelo menos colocado mais uma cena em que o Gordon desconfia dese novo “amiguinho”. Se bem que o pobre tenente Gordon já não tinha mais esperanças, na Gotham City decadente e corrupta.
Emílio Elfo diz:
Aí é que está! O Gordon de Oldman está desconfortável e meio perdido quando Batman está por perto! Ele não sabe quem é o sujeito que se veste de morcego, o que ele quer, quais são seus objetivos reais. Exatamente como em “Batman – Ano Um”! E outra, ele começa o filme como sargento e não como tenente!
Srta.Ni diz:
Ah, eu sei disso…. Então, quer dizer que estava beeeeeem fiel ao “Batman – Ano Um”?
Emílio Elfo diz:
Não totalmente, mas a essência está lá! Existem algumas cenas-chave de “Batman – Ano Um” que estão lá (um pouco modificadas, mas estão)? Sim, existem essas cenas, mas o clima inteiro do filme é igual ao dessa história dos quadrinhos. E o interesse romântico? O que achou de Rachel Dawes (Katie Holmes)?
Srta.Ni diz:
Bem… gosto de personagens femininas assim como ela, que não servem simplesmente pra enfeitar a tela e ficar se jogando pra cima do protagonista. Rachel Dawes é uma promotora que ainda não se corrompeu na bagunça da política da cidade, e não é aquela “dama indefesa… Se bem que exageraram um pouquinho nesse negócio de não ser uma “dama indefesa” em umas partes. Que não podemos contar, pois seria spoiler. =) E a Katie Holmes é simpática.
Emílio Elfo diz:
Ah sim, mas tem uma coisa que gostei muito além dessas coisas que você citou. Assim como Alfred traz Bruce de volta à realidade quando ele fica cada vez mais perdido e psicótico, é Rachel que ensina a Bruce a diferença entre justiça e vingança. No final das contas, é ela que ajuda Bruce a definir seu código de honra pessoal. Fora o fato de que ela só gritou uma vez no filme inteiro. Resumindo, ela não é enfeite! Tem conteúdo!
Emílio Elfo diz:
E Ra’s Al Ghul? Eu acho melhor ficarmos caladinhos para não estragar a surpresa…
Srta.Ni diz:
Ah, mesmo. Tinha me esquecido disso. A frase “o que você é não se define pelo que é por dentro e sim por suas ações” (ou coisa parecida) é dela! É meio o que resume a mensagem do filme… junto com a demonstração da grande diferença entre JUSTIÇA e VINGANÇA – que também saiu da boca dela.
Emílio Elfo diz:
É isso aí, mas e o Ra’s?
Srta.Ni diz:
É melhor nem falar dele aqui que já é prenúncio de spoiler, é melhor que nem saibam que tem surpresa. =)
Emílio Elfo diz:
Então vamos passar para o Espantalho?
Srta.Ni diz:
O Espantalho. Dá medo na primeira aparição dele. Ainda mais porque eu não tinha visto spots nem trailers nem nada. E ele nem é assim tão importante para a história quanto diziam!
Emílio Elfo diz:
Peraí! Depende…
Srta.Ni diz:
Quer dizer..
Emílio Elfo diz:
O vilão principal é Ra’s? Sim, é ele, mas sem o Espantalho, Ra’s não teria como realizar seu plano.
Srta.Ni diz:
É, escrevi sem pensar. Ele é importante SIM. Mas não exatamente.
Emílio Elfo diz:
Ele é uma ferramenta de Ra’s. Ponto. Agora, sobre Cillian Murphy interpretando… o cara deu nova vida ao Espantalho. Nos quadrinhos, o Dr. Crane é um cara frágil fisicamente e abalado psicologicamente. Ok, no filme ele não tem ações físicas, exatamente como nos quadrinhos, mas o psicológico dele…
Srta.Ni diz:
Nunca tinha visto esse ator. Verdade. Ele é bom.
Emílio Elfo diz:
Só senti falta de uma coisa no Espantalho.
Srta.Ni diz:
O quê? O cérebro? =D hahahah, ok, essa foi péssima.
Emílio Elfo diz:
Ok, ele é pirado, mas… por quê? Explicou? Não.
Srta.Ni diz:
Ele não é pirado. Ele quer deixar os pacientes do Asilo Arkham loucos, para… para…
Emílio Elfo diz:
Ok, não conte.
Emílio Elfo diz:
Mas enfim, alguém que quer fazer o que ele queria fazer e age do jeito que age não é normal. Sim, ele é pirado. Agora… por quê? Ele é só um cara louco e… ponto.
Srta.Ni diz:
Bem… se eu seguir a lógica de meu conhecimento de vilões de Batman de filmes anteriores, poderia chutar que um dia ele foi deixado quase morto em uma fazenda e foi criado por espantalhos…. o_O
Emílio Elfo diz:
Fora isso, esse lance de não explicar o porquê dele fazer o que faz, o Espantalho tá muito legal, embora eu não ache que os fãs irão gostar do desfecho dele.
Srta.Ni diz:
Bem, nem eu que não sou fã gostei.
Emílio Elfo diz:
Pois é. Agora que tal discutirmos o ponto preferido do seu El Cid que nós esquecemos (embora já tivéssemos falado dos brinquedinhos do Batman): o Batmóvel?
Srta.Ni diz:
Você quer dizer… o TUNNING do Batman? =D
Emílio Elfo diz:
Na verdade, o nome é “tumbler”.
Srta.Ni diz:
Enfim… já disse que não gostei daquele carro. Pra começo de conversa, acho que um super-herói que quer ser discreto e preservar sua identidade secreta não devia ter um carro. Então, me vem o Batman com aquele… tanque! Gotham City inteira pára, vira, e diz: ah, é o Batman em seu tanque preto.
Emílio Elfo diz:
Vou dar uma de Ciclope agora: “E o que você queria? Um carro conversível com uma sirene no topo?”
Emílio Elfo diz:
Eu adorei o Batmóvel!
Srta.Ni diz:
Mas é exatamente isso que estou falando: só faltou ele colocar uma sirene e gritar “gente, eu sou o Batman, eu ando com meu carrão pelos telhados de Gotham!”
Emílio Elfo diz:
Você combate o crime e os bandidos vão vir com tiros, bazucas, granadas e o que mais puderem pra acabar com a sua raça. Tu prefere um carro estiloso ou algo que te proteja? Tem que ser um carro bélico, não tem jeito! E outra, ele não é tão evidente assim. A polícia mesmo perdeu ele de vista, na escuridão quando o perseguia!
Srta.Ni diz:
Claro que os outros carros são estilosos =)… e claro que um tanque todo preto é muito mais sensato que um carro estiloso. Mas… é muito exagero. O Batman atropelando carros da polícia? Nhé. Mas dê um desconto, porque não gosto de perseguições de carros em filmes. Sem contar que ele se defende muito bem sem aquele tanque, não? Apesar dos desajeitos do começo de vida como o Batman, ele é o cara. Aliáás… as cenas de luta são MUITO BOAS. Principalmente as do início, quando ele está sendo treinado pelo Liam Neeson (sempre o mestre =D). O que é aquela luta na sala do Ra’s?? É lindo.
Emílio Elfo diz:
Concordo, aquela sequência da “formatura” dele é sensacional! E o que você achou de Gotham City?
Srta.Ni diz:
Eu fiquei meio confusa, na verdade. Achava que era algo antigo, estilo década de 40, mas é modernosa. Aliás, é atemporal, eu diria. Eu gostei bastante.
Emílio Elfo diz:
Quando Gotham surgiu nos quadrinhos era como seu fosse uma réplica de Nova York, só que mais gótica. E no filme é assim, mas sem ser exagerado. Dá pra sentir a pobreza, a corrupção, a miséria, a decadência só de olhar. E nem precisou de arquiteturas bizarras para isso.
Emílio Elfo diz:
Mas ainda enxergo dois defeitos no filme…
Srta.Ni diz:
Um deles é o déja vu, certo? =)
Emílio Elfo diz:
Isso! Há umas 4 ou 5 cenas que são 90% iguais a cenas do primeiro Batman da “Era Tim Burton”. Aí dá uma sensação de “já vi isso antes”.
Srta.Ni diz:
Isso é mesmo. E eu sei que isso também existe nos quadrinhos, mas… todos os filmes do Batman têm fumaças assassinas. Todos! Já era hora de ele acoplar uma máscara de gás no uniforme…
Emílio Elfo diz:
Hehe… só que, que culpa tem o escritor David Goyer de que tanto o Espantalho quanto o Coringa (no filme de Bruton) usam gás?
Srta.Ni diz:
Falta de criatividade. =) Mas me diga qual é o outro defeito?
Emílio Elfo diz:
Mas não é nem isso que estou falando e sim, por exemplo, pelo fato de Rachel acabar entrando na batcaverna. Vicky Vale (Kim Basinger) entrou, Rachel também!
Emílio Elfo diz:
O outro defeito é a trilha sonora. Ela é eficiente e… só!
Srta.Ni diz:
Ah é! Mesmo! Nem se compara ao Danny Elfman, é claro. Uma trilha sonora tem que ter pelo menos uma música tema que marque. Mas não lembro de nenhuma cena em que a trilha me chamou atenção.
Emílio Elfo diz:
Pois é, falta um “tema” forte, algo que você escute e diga: “Batman!”, exatamente como a música principal de Star Wars ou do Superman. A música assustou quando tinha que assustar e criou um clima de mistério quando tinha que ter mistério e foi relax quando tinha que ser e só.
Srta.Ni diz:
Pra mim, eles deviam ter mantido a do Danny Elfman… isso também me incomodou muito nos Episódios I, II e III… cadê a música principal?
Emílio Elfo diz:
Basicamente já discutimos quase tudo, não? Só falta o enredo! Que tal você escrever? As damas primeiro!
Emílio Elfo diz:
Ah e sim, falta a minha reação antes, durante e depois do filme, como fã, né? Hehe…
Srta.Ni diz:
Ah, bem. Você se comportou, para quem estava quase tendo um treco e amaldiçoando cada minuto que passava a mais antes do filme começar. O engraçado foi ver todo mundo saindo da sala com um sorrisão. Digamos que nosso amigo Emílio Elfo parecia uma criança feliz e saltitante e ficou soltando interjeições de emoção (!) durante todo o caminho de volta. =D
Emílio Elfo diz:
E a história?
Srta.Ni diz:
Mas… vamos à história. Eu começo e você continua. Bem, como a gente já disse, “Batman Begins” narra o início do Batman (ah, jura?!). Então, logo nas primeiras cenas vemos uma mistura de flashback, em que Bruce é treinado pelos… (é o quê “da Sombra”, mesmo, Emílio?) e ao mesmo tempo lembra dos episódios passados em sua vida: sua infância, a morte dos pais, sua rápida passagem pelo mundo do crime.
Emílio Elfo diz:
É a “Liga das Sombras”. Por favor, continue.
Srta.Ni diz:
Como devem saber, o líder dessa Liga é o Ra’s al Ghul, que não se apresenta como vilão logo no início. Quando está prestes a terminar seu treinamento e se tornar um membro da Liga, Bruce Wayne percebe que toda a ideologia deles ia contra seus princípios, baseada simplesmente no “vamos matar os ladrões e assassinos, pois são do mal e merecem morrer”. Assim, devidamente treinado, ele se nega a cumprir o último passo para se tornar membro, causa um “motim” e vai embora para sua casa, em Gotham – de onde estava longe havia sete anos. Lá, é recebido pelo Alfred e por Rachel, e já começa a ter idéias… a pensar. =) Não demora muito, e Bruce Wayne já decide que quer se tornar um combatente do mal, que leve medo aos bandidos, mas sem as insanidades da Liga das Sombras, claro…
Srta.Ni diz:
Ok, continue você, por favor. =)
Emílio Elfo diz:
Vamos lá: a partir daí, Bruce vai construindo seu código de honra e seu jeito de agir baseado nas experiências que ele atualmente vive com Alfred, Rachel e com os bandidos de Gotham. Inclusive ele chega a viver no meio deles e a encarar Carmine Falcone (Tom Wilkinson), o maior gângster de Gotham, frente a frente. Só que conforme as coisas vão acontecendo e Bruce vai tentando se acertar como Batman, ele cruza o caminho de Espantalho, um louco que quer deixar todos em Gotham malucos e apavorados com seu gás do medo. Porém, os planos do Espantalho não se resumem a isso, pois Ra’s também está metido nisso tudo. Conforme Batman vai tentando deter o Espantalho e Ra’s, ele vai percebendo o que é preciso para realmente salvar a cidade e agir da maneira correta.
Srta.Ni diz:
É claro que se o Zarko estivesse conosco ia falar que o filme estava cheio de clichês. =)
Emílio Elfo diz:
Ele nem é leitor assíduo de quadrinhos! Você já tem mais mente aberta!
Srta.Ni diz:
Hehe… e o saldo geral? O filme superou suas expectativas?
Emílio Elfo diz:
Um pouco sim. É que eu sabia que é filme de origem, ou seja, dificilmente seria melhor do que “Homem-Aranha 2” ou “X-Men 2”. Digamos que é quase tão bom quanto.
Emílio Elfo diz:
E vai, minhas expectativas eram altíssimas! Digamos que devido à sensação de deja-vú e à trilha sonora, dou um 9,0 pro filme. De resto, é mágico, sensacional, maravilhoso… enfim, o filme que o personagem merecia faz tempo!
Srta.Ni diz:
Eu não posso dizer que ele superou as minhas expectativas, já que não tinha muitas. Como não sou fã do personagem, não esperava nada além de um bom filme. E foi o que vi, um filme muito bom! Não só para fãs, mas também pro “público leigo” como eu. E olha que, quando se trata de filmes recentes de heróis, eu só abro exceções até agora para Homem-Aranha e Batman.
Emílio Elfo diz:
Não para “X-Men 2”?
Srta.Ni diz:
Eu não vi X Men 2.=) E diria mais: é mágico, sensacional, maravilhoso… enfim, o filme que o personagem merecia faz tempo! E olha que eu nem odeio tanto assim os filmes anteriores dele.
Emílio Elfo diz:
Ok, então assista “X-Men 2”! Bom, acho que acabamos, não?
Srta.Ni diz:
E eu acho que ficou muito bom!
Emílio Elfo diz:
Então… p-p-por hoje é s-só pessoal!
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Batman Begins (Título original: Batman Begins) / Ano: 2005 / Produção: EUA (Warner Bros.) / Direção: Christopher Nolan / Elenco: Christian Bale, Liam Neeson, Michael Caine, Morgan Freeman, Rutger Hauer, Katie Holmes, Ken Watanabe e Cillian Murphy / Música: James Newton Howard e Hans Zimmer
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