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Artigo adicionado em 15/06/2005, às 12:15

BATMAN VERSÃO ANIMADA
As encarnações do homem-morcego nos desenhos animados :: ESPECIAL BATMAN BEGINS: Clique aqui para voltar Tá, como se a passagem do Cavaleiro das Trevas pelos desenhos animados seria deixada de lado aqui n’A ARCA! Sem choro nem vela, vamos voltar algumas décadas e ver como foram as participações do morcego nas telinhas, desde a primeira […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


:: ESPECIAL BATMAN BEGINS: Clique aqui para voltar

Tá, como se a passagem do Cavaleiro das Trevas pelos desenhos animados seria deixada de lado aqui n’A ARCA! Sem choro nem vela, vamos voltar algumas décadas e ver como foram as participações do morcego nas telinhas, desde a primeira aparição no final dos anos 60 até os dias de hoje:

:: THE BATMAN / SUPERMAN HOUR (1968)
Dividindo a tela com o Superman, o morcego fazia sua estréia nos desenhos animados. Produzido pela Filmation (a mesma que, anos mais tarde, criaria os clássicos He-Man e Os Mestres do Universo, BraveStarr e Fat Albert and The Cosby Kids) e exibido pelo canal norte-americano CBS, os 36 episódios do morcegão – com 12 minutos de duração – consistia em dois segmentos, um apenas apresentando o Batman, e o outro apresentando o Cavaleiro das Trevas ao lado de Robin.

Vale notar a presença do dublador Casey Kasem – a voz original do Salsicha, o magrelo comilão amigo do cachorro Scooby Doo – como a voz de Dick Grayson/Robin.

:: THE ADVENTURES OF BATMAN (1969)
Na segunda temporada, o azulão acabou jogado para escanteio, e Batman ocupou todo o programa, que acabou renomeado para “The Adventures of Batman”. De qualquer maneira, não há novidades aqui: os episódios foram simplesmente reprises da temporada antiga.

:: THE NEW SCOOBY-DOO COMEDY MOVIES (1972)
Não, meu caro, você não leu errado. Batman, sempre acompanhado de Robin, já dividiu a tela com Scooby-Doo, Salsicha, Fred, Daphne e Velma. Isso aconteceu na série “The New Scooby-Doo Comedy Movies”, de 72, nos episódios “The Dynamic Scooby Doo” e “The Caped Crusader Caper”. Nessa série – que durou duas temporadas – Scooby e seus amigos contracenaram com diversos convidados especiais, incluindo Os Três Patetas, A Família Adams, Josie e as Gatinhas, O Gordo e o Magro e até os jogadores de basquete malucos do Harlem Globetrotters, entre muitos outros.

:: SUPER AMIGOS (Super Friends, 1973)
Esse aqui não tem quem não conheça! ^_^ Um cláááááásico das manhãs da Rede Globo, a série pode ser resumida como uma “Liga da Justiça para crianças”. Além de Batman e Robin, muitos dos medalhões do universo DC estavam lá: Superman, Mulher-Maravilha, Aquaman, Flash e Homem-Borracha, além de contar com a presença de Jonathan e Martha Kent, os pais terrestres de Clark Kent; o editor do Planeta Diário, Perry White; os pivetes Wendy Harris e Marvin White e o Cão Maravilha(!).

Os personagens deixaram a Filmation e começaram a ser produzidos pela Hanna-Barbera. A série, com uma hora de duração, teve o design dos personagens adaptados por Alex Toth, o criador do Space Ghost, que também era o supervisor de animação. O roteirista da DC Carmine Infantino participou da série como consultor. Casey Kasem voltou a emprestar sua voz para Robin, além da voz do computador da Sala de Justiça e também como o pai kryptoniano de Clark, Jor-El. Além de Kasem, Frank Welker, outro famoso dublador norte-americano (conhecido por emprestar sua voz para animais e seres bizarros, como o cachorrinho Bandit, de As Novas Aventuras de Jonny Quest, e para o Macaco, de O Laboratório de Dexter), participou da série, emprestando sua voz para Marvin e para o Cão-Maravilha.

O morcego e o garoto-prodígio não mudaram em nada em relação à série antiga. O look anos 60 ainda reinava, assim como a personalidade dos personagens.

:: THE ALL-NEW SUPER FRIENDS HOUR (1977)
Nos Estados Unidos, a série “Super Friends” teve várias temporadas, que acabaram sendo exibididas por aqui sob o mesmo título: “Super Amigos”. A segunda temporada, conhecida como “The All-New Super Friends Hour” – que só foi produzida depois dos altos índices de audiência que as reprises de “Super Friends” tiveram em 1976 – é uma das mais lembradas aqui no Brasil, já que introduziu os personagens Zan e Jayna Wonder, os conhecidos Super Gêmeos (aqueles alienígenas azuis que tinham o poder de se transformar em água e em animais, respectivamente) e o macaquinho Gleek.

Além disso, diversos novos super-heróis apareceram na série: Raio Negro (Black Vulcan), Gavião Negro (Hawkman), Mulher Gavião (Hawkgirl), Chefe Apache (Apache Chief) e Samurai.

Ainda produzido pela Hanna-Barbera, essa temporada foi a mais longa dos Superamigos, com um total de 60 episódios.

:: O DESAFIO DOS SUPER AMIGOS (The Challenge of the Super Friends, 1978)
Em “The Challenge of the Super Friends”, os episódios eram mais próximos às histórias em quadrinhos, e mostravam os heróis lutando contra a Legião do Mal, uma liga de super-vilões – composta por Solomon Grundy, Capitão Gelo, Espantalho, Sinestro, Bizarro, Brainiac e muitos outros – comandada por ninguém mais ninguém menos que Lex Luthor. Os Supergêmeos não apareceram nessa temporada da série.

A série ganhou 30 novos episódios de meia-hora, mas acabou fazendo tanto sucesso que os episódios eram exibidos diariamente em durante 90 minutos.

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:: THE WORLD’S GREATEST SUPER FRIENDS (1979)
Com apenas 8 novos episódios, a quarta temporada de “Superamigos” trouxe os Supergêmeos de volta, tirou a Legião do Mal e praticamente matou a participação especial de super-heróis. De 1980 a 1984, as reprises dos episódios antigos foram chamados simplesmente de “Os Superamigos”.

:: SUPER FRIENDS: THE LEGENDARY SUPER POWERS SHOW (1984)
A quinta temporada só voltou a ser produzida em 84, e o show ganhou um novo nome para acompanhar a nova série de brinquedos da fabricante de brinquedos Kenner, os Super Powers. Essa série é muito conhecida dos nerds por aqui, já que os brinquedos foram trazidos pela Estrela e foram muito populares.

No desenho animado – ainda nas mãos da produtora Hanna-Barbera – vale citar a participação de Nuclear (Firestorm) e do vilão Darkseid. A temporada teve 16 episódios de meia-hora.

:: THE SUPER POWERS TEAM: GALACTIC GUARDIANS (1985)
A última temporada da formação “Super Amigos” possui apenas 10 episódios de meia-hora de duração, e apresenta novos heróis, como o Lanterna Verde e o titã Ciborgue (Cyborg). De todas as temporadas de “Superamigos”, essa pode ser considerada a mais fiel aos quadrinhos da Liga da Justiça da época.

:: BATMAN: A SÉRIE ANIMADA (Batman: The Animated Series, 1992)
Agora pára tudo! Não dá para passar batido nessa que é considerada, até o momento, a melhor adaptação do Cavaleiro das Trevas para outra mídia além das HQs. Batman: The Animated Series, criada pelo produtor e roteirista Paul Dini e pelo desenhista e character designer Bruce Timm é a prova cabal de que é possível, sim, criar uma adaptação tão boa (e, em alguns momentos, ainda melhor) quanto a original.

Bebendo na fonte do estilo noir do cinema dos anos 40 – incluindo aí a famosa versão animada do Superman criada pelos irmãos Fleischer – Timm levou à risca os custos e dificuldades em fazer animação ao usar traços simples e estilizados para os personagens, contrastando com um cenário sombrio e sujo, que o próprio artista chamou de “dark decó”. Na época trabalhando como desenhista de storyboards do desenho Tiny Toons, Bruce Timm recebeu a notícia de que a divisão de animação da Warner Bros. estava montando um time para desenvolver desenhos animados baseados no morcego. A dedicação do artista o levou a produzir o desenho, junto com Eric Radomski, E o resto? Bom, o resto é história.

Exibido inicialmente pela Fox norte-americana, “Batman: TAS” quebrou diversos paradigmas: foi um dos primeiros desenhos animados norte-americanos com uma temática mais adulta a ser transmitido na tv, enquanto Os Simpsons ainda galgava em sua segunda temporada. Outro fato interessante de notar é Harley Quinn, a Arlequina (criação de Paul Dini), a palhacinha ajudante do insano Coringa, que fez tanto sucesso que foi incorporada à cronologia dos quadrinhos. Isso sem falar na nova visão dada a alguns personagens clássicos do universo do Batman, seja no visual ou na personalidade de alguns vilões;: Mr. Freeze por exemplo, sempre mostrado como um velho cliché de cientista maluco nas HQs, ganhou profundidade psicológica ao lutar pela cura da doença de sua esposa, Nora Fries.

A série chegou até a ganhar um Emmy, o Oscar da televisão norte-americana, na categoria PROGRAMA DE ANIMAÇÃO com duração inferior a uma hora (OUTSTANDING ANIMATED PROGRAM for programming one hour or less) em 1993. Também, com um time criativo que contava até mesmo com Mark Hammill, o eterno Luke Skywalker da trilogia clássica de Star Wars, emprestando sua voz para o maior vilão do homem-morcego, o Coringa, seria impossível da série não estourar. ^_^

Depois de 60 episódios na primeira temporada, o sucesso foi tanto que a Warner não perdeu tempo e preparou um longa-metragem animado para os cinemas…

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:: BATMAN: A MÁSCARA DO FANTASMA (Batman: Mask of The Phantasm, 1993)
A segunda temporada de “Batman: TAS” chegava às TVs norte-americanas com mais 10 novos episódios, o primeiro longa-metragem animado da série estreava nos cinemas norte-americanos em 93, deixando todos os fãs ansiosos com a primeira incursão animada do Morcego nas telonas.

Originalmente programado para ser lançado em vídeo, o filme apresentava um novo vilão, Fantasma, que chega em Gotham City e começa a matar grandes chefões da máfia. O estilo lembra muito o morcego, o que faz a polícia ficar no encalço de Batman. O que Batman não sabe é que o novo meliante tem ligações com o passado de Bruce Wayne, quando o milionário ainda não havia vestido o manto do Cavaleiro das Trevas e tinha dificuldade de fazer os bandidos sentirem medo do novo vigilante de Gotham.

O filme foi muito bem recebido pela crítica (na época, todos falavam que era o melhor filme do Batman já feito, batendo de longe os filmes de Tim Burton e as porcarias de Joel Schumacher) e pelos fãs – sim, o longa é legal pacas! – mas deu um retorno muito mixo nas bilheterias norte-americanas. Mais uma vez, uma das possíveis causas disso ter acontecido foi a má divulgação feita pelo marketing da Warner que, anos depois, voltou a repetir o mesmo erro (com o fantástico Gigante de Ferro, de Brad Bird, diretor d’Os Incríveis).

Mas nem mesmo essa leve escorregada afetou a trajetória da série animada…

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:: AS AVENTURAS DE BATMAN E ROBIN (The Batman And Robin Adventures, 1994)
Depois de 70 episódios e muito sucesso, a terceira temporada de “Batman: TAS” vem reformulada e com um novo nome: As Aventuras de Batman e Robin. Mostrando que a parceria Timm/Dini/Radomski/Burnett (Alan Burnett, também produtor da série) não era fogo de palha, eles introduziram novos vilões à série, como o assassino Bane, sem falar na presença constante de Robin.

“As Aventuras…” teve duas temporadas, adicionando mais 15 episódios à série. Mesmo assim, não houve mudanças significativas. Pelo menos não até 1997…

:: SUPERMAN: A SÉRIE ANIMADA (Superman: The Animated Series | Superman, 1996)
Ora bolas: se a fórmula deu certo com o Homem-Morcego, por que não tentar com o Homem de Aço? “Vamos pegar a ‘bíblia’ do animado do Batman e, enquanto Gotham e seus personagens são sempre sombrios, Metrópolis e seus habitantes serão clean, com cores claras”. Eu sei que muitos poderiam ver desgraça nessa idéia maldita de achar que a fórmula usada para um personagem poderia dar certo com outro. Mas não é que funcionou? ^_^

Com a produção de “As Aventuras de Batman e Robin” encerrada, Timm e Dini deram forma à essa nova encarnação do último filho de Krypton em versão animada. Mantendo-se fiel ao personagem e à seu universo, a série também se tornou um grande sucesso.

Mas o que isso tem a ver com o morcego? Bom, Batman participou da série em um arco de três episódios, conhecida como Os Melhores do Mundo (World’s Finest), que fazem parte da segunda temporada da “Superman: TAS”. Nessa história, Lex Luthor e Coringa se unem para derrotar o Cavaleiro das Trevas e o Homem de Aço. O arco é sensacional, mostrando bem como é a relação de Batman e Superman, e até mesmo de Bruce Wayne e Clark Kent.

:: AS NOVAS AVENTURAS DE BATMAN (The New Batman Adventures | Batman: Gotham Knights, 1997)
Bruce Timm, Paul Dini e companhia mostraram, mais uma vez, que não estavam para brincadeiras. Com “As Novas Aventuras…”, eles mostraram que em time que está ganhando se mexe, sim. Depois de mais de um ano com a produção parada depois dos últimos episódios de “As Aventuras de Batman e Robin”, a Warner pediu novos episódios do morcego, principalmente por causa do lançamento do filme , que estava programado para 97. Além disso, a série se mudaria de vez, passando a ser exibida no canal WB Kids!, e não mais na Fox.

Uma das grandes mudanças na série animada foi a participação full time de Batgirl. Afinal, com o novo filme prestes a estrear e estrelando a sensacional Alicia Silverstone no papel da heroína, nada mais óbvio para os executivos da Warner do que fazer essa propaganda. Além disso, Robin – não mais Dick Grayson, que havia deixado Gotham, mas sim Tim Drake, outro personagem dos quadrinhos – ganhou mais participação nos episódios.

Mas o que deixou os fãs mais atiçados foi, sem dúvida, a aparição de Asa Noturna (Nightwing). Depois de deixar a cidade e viajar pelo mundo adquirindo experiência, Dick Grayson retorna à Gotham para lutar contra o crime.

Se muitos já achavam o estilo visual de Bruce Timm bem simples e estilizado, o desenhista decidiu simplificar ainda mais os traços dos personagens, com linhas mais retas e cada vez menos detalhes, deixando os heróis e vilões ainda mais sombrios, com destaque para o próprio Batman e seu arqui-inimigo, o Coringa.

Duas temporadas e 24 episódios depois, “As Novas Aventuras de Batman” encerra a fase “animated” na televisão, um sucesso estrondoso e que acabou criando uma cronologia exclusiva, única e sólida para o personagem na tv.

:: BATMAN & MR. FREEZE: ABAIXO DE ZERO (Batman & Mr. Freeze: Sub-Zero, 1998)
O filme, lançado direto em vídeo, mostra Mr. Freeze voltando à Gotham para achar um doador de órgãos para sua esposa, Nora. Um acidente na câmara criogênica onde a esposa de Freeze dorme em coma induzido faz com que o vilão volte à sua cidade natal, mas sua busca não será fácil: Nora possui um tipo sanguíneo muito raro. Freeze acaba encontrando um doador: Barbara Gordon. Freeze nem imagina que a filha do Comissário Gordon é também Batgirl, e a seqüestra. Isso lança Batman, Robin e o comissário em uma caçada contra o tempo.

O filme também obteve boas críticas, e encerrou com chave de ouro a fase “animated” do herói. Mas quem imaginava que Bruce Wayne teria descanso nos desenhos animados, mal poderia imaginar qual seria o novo passo do homem-morcego…

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:: BATMAN DO FUTURO (Batman Beyond | Batman of The Future, 1999)
Decisões criativas como as que deram origem à série “Batman do Futuro” são aquelas de deixar qualquer fã pronto para cometer harakiri. Uma Gotham City futurista, outra pessoa vestindo o manto do maior detetive do mundo, novos vilões? Sim, conceitos interessantes que tinha, à primeira vista, 99% das vezes vai pelo ralo.

Mas é só lembrar que estamos falando de Bruce Timm, Paul Dini e Alan Burnett. Os caras sabem o que fazem.

Contando o futuro da série “Batman: The Animated Series”, somos apresentados a uma Gotham que, mesmo com diversas mudanças através das décadas, ainda é aquela cidade sombria e entupida de problemas. O Comissário Gordon já faleceu, e agora a ex-Batgirl Bárbara Gordon ocupa o cargo de seu pai como comissária na ainda deficiente equipe de polícia. Batman? O herói também se tornou uma lenda, um ícone do passado. Há anos ninguém vê ou escuta nada sobre o homem-morcego.

Bom, até os heróis envelhecem: Bruce Wayne agora vive sozinho, acompanhado apenas de Ace, seu cachorro, em sua mansão nos arredores do Gotham. Wayne deixou a vida de luta contra o crime depois de ameaçar, com uma arma de fogo, um bandido que estava quase derrotando o morcego. Já muito velho, Wayne usou mão de um recurso que havia jurado nunca fazer e, desiludido, se escondeu para sempre em sua caverna.

Certo dia, ao caminhar pelas ruas de Gotham, o milionário acabou salvando a vida de Terry McGinnis, um jovem que estava sendo ameaçado pela gangue dos “Jokerz”, arruaceiros que veneram o antigo vilão do homem-morcego, Coringa (que nunca mais foi visto também). Wayne leva o garoto para descansar em sua mansão, que acaba descobrindo a batcaverna e um protótipo de uma nova armadura do Batman. Na ânsia de vingança, Terry veste o uniforme e vai atrás dos homens responsáveis pela morte de seu pai. Bruce, então, vê em McGinnis a chance de fazer a lenda do Batman voltar à cena nessa nova Gotham, e decide treinar o pupilo.

Nesse futuro, o grande inimigo de Wayne e McGinnis é Derek Powers, executivo que tomou o controle da WayneCorp e chegou até a se transformar em um ser mutante conhecido como “Blight”. Novos vilões são introduzidos à saga, apresentando um novo herói, uma nova roupa (uma armadura computadorizada, que permite que McGinnis voe e esteja sempre em contato com Bruce) e uma nova realidade, mas sem deixar de lado a essência do universo do morcego.

Além de trazer Kevin Conroy de “Batman: TAS” para dublar o velho Bruce Wayne, a produção também se encarregou de chamar Stockard Channing (a Abigail Bartlett, mulher do presidente dos Estados Unidos, da série The West Wing) para emprestar sua voz para Bárbara Gordon, sem falar nas participações especiais de Rachael Leigh Cook, Tim Curry, Michael Rosenbaum e muitos outros.

:: SUPER CHOQUE (Static Shock, 2000)
A mania do “politicamente correto” fez com que a Warner lançasse uma versão animada do super-herói adolescente Static Shock, personagem afro-americano das HQs do selo Milestone Comics, da DC Comics. Na história do desenho, o adolescente Virgil Hawkins ganha seus poderes de controlar eletricidade de um composto mutagênico, e decide combater o crime ao lado de seu amigo Richard Foley, também conhecido como Gear.

Aqui, Batman fez apenas duas participações, sendo uma delas ao lado da Liga da Justiça. A série, a princípio, não participaria da continuidade dos heróis, mas depois dessas participações especiais, além de uma aparição do próprio Super Choque em dois episódios da Liga da Justiça Sem Limites, já é possível dizer que essa possibilidade foi por água abaixo. ^_^ A série é bem divertida, e teve bom retorno para a WB Kids!, com 4 temporadas e 52 episódios no total.

:: BATMAN DO FUTURO: O RETORNO DO CORINGA (Batman Beyond: The Return of the Joker, 2000)
Um dos filmes mais controversos da história do homem-morcego nos desenhos animados. Bruce Timm e Paul Dini decidiram partir para uma abordagem bem mais séria com esse longa, que seria lançado direto em vídeo, mostrando o que raios aconteceu com o Coringa – já que Bruce Wayne não chegou, em nenhum momento durante a série, a comentar com Terry McGinnis sobre seu antigo arqui-inimigo.

O desenho gerou muito bafafá nos EUA quando os fãs descobriram que a versão que acabara de chegar nas lojas era, na verdade, uma versão censurada pelos executivos da Warner devido a algumas cenas realmente pesadas. Um tempo depois, a Warner lançou a versão sem cortes, e finalmente todos puderam conferir o que raios teria deixado os executivos da Warner em pandarecos.

Eu explico: a cena editada é justamente a que mostra o que aconteceu com o Coringa no passado (mostrado com uma animação estilo pré-“As Nova Aventuras de Batman”). Sem dúvida, a cena é espetacular do começo ao fim. Não dá para contar nada do que rola sem estragar, mas o que acontece com os personagens que participam dessa sequência – Batman, Coringa, Arlequina, Robin (Tim Drake) e Batgirl – é de deixar qualquer um de queixo caído.

Outra cena memorável é o final – pode ficar calmo, não vou contar nada – onde McGinnis finalmente confronta o vilão. Olha, fiquei meio assim com a explicação – acho que não tem nada a ver com a personalidade do personagem – mas isso acaba se tornando insignificante ao ver como a batalha ocorre. E como ela termina. Alguém aí dê mais prêmios a Timm e Dini, por favor. 🙂

O filme encerra a série “Batman do Futuro”. McGinnis e Bruce Wayne chegam a fazer uma participação de Liga da Justiça Sem Limites, mas não há planos para novas temporadas da série.

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:: LIGA DA JUSTIÇA (Justice League, 2001)
E outro projeto grandioso cai no colo de Bruce Timm e Glen Murakami (que produziu “Batman do Futuro: O Retorno do Coringa” e “Superman: TAS”), um projeto que uniria os ícones do universo heróico da DC em apenas uma série: a Liga da Justiça. Contando praticamente com a mesma equipe das séries animadas anteriores, o grupo teria que lidar com uma baixa antes mesmo da coisa começar: Paul Dini sairia da área de super-heróis para trabalhar no desenvolvimento da série Duck Dogers, mostrando as desventuras do Patolino no espaço como o pirado capitão Dogers.

Sem problemas, Dini e Timm criaram uma equipe sólida, que souberam pegar Batman, Superman, Mulher-Maravilha, Lanterna Verde, Ajax, Flash e Mulher-Gavião e trabalhar com personagens que eram tão grandes quanto seus poderes.

A série, que manteve o visual criado para “Superman: TAS” – apostando em algumas leves atualizações – trouxe de volta Kevin Conroy para emprestar sua voz ao homem-morcego, assim como a participação de Mark Hamill como Coringa e o vilão Solomon Grundy.

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:: LIGA DA JUSTIÇA SEM LIMITES (Justice League Unlimited, 2004)
Para a terceira temporada de “Liga da Justiça”, a série ganhou um novo nome e algo que faria qualquer fã de quadrinhos de super-heróis – principalmente aqueles malucos pelo universo DC – dar pulos de alegria: devido aos eventos finais da segunda temporada da série, onde Thanagar (o planeta natal da Mulher-Gavião) tenta uma invasão em massa na Terra, Superman e o restante da equipe percebe que somente eles não poderão dar conta se ameaças como essa começarem a brotar na terra. Para isso, com a ajuda das Indústrias Wayne, uma base interplanetária é criada, e todos os heróis da Terra são convocados para fazer parte da nova Liga da Justiça. Traduzindo: TONS e TONS de heróis aparecendo na telinha!

Sem dúvida foi um passo ousado. Heróis que já pertenciam ao universo de outros grandes super-heróis – como Caçadora, Zatanna, Metamorfo, Gladiador Dourado, Canário Negro, Sr. Milagre e Grande Barda, por exemplo – tiveram a chance de aparecer pela primeira vez em versão animada, assim como personagens com certa projeção mas que nunca tiveram a oportunidade de aparecer ou que apareceram muito pouco – como Arqueiro Verde, Questão, Homem-Elástico, Capitão Marvel e Vigilante, entre outros.

A princípio, é fácil de imaginar a baderna que isso poderia se tornar. Afinal, você tem personagens muito interessantes e que podem gerar muitas histórias bacanas, mas como desenvolver todos? São mais de 40 novos heróis (só no primeiro episódio da terceira temporada aparecem mais de 30!), e a cada episódio novos personagens são introduzidos. Mesmo com Paul Dini fora da equipe, os roteiristas da série sabem o que estão fazendo: a série está longe de acabar e, já caminhando para o final de sua quarta temporada nos EUA, uma grande crise está para acontecer, algo que pode ser bem pior do que a investida thanagariana no final da segunda temporada. Eu estou vendo os episódios e garanto: É IMPERDÍVEL! A série hoje é transmitida aqui no Brasil pela Cartoon Network.

:: O BATMAN (The Batman, 2004)
E chegamos em Batman Begins! Bem, quase. Para também pegar carona no novo filme do morcego que estréia em julho nos cinemas, a Warner criou um projeto que, a princípio, pode ser descrito como o Batman: Ano Um de sua cronologia animada. Mas, enquanto “Batman: TAS”, “Batman Beyond”, “Super Choque” e até mesmo “Liga da Justiça”, “Liga da Justiça Sem Limites” e “Superman: TAS” parecem manter uma certa cronologia amarrada entre sim (devido a tantas aparições especiais de personagens de um desenho no outro – sem falar no futuro de “Beyond” e do mesmo estilo visual), “O Batman” não tem qualquer referência com seus antecessores.

O estilo de Bruce Timm agora dá espaço ao traço mais rebuscado de Jeff Matsuda, antigo desenhista de HQs que achou seu lugar no mundo animado desde que foi convidado a criar o character design de As Aventuras de Jackie Chan. Os personagens são mais detalhados, e os cenários são um show à parte: Gotham City deixa de lado o estilo “noir” dos anos 40 para ganhar um look mais sujo e caótico, sem falar em cenários BEM detalhados. Na verdade, toda a série tem um clima que lembra muito os anos 60. Não dá para negar nem mesmo referências à cômica série de TV – apenas o suficiente – incluindo um Batman cheio de traquitanas.

Aqui, os vilões são reintroduzidos, já que Wayne acaba de voltar de seu exílio fora dos EUA e acaba de se tornar o mais novo temor dos meliantes de plantão. A série, já em sua segunda temporada, tem trazido bons índices de audiência, mas os fãs estão divididos sobre a série. A principal reclamação é sobre o Coringa, que aqui ganha ares de “bobo da corte”, com um visual exageradamente espalhafatoso e com personalidade voltada mais para piadas e brincadeiras de mau-gosto, diferente do louco psicótico dos quadrinhos.

Em minha humilde opinião, acho “The Batman” uma série espetacular. Só tive a chance de ver 5 episódios, e gostei muito do que vi. A trilha sonora – principalmente a música de apresentação – composta por Thomas Chase e por The Edge (sim, o guitarrista do grupo U2) dá o tom da série, dando mais ênfase ao lado “detetive” do Cavaleiro das Trevas do que ao lado sombrio, e o resultado não poderia ser melhor.

Os dubladores são um show à parte: Kevin Conroy dá lugar a Rino Romano como Batman/Bruce Wayne, e Mark Hammil passa seu cargo como Coringa para Kevin Michael Richardson; Ming-Na (a Chun-Li do tosco filme Street Fighter) como a Detetive Ellen Yin; Joaquim de Almeida (ator português que interpretou Sherlock Holmes no filme O Xangô de Baker Street) empresta sua potente voz ao vilão Bane; Robert Englund (o eterno Freddy Kruegger) interpreta O Charada; Ron Pearlman (o Hellboy) faz um Killer Croc muito mais perigoso que sua versão “animated”; Gina Gershon (da série de TV Snoops) empresta sua voz mais que sensual à Mulher-Gato; e até Adam West, que interpretou o morcegão na clássica série de TV dos anos 60, ganhou uma homenagem, voltando ao universo do morcego no papel do Prefeito Grange.

Já em sua segunda temporada nos EUA (no Brasil, a série está na primeira temporada e é transmitida pela Cartoon Network), a série começa a tomar o rumo em que muitos já conhecem: o Comissário Gordon irá finalmente dar as caras, assim como o batsinal, que ainda não foi usado.

E aí, o que achou da matéria? Aproveite para comentar aí embaixo n’A VOZ DOS NERDS. Uma coisa eu sei: do jeito que as coisas vão, o futuro do Batman está mais que garantido, seja no cinema, nas HQs ou nos desenhos animados.

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