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Depois, quando eu falo que os homens fortes d’A ARCA me odeiam, ninguém acredita em mim! Senão, olha só esta: enquanto este que vos fala come o pão que o diabo amassou e enfrenta de cabeça erguida todas as tosqueiras possíveis e imagináveis só pra trazer textos sofridos e cheios de amargura a você, caro leitor – se duvida, clique aqui, aqui e aqui -, os nossos queridos cabeças deste site deixam a parte boa para o Emílio Elfo e a Srta. Ni, despachando-os para conferir em primeira mão o esperadíssimo Batman Begins! Pois é, agora clique neste link e descubra onde o Zarko se encontrava, enquanto estes dois deliravam com o justiceiro de Gotham… É, a batata quente fica nas mãos do mártir aqui! Olha, do jeito que estou, vou acabar sendo canonizado… 😀

O pior é ter que agüentar a Srta. Ni tirando aquele sarro com a minha cara, e o Elfo dizendo que sou mente-fechada porque não sou tão fã de HQs! Vixe, pra agüentar as torturas psicológicas que andei agüentando no que diz respeito a cinema, eu não poderia ser mais cabeça-aberta! E em alguns casos, queria ficar com a cabeça aberta literalmente, perfurada e tudo mais. Só consigo sobreviver mesmo, pois não importa. Por mais tenebrosa que seja sua situação, sempre há alguém pior do que você. Não é, Benício? 😀

Voltando ao assunto, eu realmente acho que A ARCA quer me ver sofrer. Mas como já dizia um certo assistente técnico de uma certa seleção Canarinho: “Eles vão ter que me engolir!”. Então, eis que trago a você, leitor, uma coletânea de curiosidades muito bacanas sobre a quinta – ou primeira, como muitos preferem considerá-la – aventura do Homem-Morcego nas telonas. Leia… e saia correndo, pois os cinemas devem estar com filas quilométricas a uma hora dessas! 🙂

– “Batman Begins”, segundo a própria Warner Bros., é um “reset” na franquia do Homem-Morcego, não tendo vínculo algum com os outros quatro filmes já lançados.

– O título do longa sofreu diversas alterações. Inicialmente, o projeto era conhecido apenas como Batman 5. Quando começou a ser desenvolvido, passou a se chamar Batman: The Frightening (literalmente Batman: O Amedrontador). Algum tempo depois, o website oficial de uma das co-produtoras do filme, a Shepperton Studios, anunciou que a fita seria intitulada Batman: Intimidation Game (algo como Batman: O Jogo da Intimação). E finalmente, temos o título como é hoje.

– Antes de Christian Bale ser oficialmente escalado para interpretar Bruce Wayne/Batman, a Warner considerou vários outros atores para o papel. Alguns até poderiam se sair bem, mas outros… Entre os nomes, estavam no páreo Guy Pearce, de “Amnésia”; David Boreanaz, o Angel; John Cusack, de Identidade; David Duchovny, o Mulder de Arquivo X; e Hugh Dancy, o Galahad de Rei Arthur. O nome mais babaca e aterrador que cotaram seriamente é o de… Ashton Kutcher. SOCORRO! Eu juro, se ele fosse o Batman, eu preferiria assistir os filmes do Joel Schumacher três vezes seguidas. 😛

– Faltando apenas alguns dias para que fosse divulgado o anúncio oficial do nome do ator que daria vida a Batman, a Warner anunciou uma lista com os oito sortudos que chegaram à reta final para abocanhar o papel. Eis os nomes: Christian Bale; Hugh Dancy; Joshua Jackson, o Pacey de “Dawson’s Creek”; Eion Bailey, um dos macacos espaciais de “Clube da Luta”; Billy Crudup, de Peixe Grande; Henry Cavill, de “O Conde de Monte Cristo”; Jake Gyllenhaal, mais conhecido como Donnie Darko; e Cillian Murphy, do ótimo “Extermínio”.

– Assim como para o papel principal, houve um grande número de profissionais cogitados também para a direção. Inicialmente, Joel Schumacher seria contratado, mas o fracasso retumbante (e merecido) de Batman & Robin provocou sua demissão. Aliás, os executivos da Warner não só demitiram o cineasta como também colocaram seu nome na boca do sapo (!). Voltando à realidade: depois da “fase colorida” do herói, a DC Comics pediu gentilmente à Warner que desse um tom mais sombrio para o novo filme, que seria uma adaptação do conceituado Batman: Ano Um. O estúdio, então, ofereceu o cargo de diretor a ninguém menos que David Fincher, que infelizmente recusou (droga!). Em dado momento, os produtores consideraram a idéia de retratar um Batman mais velho, e o filme seria dirigido e protagonizado por Clint Eastwood. Ficaria no mínimo bizarro, por mais que eu seja declaradamente apaixonado pelo Clint… Ei, sem conotações dúbias aqui! 😛

– Em 2002, a Warner decidiu abandonar a idéia de transpôr “Batman: Ano Um” para as telas e resolveu investir num suposto confronto entre Batman e Superman. Esta idéia – que não saiu do papel, graças à Deus – seria comandada pelo alemão Wolfgang Petersen, que preferiu rodar Tróia.

– Já com a equipe técnico parcialmente definida, a Warner cogitou a possibilidade de contratar Larry & Andy Wachowski para dirigir o filme. Os dois caras – ou melhor, o cara e a atual garota, visto que um deles se submeteu recentemente à uma operação de mudança de sexo (!) – preferiram investir nas duas desnecessárias seqüências de Matrix: Reloaded e Revolutions. Ainda bem! Se bem que seria muito legal ver o Joe Pantoliano interpretando algum personagem no universo de Batman…

– A última escolha para a direção antes de Nolan era Darren Aronofsky, o psicótico cineasta responsável pelos excelentes Pi e Réquiem para um Sonho. Aronofsky dirigiria o longa, cujo roteiro seria escrito pelo próprio Frank Miller. Em 2003, Miller entregou o roteiro pronto, que atualmente está escondido em algum lugar da AOL Time Warner. O motivo que levou a Warner a decidir não produzir este longa-metragem é desconhecido, mas dizem que o roteiro corresponde a 99% do problema. Segundo consta, trechos do script teriam vazado para a Net e alguns detalhes do enredo são realmente assustadores! Só pra citar dois pontos: nesta versão, o Alfred seria um mecânico afro-americano apelidado “Big Al”, e Bruce Wayne seria um sem-teto.

– Por mais que Gary Oldman seja fisicamente o próprio Comissário Gordon do gibi, ele não era a primeira escolha para o personagem. Chris Cooper (Adaptação) chegou até a assinar contrato, mas precisou abandonar o projeto. Kurt Russell (Sky High) e Dennis Quaid (O Dia Depois de Amanhã) foram cogitados, mas sequer foram convidados.

– O nosso eterno Hannibal Lecter, Anthony Hopkins, foi convidado para interpretar Alfred, mas recusou o convite, alegando “desinteresse”. Azar dele.

– Lucius Fox, personagem intepretado pelo grande Morgan Freeman, foi desenvolvido para ser vivido por ninguém menos que Laurence Fishburne, mais conhecido como o Morpheus da cinessérie “Matrix”. Outro que fez um favor à humanidade recusando o papel, já que Morgan Freeman é beeeeeem melhor.

– Esta dica veio do Machine Boy, que, de todos que conheço, é o que mais entende do universo do Homem-Morcego: o nome Ra’s Al Ghul (para quem não sabe, o principal arquinimigo do vilão neste filme) é a tradução literal em língua árabe da expressão “A Cabeça do Demônio”. Esta é uma referência à posição do dito-cujo na Fraternidade do Demônio, também conhecida como a Liga dos Assassinos.

– A extensão do galpão usado para a construção dos sets de “Batman Begins” é equivalente à extensão de 16 piscinas olímpicas, uma do lado da outra. Pequenininho, né não? 😀

– O Batmóvel foi construído a partir de um modelo original. Nenhum veículo existente no mundo serviu de base para este modelo. Só para se ter uma idéia da potência do brinquedinho, o Batmóvel é capaz de acelerar de 0 a 96.6 km/h em apenas 6 segundos!

– “Batman Begins” foi rodado na Islândia, na Inglaterra e nos Estados Unidos.

– As tomadas realizadas em Londres precisaram ser interrompidas durante um tempo. O motivo: o insuportável barulho de pombinhas com ninhasdas nas vigas do telhado do galpão do estúdio. Num outro galpão, um quarteirão inteiro de Gotham City foi construído.

– Numa rua de Chicago, um automóvel chocou-se acidentalmente contra o Batmóvel. O motorista, visivelmente embriagado no momento do acidente, disse ter jogado seu próprio automóvel em cima do veículo do Batman, por acreditar que o Batmóvel era, na verdade, uma nave alienígena preparando-se para destruir a Terra… Vixe! Seriam os vogons? 😛

– O roteiro de “Batman Begins” foi escrito por David S. Goyer nos intervalos de filmagens de Blade: Trinity. Goyer comentou numa entrevista que queria Jake Gyllenhaal no papel de Batman de qualquer jeito, mas mudou imediatamente de opinião ao conferir o teste de Christian Bale.

– Quando a Warner ainda tencionava batizar seu rebento como “Batman: The Frightening”, um roteiro surgiu na Net de repente e todos acreditaram que era realmente o script oficial. Dois roteiristas, Terry Hayes e Rafael Yglesias, a dupla responsável pelo mediano Do Inferno, foram creditados como autores, embora negassem veementemente. Mais tarde, descobriu-se que o texto não tinha vínculo algum com o projeto da Warner e tinha sido escrito por um tal de Brandon Gaines que ninguém nunca ouviu falar.

– Ao início do projeto, David S. Goyer comentou que seu roteiro usava como base as graphic novels Batman: The Long Halloween e Batman: Dark Victory, de Jeph Loeb. Quando questionado sobre a hipótese de “Batman Begins” ser uma adaptação fiel de “Batman: Ano Um”, Goyer apenas respondeu: “Nossa história não é o Ano Um”. O roteirista referia-se à versão do roteiro que vazou para a Internet em Abril de 2004.

– Durante a pré-produção, Christopher Nolan reuniu a equipe inteira para um sessão particular do ultraclássico Blade Runner: O Caçador de Andróides (1982), de Ridley Scott. Ao término do filme, Nolan simplesmente disse: “É assim que faremos Batman”.

– O primeiro detalhe da produção a ser divulgado pela Warner foi que o uniforme do Batman, desta vez, não teria mamilos. Pode parecer hilário, mas é sério! São nessas pequenas coisas que percebemos como os filmes do Joel Schumacher queimaram a reputação do estúdio… e também do próprio Batman, coitado!

– Nos sets de filmagem, Christian Bale, quando caracterizado como Batman, contava com o auxílio de duas pessoas para se locomover. Estas pessoas corriam atrás do ator, segurando a capa e evitando algum eventual dano ao figurino.

– O jogador de baseball Dwight Gooden, dos Yankees, faz uma participação especial como um oficial de polícia de Gotham City. E eu digo: quem é este cara? 😛

– Outro que faz uma pontinha em “Batman Begins” é Tim Booth, como um assassino. Booth é o ex-vocalista da fantástica e bem conceituada banda britânica pós-punk James. Sim, é uma bandinha cult. E sim, eu tenho dois CDs destes caras. 🙂

– “Batman Begins” custou a pequena e insignificante bagatela de US$ 135 milhões (!) e foi filmado entre 2 de Março de 2004 e 17 de Setembro de 2004.

– Só a campanha de marketing da película consumiu pouco mais de US$ 100 milhões, o custo mais alto já aplicado na divulgação de um filme até hoje.

– “Batman Begins” é o primeiro longa-metragem do Homem-Morcego a ser filmado no aspecto 2.35:1. Para quem nunca ouviu falar, este é um dos vários formatos de tela Widescreen, e o mais usado hoje em dia.

– O longa contém cerca de 400 tomadas com efeitos visuais.

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