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Artigo adicionado em 11/05/2005, às 06:32

Relembrando CURTINDO A VIDA ADOIDADO
E salve Ferris! Até alguns anos atrás a gente tinha a oportunidade de passar parte de nossas tardes assistindo a filmes clássicos lindos e perfeitos da década de 80, como Os Goonies, De Volta para o Futuro, Edward Mãos de Tesoura, Labirinto , Querida Encolhi as Crianças, e tantos outros já relembrados com carinho aqui […]

Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


Até alguns anos atrás a gente tinha a oportunidade de passar parte de nossas tardes assistindo a filmes clássicos lindos e perfeitos da década de 80, como Os Goonies, De Volta para o Futuro, Edward Mãos de Tesoura, Labirinto , Querida Encolhi as Crianças, e tantos outros já relembrados com carinho aqui n’A ARCA. Mas, parem tudo. Quase íamos nos esquecendo desse mais do que clássico oitentista, Curtindo a Vida Adoidado! Ok, antes tarde do que nunca, certo? Aqui vai nossa homenagem ao querido Ferris Bueller, o padroeiro daqueles que gostam/gostavam de, vez por outra, escapar de um chato dia de aula ou de trabalho e tirar um dia de folga (ou “curtir a vida adoidado”, como já diz a tradução do título original, Ferris Bueller’s Day Off).

O filme conta a história de um dia na vida de Ferris Bueller (Matthew Broderick, uma gracinha com seus 23 anos de idade), quando o menino decide fingir que está doente e faltar na escola, para aproveitar o dia ao lado de seus amigos. Não muito fã da vida acadêmica, Ferris é mais do que conhecido no colegial que freqüenta. Todos o adoram: esportistas, líderes de torcida, geeks, até mesmo os BALOEIROS (ao menos é o que dizem na versão dublada =D). Todos querem ser Ferris Bueller. Eu queria ser o Ferris Bueller.

Mais ou menos como uma versão adolescente do menino de Esqueceram de Mim, Bueller arma altas coisas como telefonemas falsos e simulações de doença, ensinando os espectadores a, assim como ele, bolarem aula com categoria, sem deixar pais nem professores desconfiarem do real motivo de sua falta. Bem, para Ferris era simples, mas quero ver alguém ter no quarto um teclado só com sons de tosse, espirro e coisas do gênero, como ele tinha. Mas a genialidade de Bueller não pára por aí, já que o menino ainda consegue fazer com que toda a escola acredite que sua doença é grave e que ele precisa de um transplante de rim. Assim, todos os seus admiradores começam a organizar a campanha Salve Ferris, angariando fundos para sua causa.

Enquanto todo esse rebú armado por Ferris acontece, ele aproveita o dia lindo ao lado de sua simpática namorada Sloane (Mia Sara) e seu depressivo amigo Cameron (Alan Ruck), tendo que passar despercebidos pelos pais de Bueller, por sua irmã chata, Jeanie Bueller (Jennifer Grey, de Dirty Dancing) – que quer de uma vez por todas delatar o irmão mais novo, denunciando suas faltas na escola – e pelo diretor neurótico, Ed Rooney (Jeffrey Jones).

Momentos inspiradíssimos viraram cenas cláááássicas que recheiam todo o filme: qualquer um se lembra da cena da parada, quando Ferris Bueller canta Twist and Shout e é acompanhado por todo mundo. Ou talvez da cena em que os dois caras sinistros da garagem voam na Ferrari ao som da música tema de Star Wars. Ou da seqüência no museu, que termina com uma cena de reflexão profunda entre Cameron e um quadro que ele observa. =D Ou, ainda, de Ben Stein como o hilário professor xarope fazendo a chamada e repetindo, com uma cara deprimente, “Bueller…Bueller…Bueller…Bueller?”. Ele e toda aquela escola paranóica lembram absurdamente o colégio em que estudei durante doze anos. Aliás, esse professor é um exemplo de como “o mundo dos adultos” é retratado nesse filme: assim como em todas as comédias adolescentes e infantis, eles não passam de seres grandes e engravatados sem cérebro.

“A vida passa muito depressa. Se não paramos para curti-la, ela escapa por nossas mãos”. É isso que diz Ferris Bueller, virado para a câmera – aliás, ele conversa com o público direto, durante todo o filme, meio que transformando a gente em cúmplice de suas maluquices. Essa é a mensagem que “Curtindo a Vida…” passa: aproveitar a vida antes que seja tarde demais. Mas faz isso de um jeito diferente do que estamos acostumados a ver. Porque tenho certeza de que se fizessem uma refilmagem desse filme para a nossa época, o Ferris ia “aproveitar a vida” daquele jeito mais do que batido: cheio de clubes noturnos, garotas e bebidas. Mas no filme de 86, Ferris Bueller se diverte sem passar uma idéia politicamente correta, mas sem precisar apelar para xaropadas de comédias adolescentes dos anos 90, que não têm mais graça nenhuma. Não sei se o fato de a noção de “curtir a vida adoidado” para eles ser ir a museus de arte e restaurantes chiques em vez de lugares “mais adolescentes” é algo estranho ou uma prova de que o trio protagonista era mesmo uma trupe de nerds…só sei que isso é lindo. =) E sempre me orgulho de Sloane, que é uma personagem feminina muito supimpa (sim, eu SEMPRE reclamo da falta de personagens femininas decentes nos filmes, podem se acostumar).

Se vermos esse filme hoje com um olhar de quem já conhece filmes muito mais bem estruturados e tão divertidos quanto, dá pra notar que “Curtindo a Vida Adoidado” tem tudo, menos um roteiro muito preocupado em ser genial. Tem umas coisas meio forçadas e umas situações explicadas toscamente, é verdade. Mas e daí? Combina perfeitamente com o próprio tema do filme. Querer levar o roteiro a sério é o primeiro sintoma de que a gente precisa de tirar um dia desses à la Ferris Bueller…=D

:: CURIOSIDADES

– É engraçado ver que, na história, os protagonistas têm seus 17 anos, mas Broderick na realidade tinha 23 anos ao fazer o papel. E isso não é tudo – Alan Ruck, o Cameron, já tinha seus trinta anos de idade quando atuou no filme.

– Mathew Broderick faz musicais e, quando não está em alguma produção cinematográfica inofensiva, trabalha na Broadway. Perfeito. Isso não tem nada a ver, mas eu gosto de musicais, então tudo bem.

– John Hughes é o diretor de “Curtindo a Vida Adoidado”. Mas não é só isso. O cara conseguiu fazer parte de montes de filmes que, tendo qualidade ou não, com certeza marcaram a infância da criançada dos anos 80 e também dos 90. Ele escreveu Férias Frustradas (1983), Garota de Rosa-shocking (1986), Esqueceram de Mim (1990), Beethoven (1992), Dennis o Pimentinha (1993), Ninguém Segura esse Bebê (1994), Milagre na Rua 34 (1994), 101 Dálmatas (1996), Flubber (1997) – e todas as suas respectivas continuações deprimentes. Além disso, escreveu e dirigiu Gatinhas e Gatões (1984), O Clube dos Cinco (1985), Mulher Nota 1000 (1985), e, claro, “Curtindo a Vida Adoidado” (1986). Fala a verdade, você assistiu a pelo menos metade desses filmes com fervor quando pequeno, não? Então, admita, John Hughes ajudou a formar sua personalidade.

– Mesmo que você procure a trilha sonora do filme, nunca vai encontrar. O causo é que o diretor não quis lançar um disco (ou cd) com a trilha, porque as músicas eram avulsas, uma mistureba de vários estilos, e não “combinariam juntas”, segundo ele.

– Em 1990, um seriado baseado na história do filme foi lançado. Ele não durou muito tempo, e não contava com os atores de “Curtindo a Vida Adoidado”. Mas, para os fãs de Friends, talvez isso vá interessar: a queridinha do Zarko, Jennifer Anniston (a Rachel, de “Friends”) participou dessa série, como a irmã chata de Ferris. Ela tinha 21 anos na época, e esse foi um de seus primeiros trabalhos na televisão.

– Durante todo o filme, vários “Save Ferris” aparecem em locais estratégicos, mostrando como a cidade de Chicago amava o protagonista. Eis os lugares onde aparece o singelo dizer “Save Ferris”: na caixinha de coleta de doações do menino maluco da escola, numa caixa dágua, no marcador de placar do jogo, no jornal, no caderno da menininha do ônibus.

– O elenco de “Curtindo a Vida Adoidado” estava realmente apaixonado. Mathew Broderick e Jennifer Grey começaram a namorar, e Cindy Pickett e Lyman Ward (os pais de Ferris Bueller) se casaram depois do encerramento das filmagens.

– Um Charlie Sheen novinho faz uma pequenina aparição no filme, como um moço drogado que conversa com a irmã xarope de Ferris. Reza a lenda que para conseguir ficar com cara de viciado e com os olhos vermelhos, ele ficou sem dormir durante 48 horas. E aí eu pergunto: será que eles conheciam algo chamado maquiagem? o_O

– Existem fortes boatos de que Mathew Broderick e John Hughes estão empenhados em uma continuação para “Curtindo a Vida Adoidado”. Ferris Bueller, agora crescido, tiraria um dia de folga no trabalho. Eu nem sei o que pensar sobre isso. E vocês?

Nem preciso dizer que escrever essa matéria me inspirou… vou agora mesmo deixar um bilhete para o pessoal daqui da redação d’A ARCA alegando que estou com febre alta e dores de cabeça e tive que sair. A última frase será Leisure Rules! Adeus. =)

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